Você está na página 1de 36

REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO ACÁCIAS RUBRAS-IMPAR

PROJECTO TECNOLÓGICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO


DE TÉCNICO MÉDIO DE ENFERMAGEM

MASTITE

CONHECIMENTO DAS VENDEDORAS DO MERCADO SÃO


PAULO COM IDADES COMPREENDIDAS ENTRE OS 15-45 ANOS
SOBRE A MASTITE, MARÇO DE 2021

O Orientador(a)

________________________
Miguel Cabaça Ngola

Luanda 2020-2021
Conhecimento das vendedoras do mercado São Paulo com idades compreendidas entre
os 15-45 anos sobre a Mastite, Março de 2021

Trabalho apresentado à Escola de Formação


de Técnicos de Saúde de Luanda com um dos
requisitos para a obtenção do título de
Autores: Técnico de Enfermagem.

 Arlete Lourenço Santos


 Belma Sebastião de Amorim
 Cláudio Carlos Mateus
 Jéssica Fernando Tito
 Luzineide da Fonseca Vemba
 Nazaré Alexandre Manuel
 Olinda Negrão Cutaxi
 Rossana Manuela António Chicato
 Severina Laura Leonel Quarta
 Wilma da Conceição Biada da Rocha

Luanda 2020-2021

2
Assinatura_______________________________________________

Data__________/________/_________

FICHA CATALOGRÁFICA

Conhecimento das vendedoras do mercado São Paulo com idades


compreendidas entre os 15-45 anos sobre a Mastite, Março de 2021

Trabalho apresentado ao Instituto Médio Politécnico Acácias Rubras


(IMPAR) como requisito para a obtenção do título de técnico de
enfermagem.

Orientadora: Miguel Cabaça Ngola

Palavras-chave: Conhecimento, Mastite, vendedoras

III
3
FOLHA DE APROVAÇÃO

Conhecimento das vendedoras do mercado São Paulo com idades compreendidas entre
os 15-45 anos sobre a Mastite, Março de 2021.

Aprovado em _____/______/2021

Trabalho de fim do Curso apresentado


ao Instituto Médio Politécnico Acácias
Rubras para a obtenção do título de técnico
de Enfermagem.

IV
4
BANCA EXAMINADORA

Presidente_________________ Assinatura _______________________

1º Vogal_________________Assinatura _________________________

2º Vogal________________ Assinatura __________________________

V
5
Dedicatória

Dedicamos este projeto a todos os elementos do grupo que maneira incansável


trabalhou para que este projeto se realize, e com isso apresentamos o mesmo para que
sirva de benefício a comunidade estudantil.

VI
6
Agradecimentos

Os nossos votos de agradecimento em primeira instância vão para Deus todo-


poderoso pelo fôlego da vida, agradecemos também a Escola de Formação de Técnicos
de Saúde de Luanda (E.F.T.S.L.) a coordenação do curso do Instituto Médio Politécnico
Acácias Rubras (IMPAR), e posteriormente ao nosso orientador Miguel Cabaça Ngola e
aos nossos professores que muito fizeram para que este projeto se concretizasse.

Também somos gratos aos nossos ilustres pais, que com muito sacrifício fizeram
cumprir o propósito definido.

VII
7
Epígrafe

‘‘Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as


palavras desta profecia, e guardam as coisas que nelas
estão escritas; porque o tempo esta próximo’’

Apocalipse 01:3

VIII
8
Resumo

A amamentação consiste de etapa importante no desenvolvimento físico e psíquico do


