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CONSCIENTIZAÇÃO ACERCA DA LEPTOSPIROSE EM

INSTITUIÇÃO ESTADUAL DE ENSINO

Disciplina: Saúde integrada


Professor: Heitor Cândido

Edson Silva
Thaynara Alves
Jadeliane Santos
Ana Clara Barbosa
Cássio Rego

CAMPINA GRANDE, PB - 2023


Introdução

Atualmente, o crescimento urbano desordenado, vem sendo tema de grandes discussões


no âmbito acadêmico e pelos gestores de políticas públicas, quanto ao impacto do clima urbano
na saúde (SOUSA et al., 2015). Anteriormente, a doença estava relacionada às áreas rurais,
porém, com o aumento da urbanização, passou a ser associada com determinantes sociais, tais
como, pobreza, submoradia e acesso limitado aos serviços de coleta de lixo, esgotamento
sanitário e água potável (DUTRA et al., 2015).
No Brasil, epidemias têm ocorrências anuais em grandes centros urbanos. No Nordeste os
principais estados afetados são Pernambuco e Bahia, sobretudo em áreas com deficiência
econômica e de saneamento básico e durante os períodos sazonais com ocorrências de cheias
(DIAS et. al., 2007). Assim, quando as cidades não possuem um sistema de tratamento pluvial e
de redes de esgotos adequados, bem como uma coleta de lixo periódica, a leptospirose aumenta
substancialmente, uma vez que os vetores da doença encontram nestes ambientes, condições
propícias para se proliferarem (PELISSARI et al., 2011).
A Leptospirose é uma doença infecciosa aguda, que acomete o homem e os animais,
ocasionada por microrganismos pertencentes ao gênero Leptospira. Sua ocorrência é beneficiada
pelas condições ambientais vigentes nas regiões de clima tropical e subtropical, onde a
temperatura é elevada e há vários períodos do ano com altos índices de chuvas favorecendo o
aparecimento de surtos epidêmicos de caráter sazonal. Esta zoonose tem alta importância devido
aos prejuízos acarretados, não só na saúde pública, mas também na economia (FREIRE et. al.,
2008).
A prática de promoção da saúde visa a atuar sobre os determinantes das condições de
vida das populações, como o trabalho, a educação e o lazer, além de investir na potencialização
dos indivíduos e comunidades (HEIDEMANN et al., 2012). Na perspectiva das instituições de
ensino, as ações de Educação em Saúde proporcionam um canal de diálogo com a comunidade e
abrem um espaço propício para o aporte de subsídios para a melhoria da qualidade de vida da
população, configurando uma tendência que vem sendo valorizada pela universidade
(RENOVATO et al, 2010).
A leptospira trata-se de uma zoonose que afeta as mais diversas áreas na sociedade,
refletindo assim em danos que poderiam ser atenuados mediante a utilização de sistemas de
divulgação de informação. Portanto, torna-se enriquecedor que ações sociais de caráter
educacional sejam colocadas em prática, sobretudo, em locais escolares visto que é um espaço
com grande potencial de disseminação e captação de informações que irão formar cidadãos
conscientes e comunidades livres de doenças zoonóticas.

Objetivo geral

Promover e desenvolver em sala de aula atividades de educação em saúde única junto ao


ensino infantil, com interdisciplinaridade na área da Medicina Veterinária. Dentre os assuntos
que irão ser apresentados aos estudantes, torna-se relevante dar-se uma introdução, visando a
facilidade de entendimento para alunos de menor nível escolar.

