TRABALHO DE EPIDEMIOLOGIA

NOME: Helena Issenguele

CURSO: Odontologia
SALA: 37ª
TURMA: C
PERIODO: Manhã

DOCENTE

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João Chongolola
 INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordará sobre a história natural da doença que refere-se a

uma descrição da progressão ininterrupta de uma doença em um indivíduo desde o
momento da exposição aos agentes causais até recuperação ou morte. O conhecimento
da história natural da doença ocupa juntamente com controlo das doenças.
HSITÓRIA NATURAL DA DOENÇA EM ANGOLA

Angola é um país propenos a emergências e desastres naturais, tais como a seca ou

inundações, crises alimentares e surtos de doenças graves como a cólera o sarampo e a
malária. O impacto dessas emergências é grave pela capacidade limitada dos serviços
públicos, comunidades e famílias.

As chuvas intensas, a falta de saneamento básico e o acesso limitado a água

potável, aumentam os riscos de surto de cólera e outras doenças transmitidas pela água.
Tem sido registados surtos de cólera em Angola em pelo menos 4 províncias do país
desde 2017. 9 milhões de pessoas estão em risco sobretudo durante a época das chuvas.

CÓLERA

É uma doença bacteriana infecciosa intestinal, transmitida por contaminação fecal-

oral direita, pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Frequentemente, a
infecção é assintomática ou causada por diarreia leve, pode também se apresentar de
forma grave, como diarreia aquosa e profusa, com ou sem vómitos, dor abdominal e
cãibras.

PERIODO DE INCUBAÇÃO

O período de incubação da bactéria, o tempo que leva para provocar os primeiros

sintomas, varia de algumas horas a 5 dias da infecção, na maioria dos casos esse período
é de 2 a 3 dias. O período de transmissibilidade perdura enquanto a pessoa estiver
eliminando as bactérias nas fezes, o que ocorre na maioria dos casos até poucos dias
após a cura. Para fins de vigilância, o período aceite como padrão é de 20 dias.

CAUSAS

A cólera é causada pela acção da toxina liberada por 2 sorogrupos específicos da

bactéria vibrio cholerae. A toxina se liga as paredes intestinais, alterando o fluxo
normal do sódio e cloreto do organismo. Essa alteração faz com que o corpo secrete
grandes quantidades de água, o que provoca diarreia aquosa, desidratação e paredes de
fluidos e sais minerais importantes para o corpo.
SINAIS E SINTOMAS

A maior parte das pessoas infectadas pela cólera não apresentam sintomas e em
muitos casos nem percebe que contraiu a doença. No entanto nestes casos a pessoa pode
transmitir a bactéria e infectar outras pessoas que podem ter reacções distintas.

Os sintomas mais frequentes e comuns da cólera são diarreias e vómitos, com

diferentes graus de intensidade o que acaba ser confundido como sinais de outras
doenças.

TRATAMENTO

O tratamento eficante da cólera se fundamenta na rápida reidratação dos pacientes

por meio de administração oral de líquidos e soluções de sais de reidratação oral (SRO)
ou fluidos endovenosos, dependendo da gravidade do caso.

PREVENÇÃO

A ocorrência da cólera é directamente relacionada as condições inadequadas de

saneamento e sua prevenção é baseada na adoção de medidas de higiene pessoal e no
consumo seguro de água e alimentos.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM ANGOLA

Relativamente a epidemia de cólera notificadas em Angola, observou-se que o

país é vulnerável a cólera, por causa de certos determinantes sociais não abortados
suficientemente e que tem um fluxo negativo no estado de saúde das pessoas
confirmou-se ainda que a endemia de cólera afecta actualmente 3 das 18 províncias de
Angola, nomeadamente em Cabinda (73 casos e 3 óbitos), Zaire (172 casos e 8 óbitos) e
Luanda (5 casos e zero óbitos), com um total de 252 casos e 11 óbitos .

EPIDEMIOLOGIA

A epidemiologia é uma palavra que deriva do grego (epi “sobre” demos “povo”
logos “estudo”). A epidemiologia ela propõe-se estudar quantitativamente a distribuição
dos fenómenos de saúde/doença e seus factores condicionantes e determinantes nas
populações humanas.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NA POPULAÇÃO

A distribuição refere-se a análise por tempo, local e características dos indivíduos.

Determinantes, são todos os factores físicos, biológicos, sociais, culturais e
comportamentais que influenciam a saúde. Respondendo a questão fundamental de
epidemiologia: onde e quando ocorre a doença?

Em síntese pode se afirmar que a distribuição das doenças na população é

influenciada pelos aspectos biológicos dos indivíduos, pelos aspectos socioculturais e
ambientais.

A epidemiologia agrega métodos e técnicas de 3 áreas principais do conhecimento:

 Estatística: é a ciência e a arte de colectar, resumir e analisar os bagos sujeitos

a verificações. Tem o papel fundamental na epidemiologia pois fornece o
instrumento a ser levado em conta na investigação as questões complexas.
 Ciências da saúde: a epidemiologia apoia-se em conhecimentos biológicos tais
como clínica, patologia, microbiologia, parasitologia e imunologia. Essas e
outras disciplinas afins contribuem para que seja possível descrever as doenças,
classifica-las mais adequadamente e assim atingir o maior grau de precisão na
determinação de frequência como que estão ocorrendo na população.
 Ciências sociais: as ciências sociais conferem uma dimensão mais ampla a
epidemiologia. Os factores que produzem a doença são biológicos e ambientais,
com significados sociais complexos.

Sua área de actuação compreende ensino e pesquisa em saúde avaliação de

procedimentos e serviços de saúde, vigilância epidemiológica, diagnóstico e
acompanhamento da situação da saúde das populações.
 CONCLUSÃO

A cólera ocorre tanto em surtos como forma endémica em determinadas regiões.

As áreas em maior risco são a África e sudeste asiático embora o risco de morte entre as
pessoas infectadas seja geralmente inferior a 5%, em alguns grupos sem acesso de
tratamento pode chegar aos 50%. Os primeiros registos de descrição da cólera, em
sânscrito datam do século V. os estudos da doença por John Snow entre 1849 e 1854
levou o progresso significativo no campo da epidemiologia.