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Inteligência Social

Ano de publicação: 2019


Autor: Daniel Goleman
472 páginas

Sabia que um relacionamento problemático pode te deixar mais


suscetível a infecções virais? Não só isso, como também podemos ser
contagiados por emoções alheias da mesma forma que acontece com um
rinovírus, por exemplo.

Essa transmissão é tão real, que pode gerar o equivalente emocional de


um resfriado.

Então, se quiser saber como preservar a sua saúde emocional e a das


pessoas que te cercam, continue lendo este resumo.

Ideias principais do livro


• Nossas dores podem ser amenizadas pelo modo como as avaliamos;
• A importância da relação “Eu-Tu” em vez de “Eu-Isso”;
• Resiliência;
• Como reparar falhas na personalidade vindas da infância;
• A influência dos relacionamentos na nossa saúde.

Esse livro é indicado para quem?

A Inteligência Social é vital, principalmente, para pessoas em posições de liderança, segundo o inventor do
termo. Líderes podem aprender como extrair o máximo de sua equipe, adaptando suas próprias atitudes e se
utilizando, até mesmo, das falhas.
Gerentes e vendedores vão descobrir que ouvir o cliente é muito mais importante para a qualidade do trabalho
do que querer falar sobre seu produto. A capacidade de ouvir também é uma das três principais
para médicos e assistentes sociais, cujo desempenho tenha sido avaliado como excepcional por suas
organizações.
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Visão geral do livro
Fomos programados para nos conectar

O psicólogo Edward Thordnike foi o primeiro a surgir com o termo “Inteligência Social”, por volta de 1920.
Um dos significados que ele atribuiu foi “a capacidade de entender e administrar homens e mulheres”.
Mas, para Daniel Goleman, significa:

“… ser inteligente não apenas a respeito de nossos relacionamentos, mas também em nossos relacionamentos
(...) e olhar além de nossos estreitos e egoístas interesses pessoais e enxergar também os interesses do outro”.

Goleman propõe duas categorias que constituem a inteligência social. A consciência social trata dos nossos
sentimentos em relação ao outro, e inclui:

• Empatia primordial: sentir com os outros e detectar sinais emocionais não verbais;
• Sintonia: ouvir com total receptividade e sintonizar-se com o outro;
• Precisão empática: compreender os pensamentos, sentimentos e intenções da outra pessoa;
• Cognição social: saber como funciona o mundo social.

E a aptidão social, que é o que fazemos de posse da consciência. Ela inclui:

• Sincronia: interagir calmamente no nível não verbal;


• Apresentação pessoal: apresentar-se de maneira eficaz;
• Influência: moldar o resultado das interações sociais;
• Preocupação: importar-se com as necessidades alheias e agir de acordo.

Robert Rosenthal, foi professor do autor, e descobriu que a conexão harmoniosa entre pessoas acontece
quando há: “atenção mútua, compartilhamento de sentimentos positivos e um dueto não verbal bem
coordenado”.
Essa sincronia aumenta a criatividade e a eficiência em processos decisórios, mas só funciona quando
ocorre de forma espontânea.
Isso acontece, também, graças aos chamados neurônios-espelho, células cerebrais que refletem ações.
Quando se simula a apresentação de uma palestra, por exemplo, o cérebro entende como se aquilo já
estivesse sendo feito, tornando mais fácil executar aquilo de fato.
O mesmo acontece quando vemos a ação em outra pessoa, como diz o ditado tibetano citado pelo autor:
“Quando você sorri para a vida, metade do sorriso é para o seu rosto e a outra metade para o de alguma outra
pessoa”.
É possível exercer influência utilizando esse mecanismo, com o efeito da “vantagem do rosto feliz”. O
cérebro humano reconhece mais rapidamente expressões sorridentes do que as negativas. Onde não existe
uma hierarquia de poder, a pessoa com a feição mais expressiva emocionalmente é quem dita o tom do
grupo.
É importante, porém, se atentar às relações na época do e-mail, home office, e demais distanciamentos que
a internet pode proporcionar. O estado emocional do interlocutor não é percebido imediatamente e nem
com tanta precisão, interferindo no retorno de que o córtex orbitofrontal precisa para nos guiar socialmente.

