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CURSO DE ENFERMAGEM

DISCENTES: ANDRÉ LOPES, FÁDIA DINIZ E JULIANA GALVÃO

DOCENTE: CRISTAL MESQUITA

ESTUDO DE CASO 1

BELÉM-PA
DISCENTES: ANDRÉ LOPES, FÁDIA DINIZ E JULIANA GALVÃO

ESTUDO DE CASO 1

TRABALHO DO CORPO DISCENTE DO


CENRTO UNIVERSITÁRIO DA AMAZONIA
(UNIESAMAZ) A RESPEITO DE ESTUDO
DE CASO.

BELÉM-PA
I. Questão norteadora – identificação do problema.

A dengue é uma arbovirose transmitida ao homem pela picada do Aedes


aegypti, mosquito doméstico que pica durante o dia e tem forte preferência
por sangue humano. É uma doença febril aguda causada por um vírus do
gênero Flavivirus. Atualmente são conhecidos quatro sorotipos diferentes:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Clinicamente, as apresentações variam de
síndrome viral inespecífica a hemorragia ou morte. As razões para o
ressurgimento da dengue são complexas e não totalmente compreendidas,
por isso é considerada atualmente um dos maiores problemas de saúde do
mundo.

As mudanças demográficas ocorridas nos países subdesenvolvidos, na década


de 60, consistiram no aumento do fluxos migratórios rurais-urbanos, resultando
em um crescimento da cidade desorganizado. Estas não conseguiram atender
as demandas e necessidades dos migrantes e, entre esse inchaço
populacional criou-se problemas de saneamento básico e de habitação. Onde
boa parte dessa população foi morar em cortiços, favelas e invasões.

O saneamento básico, é principalmente o abastecimento de água e a coleta de


lixo, mostra-se de forma precária nas periferias das grandes metrópoles. Uma
das consequências dessa situação é o aumento do número de criadouros
potenciais do mosquito vetor. Além de, associada a está situação, o sistema de
produção industrial, que produz uma grande quantidade de recipientes
descartáveis, como; plástico, latas e outros, cujo destino inadequado ou
abandonados em quintais, praças públicas e em terrenos baldios; contribuindo
para a proliferação do inseto.
II. Fundamentação teórica do problema encontrado.

Os macrófagos liberam mediadores vasoativos. A permeabilidade vascular e


o vazamento de plasma através das paredes dos vasos são aumentados.
Hipovolemia e choque estão relacionados. A DHF é uma resposta imune do
hospedeiro. Pode evoluir para cicatrização ou ser caracterizada por
superprodução de citocinas, que levam ao aumento da permeabilidade
vascular. Essa permeabilidade resulta em vazamento de plasma, uma
alteração fisiopatológica subjacente à dengue. Hemoconcentração e choque
hipovolêmico podem ocorrer à medida que a água e as proteínas fluem para o
espaço extravascular.

Na fisiologia da dengue, o vetor pica o ser humano e a população viral se


multiplica nos linfonodos locais após a inoculação. Em seguida, entre na
circulação sanguínea. Entre esses sinais, está o aumento da temperatura
corporal (cinco a oito dias).

Na segunda rodada de replicação, o vírus está nos monócitos circulantes. O


tropismo (particularmente para monócitos, macrófagos e células musculares)
explica a mialgia observada.
A replicação estimula a produção de citocinas pelos macrófagos. Há um
quadro de febre, possivelmente devido à liberação de TNF-alfa e IL-6.
Durante a primeira semana da doença, o sistema imunológico responde à
infecção. Linfócitos citotóxicos CD8+ podem destruir células infectadas
(citotoxicidade dependente de anticorpos).
III. Etapas da investigação epidemiológica do caso.

A primeira etapa foi a investigação de todos os casos de uma determinada


região após uma enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica receber
diversas notificações. Após isso, a segunda etapa foi a confirmação dos casos
pela UBS da região que logo analisou e identificou terrenos baldios com um
grande acúmulo de lixo. A terceira etapa foi a identificação dos casos novos e
antigos de 3 moradores dessa determinada região e a quarta etapa foi a
análise do fornecimento de água potável que mostrou que nesses locais existia
um foco de larvas do mosquito Aedes aegypti.
IV. Ações recomendadas/plano de cuidado.

A maneira mais eficaz de controlar esta doença é limitar a reprodução do


Aedes aegypti. Para isso, é necessário eliminar o ambiente propício à sua
reprodução. Isso inclui saneamento básico, que também inclui coleta e
tratamento de esgoto, destinação adequada de lixo e resíduos e drenagem de
águas pluviais. Isso porque os mosquitos da dengue precisam de água parada
para se reproduzir.

