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- Descrever as doenças e agravos de notificação compulsória?

A notificação de doenças e agravos relacionados ao trabalho é compulsória e


obrigatória para os médicos e outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos
serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em
conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 197

1. A) Acidente de trabalho com exposição a material biológico:


A exposição ocupacional a material biológico pode ocorrer via percutânea
(picadas de agulhas ou objetos perfurocortantes) ou quando há contato direto
com sangue e/ou fluídos orgânicos em mucosa ou pele não íntegra. O material
biológico mais presente no relato dos acidentes é o sangue. Inúmeras foram
as causas mencionadas com destaque para falta de atenção, sobrecarga de
trabalho, o descarte inadequado de material contaminado e o não uso
equipamento de proteção individual, dentre outros.

1. B) Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes.

Acidente de trabalho é o evento súbito ocorrido no exercício de atividade


laboral, independentemente da situação empregatícia e previdenciária do
trabalhador acidentado, e que acarreta danos à saúde, potencial ou imediato,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que causa, direta ou
indiretamente (concausa) a morte, ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho. Inclui -se ainda o acidente ocorrido
em qualquer situação em que o trabalhador esteja representando os interesses
da empresa ou agindo em defesa de seu patrimônio; assim como aquele
ocorrido no trajeto da residência para o trabalho ou vice-versa. (BRASIL, 2006)

ACIDENTE DE TRABALHO FATAL É aquele que leva a óbito imediatamente após


sua ocorrência ou que venha a ocorrer posteriormente, a qualquer momento,
em ambiente hospitalar ou não, desde que a causa básica, intermedi ária ou
imediata da morte seja decorrente do acidente.
ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE - Acidente de trabalho grave é aquele que
acarreta mutilação, física ou funcional, e o que leva à lesão cuja natureza
implique em comprometimento extremamente sério, preocupante; que pode
ter consequências nefastas ou fatais.
ACIDENTE DE TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES - Acidente de
trabalho com crianças e adolescentes é aquele que acomete trabalhadores com
menos de 18 anos de idade, na data de sua ocorrência.

2. Acidente por animal peçonhento


Animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou
modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua presa
ou predador. Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil
são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros
(mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de
coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários (águas-
vivas e caravelas), entre outros. Os animais peçonhentos de interesse em saúde
pública podem ser definidos como aqueles que causam acidentes classificados
pelos médicos como moderados ou graves.

3. Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva


Segundo o Guia de Vigilância em Saúde, a Raiva é um agravo transmitido ao
homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal
infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. O agente etiológico é
um vírus do tipo RNA, e apenas os mamíferos transmitem e são acometidos
pelo vírus da raiva.
As principais fontes de infecção na área urbana se dão pelos caninos e felinos e
na cadeia silvestre há os quirópteros (morcegos), raposas e cachorro do mato,
gatos do mato, marsupiais (gambás e saruês) e primatas (saguis).

4. Botulismo
O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação
de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum,
encontrada no solo, nas fezes humanas ou de animais e nos alimentos. A
doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.
Transmissão:
A bactéria causadora do botulismo produz esporos que sobrevivem até em
ambientes com pouco oxigênio, como em alimentos em conserva ou enlatados.
Ela produz uma toxina que, mesmo se ingerida em pouquíssima quantidade,
pode causar envenenamento grave em questão de horas. Os esporos desta
bactéria existem na natureza, como em solos e sedimentos de lagos e mares.
Também estão presentes na água não tratada e em produtos agrícolas, como
legumes, vegetais e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de
crustáceos. A bactéria entra no organismo por meio de machucados na pele ou
pela ingestão de alimentos contaminados.
O botulismo apresenta três formas: alimentar, por ferimentos ou intestinal.

BOTULISMO ALIMENTAR: Ocorre por ingestão de toxinas em alimentos


contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada.
BOTULISMO FERIMENTOS: Uma das formas mais raras de botulismo é causada
pela contaminação de ferimentos com C. botulinum.  Esmagamento de
membros; ferimentos profundos; ferimentos  produzidos por agulhas em
usuários de drogas injetáveis; lesões nasais em usuários de drogas inalatórias,
são os tipos de ferimentos com mais possibilidade de serem contaminados
BOTULISMO INTESTINAL: Os esporos contidos em alimentos contaminados se
fixam e se multiplicam no intestino, onde ocorre a produção e a absorção da
toxina. Em adultos, são descritos alguns fatores de risco, como cirurgias
intestinais, Doença de Crohn e/ou uso de antibióticos por tempo prolongado,
que levaria à alteração da flora intestinal. 