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Pessoas como objetos

Quando não há empatia nos relacionamentos, eles tomam uma dinâmica de “Eu-Isso”, onde o outro é
usado apenas como um meio de conseguir o que se deseja.
Essa relação afastada pode ser recomendada para pessoas que precisam ser imparciais, como jornalistas e
policiais. Mas, normalmente, é um traço que aparece em narcisistas, maquiavélicos e psicopatas, a chamada
“Tríade Sombria”, pelos psicólogos.
Alguns líderes narcisistas podem conseguir resultados espetaculares baseados na autoconfiança, por
exemplo. Já outros, provocam desastres. Um dos pontos-chave é a abertura a sugestões e críticas.
Quando essa personalidade se cerca apenas de elogios irrealistas, menosprezam e tiram vantagem dos
colegas. Isso acontece com mais frequência em lugares como os Estados Unidos e Austrália, culturas
individualistas. No leste asiático e no norte europeu, a harmonia do grupo e o compartilhamento do
trabalho e dos créditos são mais valorizados.
A pessoa que se preocupa em atingir um fim, independente dos meios utilizados, também pode obter
sucesso em algumas situações, mas ele é passageiro. Os maquiavélicos, ao passo em que bajulam o chefe,
mas maltratam os subalternos, “correm o risco de que suas relações envenenadas e a resultante má
reputação façam sua carreira sair dos trilhos”.

Tudo começa na infância

Para dar um nome a muito do que foi dito até aqui, podemos falar da “epigenética”. É “o estudo de como
as experiências por que passamos alteram o funcionamento dos nossos genes”.
O termo “andaime neural” também ajuda a explicar, de maneira até mesmo mais visual, como nossas
vivências contribuem para quem somos.
O uso repetitivo de um circuito neural fixa suas conexões, como um novo patamar de um andaime. Quanto
mais tempo se passa, e quanto mais vezes essas conexões são ativadas, mais difícil — mas não impossível —
é de rompê-las.
Na infância, por exemplo, muitos pais e mães se entregam aos ataques de raiva da criança, ou a ignoram
completamente. Essa seria uma oportunidade de aprendizado seguro para controle das emoções negativas,
caso fosse bem conduzida.
O que psicólogos do desenvolvimento chamam de “núcleo afetivo positivo” — nas palavras do autor, uma
criança feliz — não é composto por uma família onde a atmosfera seja o tempo todo tranquila, mas sim
onde haja resiliência para superar as adversidades.

“A felicidade prospera com a resiliência, a capacidade de superar os reveses e voltar a um estado mais calmo e
mais feliz. Parece haver uma ligação direta entre a resiliência ao estresse e a capacidade para a felicidade.”

Um estresse mínimo é necessário para o aprendizado, mas, em excesso, desperta o circuito neural do medo.
Outro ponto importante no desenvolvimento da criança são as brincadeiras. Elas fornecem experiências
sociais, “como negociar lutas de poder, cooperar, formar alianças e ceder com boa vontade”.
Devemos lembrar que, caso a criação tenha deixado marcas negativas nos adultos, os psicoterapeutas
podem fornecer a base segura para aprender a administrar os sentimentos, que teria sido papel da família.
E, se esse papel já tiver sido cumprido, esses profissionais também podem ajudar a consolidar o progresso.

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Relações como remédio ou como doença