recém-nascido, mas ela nem sempre tem seu curso sem intercorrências. Nos primeiros
dias, onde a produção de leite é maior do que o consumo, pode ocorrer o ingurgitamento
mamário, tornando o mamilo plano e de difícil abocanhar pela criança. Esta dificuldade
de posicionamento mamilar pode resultar em fissuras, perda da integridade cutânea e
facilitar entrada de microrganismos, os quais se multiplicam no tecido mamário. A
mastite também pode ocorrer em qualquer nutriz, independentemente do número de
partos. Entretanto, as mais propensas a esta complicação são as primíparas e as
mulheres com outras infeções associadas, as quais necessitam conhecer sobre as
medidas para evitar tal aparecimento. Sendo assim, quanto a idade houve uma maior
predominância compreendidas de 35 a 45 anos que corresponde a 42%, quanto a
definição 47 das vendedoras inqueridas alegam que a mastite é uma inflamação da
mama, que corresponde a 47%, quanto a causa 64 das vendedoras alegam que a causa
da mastite é o uso de sutiã apertado que correspondem a 64%, quanto aos sinais e
sintomas 58 das vendedoras alegam que seja a dor no peito que corresponde a 58%,
quanto ao factor de risco 42 das vendedoras alegam que a mastite tem como fator de
risco a má nutrição, que corresponde a 42%, quanto ao aparecimento da mastite 44 das
vendedoras inqueridas alegam que a mastite pode surgir em Mulheres que não tem filho,
que corresponde a 44%, quanto a transmissão 78 alegam que a mastite não é
transmissível que corresponde a 78%, quanto a possibilidade de uma mulher com
mastite amamentar, as vendedoras alegam em mesmas proporções de ``Sim`` (44%) e
``Não`` (44%).

Palavras-Chave: mastite; amamentação; conhecimento

IX
9
Lista de abreviaturas e siglas

OMS: Organização Mundial da saúde;

MINSA: Ministério da Saúde;

VO: Via oral

IV: Intravenosa

10X
Sumário
1. Introdução...........................................................................................................................12
1.1. Formulação do problema...........................................................................................13
1.2. Justificativa................................................................................................................. 13
1.3. Objetivos..................................................................................................................... 14
2. Fundamentação teórica..........................................................................................................15
2.1. Definições de termos e conceitos............................................................................... 15
2.2. Sinais sintomas............................................................................................................15
2.3. Tipologia......................................................................................................................15
2.4. Causas..........................................................................................................................16
2.5. Diagnóstico..................................................................................................................16
2.6. Tratamento................................................................................................................. 17
2.7. Complições.................................................................................................................. 18
2.8. Prevenção.................................................................................................................... 19
2.9. Fatores de risco...........................................................................................................19
2.10. Cuidados de enfermagem...................................................................................... 20
3. Metodologia.........................................................................................................................21
3.1 Tipo de estudo.............................................................................................................21
3.2 Local de estudo........................................................................................................... 21
3.3 População em estudo..................................................................................................21
3.4 Amostra....................................................................................................................... 21
3.5 Critérios de inclusão...................................................................................................21
3.6 Critérios de exclusão.................................................................................................. 21
3.7 Procedimentos éticos.................................................................................................. 22
3.8 Procedimentos de recolha de dados..........................................................................22
3.9 Processamentos de dados...........................................................................................22
3.10 Variáveis......................................................................................................................22
4. Apresentação, análise e interpretação dos resultados.....................................................23
5. Conclusão............................................................................................................................ 27
6. Sugestões............................................................................................................................. 29
7. Recomendações...................................................................................................................29
7. Referências.............................................................................................................................. 30

11
1. Introdução

A mastite ocorre quando há inflamação do tecido do peito, resultante de uma infeção.


Ela é mais comum entre mães que nas primeiras 6 ou 12 semanas de amamentação, mas
às vezes pode ocorrer tardiamente. A mastite pode ser dolorosa e fazer com que você
queira desistir de amamentar, mas uma vez que a infeção diminuir, será possível
continuar amamentando sem dor e aproveitar esse momento compartilhado, sabendo
dos benefícios que a amamentação traz para você e seu bebê.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2000), a incidência da mastite


apresenta uma ampla variação, com percentuais situados entre 2 e 33% e média em
torno de 10%.

A doença é conceituada como uma manifestação inflamatória da mama, sendo


denominada mastite lactacional ou puerperal quando associada à lactação. Sua
ocorrência é observada principalmente nas três primeiras semanas após o parto,
diminuindo a partir da terceira semana de lactação e sendo pouco comum após a 12ª
semana após o parto (YOSHIZAKI, 2005).

