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Febre tifó ide

INTRODUÇÃO
A febre tifóide é uma doença de distribuição mundial associada a baixos níveis
socioeconómicos, situação precária de saneamento básico, higiene pessoal e
ambiental. Por isso, está praticamente extinta em países onde esses problemas foram
superados. Causada pelas Salmonellas que são bacilos pertencentes à família dos
Enterobactereaceae que causam muitas afectações na saúde do homem e que
causam maior número de mortes e pode apresentar graves complicações, a
Salmonellatyphi é também conhecida como bacilo de Elberth, assim chamado em
homenagem a Karl Joseph Elberth que o descreveu pela primeira vez em 1880 e em
1907, MaryMallon (a original "Maria Tifóide") foi o primeiro portador a ser identificado
após a epidemia ser descoberta nos EUA. Em Angola a febre tifóide continua sendo
relevante problema de saúde pública, sendo endémica durante todo ano, com maior
incidência nos meses quentes ou durante períodos de enchentes.

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Febre tifó ide

FEBRE TIFÓIDE
A Febre tifóide é uma doença infecto-contagiosa causada pela ingestão de
alimentos ou água contaminada pela bactéria Salmonelas typhy que é um:
• Bacilo gran-negativo
• Não esporulado,
• Não capsulado
• Móvil por flagelos peritricos
• Anaeróbios facultativos
• Possuem metabolismo aumentado em comparação com outras bactérias.

Esta enfermidade tem sintomas proeminentes, sendo endémica em países


subdesenvolvidos e nestas regiões endémicas, a incidência de febre tifóide pode ser de
25 a 60 vezes maior entre indivíduos HIV positivo e a OMS estima que 12 millões de
casos de Febre tifoide ocorrem anualmente no Mundo.

EPIDEMIOLOGIA

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La infeccion por S. typhi es señal de contacto con heces humanas contaminadas
con este m.o, ya que el hombre es su único reservorio.
Vía de transmisión: fecal-oral o Digestiva a partir de alimentos.
CÍCLO DE VIDA
Depois de entrar Salmonella pela a vía oral e chegar ao intestino delgado
distal, se adere e penetra nas células epiteliais. Salmonella é ingerida pelas células M
nas placas de Peyer subsequentemente se estende pela penetração a células
epiteliais absortivas colunares adjacentes. Salmonella typhi, é capaz de atravessar a
barreira epitelial e entrar no sistema reticuloendotelial, donde a bactéria entra e se
multiplica dentro dos macrófagos fixos do fígado, bazo e gânglios linfáticos, e dentro
dos macrófagos circulantes, dando lugar a uma contínua bacteriemia e esta
bacteriemia chega a vesícula e intestino delgado novamente.
O novo choque da bactéria com os gânglios linfáticos y placas de Peyer origina
hiperplasia y necrosis, e em casos muitos severos provoca a hemorragia e perfuração
intestinal.

QUADRO CLÍNICO
Febre, dor de cabeça, prostração, mal-estar, forte diarreia e tosse são algumas
características de infecções por salmonelas que geralmente são mais prolongadas,
causa maior número de mortes e pode presentar graves complicações como
sangramentos, hemorragias e perfurações, assim como produzir sembras a distancia.;
Pode existir uma variabilidade clínica na febre tifóide. O quadro clínico divide-se
em:
Período de incubação: período geral de 3 a 60 dias, período médio de 7 a 14
dias.
Período invasivo ou inicial: geralmente insidioso dura de 6 a 8 dias. O paciente
apresenta astenia, cefaleia frontal intensa e persistente, náuseas, raquialgia baixa,
fraqueza muscular progressiva e insónia. A temperatura se leva progressivamente até
o 5º dia, quando atinge 39ᵒ C. pode predominar a obstipação intestinal na maioria dos