Tabagismo, hipertensão arterial, colesterol, obesidade, sedentarismo. Se você não se encaixa em nenhum
desses fatores de risco, mas está em um relacionamento tóxico, tem a mesma probabilidade de ocorrência
de doenças e morte.
Ao mesmo tempo, os estudos epidemiológicos que trazem esse dado, também indicam que conexões
sociais positivas diminuem a secreção de cortisol (hormônio do estresse) e fortalecem o sistema
imunológico.
Perdoar alguém de quem sentimos rancor também reduz os níveis desse hormônio, além da pressão arterial
e os batimentos cardíacos, e diminui a dor e a depressão.
Essas relações podem ser de várias esferas.
O ser humano é um animal social desde quando os Hominidade passaram a ter hábitos diurnos, milhões de
anos atrás. Então, no âmbito pessoal, a falta de amigos traz um grande prejuízo à saúde.
Na parte amorosa, existe até mesmo o “Fenômeno Michelangelo”, onde o parceiro, depois de tantos anos
de convívio, acaba naturalmente esculpindo o outro à sua maneira.
No trabalho, pessoas de cargos mais baixos são quatro vezes mais propensas a desenvolver doenças
cardiovasculares do que as de cargos superiores, que não precisam lidar com chefes extravagantes.
Em serviços humanos, a qualidade de um líder é muito mais ligada à inteligência social e emocional do que
aos conhecimentos e habilidades técnicas de sua área.
A base segura falada anteriormente também pode existir entre os membros de uma equipe de trabalho, por
meio de uma demonstração de respeito, um elogio, ou a disponibilidade para ouvir e se solidarizar com o
colega. Isso melhora a qualidade do serviço, e sua falta pode levar à “fadiga por compaixão”.
Em qualquer situação, para lidar com pessoas que tenham sido afetadas negativamente, o psicólogo
Sheldon Cohen traz a mensagem de descobertas científicas aos amigos e familiares de pacientes cuja
doença tenha um estigma social:

“não os ignorem nem os isolem — mesmo que você não saiba exatamente o que dizer, é importante fazer uma
visita”.

Nem de mais, nem de menos

A falta de concentração e a dificuldade de pensar com clareza são efeitos de quando estamos esgotados.
Esse termo, embora utilizado de maneira corriqueira em situações do tipo, indica uma situação danosa para
o cérebro, e que se explica biologicamente. “É um estado neural em que repentinos aumentos de ondas
emocionais prejudicam o funcionamento do centro executivo”.
Em contrapartida, uma medida de estresse é necessária para que a tarefa não seja tediosa, o que também
diminui a vontade de entregar um trabalho bem feito.
O ápice do desempenho está no topo do gráfico gaussiano, que Goleman chama de “U invertido”, abaixo:

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Uma das tarefas de um líder para com seus funcionários é estimulá-los no ponto certo desse gráfico. Um
desagrado bem administrado pode surtir efeitos positivos, mas o temperamento enfurecido é destrutivo.
Diante de resultados negativos, um líder com inteligência social auxilia as pessoas a se recuperarem da
aflição. Além disso, mesmo que seja impossível resolver um problema, ter empatia e demonstrar interesse
em ouvir e melhorar as coisas ajuda a metabolizar os sentimentos e a seguir em frente com mais
tranquilidade.
A maioria dos funcionários que participaram de uma pesquisa com 700 empresas dá mais importância a ter
um chefe atencioso do que ao salário que recebe.
W. Edwards Deming, guru do controle de qualidade, utilizava o slogan “Elimine o medo”. Só assim os
trabalhadores podem se sentir à vontade para opinar, compartilhar ideias e melhorar seu rendimento.

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O que outros autores dizem a respeito?

Em “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, Dale Carnegie ensina a melhorar o convívio com os outros,
pessoal e profissionalmente, através de novas abordagens e aproximações sinceras.

O autor Allan Percy mostra, no livro “Nietzsche para Estressados”, como reduzir o estresse e melhorar os
relacionamentos, através dos ensinamentos do filósofo alemão.

Por fim, o psicólogo Marshall B. Rosenberg ensina a resolver conflitos e interagir com respeito e empatia,
mesmo em situações desconfortáveis, na obra “Comunicação Não-Violenta”.

Certo, mas como aplicar isso na minha vida?

• Não oculte seus medos ou raiva, isso exige esforço ativo e raramente dá certo;
• Confie na sua intuição;
• Dê feedbacks de forma afetuosa, mesmo que tenham um conteúdo negativo;
• Esteja disponível para ouvir;
• Cerque-se de pessoas que contribuem para o seu bem-estar e desapegue de sentimentos negativos;
• Controle o nível de estresse no meio entre o tédio e a ansiedade;
• Faça terapia!

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