Sintomas: dores de cabeça, vertigem, tontura, sonolência, visão turva, diarreia,


náuseas, vômitos, dificuldade para respirar, paralisia da musculatura respiratória,
de braços e pernas, comprometimento de nervos cranianos, prisão de ventre e
infecções respiratórias.

5. Cólera
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por
contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos
contaminados. Frequentemente, a infecção é assintomática ou causa diarreia
leve.
A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de
água ou alimentos contaminados, ou pela contaminação pessoa a pessoa. Os
alimentos, de forma geral, podem ser contaminados durante a cadeia produtiva
e durante sua manipulação.

Os principais fatores de risco para a cólera são: condições precárias de


saneamento básico, consumo de água sem tratamento adequado; condições
precárias de higiene pessoal; consumo de alimentos sem higienização ou
manipulação adequadas e consumo de peixes e mariscos crus ou mal cozidos.

Sintomas:
A maior parte das pessoas infectadas pela cólera não apresenta sintomas e, em
muitos casos, nem percebe que contraiu a doença. No entanto, mesmo nesses
casos, a pessoa pode transmitir a bactéria e infectar outras pessoas, que podem
ter reações distintas. Os sintomas mais frequentes e comuns da cólera são
diarreia e vômitos, com diferentes graus de intensidade, o que acaba sendo
confundido com sinais de outras doenças. Também pode ocorrer dor
abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e choque. Febre não é
uma manifestação comum
.
Tratamento:
Sais de hidratação ou em casos de desidratação grave entrar com esquema de
antibióticos.

6. Coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria.
Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse
seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios. Crianças menores de seis
meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada
corretamente, pode levar à morte.

Fator de risco- É a não adesão da vacina em crianças de 1 ano e 5 meses e


reforço aos 4 anos. A vacina e o principal meio de prevenção

Sintomas: Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No


primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado.
Mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa.
Esses sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa
também está mais suscetível a transmitir a doença.
No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais
aparecem. Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, a tosse pode
ser tão intensa que pode comprometer a respiração e a crise de tosse pode
provocar vômito ou cansaço extremo.
Nessa fase, os sintomas são mais severos e, dependendo do tratamento, podem
durar até mais de um mês.
É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais leves da
coqueluche em relação às crianças mais novas. A gravidade da doença também
está diretamente relacionada à falta de imunidade e à idade.

Tratamento: é com antibióticos

Diagnostico: PCR e Coleta de material de nasofaringe para cultura.

7. A) Dengue

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma


benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido,
infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças
crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).

Sintomas: O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça,


dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O
aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas),
dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um
sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que
necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal. Todos os quatro
sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4 podem produzir formas assintomáticas, brandas
e graves, incluindo fatais. Deve-se levar em consideração três aspectos:

1.Todos os quatro sorotipos podem levar ao dengue grave na primeira infecção,


porém com maior frequência após a segunda ou terceira, sem haver diferença
estatística comprovada se após a segunda ou a terceira infecção;
2. Existe uma proporção de casos que têm a infecção subclínica, ou seja, são
expostos à picada infectante do mosquito Aedes aegypti, mas não apresentam
a doença clinicamente, embora fiquem imunes ao sorotipo com o qual se
infectaram; isso ocorre com 20 a 50% das pessoas infectadas;
3. A segunda infecção por qualquer sorotipo do dengue é predominantemente
mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua
sequência. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são considerados mais virulentos.

Transmissão:

A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não


há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por
meio de fontes de água ou alimento.

Prevenção:

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de


água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para
isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos,
tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores,
garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras,
entre outros.

B) Óbitos

A dengue é uma doença de notificação compulsória, conforme estabelecido na


Portaria 204 de 2016. As notificações devem ser semanais ao Serviço de
Vigilância Epidemiológica Municipal, à Regional de Saúde e está ao Setor de
Antropozoonoses/Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Todo caso
suspeito deve ser notificado utilizando a ficha de notificação do Sinan Online,
em até 7 dias e encerrar os casos em até 60 dias.

Os óbitos e casos graves são de comunicação imediata, ou seja, devem ser


comunicados em até 24 horas para a esfera superior a da unidade de saúde que
tenha atendido o caso.