Metodologia

Optou-se por realizar-se ações na escola ECI DEPUTADO ÁLVARO GAUDÊNCIO DE


QUEIROZ, devido aos relatos comunitários acerca da carência do acesso a informações de
cunho sanitário, bem como do próprio acesso a infraestrutura local de qualidade. Desse modo, a
medida de Educação em Saúde deverá consistir em uma visitação ao instituto situado.
Como forma de avaliação do conhecimento geral dos estudantes acerca dos assuntos que
irão ser abordados, optamos por uma aplicar um formulário impresso, onde não terá qualquer
prêmio ou fator que induza à chutes de forma que altere os resultados esperados.
O trabalho em questão ao qual visamos a propagação de informação acerca da
leptospirose para adolescentes do ensino fundamental de 9° ano da escola ECI DEPUTADO
ÁLVARO GAUDÊNCIO DE QUEIROZ, contará com uma apresentação estilo seminário
tratando de aspectos principais como: O que é zoonose, o que é a leptospirose, como se
transmite, sintomatologia, o que fazer, o que não fazer e profilaxia. O método de apresentação
contará com cartazes em visto que a escola não possui aparelhos para reprodução de slides,
assim como uma dinâmica em sala, onde distribuiremos figuras de animais que podem transmitir
a leptospirose assim como de animais que não transmitem, juntamente a figuras com sintomas
da leptospirose para associação ao animal, onde os alunos terão de associar o animal ao sintoma
da leptospirose corretamente, o grupo que obtiver mais acertos ganhará um brinde. Para
encerramento da apresentação, iremos distribuir uma cartilha contendo os aspectos principais
abordados, dessa forma, o aluno poderá ter acesso facilitado à informação. Dos assuntos que irão
ser apresentados, é relevante dar-se uma introdução a seguir, visando a facilidade de
entendimento para alunos de menor nível escolar:
O que são zoonoses?
São doenças infecciosas que são transmitidas entre animais e pessoas.
O que é a leptospirose?
É uma zoonose, conhecida por doença do rato, ou seja, uma doença/infecção
causada pela bactéria pertencente à ordem Spirochaetales, família Leptospiraceae e
gênero Leptospira.
Reservatórios:
São animais que como o nome sugere, podem estar servindo de um depósito para
essa bactéria, e que transmitem, sendo importante salientar que apesar de a doença
ser conhecida como doença do rato, ele não é o único transmissor, mas sim o
principal, onde outros animais podem também transmitir, à exemplo de cães,
bovinos, equinos e caprinos.
Transmissão:
É através do contato direto ou indireto com a urina contaminada com leptospira, a
bactéria pode vir a penetrar as mucosas, olhos, pele com lesão ou intacta*.
Sintomas:
Período de incubação: Trata-se do tempo que leva para aparecer os primeiros
sintomas, a leptospirose possui um período de 1-30 dias, vai depender de N
fatores, como estado imunológico do ser.
Os sintomas são divididos entre fase precoce e fase tardia, onde podemos detalhar:
Fase precoce – Febre, dor de cabeça (Cefaleia), dor muscular (mialgia) sendo
principalmente na panturrilha e lombar, enjoo, vômito, diarreia e tosse seca
Fase tardia – Geralmente dá-se após 1 semana após aparecimento dos sintomas
iniciais, sendo os sintomas apresentados nessa fase: Icterícia que são mucosas
amareladas e a depender do caso em outras regiões do corpo, Insuficiência renal
aguda, Hemorragia. É necessário salientar que a mortalidade nessa fase é alta se
comparada à fase precoce.
Profilaxia:
● Saneamento básico ● Educação sanitária
● Coleta de lixo ● Evitar contato com roedores não
● Evitar enchentes / Águas paradas domesticados
Diante de tudo o que foi falado até o momento, torna-se importante acentuar a
atuação do médico veterinário, devido seu papel em diversas áreas, no assunto atual é de
extrema relevância a atuação de tal profissional na prevenção e controle, assim como na
educação da sociedade sendo de fundamental importância para diminuição de casos, uma
vez que muitos de tais casos são subnotificados.
Referências

SOUSA M. I. F., BARBOSA J. J., COSTA, C. T. F. Uma reflexão sobre mudanças


climáticas, saúde e meio ambiente no semiárido nordestino. Revista Saúde & Meio
Ambiente, v. 4, n. 2, p. 61-77, 2015. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.24302/sma.v4i2.802. doi: 10.24302/sma.v4i2.802

DUTRA, F. R. L. S., VALADÃO, R. C., CONFALONIERI, U. E., MULLER, G. V.,


QUADRO, M. F. L. A influência da variabilidade da precipitação no padrão de
distribuição dos casos de leptospirose em Minas Gerais, no período de 1998 – 20121.
Hygeia, v. 11, n. 20, p. 106– 126, 2015.

PELISSARI, D. M; ELKHOURY, A. N. S. M.; ARSKY, M. L. N. S, NUNES, M. L. Revisão


sistemática dos fatores associados à leptospirose no Brasil, 2000-2009. Epidemiologia e
Serviços de Saúde, v. 20, n. 4, p. 565-574, 2011. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000400016. doi: 10.5123/S1679-
49742011000400016

Dias JP, et. al . Factors associated with Leptospira sp infection in a large urban center in
northeastern Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. Uberaba, 2007;40(5):499-504

Freire IMA, Varges R, Lilenbaum W. Níveis séricos de uréia e creatinina em cães com
leptospirose aguda determinada por amostras do sorogrupo Icterohaemorrhagiae. Cienc.
Rural, Santa Maria, v. 38, n. 4, Aug. 2008

Heidemann ITSB, Boehs AE, Fernandes GCM, Wosny AM, Marchi JG. Health promotion
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Saude. 2012 July/Sept;11(3):613-9. Doi: http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v1
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Renovato RD, Bagnato MHS. Práticas educativas em saúde e a constituição de sujeitos


ativos.Texto Contexto Enferm.2010 Jul/Set;19(3):554-62

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