A amamentação privilegia tanto o lactente quanto a mulher. Configurando-se como


um fator protetor para o câncer da mama, cânceres ovarianos, fraturas ósseas por
osteoporose. Além de uma involução uterina de uma forma mais rápida devido a
liberação de ocitocina, o que diminui o risco de hemorragia pós parto. O aleitamento
materno efetivo leva ainda a maior espaçamento inter gestacional e colabora com o
retorno do peso pré gestacional.

Nesse sentido, o leite materno é considerado o alimento ideal para o lactente. Pois é
rico em gordura, minerais, vitaminas, enzimas e imunoglobulinas. É imprescindível por
promover o crescimento e desenvolvimento da criança.

A mastite puerperal destaca-se como uma das complicações mais frequentes durante
a fase de lactação e é definida como um processo inflamatório das mamas. Pode ser
classificado como mastite não infeciosa e infeciosa. Na primeira, o acúmulo de leite nos
dutos mamários é o responsável pela inflamação. Já na infeciosa, ocorre penetração de
micro-organismos nas glândulas mamárias e posterior multiplicação destes. Dentre os

12
sinais e sintomas, destaca-se mal-estar, calafrios, abcessos e febre, podendo, em casos
mais graves, evoluir para uma septicemia.

1.1. Formulação do problema

Acredita-se que a mastite afeta 10% das mulheres que amamentam, e até aquelas
que decidiram não amamentar. A mastite pode aparecer mais de uma vez na mesma
mulher, mais e improvável que aconteça nas duas mamas. Há uma terceira fase que
ocorre quando tem bolsas de pús dentro da mama que não consegue sair, é uma situação
grave, e as vezes é preciso fazer uma cirurgia de drenagem. Se o procedimento não for
feito e o pús ficar acumulado muito tempo pode ocorrer uma infeção generalizada
chamada Sepse que pode levar ate a óbito. Em função do exposto surgiu-nos a seguinte
indagação: Qual é o Nível de Conhecimento das vendedoras do Mercado do São
Paulo, com Idades Compreendidas Entre 15 – 45 Anos, sobre a Mastite, Março
2021?

1.2. Justificativa

No decorrer de nossa caminhada estudantil, falamos de muitas doenças, uma vez


finalistas sentimos a necessidade de saber mais sobre as causas, diagnóstico, tratamento
prevenção da Mastite, visto que pouco fala-se sobre a mesma, e outras parasitoses têm
ganhado mais atenção em nosso país.

O estudo da mastite é pertinente pois são cada vez maiores os casos de mães com
essa patologia que acreditam que o leite da mama afetada fará mal ao bebê, e muitas
delas acabam por desmamar precocemente os seus bebês se não forem adequadamente
orientadas por profissionais de saúde e apoiadas pelos seus familiares. A pesquisa vai
ajudar-nos a despertar os responsáveis pela saúde e a população em geral a ficarem
atentos aos primeiros sinais e sintomas, características que não são consideradas
normais no corpo humano.

13
1.3. Objetivos

1.3.1. Objetivos geral


 Avaliar conhecimento das vendedoras do comuna do mercado do São Paulo,
com Idades Compreendidas Entre 15 – 45 Anos, Sobre a Mastite, Março 2021.

1.3.2. Objetivos específicos


 Caracterizar as vendedoras segundo a idade e nível de escolaridade.
 Mencionar as complicações da Mastite;
 Identificar os principais sinais e sintomas e tratamento da Mastite;
 Informar a população sobre as medidas de prevenção contra a Mastite;

14
2. Fundamentação teórica

2.1. Definições de termos e conceitos

 Mastite: é a inflamação dolorosa da mama, geralmente acompanhada por


infeção. (Pereira, et al (2010)).
 Staphilococus aerus: são protozoários, eucariontes, unicelulares que fazem
parte do reino protista. (Luse, S. A., & Miller, L. H. 1971)
 Conhecimento: “é o acto ou efeito de conhecer e ter ideia ou noção de alguma
coisa” (CAMACHO; TAVARES, 1998, p. 168).