8. Difteria

A difteria é uma doença transmissível e causada por bactéria que atinge as


amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo,
como pele e mucosas. Dependendo do tamanho e de onde as placas
aparecerem, a pessoa pode sentir dificuldade de respirar.

Prevenção: A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente. 


Transmissão:

A transmissão da difteria ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por


lesões na pele, ou seja, a bactéria da difteria é transmitida pelo contato direto
da pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas
eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

Causa:

A difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que se hospeda


na própria pessoa doente ou no portador, ou seja, aquele que tem a bactéria no
organismo e não apresenta sintomas. A via respiratória e a pele são os locais
preferidos da bactéria

Sintomas:

Os principais sintomas da difteria, que surgem geralmente após seis dias da


infecção, são: membrana grossa e acinzentada, cobrindo as amígdalas e
podendo cobrir outras estruturas da gargante, dor de garganta discreta,
glânglios inchados (linfonodos aumentados) no pescoço, dificuldade em
respirar ou respiração rápida em casos graves, palidez, febre não muito elevada
e mal-estar geral.

IMPORTANTE: Algumas pessoas podem ser infectadas pela difteria e


apresentar sintomas leves ou até mesmo não ter nenhum tipo de sinal da
doença.

Fatores de Risco:

crianças e adultos que não receberam a vacina, pessoas que vivem em


condições de superlotação ou insalubres e pessoas que viajam para uma região
onde a difteria é endêmica.

Tratamento:

O tratamento da difteria é feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser
ministrado em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina
da bactéria o mais rapidamente possível.

9. Doenças de Chagas Aguda e Doenças de chagas Crônica.

A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada


pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de
Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica,
que pode se manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca,
digestiva ou cardiodigestiva.
Sintomas:
Na fase aguda, os principais sintomas são:

 febre prolongada (mais de 7 dias);


 dor de cabeça;
 fraqueza intensa;
 inchaço no rosto e pernas. 
 No caso de picada do barbeiro, pode aparecer uma lesão semelhante a um
furúnculo no local

Na fase crônica:
 problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
 problemas digestivos, como megacólon e megaesôfago

Transmissão:
As principais formas de transmissão da doença de Chagas são:
 Vetorial: contato com fezes de triatomíneos* infectados após o
repasto/alimentação sanguínea. A ingestão de sangue no momento do repasto
sanguíneo estimula a defecação e, dessa forma, o contato com as fezes.
PERIODO DE INCUBAÇÃO: 4 a 15 dias
 Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de
triatomíneos infectados ou suas excretas.
PERIODO DE INCUBAÇÃO: 3 a 22 dias
 Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T.
cruzi  para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
PERIODO DE INCUBAÇÃO: tempo indeterminado pode ocorrer a qualquer
momento da gestação.
 Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a
receptores sadios.
PERIODO DE INCUBAÇÃO: 30 a 40 dias
 Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material
contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
PERIODO DE INCUBAÇÃO: 20 dias

DIAGNOSTICO:
Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica também é baseada nos achados
clínicos e na história epidemiológica, porém como parte dos casos não
apresenta sintomas, devem ser considerados os seguintes contextos de risco e
vulnerabilidade:
 Ter residido, ou residir, em área com relato de presença de vetor transmissor
(barbeiro) da doença de Chagas ou ainda com reservatórios animais (silvestres
ou domésticos) com registro de infecção por T. cruzi;
 Ter residido ou residir em habitação onde possa ter ocorrido o convívio com
vetor transmissor (principalmente casas de estuque, taipa, sapê, pau-a-pique,
madeira, entre outros modos de construção que permitam a colonização por
triatomíneos);
 Residir ou ser procedente de área com registro de transmissão ativa de T.
cruzi ou com histórico epidemiológico sugestivo da ocorrência da transmissão
da doença no passado;
 Ter realizado transfusão de sangue ou hemocomponentes antes de 1992;
 Ter familiares ou pessoas do convívio habitual ou rede social que tenham
diagnóstico de doença de Chagas, em especial mãe e irmão (s).

TRATAMENTO:
O tratamento da doença de Chagas deve ser indicado por um médico, após a
confirmação da doença. O remédio, chamado benznidazol, é fornecido
gratuitamente pelo Ministério da Saúde, mediante solicitação das Secretarias
Estaduais de Saúde e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença
aguda assim que ela for diagnosticada.
PREVENÇÃO:
A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de
transmissão e uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro”
forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas
residuais por equipe técnica habilitada. 
Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou
frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Também recomenda-se
usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.)
durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em
áreas de mata.

10. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)


A Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença neurodegenerativa,
caracterizada por provocar uma desordem cerebral com perda de memória e
tremores. É de rápida evolução, e de forma inevitável, leva à morte do
paciente. A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é um tipo de Encefalopatia
Espongiforme Transmissível (EET) que acomete os humanos. As EET são
chamadas assim por causa do seu poder de transmissibilidade e suas
características neuropatológicas que provocam alterações espongiformes no
cérebro das pessoas (aspectos esponjosos).
Formas clínicas:
 Esporádica: A maioria dos casos de DCJ acontece pela forma esporádica
(85%). Afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos (média de 65 anos)
e é discretamente mais prevalente em mulheres.
 Hereditária: Entre 10 a 15% dos casos de DCJ acontecem por mutação
hereditária no príon, decorrente de uma mutação no gene que codifica a
produção da proteína priônica.
 Iatrogênica: Acontece como consequência de procedimentos cirúrgicos
(transplantes de dura-máter e córnea) ou por meio do uso de
instrumentos neurocirúrgicos ou eletrodos intracerebrais contaminados.
Mais de 250 pacientes em todo o mundo foram associados a esta forma
(menos de 1% dos casos).
 Variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ): É uma outra doença
priônica, que está associada ao consumo de carne e subprodutos de
bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (Doença da
“Vaca Louca”).
Transmissão:
Na variante da doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ), a transmissão pode
acontecer pelo consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados
com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB). Por outra parte, é a única forma
de DCJ onde existem evidências de que a transmissão pode acorrer por
meio da exposição ao sangue, produtos sanguíneos ou instrumentos
utilizados no processo.
Sintomas:
Embora exista uma grande variação nas manifestações clínicas, a Doença de
Creutzfeldt-Jakob (DCJ) caracteriza-se pelos seguintes sintomas:
 desordem cerebral com perda de memória;
 tremores. Em um terço dos casos, os pacientes apresentam:
 falta de coordenação de movimentos musculares;
 distúrbios da linguagem; perda visual
 perda da capacidade de comunicação;

Diagnostico:
Diversos exames ajudam no diagnóstico de um caso suspeito para Doença
de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou vDCJ. Os exames de sangue para a análise
genética no príon e a análise de líquor para detecção de uma proteína
neuronal (estudo conhecido como 14.3.3) são bem indicativos para a
doença.

Tratamento:

Dentre as principais formas de tratamento para a Doença de Creutzfeldt-


Jakob (DCJ) disponíveis encontram-se drogas antivirais e corticoides. No
entanto, aproximadamente 90% dos indivíduos acometidos pela Doença de
Creutzfeldt-Jakob (DCJ) evoluem para óbito em um ano. Atualmente o
tratamento recomendado é basicamente de suporte e controle das
complicações.

11. A) Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza"

Conceito e Sintomas:

é uma bactéria que atinge principalmente crianças até cinco anos, causando
infecções que começam geralmente no nariz e na garganta, mas podem se
espalhar para outras partes do corpo, incluindo pele, ouvidos, pulmões,
articulações, membranas que revestem o coração, medula espinhal e cérebro.
Essa bactéria pode causar diferentes doenças infecciosas com complicações
graves, como pneumonia, inflamação na epiglote, dor de ouvido, infecção
generalizada na corrente sanguínea, inflamação do pericárdio, inflamação das
articulações e sinusite. Uma das piores doenças causadas pela
bactéria Haemophilus influenzae  tipo b é a meningite, que geralmente tem um
início súbito com febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de
nuca. Sequelas graves ocorrem de 3% a 5% dos sobreviventes de meningite
por Hib como déficit auditivo grave e lesões cerebrais permanentes.

FATOR DE RISCO:

A faixa etária de maior risco, são as crianças com menos de 5 anos. É raro que
crianças com menos de 3 meses ou mais de 5 anos sejam infectadas, e o
impacto da doença é maior em indivíduos entre 4 e 18 meses de vida.

Como a doença por Hib praticamente desapareceu nos países em que a


vacinação de rotina é realizada, crianças de até 5 anos não vacinadas e que
viajam para muitos países em desenvolvimento, onde a cobertura vacinal é
inadequada, estão em risco de infecção.

