Trabalho realizado por:

A ARQUITETURA, ARTE DA Turma 12ºF

Diana Sousa nº8
COLETIVIDADE: Jéssica Mariana Pinheiro
nº11
ÍNDICE:

 Introdução;
 Biografia de António Damásio;
 O caso de Phineas Gage;
 Antes e depois do acidente;
 O caso de Elliot;
 Antes e depois da cirurgia;
 Exemplos de casos de foro neurológico;
 A importância da relação entre o córtex pré-frontal e as
emoções;
 Esclarecimento da afirmação por parte de descartes de
forma inequívoca;
 Conclusão;
 Bibliografia.
 INTRODUÇÃO:
Neste trabalho vamos abordar os casos de Phineas Gage e de Elliot, no
âmbito da disciplina de Psicologia B.
A realização deste trabalho tem como objetivo perceber como a nossa
personalidade pode sofrer alterações profundas, apartir de um acidente
ou uma lesão cerebral, por exemplo, um tumor, um ferimento na
cabeça, ou doenças de foro neurológico.
BIOGRAFIA DE ANTÓNIO DAMÁSIO:
 Nasceu em Lisboa a 1944;
 Casado com Hanna Damásio;
 Licenciatura e douturamento em neurologia na Universidade de Lisboa;
 Estuda a neurologia do comportamento e a neurociência cognitiva;
 Participou na investigação da doença de alzheimer nos EUA;
 Pesquisou várias consequência no comportamento de uma lesão nos lobos pré-frontais.
 Publicou o livro “O Erro de Descartes”.
Curiosidade:
António Damásio é autor de três livros que
vieram alterar o modo como as emoções
são encaradas: O Erro de Descartes, O
Sentimento de Si e Ao Encontro de
Espinosa.
 O CASO DE PHINEAS GAGE:
Phineas Gage era um funcionário de caminhos de ferro que colocou
explosivos para abrir caminho numa rocha provocando uma explosão.
A barra de ferro que utilizou para empurrar os explosivos atravessou-
lhe a cabeça penetrada no queixo, arrancando-lhe o olho esquerdo e
saindo pela parte superior do crânio. Depois acaba por recuperar e
embora tivesse crises de epilepsia ainda sobreviveu durante 12 anos.
 ANTES E DEPOIS DO ACIDENTE:
A personalidade de Phineas Gage sofreu alterações profundas
pois antes era um homem calmo, educado e trabalhador.
Depois passou a apresentar comportamentos completamente
diferentes, irritava-se sempre que o contrariavam e era arrogante
acabando assim por perder o emprego.
O CASO DE ELLIOT:

Elliot era um jovem com seus trinta e poucos

anos. Bem sucedido profissionalmente,
inteligente, e de fácil relacionamento. Já na sua
lua de mel começara a sentir fortes dores de
cabeça. Como estas aumentaram decidiu
consultar o médico e os exames confirmaram a
existência de um meningeoma, um tumor
benigno que se forma nas membranas que
envolvem o cérebro. O tumor crescera já do
tamanho de uma pequena laranja e embora
benigno comprimia a parte do cérebro que fica
sobre as órbitas. Aquela mesma região que tinha
sido destruída pela barra de ferro em Phineas
Gage. Caso não operasse, a compressão do
cérebro acabaria provocando a morte.
ANTES E DEPOIS DA CIRURGIA:
A personalidade de Elliot sofreu grandes transformações, que se
manifestavam sobretudo por uma grande indiferença afetiva. Face à sua
família e amigos, não demonstrava qualquer sentimento: nem amor, nem
alegria, nem tristeza, nem ansiedade. Parecia também incapaz de gerir a sua
atividade, podendo perder horas com questões insignificantes ao mesmo
tempo que esquecia atividades importantes.
 EXEMPLOS DE CASOS DE FORO NEUROLÓGICO:
Exemplo 1 - “O paciente 3435”
 Uma mulher que teve um tumor cerebral retirado aos
70 anos de idade, o que provocou lesões dos dois
lados de seu cérebro. Segundo disse na época seu
marido, que a conhecia havia 58 anos, antes da
cirurgia ela tinha uma personalidade austera, se
irritava fácil e era ranzinza. Após a operação, disse
ele, a mulher estava "mais feliz, mais extrovertida e
mais falante do que nunca".
Mas o que acontece?
Como uma lesão cerebral
pode ter efeitos tão
inesperados?
Exemplo 2 – “O paciente 2410”
 Um homem de 30 anos que precisou de uma cirurgia
depois de sofrer um aneurisma cerebral. Ele e sua
mulher contaram que, antes da cirurgia, ele era
explosivo, sentia raiva facilmente e geralmente
tristonho. Após o procedimento ele brincava sobre como
se tornou "mais passivo e tranquilo".
A probabilidade de um paciente ter melhorias no
temperamento parece não relacionada a vários fatores
como gênero, idade, nível de educação ou inteligência.
Em vez disso, o que parecia relevante era um histórico de
personalidade difícil, como um temperamento explosivo e
outras características negativas, combinado com um padrão
específico de dano cerebral.
A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE O CÓRTEX PRÉ-
FRONTAL E AS EMOÇÕES:

