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Escola Académica do Mindelo

Tema: Culinária – Cabo Verde


Disciplina: Filosofia

Elaborado por: Jennifer Oliveira


10º Ano turma B

Professor:
Índice
Introdução..........................................................................................................................5

História da Gastronomia em Cabo Verde..........................................................................6

Gastronomia......................................................................................................................8

Conclusão........................................................................................................................11

Biografia..........................................................................................................................11
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Introdução

Este estudo foi realizado com o intuito de perceber mais sobre a gastronomia em Cabo
Verde e saber qual o impacto da gastronomia em Cabo Verde e nesse sentido,
desenvolver o turismo da região através da gastronomia. A gastronomia em Cabo Verde
é bastante diversificada e saudável, pois um dos principiais ingredientes é o milho e está
na base de diversos pratos como por exemplo a Cachupa, Couscuz, Totoco entre outros.
Paralelamente, Cabo Verde é um país que está em vias de desenvolvimento e
consequentemente com o seu mercado em crescimento. Assim, é importante apostar
mais na gastronomia, pois esta é uma marca identitária importante em qualquer país.
Em suma, com este trabalho procurou-se contribuir para o desenvolvimento e
investimento da gastronomia em Cabo Verde e dos seus produtos endógenos com o
intuito de captar mais turistas para a região.

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História da Gastronomia em Cabo Verde

A constatação mais marcante no que toca ao regime alimentar da população de Cabo


Verde no dealbar da História cabo-verdiana é a de que foram mantidas durante largo
tempo duas dietas distintas, não tanto pela óbvia origem dupla dos povoadores
(europeus/africanos), mas pela convicção arreigada, na época, os europeus não
resistiriam à dieta africana, como os africanos que não se deram bem com a dieta
mediterrânica.
Enquanto que os europeus se ancoraram persistentemente no
trio pão/vinho/azeite regularmente chegados de Portugal e Espanha, os africanos
alimentavam-se de milho e arroz, carregados juntamente com os escravos, na remessa
de abastecimento mensal pelas margens dos rios do continente.
Claro que tais dietas não se resumiam a esses alimentos-âncora, pois se completavam
com abundante produção de gado  (vacum e caprino), legumes e frutas, produzidos em
grande abundância nas margens úberes da Ribeira Grande, além dos frutos
secos, queijos e mel chegados juntamente com o trigo, o vinho e o azeite da metrópole
portuguesa.
Tal como aconteceu com a língua de comunicação, e embora a alimentação fosse
abundante e bastante variada nos primeiros séculos de formação do povo cabo-verdiano,
foram os negros que tiveram de se adequar mais a mudanças, não tanto por lhes faltar
comida, mas porque a vertente cultural da sua gastronomia foi alterada. Com efeito, nas
sociedades de origem, as populações da África Ocidental alimentavam-se com
frequência (6 vezes ao dia), e em pequenas quantidades de cada vez, e variavam a
ingestão de toda uma gama de alimentos consoante as circunstâncias que iam vivendo,
desde ocorrências familiares ou comunitárias a etapas da vida pessoal, como mortes,
nascimentos, festas locais, entrada na puberdade ou a ocorrência da menstruação, etc..
Havia uma vertente ritual na alimentação que, ou se perdeu, ou se alterou para costumes
diferentes, com origem no reino de Portugal, que foram moldando com rapidez a roda
dos alimentos de toda a população de Cabo Verde.
Até por exigências de rentabilidade do trabalho escravo, a cadência das refeições passou
para 3 ou até duas ao dia, e não houve a preocupação de atender aos hábitos alimentares
dos africanos na sua vertente mais ritual, que teria exigido que fossem carregados dos
Rios da Guiné um conjunto de condimentos que em Cabo Verde, só com a implantação
de novas culturas agrícolas voltou, em parte, a haver.
É porém importante notar que, mau grado esta importante alteração de ritmo e de
regime de alimentação, esta parece ter sido sempre abundante no período de fixação da
leva original do povo cabo-verdiano na Ribeira Grande, uma fase em que parece poder
aplicar-se a expressão bíblica que caracterizou a Palestina como a “terra onde corria o
leite e o mel”.
É sabido que tal abundância não duraria através dos séculos, desde logo quando a
população começou a disseminar-se pelas ilhas de Santiago e Fogo, e os fujões se viam
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na contingência de terem que assaltar as populações organizadas em povoados ou a
própria cidade de Ribeira Grande para sobreviverem.
Mais tarde, com os ataques dos corsários à Cidade, foi ela própria que viveu uma época
de carestia, incapaz de se defender, e aos seus haveres.
E sobrevieram as grandes fomes, à razão de uma ou duas por século, que dizimaram a
população, e fizeram daquele período inaugural de abundância uma memória muitas
vezes mais longínqua, até meados do séc. XX, com a organização dos serviços de
assistência pública, e logo a seguir com a independência, com o estabelecimento de uma
organização económica e social atentas aos cidadãos de todas as ilhas.
Entretanto, e ainda assim, a passagem dos séculos foi enriquecendo a gastronomia dos
cabo-verdianos, que beneficiaram de variadas e sucessivas mais-valias trazidas quer do
oriente quer do Brasil, com os numerosos navios que aportavam a Ribeira Grande, e
tornou progressivamente a dieta cabo-verdiana mais rica e sofisticada, em especial com
a inclusão de diversas especiarias, a influência da cozinha variada chinesa e indiana, que
gerou pratos marinados e misturando ervas com leguminosas, carne, crustáceos, peixe e
outros condimentos, numa mesa que hoje é rica, algo variada e sempre saborosa,
rematada com doces, fruta, bebidas licorosas e chá ou café.
Inúmeros pratos, quase sempre deliciosos, resultaram da tradição culinária crioula
desenvolvida ao longo de 500 anos. Cabe nesta apresentação da gastronomia cabo-
verdiana apenas uma descrição resumida de alguns deles, mas vale a pena o leitor
procurar as inúmeras receitas publicadas em várias obras de culinárias editadas.
Esta tradição culinária caseira tem estado a transpor-se lentamente para a restauração,
em especial na hotelaria, à medida que Cabo Verde se vai tornando um país cada vez
mais visitado, quer por turistas, quer por gente em negócios e eventos cada vez mais
diversos, e também pela consciencialização progressiva dos cabo-verdianos dos seus
valores culturais, um dos quais reside precisamente na riqueza da sua gastronomia.
Como a seguir se pode ver, não falta potencial para se propor nos restaurantes, cada vez
mais numerosos nas ilhas de Cabo Verde, pratos de grande qualidade e requinte
culinário.