PREVENÇÃO

A vacina é a única ferramenta de saúde pública capaz de impedir a maioria das


doenças por Hib grave. ESQUEMA VACINAL - A vacina Hib combinada, deve ser
dada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses, com reforço aos 15 meses. O intervalo
recomendado das séries primárias é de 4 a 8 semanas. O intervalo mínimo do
reforço deve ser de 8 semanas. Crianças não vacinadas maiores de 5 anos e
adultos recebem dose única.

TRANSMISSÃO:

A Haemophilus influenzae coloniza o aparelho respiratório. A transmissão


da Hib se dá pelo contato com pessoas infectadas com a bactéria, mesmo que
estes não apresentem manifestações clínicas. Os germes passam de pessoa a
pessoa através das secreções da mucosa nasal. Se permanecerem no nariz e na
garganta, provavelmente a pessoa não ficará doente. Algumas vezes, os germes
localizam-se nos pulmões ou na corrente sanguínea e, então, a Hib pode causar
problemas graves.

DIAGNOSTICO

 Cultura de uma amostra de sangue ou de outros líquidos corporais


 Às vezes, o exame de uma amostra de líquido cefalorraquidiano (obtida
por punção lombar)

TRATAMENTO: São tratadas com antibióticos

B) Doença Meningocócica e outras meningites

A neisseria meningitidis (meningococo) é o nome de uma bactéria que causa


meningite e meningococcemia. Ambas são denominadas doenças
meningocócicas. Meningite é a inflamação das meninges no cérebro, e a
meningococcemia é quando a bactéria se espalha pelos diversos órgãos do
corpo. Alguns pacientes podem ter as duas formas de apresentação da doença
meningocócica. O contágio se dá por via respiratória. Se o paciente é tratado
precocemente, tem uma resposta boa. Porém, a doença evolui muito
rapidamente, podendo levar à morte em horas.

EXISTE DOIS TIPOS:A meningite viral costuma ser caracterizada, em sua maioria,
por um quadro clínico benigno, isto é, menos grave. Geralmente, não há
tratamento específico. A grande maioria dos pacientes se cura sem sequelas. Os
sintomas assemelham-se aos de viroses mais comuns, como febre, diarreia e
dor de cabeça, além de rigidez na nuca. Já a meningite bacteriana costuma ser
mais grave e, dependendo dos casos, pode levar o paciente à morte em
algumas horas após o aparecimento dos sintomas. Várias bactérias podem
provocar meningite, porém o tipo mais grave é a causado pela bactéria
chamada neisseria meningitidis (meningococo). Essa bactéria possui diversos
sorogrupos. Em Santa Catarina, os sorogrupos circulantes são o B, C, Y e W.
SINTOMAS:

Febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito,
náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas ou arroxeadas na pele ou
mesmo hematomas.

Em crianças menores de um ano de idade, esses sintomas podem não ser tão
evidentes e os pais ou responsáveis devem atentar para a presença de moleira
tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e
rigidez corporal com ou sem convulsões.

TRANSMISSÃO:

Nem toda meningite é transmissível, mas dentre as transmissíveis, o contágio se


dá, geralmente, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Por isso, os
casos da doença costumam aumentar nos meses de frio. Tosse, espirro, beijo e
compartilhamento de itens pessoais podem transmitir as meningites.

Nas meningites virais, também tem papel importante a transmissão fecal-oral -


quando o vírus é eliminado nas fezes de um paciente, contamina a água ou
alimentos, e pode entrar em contato com outra pessoa através das mãos

TRATAMENTO

Após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas do paciente,


este ficará internado e receberá tratamento de acordo com o agente causador
da doença. No caso de meningite bacteriana, o tratamento será realizado com
antibióticos específicos

PREVENÇÃO

Manter os ambientes bem ventilados e, se possível, ensolarados, principalmente


salas de aula, quartos, locais de trabalho e transporte coletivo; lavar as mãos
frequentemente com água e sabão; manter rigorosa higiene com pratos,
talheres, mamadeiras e chupetas; e evitar aglomerações

12. Doenças com suspeita de disseminação intencional:a. Antraz


pneumônicob. Tularemiac. Varíola

ANTRAZ

Antraz é causado pelo Bacillus anthracis Gram-positivo, que são organismos


anaeróbios facultativos, encapsulados e produtores de toxinas. O antraz, uma
doença quase sempre fatal nos animais, é transmitido aos seres humanos pelo
contato com animais infectados ou seus produtos. Em pessoas, a infecção é
tipicamente adquirida através da pele. A infecção pela inalação é menos
comum; infecções orofaríngeas, meníngeas e gastrintestinais são raras. No
caso de infecções das vias respiratórias e gastrointestinais, sintomas locais
inespecíficos são seguidos, em vários dias, por doença sistêmica grave,
choque e, muitas vezes, óbito. O tratamento empírico deve ser feito com
ciprofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino ou doxiciclina. Uma vacina está
disponível.