Por isso, é muito importante coletar o esgoto para que não se torne um
criadouro. Mas a contribuição para a saúde e o bem-estar coletivo vai além dos
eventos municipais e do monitoramento ambiental. Também inclui a população.
No caso de uma rede pública de esgoto instalada, o primeiro passo é permitir o
acesso dos moradores para que seu esgoto doméstico tenha a destinação e
tratamento corretos.

Cabe também ao profissional de enfermagem orientar, realizar, encaminhar,


coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no prontuário do
paciente ou ficha de atendimento. Esses dados são necessários para o
planejamento e a execução dos serviços de assistência de enfermagem.
V. Discussão dos achados e perdidos.

A literatura pesquisada, revelou-se que a dengue é um sério problema de


saúde pública, na realidade de serviços de saúde e comunidade, sendo
fundamental ações continuas de responsabilização, compartilhada entre setor
público e sociedade, para prevenção e controle da dengue, de tal modo a
equipe de saúde e sobretudo, os profissionais relatam que tem essa grande
função, de disseminar conhecimento em meio coletivo, contribuindo para
mudanças significativas nos hábitos e comportamento da população
principalmente, em relação a presença de criadouros do mosquito, tanto em
ambientes domiciliares como públicos, para melhoria assim, da qualidade de
vida da população em geral.

Tendo em vista que a participação popular e profissional no controle de dengue


é fundamental e se constitui em um dos eixos de sustentabilidade de um
efetivo programa de vigilância e controle; que o processo participativo não é
espontâneo e requer uma intervenção que envolva diferentes atores em sua
formulação e execução, dentre eles o poder público; cabe o pressuposto de
que sua implantação deveria estar inserida nos planos municipais de saúde,
especialmente em municípios com transmissão de dengue.
VI. Conclusão do estudo de caso.

Condições sanitárias que indicam acúmulo de detritos como possível


reservatório de água que favorece a transmissão vetorial, o desenvolvimento e
reprodução do mosquito transmissor da dengue depende das condições
climáticas. Sendo assim, a concentração de dejetos ou resíduos aumenta sua
infectividade e aumenta o número de pessoas infectadas com dengue. Como o
objetivo do caso é mostrar como o lixo pode prevenir a dengue, concluímos
que a comunidade da área não está ciente dos problemas causados pelo mau
acondicionamento do lixo, que por sua vez causa um desequilíbrio ambiental. e
saúde pública. Assim, a incidência de dengue na região aumentou
significativamente devido à coleta insuficiente de lixo durante a estação
chuvosa. Portanto, a criação de mecanismos de educação ambiental visando o
melhor acondicionamento dos resíduos da região pode estimular a participação
efetiva da população na arrecadação de recursos para evitar a propagação do
mosquito da dengue e, assim, contribuir para a melhoria da saúde e do meio
ambiente.
VII. Bibliografia utilizada.

Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância


em Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde. – 2. ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. 64 p.: il. ISBN 978-85-334-2039-7 1. Dengue. 2. Assistência. 3.
Saúde pública. I. Título.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria


Técnica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de
Gestão. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).


Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Brasília: FUNASA; 2002.

CORRÊA, C. L.; Barbosa, C.; Filho, A. S. Enxergar as Fragilidades para


Desenvolver as potencialidades: A educação permanente orienta profissionais
de saúde no atendimento da população na contingência do dengue. Rev. Eletr.
de Com. Inf. Inov. Saúde. Rio de Janeiro, v.7, n.3, Set., 2013.
FIGUEIRÓ, A. C. et al. Análise da lógica de intervenção do Programa Nacional
de Controle da Dengue. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. vol.10 supl.1 Recife
Nov. 2010.

SILVA, L. B. et al. Comunicação sazonal sobre a dengue em grupos


socioeducativos na atenção primária à saúde. Rev Saúde Pública 2011; 45(6):
1160-7

SOUZA, S. S. de; SILVA I. G da. SILVA, H. H. G. da. Associação entre


incidência de dengue, pluviosidade e densidade larvária de Aedes aegypti, no
Estado de Goiás. Rev. Soc. Bras. Med. vol.43, n.2, 2010,

Reis, C. B.; Andrade, S. M O.; Cunha, R. V. Responsabilização do outro:


discursos de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família sobre ocorrência de
dengue. Rev Bras Enferm. Brasília 2013 jan-fev; 66(1): 74-8.

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