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FACULDADE DOM ALBERTO

RAYANA PEREIRA DE CAMARGO

TOXOPLASMOSE COMO ANTROPOZOONOSE E A CONTAMINAÇÃO EM


ALIMENTOS

JARDIM ALEGRE
2023
FACULDADE DOM ALBERTO

RAYANA PEREIRA DE CAMARGO

TOXOPLASMOSE COMO ANTROPOZOONOSE E A CONTAMINAÇÃO EM


ALIMENTOS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em VIGILÂNCIA
SANITÁRIA

JARDIM ALEGRE
2023
TOXOPLASMOSE COMO ANTROPOZOONOSE E A CONTAMINAÇÃO EM
ALIMENTOS

Rayana Pereira de Camargo

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro


também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido
copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte
além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho
ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas
para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime
de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de
Prestação de Serviços).

RESUMO- A toxoplasmose é uma zoonose causada pelo Toxoplasma gondii e de


grande importância para a saúde pública. O homem pode adquirir a doença através da
ingestão de alimentos contaminados como carne crua ou mal cozida, hortaliças, leite,
além de transfusão sanguínea e transplante de órgãos. Sabemos que os gatos estão
cada vez mais presentes no cotidiano do homem, como animal de estimação. Sabemos
também que os felinos são os hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii,
eliminando oocistos nas fezes, havendo o risco de contaminação do meio ambiente e
propagação da infecção para os seres humanos e outros animais domésticos. Este
trabalho tem como objetivo demonstrar por meio de revisão de literatura alguns
aspectos da toxoplasmose felina, o potencial zoonótico e a importância da doença na
saúde pública.

PALAVRAS-CHAVE: Toxoplasmose. Contaminação alimentícia. Zoonose.


1 INTRODUÇÃO

A toxoplasmose é uma zoonose de grande importância para a saúde pública.


Dentro da medicina veterinária, sabemos que o gato é o hospedeiro definitivo do
Toxoplasma gondii (figura 1), sendo o principal disseminador deste protozoário quando
suas fezes se encontram infectadas. Além do contato direto com as fezes infectadas do
animal, o homem pode contrair o parasito através de alimentos contaminados ingeridos
crus ou mal cozidos, entre eles as carnes, os embutidos, as hortaliças, ovos. A
contaminação também pode ocorrer por transplantes de orgãos e transfusão sanguínea
(NAVARRO, 2007).

Os gatos estão cada vez mais presentes no contexto familiar como animal de
estimação. Sabendo que os felinos são os hospedeiros definitivos do Toxoplasma
gondii, eliminando oocistos nas fezes, vale frisar novamente que pode haver
contaminação do meio ambiente e propagação da infecção para os seres humanos e
outros animais domésticos (ARAÚJO et al.,2003). Dessa forma, este trabalho de
revisão de literatura, tem como objetivo descrever alguns aspectos da toxoplasmose
felina, seu potencial zoonótico e a importância da doença na saúde pública.