2.2. Sinais e sintomas

Quando começar a amamentar, é normal sentir que seus peitos estão mais sensíveis
ou doloridos, então quais são os sintomas da mastite? Abaixo você encontrará alguns
sinais e sintomas da mastite (Paiva, 2009):

 Dor e sensação de febre no peito durante a amamentação (geralmente essa


infeção só afeta um seio)
 Desconforto ou dor na mama
 Inchaço do seio
 Sensação de febre no seio
 Vermelhidão na área afetada (com frequência em formado de meia-lua)
 Sensação de cansaço ou fadiga
 Febre e calafrios.

2.3. Tipologia

 Mastite Puerperal

É o tipo mais comum de mastite afetando entre 5 e 33% das mães durantes os
primeiros meses de amamentação. Uma técnica inadequada de amamentação e com
frequência e drenagem insuficientes são os principais fatores de riscos. Causada pela
obstrução dos ductos mamários no período da amamentação. Pode causar áreas
dolorosas nas mamas ou nos mamilos causando febre. Amamentar é a maneira mais

15
eficaz de remover a obstrução e aliviar os sintomas, e não é prejudicial ao bebê.
(Palmira, et al 2010).

A presença das rachaduras nos mamilos causadas pela amamentação aumenta a


probabilidade da infeção. Em alguns casos a febre pode tornar-se severa, requerendo
tratamento antibiótico. Em 10% dos casos os abcessos necessitam ser drenados
cirurgicamente. Massagem e aquecimento local antes da amamentação são indicados
pelo favorecimento na abertura dos ductos.

 Mastite não-puerperal

Em muitos casos a mastite não-puerperal começa como uma inflamação não


bacterial. Quando se torna cronica, requer intervenção cirúrgica repetidamente. Na
maioria dos casos o tratamento antibiótico é eficaz. (Palmira, et al 2010).

2.4. Causas

Segundo Yoshizaki (2013) as causas da mastite podem ser:

 Estase láctea: se a técnica de amamentação for incorreta, talvez o peito não


esteja se esvaziando após as mamadas. O leite retido pode então causar dor, o
que poderá levar à infeção.
 Ducto lactífero bloqueado: se um ducto lactífero ficar bloqueado, o leite
poderá empedrar. Se o bloqueio não for tratado, é provável que a infeção ocorra.
 Bactérias: as bactérias de sua pele e da boca de seu bebê podem entrar em
contato com os ductos através de uma fissura ou rachadura na pele do mamilo
ou por meio de uma abertura do ducto lactífero. O leite materno gera um
ambiente propício para a proliferação das bactérias que podem causar mastite.

2.5. Diagnóstico

Segundo Vasconcelos (2012) o diagnóstico de mastite ou de abscesso mamário pode


ser feito com base apenas na história clínica e no exame físico. Se o médico não tiver
certeza se a massa que ele detetou na mama é um abscesso ou um tumor, uma
ultrassonografia de mama pode ser realizada, porque ela fornecerá mais clareza sobre o
caso.

16
Em casos de mastite infeciosa, podem ser necessárias culturas do leite materno ou
do material aspirado do abscesso, para determinar que tipo de organismo está causando
a infeção e para decidir o tipo específico de antibiótico que será utilizado na cura da
doença. Mamografias ou biópsias mamárias são normalmente realizadas em mulheres
que não respondem ao tratamento ou em mulheres que não amamentam. Esse tipo de
teste é solicitado para excluir a possibilidade de um câncer de mama que cause sintomas
semelhantes aos da mastite. (Paiva, 2009)

 Diagnóstico diferencial

Há um tipo raro de câncer de mama inflamatório, bastante agressivo, que apresenta


sintomas de mastite. Consequentemente, se os sintomas da mastite persistem após o
tratamento, deve-se realizar uma biópsia e exames de imagem. (Yoshizaki (2013)

2.6. Tratamento
De acordo com o Sales (2000) é importante tratar a mastite assim que você notá-la.
Inicialmente, você sentirá sintomas semelhantes ao da gripe, seguidos de dor em um
dos peitos. Se sentir esses sintomas, é importante falar com seu médico sobre como
tratar a mastite, por que, se não tratada, poderão surgir pus e abcessos e talvez você
tenha de drená-los.
Os antibióticos orais são geralmente prescritos para o tratamento da mastite. Se os
antibióticos não a curarem completamente, ou se houver a recorrência de episódios,
fale com seu médico novamente sobre como se livrar da mastite completamente, talvez
com outro antibiótico, por exemplo.