TULAREMIAC- TULAREMIA

A tularemia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Gram-


negativa Francisella tularensis. É transmitida por carrapatos, picadas de moscas
ou contato direto com animais infectados ou pele de animais. Também pode
ser transmitida pela inalação de aerossóis ao realizar trabalhos em ambiente
externo (por exemplo, aparar a grama), onde vivem animais infectados .

A tularemia é transmitida por carrapatos, picadas de moscas, contato direto


com animais infectados ou pele de animais, ou inalação de aerossóis ao realizar
trabalhos em ambiente externo, onde vivem animais infectados.

Classificada em 7 formas distintas, cada uma com uma síndrome clínica


diferente.

O diagnóstico requer um alto índice de suspeita decorrente do quadro clínico,


embora possa ser confirmado somente por teste sorológico.

O tratamento antibiótico com aminoglicosídeos ou ciprofloxacino é a principal


base da terapia em todos os pacientes, independentemente da síndrome clínica.
Pode-se também usar a doxiciclina.

O prognóstico após o tratamento é excelente.

VARIOLA

Varíola é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus da varíola, um


ortopoxvírus. A taxa de casos fatais é de cerca de 30%. A infecção natural foi
erradicada. A preocupação principal quanto a epidemias é o bioterrorismo.
Sintomas constitucionais intensos e exantema com pústulas características se
desenvolvem. O tratamento costuma ser de suporte e potencialmente com
antivirais. A prevenção envolve a vacinação que, por causa de seus riscos, é
realizada de forma seletiva.

13. Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes:a. Arenavírusb.


Ebolac. Marburgd. Lassae. Febre purpúrica brasileira

14. a. Doença aguda pelo vírus Zika


B) Doença aguda pelo vírus Zica em gestantes

C) Obitos com suspeitas de doença pelo vírus Zika.

D) Sindrome congênita associada a infecção pelo vírus Zika

15. Esquistossomose

Doença causada pela infecção por vermes parasitas de água doce de certos
países tropicais e subtropicais.
Parasita que pode ser encontrado em áreas como África Subsaariana, Oriente
Médio, Sudeste Asiático, Caribe e Brasil. A água doce é contaminada por
animais infectados e fezes ou urina de humanos contaminados. O parasita
penetra na pele humana e atinge a corrente sanguínea, migrando para o fígado,
intestino e outros órgãos.
Os sintomas incluem irritação na pele, coceira, febre, calafrios, tosse, dor de
cabeça, dor de barriga, dores nas articulações e dores musculares.
A infecção pode ser curada por meio de medicação administrada por um ou
dois dias.

16. Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública
(ver definição no art. 2º desta portaria)
17. Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação
18. Febre Amarela

A febre amarela é uma doença hemorrágica viral transmitida por mosquitos


infectados. O termo “amarela” se refere à icterícia apresentada por alguns
pacientes. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, icterícia, dores musculares,
náusea, vômitos e fadiga.

19. a. Febre de Chikungunya

A Febre da Chikungunya é uma infecção viral que pode apresentar febre acima
de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e
mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores
nos músculos e manchas vermelhas na pele

b. Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão

c. Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya

Todo caso suspeito deve ser notificado utilizando a ficha de notificação do


Sinan Online em até 7 dias, e ser encerrada em até 60 dias. Os óbitos e casos
graves são de comunicação imediata, ou seja, devem ser comunicados em até
24 horas para a esfera superior do sistema.

20. Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde


pública

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma infecção viral causada por um arbovírus
(mosquito), assim como Dengue, Zika, Chikungunya e a Febre do Mayaro. Os
fatores de risco estão relacionados à presença do ser humano em áreas rurais e
silvestres que contenham o mosquito infectado e que, por ventura, venha a
picar estes seres humanos.

21. Febre Maculosa e outras Riquetisioses

A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa, febril aguda, de


gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves
e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma
bactéria do gênero Rickettsia (Rickettsia rickettsii), transmitida por carrapatos,
caracterizando-se por ter início abrupto, com febre elevada, cefaléia e mialgia
intensa e/ou prostração, seguida de exantema máculo-papular,
predominantemente nas regiões palmar e plantar, que pode evoluir para
petéquias, equimoses e hemorragias. O tratamento precoce é essencial para
evitar formas mais graves da doença.