Ao contrário do que Descartes defendia -

as emocões opõem-se à razão -, António
Damásio defende que a emoção está
intimamente relacionada com as escolhas
racionais. Mais: a emoção pode ser um
guia das nossas escolhas. O medo
(emoção) de assumir determinados riscos
torna-nos prudentes, prevenindo, por
exemplo, riscos económicos. Se uma
pessoa não recear (emoção) entrar em
conflito com o vizinho, poderá
transformar-se numa pessoa
descontrolada.
A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE O CÓRTEX PRÉ-
FRONTAL E AS EMOÇÕES:

A partir das investigações sobre as

lesões frontais, podemos perceber que
as relações entre o córtex pre-frontal e
as suas emoções se dão nos dois
sentidos: o córtex apoia-se nas
informações emocionais para tomar
decisões adaptadas. Por outro lado
tem um papel inibidor das emoções. O
córtex controla as nossas pulsações,
impulsos, impedindo-nos de reagir de
forma desadequada a uma situação,
como, por exemplo, beber antes de
conduzir um automóvel, dizer o que
nos apetece a uma pessoa de que não
gostamos.
 ESCLARECIMENTO DA AFIRMAÇÃO POR PARTE DE
DESCARTES DE FORMA INEQUÍVOCA:

«Por isso eu soube que era uma substância cuja

essência integral é pensar, que não havia
necessidade de um lugar para a existência dessa
substância e que ela não depende de algo material;
então, esse “eu”, quer dizer, a alma por meio da
qual sou o que sou, distingue-se completamente do
corpo e é ainda mais fácil de conhecer do que esse
último; e, ainda que não houvesse corpo, a alma
não deixaria de o ser.»
 ESCLARECIMENTO DA AFIRMAÇÃO POR PARTE DE
DESCARTES DE FORMA INEQUÍVOCA:

«É esse o erro de Descartes: a separação abissal entre o

corpo e a mente, entre a substância corporal,
infinitamente divisível, com volume, com dimensões e
com um funcionamento mecânico, de um lado, e a
substância mental, indivisível, sem volume, sem
dimensões e intangível, de outro; a sugestão de que o
raciocínio, o juízo moral e o sofrimento adveniente da
dor física ou agitação emocional poderiam existir
independentemente do corpo.»
 CONCLUSÃO:

Com este trabalho, conseguimos perceber subscrevendo as

palavras de António Damásio no livro, o “Erro de Descartes”
que:

“A partir das investigações sobre as lesões frontais, podemos

perceber que as relações entre o córtex pre-frontal e as suas
emoções se dão nos dois sentido: o córtex opós-se nas
informações emocionais para tomar decisões adaptadas.
Por outro lado tem um papel inifidor das emoções. O córtex
controla as nossas pulsações, impulsos, impedindo-nos de Até que ponto somos
reagir, de forma desadequada a uma situação como, por responsáveis pelas
exemplo, beber antes de conduzir um automóvel, dizer o que Seremos
nossas atitudes, se elas totalmente
nos apetece a uma pessoa de que não gostamos.” resultaram de um responsáveis pelas
acidente cerebral? nossas atitudes?
BIBLIOGRAFIA:

DAMÁSIO, António- O erro de Descartes (1994)

ELLIOT (online): consultado em 26 de outubro de 2020.
Disponível em:
https://portefoliopsicologiahelenaesc.blogs.sapo.pt/elliot-16
551
JARRETT, Christian- As incríveis histórias das pessoas
que mudaram de personalidade após um ferimento na
cabeça. S.I. BBC NEWS Brasil, 27 de fevereiro de 2018.
Consultado em 26 de outubro de 2020. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-43205525
MONTEIRO, Manuela; FERREIRA, Pedro; MORENO,
Cândida- PSI para SI: Porto Editora, 2019.