 Tratamento não farmacológico

 Siga as dicas de prevenção acima, pois elas também podem ajudar a


resolver o problema (por exemplo, amamentar regularmente pode ajudar a
reduzir a inflamação e liberar a área bloqueada)
 Tome um banho de banheira ou mantenha o peito submerso por cerca de 10
minutos em água morna, algumas vezes ao dia. Isso poderá ajudar a
remover o leite empedrado que talvez esteja bloqueando o fluxo e
impedindo o esvaziamento do peito durante a mamada
 Fale com seu médico sobre maneiras de aliviar a dor e reduzir o desconforto

17
 Descanse Beba muita água para ajudar seu corpo a lutar contra a infeção
 Se amamentar for muito doloroso, tente fazer a ordenha com a bomba ou
manualmente
 Use um sutiã que dê apoio suficiente para o peito.
 A mastite pode ser desanimadora, mas saiba que assim que ela estiver
curada, você poderá continuar amamentando normalmente e apreciando
esse momento de criação de laços com seu bebê.

 Antibióticos (antiestafilocócicos)

Segundo de Jesus (2017) o tratamento da mastite comporta o estímulo à ingestão de


líquidos e antibióticos contra o Staphylococcus aureus, o agente etiológico mais comum.
Exemplos são:

 Dicloxacilina, 500 mg VO a cada 6 h, durante 7 a 10 dias


 Para mulheres alérgicas à penicilina, cefalexina, 500 mg VO, ou
clindamicina, 300 mg VO, por 10 a 14 dias
 Eritromicina, 250 mg VO a cada 6 h, é administrada com menos frequência.

Caso a paciente não melhore e nenhum abscesso se desenvolva, deve ser


considerada vancomicina, 1 g IV a cada 12 h, ou cefotetana, 1 a 2 g IV a cada 12 h, para
cobrir organismos resistentes. O aleitamento deve ser continuado durante o tratamento,
dado que a mama acometida deve ser esvaziada.

Os abscessos mamários são tratados principalmente com incisão e drenagem.


Antibióticos destinados a S. aureus geralmente são usados. Não está claro se os
antibióticos destinados a S. aureus resistente à meticilina são necessários para o
tratamento de mastite ou abscessos peitorais.

2.7. Complições

As mastites que não sejam tratadas adequadamente ou que sejam devidas a um


ducto bloqueado podem causar um abscesso mamário (coleção de pus), o que
geralmente requer drenagem cirúrgica. Durante a lactação, no entanto, o abscesso é raro,
afetando apenas 0,4 a 0,5% das mulheres que amamentam (Zimmermmann, et al 2009).

18
2.8. Prevenção

Veja aqui algumas dicas de como prevenir a mastite (Fagundes 2004):

 Certifique-se de que a pega de seu bebê está correta durante a mamada


 Mude de posição enquanto estiver amamentando para promover o esvaziamento
completo do peito
 Antes de mudar seu bebê de peito, verifique se já esvaziou o primeiro antes de
passá-lo para o segundo
 Amamente frequentemente e pelo tempo que seu bebê demandar – não fique
muito tempo sem amamentar
 Leia mais sobre amamentação, e busque ajuda com um(a) consultor(a) de
amamentação ou seu médico para aprender técnicas que a ajudarão a esvaziar os
peitos depois de cada mamada.
 Quando desejar desmamar seu bebê, talvez você se pergunte como deixar de
produzir leite sem causar mastite. A chave é desmamar gradualmente. Fale com
seu(a) consultor(a) de lactação ou médico se tiver dúvidas.