2 DESENVOLVIMENTO

Sabemos que a toxoplasmose é causada por um protozoário chamado


Toxoplasma gondii. A infecção humana resulta da ingestão de carne crua ou mal
passada, da ingestão de leite ou queijo não pasteurizado, da ingestão de vegetais mal
lavados ou do contato com o solo contaminado e também do contato com as fezes de
gatos infectados. A figura 2 demonstra a forma de transmissão de forma mais
detalhada. Geralmente, a infecção do adulto ocorre de forma assintomática. Quando
presentes, os sintomas são brandos e inespecíficos, dando início a um quadro
semelhante a um quadro gripal, com sintomas de febre, cansaço, mialgia e
linfadenopatia. (ANDRADE, CARVALHO E NOGUEIRA, 2004)
Em relação ao diagnóstico, Andrade, Carvalho e Nogueira (2004) afirmam que o
mesmo baseia-se nos sinais clínicos apresentados pelo paciente e na confirmação com
exames complementares feitos em laboratório através de estudos sorológicos, nestes
exames, a demonstração do agente infecciosos em tecidos ou líquidos corporais, em
biópsia ou necropsia ou na identificação do agente em animais ou alimentos é
confirmatório de toxoplasmose.
O tratamento segundo Andrade, Carvalho e Nogueira (2004) consiste de
citotóxicos ou imunossupressores. Não é necessário para pessoas saudáveis e não
grávidas. Para mulheres grávidas e pessoas com imunodeficiência o tratamento deve
ser feito com pirimetamina, sulfadiaziana e ácido fólico, durante quatro semanas.
Clindamicina em adição a esses agentes é utilizada para tratamento da toxoplasmose
ocular.
O problema maior desta infecção é da enfermidade acometer uma grávida, pois
graves consequências podem advir para o feto, podendo ocorrer abortamento
espontâneo, morte fetal, morte perinatal e/ou graves sequelas neurológicas. Dessa
forma, precisamos discutir sobre prevenção da toxoplasmose congênita, ou seja,
aquela que o bebê já nasce com a doença. Para que isso seja evitado existem métodos
de prevenção, a primeira abordagem preventiva que deve ser considerada é a
divulgação, todas as mulheres deveriam ser informadas, preferencialmente antes da
concepção, dos cuidados preventivos, como evitar comer carne crua ou mal passada,
de lavar bem todos os vegetais, principalmente aqueles que forem ingeridos crus e
devem evitar o contato próximo com gatos. (PINTO, 2009).
Dentre as medidas de controle, a primeira é notificação de surtos, ou seja, a
ocorrência de surtos requer a notificação imediata às autoridades de vigilância
epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação
das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas. A
infecção é prevenida através do cozimento adequado da carne e/ou congelamento da
mesma para diminuir sua infectividade; bem como as fezes dos gatos devem ser
eliminadas juntamente com a areia onde defecam para prevenir que os esporocistos se
tornem infectantes. (OLIVEIRA E SILVA, 2002).
A mão deve ser lavada depois da manipulação de carne crua e após o contato
com terra contamina da por fezes de gato; manter as crianças distantes dos locais onde
os gatos infectados defecam. Os pacientes com Aids devem receber tratamento
profilático contínuo com pirimetamina, associada à sulfadiazina e ácido fólico.
Gestantes devem ser informadas sobre os fatores de risco e perigos da toxoplasmose.
(OLIVEIRA E SILVA, 2002).

1.1 Ilustrações

(Figura 1 - Toxoplasma gondii. Disponível em


https://www.istockphoto.com/br/fotos/toxoplasma-gondii)
(Figura 2 – Transmissão da Toxoplasmose. Disponível em
https://id8diagnostico.com.br/diagnosticar-a-toxoplasmose-com-agilidade-garante-mais-
cuidado-a-saude-da-mulher/)

2 CONCLUSÃO

A toxoplasmose é uma zoonose de importância mundial, principalmente pela


ocorrência da transmissão congênita que pode provocar alterações neonatais, a melhor
forma de evitar surtos é a prevenção alimentícia, lavando bem as frutas e verduras,
bem como fazendo o congelamento profilático e cozimento adequado das carnes.
3 REFERÊNCIAS

Andrade G.M., Carvalho A.L., Nogueira M.G.S. & Oréfice F. Toxoplasmose –


Orientação prática sobre prevenção e tratamento. Revista Médica de Minas Gerais.
14: 85-91. 2004.

ARAÚJO, F. P.; SILVA, N. R. S.; OLICHESKI, A.T.; BECK, C.; RODRIGUES, R. J. D.;
FIALHO, C.G. Anticorpos para Toxoplasma gondii em soro de gatos internados no
Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil, detectados
através da técnica de hemaglutinação indireta. Acta Scient Vet, Porto Alegre, v.31,
n.2, p. 89-92,2003.

OLIVEIRA E.L., SILVA N.R.S. Cadeia epidemiológica de toxoplasmose


relacionando humanos e seus animais domésticos. Arquivos da Faculdade de
Veterinária UFRGS. 12: 25-34. 2002.

PINTO, A. Educação para a saúde e prevenção na consulta de Medicina Geral e


Familiar (II) , Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar: Vol. 25 N.º 2. 2009.

NAVARRO, I. Soroprevalência do Toxoplasma gondii, em suínos, bovinos, ovinos


e equinos, e sua correlação com humanos, felinos e caninos, oriundos de
propriedades rurais do norte do paraná-brasil. Ciência Rural, Santa Maria, v.29, n.1.,
p.91-97, 2007.

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