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LICEU LUDGERO LIMA

PORTUGUÊS

CESARIA EVORA

Professor: Humberto

Elaborado por:
Djara Lopes
Cesária Évora nasceu no ano de 1941 na cidade de Mindelo, em Cabo Verde.
Tinha mais quatro irmãos. Seu pai Justino da Cruz tocava cavaquinho, violão e
violino e sua mãe, Dona Joana, trabalhava em cozinhas de brancos ricos que
adoravam particularmente sua comida. Sua mãe, de personalidade pensativa, foi
sua confidente por toda a vida.

Quando criança Évora sempre estava fazendo amigos mais velhos do que ela, os
quais sempre a mantiveram "direita". Quando jovem foi viver com sua avó que
havia sido educada por freiras, e assim acabou passando por uma experiência que
a ensinou a desprezar todas as mais severas morais.

Cesária (Cise para os amigos) sempre cantava uma infinidade de canções e fazia
apresentações aos domingos na praça principal da sua cidade acompanhada por
seu irmão Lela no saxofone. Mas sua vida estava intrinsecamente ligada ao bairro
Lombo, nas imediações de aquartelamentos do exército português. Lá ela
aprendeu sobre a vida e cantou com compositores como Gregório Gonçalves (um
homem carismático e que adorava teatro de rua).

Aos 16 anos conheceu um marinheiro chamado Eduardo que a ensinou os


tradicionais estilos de música cabo-verdiana como a morna e a coladera. As
mornas (que possivelmente provém de mourn e que significa lamento) são
canções ligadas à tristeza, mágoa e desejos impossíveis de serem realizados.
Évora começa a cantar em bares e hotéis, e com a ajuda de alguns músicos locais,
ganha estímulo a desenvolver suas habilidades e logo já é proclamada a "Rainha
da Morna" por seus fãs. Ela se torna bastante famosa em Cabo Verde, mas
internacionalmente seu reconhecimento ainda era pequeno.

Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo -
companhia de pesca criada por capital local e português - e ficou emocionada ao
poder fazer parte, do que ela considerava, uma notável empresa. Seu salário
vinha de suas apresentações que eram basicamente em jantares. Fora esse tempo
Cesária era de volta uma mulher comum.

Entre os amigos de Évora estava o compositor favorito dos cabo-verdianos:


B.Léza, o qual faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Ela ainda tem
poucas lembranças de sua infância e sempre está falando de Eulinda, seu antigo
vizinho e amigo que vivia perto de Lombo (o "red-light district" de Mindelo),
porto que era vangloriado por bordéis que competiam com os de Amesterdão.

Em 1975, Cabo Verde adquiriu sua independência, mas seu líder histórico,
Amílcar Cabral, não pôde testemunhar esse momento, porque foi assassinado
dois anos antes. Évora ainda era popular na época, mas sua fama não estava a
levando em direção ao sucesso financeiro. Frustrada por questões pessoais e
financeiras, aliados à dificuldade econômica e política de Cabo Verde, ela
desistiu de cantar para sustentar sua família. Évora ficou sem cantar por dez anos,
os quais ela descreve como seus "dark years". Durante esse tempo ela lutou
contra o alcoolismo.

Cesária Évora retomou suas apresentações após ter sido encorajada por Bana
(líder de banda e empresário cabo-verdiano exilado em Portugal). Ele fez-lhe
convites para realizar shows em Portugal, os quais ela aceitou e o fez com
patrocínio de uma organização local de mulheres.

Em Cabo Verde um francês chamado José da Silva persuadiu-a para ir a Paris e


lá Évora acabou gravando um novo álbum em 1988 "La diva aux pied nus" (a
diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Ao contrário do
que é divulgado, ela canta descalça simplesmente por gostar, por se sentir segura
descalça, e não em solidariedade aos sem-teto e às mulheres e crianças pobres de
seu país. Esse álbum foi aclamado pela crítica e Évora se encontrou numa
dramática volta à música e que teve como ápice a gravação do álbum "Miss
Perfumado" em 1992. Ela se tornou uma estrela internacional aos 47 anos de
idade.

Em 2004 conquistou um prêmio Grammy de melhor álbum de world music


contemporânea. Em 2009, o presidente francês Jacques Chirac distinguiu-a com a
medalha da Legião de Honra de França.

História

Cesária Évora no Mindelo, sua terra natal.


Cesária Évora tinha quatro irmãos. O pai Justino da Cruz tocava cavaquinho,
violão e violino. Quando jovem foi viver com a avó, que havia sido educada por
freiras, e assim acabou passando por uma experiência que a ensinou a
desconsiderar a moralidade excessivamente severa.

Entre os amigos estava B. Leza, o compositor favorito dos cabo-verdianos, que


faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Desde cedo, Cize, como era
conhecida pelos amigos, começou a cantar e a apresentar-se aos domingos na
praça principal da cidade, acompanhada pelo irmão Lela, no saxofone. Mas a
vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel
do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves.
Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de
alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo
proclamada a "Rainha da Morna" pelos fãs.

Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo -
companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as
actuações que fazia. Em 1975, ano em que Cabo Verde conquistou a
independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas à
dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar a
família. Durante este período, que se prolongou por dez anos, Cesária teve de
lutar contra o alcoolismo. Igualmente, Cesária chamou a esse período de tempo,
os Dark Years.

A casa de Cesária Évora

Encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal),


Cesária Évora voltou a cantar, atuando em Portugal. Em Cabo Verde um francês
chamado José da Silva persuadiu-a a ir para Paris e lá acabou por gravar um novo
álbum em 1988 "La diva aux pied nus" (A diva dos pés descalços) - que é como
se apresenta nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar
a gravação do álbum "Miss Perfumado" (1992). Desde então fixou residência na
capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de
idade.

Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de world music


contemporânea. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009,
com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa
Christine Albanel.2

Em setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se


encontrar muito debilitada, a editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um
ponto final na longa carreira.3

Morreu no dia 17 de dezembro de 2011, com 70 anos, por "insuficiência


cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada".

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