22. Febre Tifoide

A Febre Tifoide é uma doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella


enterica sorotipo Typhi, de distribuição mundial. A doença está diretamente
associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em regiões com
precárias condições de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Se não
tratada adequadamente, a Febre Tifoide pode matar.

23. Hanseníase

A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium


leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração,
diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular,
principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar
incapacidades permanentes.

24. Hantavirose

A Hantavirose é uma zoonose viral aguda, cuja infecção em humanos, no Brasil,


se apresentam na forma da Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus. Na
América do Sul, foi observado importante comprometimento cardíaco,
passando a ser denominada de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus
(SCPH). Os hantavírus possuem como reservatórios naturais alguns roedores
silvestres, que podem eliminar o vírus pela urina, saliva e fezes. Os roedores
podem carregar o vírus por toda a vida sem adoecer. A hantavirose é
causada por um vírus RNA, pertencente à família Bunyaviridae, gênero
Hantavirus.

25. Hepatites virais

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no


mundo. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves,
moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja,
não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar
como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e
olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C.
Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na
região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil,
sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. 
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se
tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande
parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença
possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção
compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que
podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do
órgão. 

26. HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome


da Imunodeficiência Adquirida

A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana


(HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o
responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas
são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer
cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de
outros para continuar a infecção

27. Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta


ao risco de transmissão vertical do HIV

Fatores que interferem na transmissão vertical do HIV: carga viral, aleitamento


materno e infecções concomitantes. Em mulheres adequadamente tratadas, os
fatores obstétricos como via de parto, exposição ao sangue materno e
prematuridade, não tem sido fatores importantes para a transmissão vertical do
HIV
28. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência


Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é
o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas
são os linfócitos T CD4+.

29. Influenza humana produzida por novo subtipo viral

H3N2: O que é o novo vírus influenza, quais seus sintomas e quanto tempo a


infecção dura? H3N2 é um vírus responsável por causar a gripe. Ele pode ser
facilmente transmitido de pessoa para pessoa através de contato próximo e
superfícies contaminadas e, se não prevenido, pode causar surtos em toda a
comunidade.

30. Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos,


gases tóxicos e metais pesados)

31. Leishmaniose Tegumentar Americana

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que


provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do
gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na
ocorrência de casos de LT. As mais importantes são: Leishmania (Leishmania)
amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L. (V.) braziliensis. A doença é
transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos
(espécie de mosca) infectadas

32. Leishmaniose Visceral

A leishmaniose visceral (LV) era, primariamente, uma zoonose caracterizada


como doença de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, vem se
expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou
crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do
continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica.
É uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de
peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não
tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

33. Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir


da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos)
infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com
lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por
meio de mucosas.

34. a. Malária na região amazônica

De 2010 a 2019, houve queda nos casos de malária na região


Amazônica (Estados do Norte, Nordeste e Centro-oeste do país).

b- Malária na região extra-Amazônica

 A incidência da malária no Brasil aumentou cerca de dez vezes nos últimos 30


anos e, atualmente mais de 99% dos casos ocorrem na região Amazônica9.
A malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários do gênero
Plasmodium.

35. Óbito: a. Infantil b. Materno

A mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos nos períodos


neonatal precoce (0-6 dias de vida), neonatal tardio (7-27 dias) e pós-neonatal
(28 dias e mais).

Morte materna é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias


após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização
da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela
gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela.

36. Poliomielite por poliovírus selvagem

A poliomielite, comumente chamada de pólio, é uma doença altamente


contagiosa causada pelo poliovírus selvagem. A grande maioria das infecções
não produz sintomas, mas de 5 a 10 em cada 100 pessoas infectadas com esse
vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe.

37. Peste

A peste é uma infecção grave causada pela bactéria Gram-negativa. As bactérias


Gram-negativas são classificadas pela cor que adquirem depois de submetidas...
leia mais Yersinia pestis e que frequentemente envolve os linfonodos e/ou os
pulmões. As bactérias são transmitidas principalmente pela pulga de ratos.