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adultos. A língua é saburrosa e a face congesta. Pode haver epistaxe. No véu palatino
podem surgir ulcerações pequenas angina de (duguet).
Período de estado: na 2ª semana a temperatura atinge 39,5ᵒ a 40,5ᵒC, pele
pálida, anorexia intensa, pode haver confusão mental ou convulsão, sobretudo em
crianças, diarreia aquosa, esplenomegalia dolorosa, abdómen muitas vezes doloroso.
Pode ocorrer hepatomegalia, as fezes semi-liquida vária de amarelo acre a
esverdeadas, erupção cutânea macular. A duração desta fase persiste em torno de 15
a 20 dias.
Período de efervescência: pode haver melhoria gradual espontânea ou em caso
de agravamento sobrevir complicações como enterorragia ou perfuração intestinal.
Alguns casos podem cursar com icterícia leve.
Outras complicações são: colecistite, parotidite, pancreatite, miocardite,
meningites porulentas, neurites periféricas, pneumonias, glomerulonefrite, periostite,
poliartrite, Peritonite, etc.
PROFILAXIA
• Ferver ou filtrar a água antes de consumi-la;
• Higiene pessoal;
• O Combate a moscas, ratos;
• Saneamento básico e preparo adequado dos alimentos especialmente as
comidas cruas, deve-de cozer bem os alimentos ex. o ovo.
• Fervura e pasteurização do leite;
• Evitar alimentação na rua e, se necessário, de preferência a pratos
preparados na hora e servidos ainda quentes;
• A vacina contra febre tifóide é a forma mais eficaz de imunização.
Melhor forma de prevenir é identificar os portadores recorrentes para eliminar as
bactérias resistentes a antibióticos.As vacinas modernas possuem 96% a 89% de
eficiência nos primeiros 3 anos, porém vacinas mais antigas com 75%-55% de
eficiência também são usadas em certos países subdesenvolvidos.
DIAGNÓSTICO

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No diagnóstico da febre tifóide é muito importante a indicação adequada no
momento preciso, pois pelas características patogénicas deste microorganismo, a
bactéria tem localizações precisas segundo o estadio da enfermidade.
Na primeira semana, a mostra útil é o hemocultivo;
Na segunda semana pode fazer-se o aislamento no medulocultivo ou
urocultivo;
Na terceira semana só é possível sua aislamiento nas fezes ou no estudo da
bílis, coprocultivo e bilicultivo respectivamente.
Nas intoxicações alimentárias, o estudo da mostra testigo é imprescindível
para o diagnóstico de salmoneloses.
A reacção de Widal é um teste de aglutinação em tubo que demonstra resposta
serológica contra a S. typhi. Este teste, apesar de apresentar várias limitações, é ainda
muito utilizado em regiões pouco desenvolvidas. 3
Actualmente estão disponíveis testes comerciais que utilizam uma metodologia
modificada e possibilitam a detecção de anticorpos contra os antígenos O, H, ou Vi da
S.typhi.
TRATAMENTO
A febre tifóide deve ser tratada com antibióticos específicos, mais normalmente
o Clorafenicol, Ampicilina ou quinolonas. Caso os antibióticos tradicionais não sejam
eficientes em reduzir os sintomas em poucos dias, antibióticos alternativos como
fluoroquinolona podem ser utilizados. Pacientes com vómito e diarreia por mais de um
dia podem receber soro oral ou injectável para hidratarem.

CONCLUSÃO
De acordo com as pesquisas feitas conclui-se que:
A febre tifóide é uma doença que tem levado a vida de muita gente, e com
maior propagação em regiões com baixo nível socioeconómico e regiões com baixa
educação sanitária, e é bastante importante prevenir-se para evitar a sua possível

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contaminação através da Bactéria, e que a principal fontes de contaminação da
bactéria é por via fecal-oral, diagnóstico é feito mediante o quadro clínico da
enfermidade e esta depende da tomada de mostra,o tratamento é feito mediante a
utilização de fármacos apropriados, e a prevenção é a melhor forma de combater este
microorganismo.

Referencia Bibliográfica
1- Higiene alimentar e nutrição saúde tropical, Cristina carapeto e Maria Daniel
Vaz de Almeida;
2-Fascículo de patologia e doença, curso de enfermagem;
3-Medicina geral integral, Alvarez Sintes-Principais infecções dos indivíduos nos
contextos familiar e social;
4-http//pt.Wikipédia.org/wiki/Salmonellatyphi;
5-Livro de texto.

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