2.9. Fatores de risco

Segundo Zimmermmann, et al (2009) algumas mães são mais suscetíveis que


outras e alguns fatores de risco podem ser:

 Mamilos rachados
 Permanência em apenas uma posição enquanto amamenta, o que pode levar o
peito a não se esvaziar completamente
 Uso de sutiãs apertados ou que pressionem o peito, restringindo o fluxo de leite
 Estar muito cansada ou estressada
 Ter mastite anteriormente, elevando o risco de mastite puerperal recorrente
 Má nutrição.

19
2.10. Cuidados de enfermagem

Muniz et al (2017) citam:


 Orienta a mãe a amamentar com maior frequência, iniciar o aleitamento pela
mama afetada;
 Orienta a boa “pega” do bebe;
 Massagear o seio durante a amamentação, da área bloqueada em direção ao
mamilo;
 Se houver alguma impossibilidade de amamentar, orientar ordenha manual ou
utilizar a bomba para ordenha;
 Orientar nutrição e hidratação adequadas;
 Orientar o companheiro ou acompanhante quanto a importância de um período
adequado de descanso da mãe;
 Oferecer suporte emocional;
 Aplicação de calor local, antes da amamentação, seja por banho morno ou
compressas;
 Aplicação de compressas frias, apos a Antibioticoterapia e analgesia conforme
prescrição medica.

20
3. Metodologia

É um conjunto de processos metódicos e estratégicos de investigação utilizados pelo


pesquisador para o desenvolvimento de um estudo.

3.1 Tipo de estudo

Foi realizado um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa.

3.2 Local de estudo

O estudo foi realizado no mercado do São Paulo, localizado no município do


Sambizanga, da província de Luanda.

3.3 População em estudo

A população em estudo foi constituída por 100 vendedoras do mercado do São


Paulo

3.4 Amostra

Foi extraída uma amostra de 100 vendedoras, com a técnica de amostragem


probabilística aleatória simples.

3.5 Critérios de inclusão

Como critérios de inclusão, foram incluídas as vendedoras do São Paulo com as


idades compreendidas entre os 15 aos 45 anos que estiveram presente no momento da
pesquisa e que aceitaram fazer parte do nosso estudo, bem como as que souberam
responder aos questionamentos feitos.

3.6 Critérios de exclusão

Como critérios de exclusão foram excluídas todas as vendedoras que não aceitaram
fazer parte da nossa pesquisa, as que apresentavam uma idade inferior aos 15 anos e
superior aos 45 anos, bem como as que não souberam responder aos questionamentos
feitos.

21
3.7 Procedimentos éticos

As participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, as


mesmas foram comunicadas sobre os procedimentos e finalidades da resolução do
estudo, bem como as manobras de recolha de dados. As informações colhidas foram
utilizadas para o uso restrito e exclusivo do nosso estudo e não foram referidos os dados
de identificação das participantes.

3.8 Procedimentos de recolha de dados

Foi feito um esclarecimento sobre o problema em estudo, onde as senhoras


vendedoras do mercado do São Paulo responderam a entrevista feita pelos estudantes
com um formulário previamente elaborado, e assinaram um termo de consentimento
livre esclarecido.

3.9 Processamentos de dados

Após a recolha dos dados, os mesmos foram processados no programa informático


Windows, utilizando o Microsoft Office Word 2013 para a elaboração do texto, o
Microsoft Office Excel 2013 para a elaboração das tabelas e para apresentação em
slides foi utilizado o Microsoft Office PowerPoint 2013.

3.10 Variáveis
3.10.1 Variáveis independentes
 Idade
 Conceito
 Sinais e sintomas
 Ocupação

3.10.2 • Variáveis dependentes


 Conhecimento das mulheres
 Fonte de informação

22
4. Apresentação, análise e interpretação dos resultados

TABELA Nº 1- Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo, segundo a


faixa etária 15 a 45, março de 2021.

Faixa etária F %

15-24 23 23

25-34 35 35

35-45 42 42

Total 100 100

Fonte: Dados recolhidos com as vendedoras do mercado do São Paulo, Março de 2021.

