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1- Botulismo: botulismo é uma doença rara e grave causada pela toxina

produzida pela bactéria Clostridium botulinum. O agente etiológico entra


no organismo por meio de ferimentos ou pela ingestão de alimentos
contaminados que não tem produção ou conservação adequada, a qual
a bactéria ira se multiplicar nessas condições.
Formas de contágio: -Botulismo alimentar: ocorre quando se tem a ingestão
de alimentos contaminados com a toxina botulínica, os quais podem ter sido
conservados ou produzidos de maneira inadequada;
-Botulismo infantil: esse tipo de botulismo é uma forma de ocorrência intestinal,
será mais frequente em bebês (3 a 26 semanas) em que a causa principal é o
consumo de mel de abelhas não pasteurizado;
-Botulismo por ferimentos: é uma das formas mais raras em que os indivíduos
vão se contaminar quando ferimentos profundos, ulceras crônicas com tecido
necrótico, fissuras, esmagamento de membros são infectados com a bactéria
Clostridium botulinum, levando à produção da toxina;
-Botulismo intestinal: quando os esporos contidos em alimentos contaminados,
tornam-se viáveis, se fixam e multiplicam no intestino, onde ocorre a produção
e absorção de toxina.
Sintomas: os sintomas costumam aparecer de 12 a 36 horas após a exposição
à toxina, podendo ser leves a graves, dentre eles: Fraqueza muscular
progressiva, começando na região da cabeça e pescoço e se espalhando para
outras partes do corpo, visão dupla, embaçada ou queda das pálpebras,
dificuldade para engolir, falar e respirar, boca seca, náuseas, vômitos e
diarreia. Em casos graves, o botulismo pode levar à paralisia respiratória e ser
potencialmente fatal se não tratada rapidamente.
2- Cólera: A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda,
transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água
ou alimentos contaminados, causada pela bactéria Vibrio cholera e mais
comum em áreas com saneamento inadequado e acesso precário a
água potável
Forma de contágio: Esse período dura enquanto a pessoa estiver eliminando
a bactéria nas fezes, na maioria dos casos até poucos dias após a cura
(20dias). A transmissão da coleta ocorre por via fecal-oral, ou seja, pela
ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela contaminação pessoa a
pessoa. Os alimentos podem ser contaminados durante sua produção e
manipulação.
Além disso, como agente causador da coleta faz parte do ambiente aquático
pode se apresentar em mariscos (crustáceos e moluscos), peixes e algas caso
esses alimentos forem consumidos crus ou malcozidos
Sintomas: a maior parte das pessoas infectadas não apresenta sintomas, em
muitos casos nem percebe que contraia a doença, mas mesmo assim pode-se
transmitir a bactéria e infectar outras pessoas. Os sintomas mais frequentes
são a diarreia, náuseas e vômitos, com diferentes graus de intensidade.
Também pode ocorrer dor abdominal, cãibras, desidratação e choque.
Nos casos graves, mais típicos, o início é súbito, com diarreia aquosa,
abundante, de difícil controle e com inúmeros episódios diários. Tal quadro leva
rapidamente à desidratação intensa e deve ser tratado precoce e
adequadamente, para evitar a ocorrência de complicações e até mesmo da
morte.
3- Coqueluche: A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é
uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria
Bordetella pertussis. A doença afeta principalmente as vias respiratórias
e causa episódios de tosse severa e prolongada. Em crianças menores
de seis messes podem apresentar complicações e que se não tratadas
corretamente pode-se levar a morte.
Formas de contágio: A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente,
pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de
gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns
casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados
com secreções de pessoas doentes, isso é pouco frequente, pois é difícil o
agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é
impossível.
Sintomas: podem se manifestar em três níveis, podendo variar em gravidade e
evolução ao longo dos estágios da doença
1. Estágio inicial (catarral): Nariz escorrendo ou entupido, espirros, olhos
lacrimejantes, tosse leve;
2. Estágio paroxístico (paroxístico): Tosse intensa e persistente, com episódios
de tosse rápida e repetitiva, dificuldade em respirar após uma série de tosses
(chiado ou som de "guincho"), rosto avermelhado ou azulado durante os
episódios de tosse, aumento da salivação;
3. Estágio de convalescença: Gradual diminuição da frequência e gravidade da
tosse persistente que pode durar semanas ou meses. Em bebês muito novos,
os sintomas podem ser menos óbvios, mas incluem episódios de apneia
(pausas na respiração) ou uma tosse "engasgada”. É importante ressaltar que
a coqueluche pode ser mais grave em bebês, crianças pequenas e indivíduos
não vacinados. Complicações da coqueluche podem incluir pneumonia,
convulsões, lesões cerebrais, dificuldade respiratória grave e até mesmo morte,
especialmente em bebês com menos de um ano de idade.
4- Difteria: É uma doença transmissível e causada pela bactéria
Corynebacterium diphtheriae que atinge principalmente as vias respiratórias
amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo,
como pele e mucosas e, em casos graves, pode causar complicações sérias
em outros órgãos, como coração e sistema nervoso. E afeta durante todos os
períodos do ano a todos que não são vacinados.
Formas de contágio: A transmissão da difteria ocorre basicamente por meio
da tosse, espirro ou por lesões na pele, ou seja, a bactéria da difteria é
transmitida pelo contato direto da pessoa doente ou portadores com pessoa
suscetível, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.
Tem-se caso raros em que a contaminação pode ocorrer por objetos capazes
de absorver e transportar micro-organismos, como a bactéria causadora da
difteria.
Sintomas: surgem após seis dias da infecção e são membrana grossa e
acinzentada, cobrindo as amígdalas e podendo cobrir outras estruturas da
garganta, dor de garganta discreta, gânglios inchados (linfonodos aumentados)
no pescoço, dificuldade em respirar ou respiração rápida em casos graves,
palidez, febre não muito elevada, mal-estar geral. Algumas pessoas podem
apresentar sintomas leves ou até mesmo não ter nenhum tipo de sinal da
doença.
5- Esquistossomose: É uma doença parasitária, diretamente relacionada
ao saneamento precário, causada pelo Schistosoma mansoni. No
Brasil, é popularmente conhecida como “xistose”, “barriga d’água” ou
“doença dos caramujos”.
Forma de contágio: A pessoa adquire a infecção quando entra em contato
com água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores
da esquistossomose em que o hospedeiro definitivo, infectado elimina os ovos
do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos
eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros
intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas
abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais
e o ser humano adquire a doença ao entrar em contato com essas águas.
Sintomas: na fase crônica apresentasse diarreia constante e sangue nas fezes. Na fase
aguda a maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, nessa fase, o paciente
infectado pode apresentar diversos sintomas, como: febre, dor de cabeça, calafrios,
suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse, diarreia.
Em casos graves o estado do paciente piora bastante com o emagrecimento,
fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen e caso não tratado
corretamente pode evoluir e provocar complicações e a morte dos indivíduos
infectados.