38. Raiva humana

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive
o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com
letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero
Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

39. Síndrome da Rubéola Congênita

Doença que afeta os bebês cuja mãe contraiu o vírus da rubéola durante a
gravidez. A síndrome da rubéola congênita ocorre quando o vírus da rubéola na
mãe afeta o bebê em desenvolvimento, geralmente nos primeiros três meses de
gestação. Desde a introdução da vacina contra a rubéola, os casos diminuíram
significativamente.
Os sintomas incluem visão com aspecto embaçado ou esbranquiçado devido a
catarata, além de surdez, defeitos cardíacos e atraso no desenvolvimento.
Os lactentes precisam ser monitorados de perto, mas não existem tratamentos
específicos para a rubéola congênita

40. Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola

Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser
fatal. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira
próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.

Rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo


vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é
conhecida como “Sarampo Alemão”. Geralmente causa sintomas leves, como
dor nas articulações e uma erupção cutânea, mas pode causar graves
deficiências congênitas se a mãe for infectada com rubéola durante a gravidez

41. Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem


se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas
primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro
estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de
cura da doença. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste
para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita
pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer.                                             
O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da
gestação e no momento do parto (independentemente de exames
anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar
sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

42. Síndrome da Paralisia Flácida Aguda

A Paralisia Flácida Aguda (PFA) é uma síndrome clínica caracterizada por


arreflexia, hipotonia, alterações de despolarização que geram espasmos
musculares e podem cursar com atrofia muscular. Entre suas causas estão
Poliomielite, síndrome de Guillain-Barré e mielite transversa aguda

43. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus a. SARS-CoV


b. MERS- CoV

Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doença


respiratória, que varia em gravidade desde um resfriado comum até
pneumonia fatal.

No entanto, três das sete infecções por coronavírus em humanos podem ser
muito mais graves e recentemente causaram grandes surtos de pneumonia
mortal:

 SARS-CoV-2 é um coronavírus novo que foi identificado pela primeira


vez em Wuhan, China, no final 2019, como a causa da doença por
coronavírus de 2019 (COVID-19) e se espalhou por todo o mundo.
 MERS-CoV foi identificado em 2012 como a causa da síndrome
respiratória do Oriente Médio (MERS).
 O SARS-CoV foi identificado em 2003 como a causa de um surto de
síndrome respiratória aguda grave (SARS) que começou na China
aproximadamente no fim de 2002.
Esses coronavírus que causam infecções respiratórias graves são
transmitidos por animais para os seres humanos (patógenos
zoonóticos).

44. Tétano: a. Acidental b. Neonatal

O tétano é classificado como acidental quando ocorre em indivíduos com mais


de 28 dias de vida, sendo denominado neonatal quando precede esse período.
O tétano acidental cursa com sinais e sintomas como contraturas paroxísticas,
trismo e riso sardônico, podendo evoluir para insuficiência respiratória.

O Tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que
acomete o recém-nascido (RN), nos primeiros 28 dias de vida, tendo como
manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro
constante. A doença é causada por uma bactéria chamada Clostridium tetani.

45. Toxoplasmose gestacional e congênita

A toxoplasmose é uma infecção muito comum, mas a manifestação clínica da


doença é rara. Em humanos a principal causa da infecção é o consumo de carne
contaminada sem processamento térmico adequado. A toxoplasmose é
considerada uma das infecções parasitárias negligenciadas.

46. Tuberculose
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os
pulmões, embora também possa acometer outras partes do corpo, como ossos
e rins. Os principais sintomas da doença são dores no peito, tosse persistente,
perda de peso não-intencional, febre e perda de apetite

47. Varicela - caso grave internado ou óbito

A Catapora (varicela) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas


geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com
maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da
primavera. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas
(na pele) que se apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas,
vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de prurido (coceira).

Em crianças, geralmente é benigna e autolimitada. Em adolescentes e adultos,


em geral, o quadro clínico é mais exuberante. A Catapora (varicela) é uma
doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster
que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal característica
clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira.

As pessoas com varicela podem necessitar internação hospitalar, seja por


agravamento da doença (pneumonite, encefalite) ou por complicações
(infecções bacterianas secundárias) da própria varicela ou, adicionalmente, por
intercorrências médicas (trabalho de parto, emergência cirúrgica, terapia de
doença de base).

48. a. Violência doméstica e/ou outras violências

Violência intrafamiliar / violência doméstica – acontece dentro de casa ou


unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que
viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e
psicológico, a negligência e o abandono.

b. Violência sexual e tentativa de suicídio

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