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Gastronomia

A gastronomia de Cabo Verde é uma mistura entre o africano e o português. Tem como
base peixe, frango, porco, arroz e alguns vegetais.
O prato mais famoso é a cachupa, antigamente comia-se em família ou em reuniões
festivas, é um cozido à base de carne de porco, feijão, milho, mandioca, batata-doce,
cenoura e couve, embora possa ter outros vegetais. Às vezes, a carne pode ser
substituída por peixe.
Uma variedade do prato é a rica cachupa, que tem maior quantidade de ingredientes,
vários tipos de feijão, carne de frango e banana. A cachupa é chamada de monchupa
pelos emigrantes cabo-verdianos.

Outro prato popular é a feijoada, muito parecida com a de Portugal ou do Brasil com
favas, arroz e um cuscuz que nada tem a ver com o árabe, uma espécie de bolo untado
com mel de cana.

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O peixe costuma ser preparado na grelha ou na caldeirada, à semelhança do que
acontece na Galiza e em Portugal, sempre guarnecido com batatas ou legumes.
O peixe mais típico é a garoupa, cavala, badion, oio lorg e entre outros, com que se faz
o caldo de peixe, um dos pratos mais típicos da gastronomia cabo-verdiana.
O atum e o peixe-espada também são amplamente consumidos. O marisco, sendo uma
água morna, não é muito saboroso, não faltam lagostas, gambas, camarões, polvos,
búzios, lapas e percebes. As variedades de frutas e hortaliças cultivadas no país são:
coco, abacaxi, banana, mamão, manga, abacate, mandioca, batata-doce, batata, feijão,
pimentão e milho.

Outros pratos são:


 Xerém pasta de milho e na ilha de Santiago adiciona-se leite de coco;
 Canja de capado: uma sopa de cabrito da ilha da Boavista,
 Botchada: prato preparado com estômago e sangue de cabrito ou borrego,
também um prato típico da Boavista;
 Djigoti: carne de porco com mandioca e couve da ilha do Fogo,
 Djagacida: feijão e milho cozidos em banha e acompanhados de enchidos ou
carne e barriga de porco. Prato típico da ilha do Fogo e muito comum nas festas
da bandeira e nos casamentos;
 Tchassina: carne de cabra salgada que costuma acompanhar o capucho, típica da
ilha do Maio,
 Modje: ensopado de carneiro, batata, cebola, cereais e arroz típico de San
Nicolas;
 Calderada de cabrito da ilha de San António;
 Guisado de percebes de São Vicente;
 Canja de pescado da ilha de São Vicente: batata-doce, mandioca e banana
acompanha o peixe,
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 Caldo de camarão,
 Lagosta com amendoim;
 Chacina: carne seca;
 Enguias estufadas com cebola, pimento vermelho e vinho,
 Moreia frita: filetes de moreia fritos embebidos em vinagre e azeite de alho.
Sobremesas Frutas tropicais como banana, manga ou mamão são usadas junto
com a cana-de-açúcar.
Sobremesas populares são batata-doce frita, bolo de banana, doce de mandioca com mel
de cana, pudim de coco, doce de mamão.
Os queijos de cabra típicos das ilhas também são consumidos como sobremesa. Bebidas
A bebida alcoólica mais característica é o grogue, uma espécie de aguardente de cana,
quando se junta mel de cana e algum sumo de fruta transforma-se em poncha. O ponche
de coco tem grogue, leite de coco e leite condensado.
O vinho do Fogo é famoso, a mais alta qualidade é o branco seco embora doce e
odoroso (chamado manecom) também seja produzido. A cerveja

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Conclusão

Com este trabalho verificou-se a gastronómica é importante numa região como Cabo
Verde, porque permite dar a conhecer produtos e sabores típicos do país. Constatou-se
ainda que o impacto da gastronomia é sem dúvida marcante em Cabo Verde, uma vez
que a gastronomia é um dos motivos pelos quais os turistas optam por viajar, tornando-
se assim essencial a valorização da gastronomia neste país para que haja uma maior
captação de turistas, quer nacionais e internacionais. A gastronomia irá contribuir para o
desenvolvimento da região permitindo manter os produtos tradicionais e difundir a sua
cultura, despertando desta forma o interesse na visita da região, sendo a gastronomia
uma mais-valia e sendo ela cada vez mais visível um dos motivos pelos quais os turistas
procuram por conhecer novas culturas, costumes e tradições.

Biografia

 O impacto da gastronomia em Cabo Verde


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 Cabo Verde y su Gastronomía


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