6- Febre Amarela: É uma doença infecciosa grave, causada por vírus


e transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos), por
meio da picada de mosquitos infectados.
Forma de contágio: A transmissão da enfermidade não é feita diretamente
de uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique uma
pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado (nove a 12 dias), pique um
indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado. O vírus e a
evolução clínica da doença são idênticos para os casos de febre amarela
urbana e de febre amarela silvestre, diferenciando-se apenas o transmissor da
doença. A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de
mosquitos do gênero Haemagogus. Uma vez infectado em área silvestre, a
pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes
aegypti (também vetor do dengue), principal transmissor da febre amarela
urbana.
Sintomas: Dependendo da gravidade, a pessoa pode sentir febre, dor de
cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos
ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e
urina).

7- Hanseníase: Hanseníase ou lepra, nome pelo qual a enfermidade era


conhecida no passado, é uma doença infectocontagiosa causada pela
bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, em memória de
seu descobridor. É provável que a transmissão se dê pelas secreções
das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva. Embora seja uma
doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos, os
olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos. O período de incubação
pode durar de 6 meses a 6 anos. A doença pode apresentar
principalmente 4 formas clínicas: indeterminada, borderline ou dimorfa,
tuberculoide e virchowiana. Em termos terapêuticos, somente 2 tipos
são considerados: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com
muitos bacilos).

