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Caso clinico ancilostomíase

Parasitologia Clinica (Centro Universitário de Belo Horizonte)

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Baixado por Ami Morango (amimorango@gmail.com)
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Centro Universitário de Belo Horizonte

Disciplina Parasitologia Clínica

Professora Adriana Coelho Soares

Integrantes : Ana Luiza DiMirlane Andrade Costa; Thamires Dias Dahas;

Discussão em Grupo ao Caso Clínico D1

Introdução

De acordo com o que foi discutido pelo grupo, os integrantes da família


estavam contaminados por parasitas do gênero Ancylostoma que possui três
agentes etiológicos de Ancilostomose humana que são: Ancylostoma
duodenale, Necator americanos e Ancylostoma ceylanicum. A doença causada
por este nematódeo é a ancilostomíase ou ancilostomose, cujo seu nome
popular é conhecido como “amarelão”.

Os fatores que podem ter sido contribuintes para a transmissão deste parasito,
foram devido a localização do restaurante próximo a um novo loteamento de
residências simples e de obras de infraestrutura da prefeitura, além de outros
empreendimentos particulares em construção. Sendo assim, há fatores
ambientais externos, por ser um ambiente menos habitado e por ter um terreno
onde não há saneamento correto, pois é um novo loteamento que ainda está
em construção, podendo assim não ter uma água com tratamento adequado.
As características dos solos favorece bem o desenvolvimento dos estágios de
vida livre, como em locais úmidos próximos ao peridomicílio, podendo assim,
ter sido contaminado antes ou durante a implantação do loteamento. Outro
fator que merece destaque nesse caso são os locais onde são plantados e
fornecidos os alimentos, frutas, legumes e verduras para o restaurante.
Destaca-se os fatores ambientais internos, a possível falta de esterilização dos
alimentos e da possível falta de tratamento da água, pois neste caso a
contaminação interna dos integrantes pode ter ocorrido após ingerirem a água
contaminada.

De acordo com a pesquisas feitas por Neves (2005), em relação a patogenia e


sintomatologia relacionadas ao parasitos foi observado que a ancilostomíase

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age em fase aguda ou crônicas e que são diversos os fatos devido sua fase
etiológica que denomina-se primária ou secundária . A fase primária desta
doença está relacionada com a migração das larvas e a implantação dos
parasitos adultos no intestino delgado do hospedeiro e a fase secundária é a
permanência destes parasitos no intestino delgado, levando a vários
fenômenos fisiológicos, bioquímicos e hematológicos .

De acordo com os sintomas relatados por João, como dor abdominal e diarreia,
ocorreu após a chegada dos parasitos ao intestino. A tosse relatada por seu
filho está relacionada as alterações pulmonares resultantes da passagem das
larvas que pode gerar tosse curta e de longa duração até uma fase febrícula
que foi mencionado como febre baixa. João foi ao hospital e realizou exames
de fezes que além da presença dos ovos de anciolostomídeos, houve
presença de sangue nas fezes, fato que se deve ao modo da alimentação dos
parasitos: hematófago. Os sintomas relatados estão relacionados a fase aguda
da doença.

Quanto ao método utilizado foi o HPJ onde, obteve uma grande importância na
detecção dos ovos de Ancilostomideos. A função deste método é encontrar os
ovos de parasitos em locais de menor número. Porém, para avaliar o grau de
infecção do paciente usa-se o método quantitativo de Stoll, cujo resultado
expressa o número de ovos dos parasitos por grama de fezes. Os métodos
utilizados para exame de fezes não permitem identificar nem o gênero ou
espécies do agente etiológico da ancilostomose, pois os ovos dos
ancilostomídeos são morfologicamente muito semelhantes. Através de exame
por método de coprocultura, é possível se fazer, além do diagnóstico genérico
o exame específico para A. duodenale e N. americanus e também, quantificar o
nível de infecção do paciente. O método de coprocultura mais utilizado é o de
Harada & Mori. O diagnóstico quantitativo e específico também pode ser feito
post-mortem.

Tendo em vista o cenário em questão e as formas possíveis para a ocorrência


desta doença, conclui que para retardar e evitar está contaminação é
necessário que sigam condutas como normas de inspeção do restaurante. É
necessário a realização de práticas de prevenção para que não ocorra mais

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casos de contaminação pelo parasito. Deve ser feito a descontaminação do


solo onde é feito a horta orgânica, fazer a esterilização correta dos alimentos
orgânicos, tratamento de água e saneamento básico.

Enquanto não se pode tomar medidas que solucionem definitivamente o


controle ou erradicação da ancilostomose, algumas recomendações, mesmo
que não consigam quebrar um dos elos da cadeia epidemiológica, podem
atenuar a incidência e prevalência das enfermidades. Dentre elas, destacam-
se: o destino seguro das fezes humanas privadas e fossas; lavar sempre as
mãos antes das refeições; lavar os alimentos que são consumidos crus; beber
água filtrada ou previamente fervida; incorporar uma suplementação de
proteínas e ferro (Fe) a dieta diária; usar calçados e luvas ao frequentar locais
ou manipular objetos contaminados; aplicar anti-helmíntico nos pacientes.

Tais medidas, naturalmente, são também efetivas contra outras parasitoses. É


importante que todos os integrantes do restaurante façam exames
parasitológico para confirmação da contaminação por Ancilostoma, para ser
realizado o tratamento o quanto antes, tanto individual, quanto coletiva, com
base no tratamento halopático, utilizam-se vários anti-helmínticos ou
vermífugos de amplo espectro, capazes de matar diferentes espécies de
helmintos, os quais são eliminados nas fezes dos hospedeiros.

Referências bibliográficas

NEVES, D.P.. Parasitologia humana. 11 Ed. Atheneu, São Paulo, 2005.

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