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Fig. 7 – Flebótomo,Leishmaniose
São várias as doenças tropicais negligenciadas que integram esta lista, como a
doença de Chagas, dengue, tripanossomíase africana (doença do
sono), leishmaniose, hanseníase, bouba, febre amarela e leptospirose, entre
outras. A tuberculose e a malária, embora não sejam consideradas doenças
negligenciadas (de acordo com os recursos que lhes têm sido atribuídos) fazem
parte deste núcleo por incidirem em várias regiões tropicais.
Nos últimos dez anos foram realizadas várias diligências com a intenção de
reduzirem os riscos, tanto no número de países como no número de pessoas
afetadas, bem como na eliminação de pelo menos um tipo destas doenças.
No dia 30 de janeiro de 2020, foi comemorado pela primeira vez o Dia Mundial
das Doenças Tropicais Negligenciadas por mais de 280 instituições de pesquisa,
empresas e organizações civis, de forma a alertar para a urgência de se reunirem
esforços e investimentos, por forma a lutar contra um dos maiores problemas de
saúde pública que provoca consequências muito graves tanto a nível social como
a nível económico.
Tem-se constatado ao longo dos anos que os investimentos para a pesquisa e
desenvolvimento dos produtos para combater estas doenças têm diminuído
drasticamente. Segundo o relatório do G-Finder 2019, o investimento referente a
2018 foi quase 10% inferior ao de 2009. No século atual verifica-se que nenhum
dos medicamentos que, entretanto chegaram ao mercado farmacêutico é
indicado para combater qualquer uma das 20 doenças tropicais negligenciadas.
Atualmente crê-se que cerca de 1 a 1,7 bilião de pessoas em todo o mundo seja
afetado pelas doenças tropicais negligenciadas, que nem sempre provocam a
morte, estimando-se que cerca de 19 milhões dos pacientes afetados por estas
enfermidades sofram de doenças com invalidez ou morte prematura.