Forma de contágio: é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas


na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que
ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença.

Sintomas: Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com


diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. As
pessoas podem ter também dores locai nas articulações, no pé ou nos olhos,
na pele bolhas, erupções, nódulos, pequena saliência, perda de cor,
vermelhidão ou úlceras, sensorial, formigamento, redução na sensação de tato
ou perda da sensação de temperatura. Também é comum: deformidade física,
irritação nos olhos, lesões nos nervos, perda de peso ou dificuldade em
levantar o pé.
8- Leptospirose: A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que
resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais
(principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.
Forma de contágio: Em situações de enchentes e inundações, a urina dos
ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das
enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama
contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram
no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou
ferimento. O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios
contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem
facilitar a transmissão da leptospirose. Veterinários e tratadores de animais
podem adquirir a doença pelo contato com a urina de animais doentes ou
convalescentes.
Sintomas: Os mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como
a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo,
principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer
vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia
(coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados
especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar
também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória,
que podem levar à morte.
9- Toxoplasmose: A toxoplasmose é uma infecção causada por um
protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de
gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros
animais. É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e
é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns
em todo o mundo. Os casos agudos são, geralmente, limitados e com
baixas incidências. A fase aguda da infecção tem cura, mas o parasita
persiste por toda a vida da pessoa e pode se manifestar ou não em
outros momentos, com diferentes tipos de sintomas. Quanto à infecção
crônica, a taxa de incidência é baixa até os cinco anos de idade e
começa a aumentar a partir dos 20.
Forma de contágio: as principais vias de transmissão da toxoplasmose são:
Via oral (ingestão de alimentos e água contaminados) e congênita (transmitido
de mãe para filho durante gestação), sendo raros os casos de transmissão por
inalação de aerossóis contaminados, inoculação acidental, transfusão
sanguínea e transplante de órgãos.
Sintomas: A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta
sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos. A doença em
outros estágios, no entanto, pode trazer complicações, como sequelas pela
infecção congênita (gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e
toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico
enfraquecido, como transplantados, pacientes infectados com o HIV ou em
tratamento oncológico. 
Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves,
incluindo febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação e
convulsões.
Gestantes: mulheres infectadas durante a gestação podem ter abortamento ou
nascimento de criança com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises
convulsivas.
Recém-nascidos: dos recém-nascidos infectados (Toxoplasmose Congênita),
cerca de 85% dos casos não apresentam sinais clínicos evidentes ao
nascimento. No entanto, essas crianças podem indicar alterações como
restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e
neurológicas. Sequelas tardias são mais frequentes na toxoplasmose congênita
não tratada. Há casos relatados de surgimento de sequelas da doença, não
diagnosticadas previamente, ocorrendo apenas na adolescência ou na idade
adulta. 
Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais
no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam
ter, com mais frequência, sequelas graves, como acometimento visual em
graus variados, retardo mental, anormalidades motoras e surdez. As sequelas
são ainda mais frequentes e mais graves nos RN que já apresentam sinais ao
nascer, com acometimento visual em graus variados, retardo mental, crises
convulsivas, anormalidades motoras e surdez.
10- Tuberculose: A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível,
causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida
como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões
(forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou
sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o
pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV,
especialmente aquelas com comprometimento imunológico. 
Forma de contágio:
A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de
aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com
tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento; e a inalação de
aerossóis por um indivíduo suscetível calcula-se que, durante um ano, em uma
comunidade, uma pessoa com tuberculose pulmonar e/ou laríngea ativa, sem
tratamento, e que esteja eliminando aerossóis com bacilos, possa infectar, em
média, de 10 a 15 pessoas. 
Sintomas: O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma
seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório,
que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para
tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:
Febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.

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