Interpretação: De acordo com os dados recolhidos 42 das vendedoras do mercado do


São Paulo tem idade Compreendidas de 35 a 45 anos que corresponde a 42%, e 23 tem
idade compreendidas de 15 a 24 anos que corresponde a 23% da amostra.

TABELA Nº 2 - Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo segundo a


definição da Mastite março de 2021.

Conceito da mastite F %

Inflamação da mama 47 47

Inflamação da vagina 24 24

Câncer da mama 29 29

Total 100 100

Fonte: Dados recolhidos com as vendedoras do mercado do São Paulo, Março de 2021.

Interpretação; De acordo com a tabela número 2, 47 das vendedoras inqueridas alegam


que a mastite é uma inflamação da mama, que corresponde a 47%, ao passo que 24 das
mesmas alegam ser uma inflamação da vagina que corresponde a 24 % da mostra.

23
TABELA Nº 3 - Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo segundo as
causas da Mastite, Março de 2021.

Causas da Mastite F %

Seios pequenos 6 6

Amamentação incorreta 30 30

Uso de sutiã apertado 64 64

Total 100 100

Fonte: Dados colhidos nas vendedoras do mercado do São Paulo Marco de 2021

Interpretação: De acordo com a tabela numero 3, 64 das vendedoras alegam que a


causa da mastite é o uso de sutiã apertado que correspondem a 64%, ao passo que 6 das
mesmas alegam que a causa da mastite e ter seios pequenos que correspondem a 6% da
amostra.

TABELA Nº 4 - Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo segundo os


sinais e sintomas da Mastite.

Sinas e sintomas da mastite F %

Comichão na mama 16 16

Dor na mama 26 26

Dor no peito 58 58

Total 100 100

Fonte: Dados colhidos nas vendedoras do mercado do São Paulo Marco de 2021

Interpretação: De acordo com a tabela número 4, 58 das vendedoras alegam que a


mastite tem como sinas e sintomas dor no peito que corresponde a 58%, ao passo que 16
das mesmas alegam ser comichão da mama que corresponde a 16% da amostra.

24
TABELA 5- Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo segundo os
fatores de risco da Mastite

Factores de risco da Mastite F %

Uso de medicamentos para evitar gravidez 28 28

Má nutrição 42 42

Dor no peito 30 30

Total 100 100

Fonte: Dados colhidos nas vendedoras do mercado do São Paulo Marco de 2021

Interpretação: De acordo com a tabela numero 5, 42 das vendedoras alegam que a


mastite tem como fator de risco a má nutrição, que corresponde a 42%, ao passo que 28
das mesmas alegam que tem como fator de risco o uso de medicamento para evitar a
gravidez que correspondem a 28% da amostra.

TABELA 6- Distribuição das vendedoras do mercado do são Paulo, segundo


aparecimento da mastite em Mulheres que não tem filhos.

Aparecimento da mastite em Mulheres que não tem filhos F %

Sim 44 44

Não 39 39

Talvez 17 17

Total 100 100

Fonte: Dados colhidos nas vendedoras do mercado do São Paulo Marco de 2021

Interpretação: De acordo com a tabela nº 6, 44 das vendedoras inqueridas alegam que


a mastite pode aparecer em Mulheres que não tem filho, que corresponde a 44%, ao
passo que 17 das mesmas alegam que talvez possa aparecer em mulheres que não tem
filho que corresponde a 17 da amostra.

25
TABELA 7- Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo segundo a
transmissão da Mastite.

Transmissão da mastite F %

Sim 11 11

Não 78 78

Talvez 11 11

Total 100 100

Fonte: Dados colhidos nas vendedoras do mercado do São Paulo Marco de 2021

Interpretação: De acordo com a tabela nº 7, 78 das vendedoras inqueridas alegam que


a mastite não é transmissível que corresponde a 78% ao passo que 11 das mesmas
alegam que a mastite pode ser transmissível que corresponde a 11% da amostra.

TABELA 8- Distribuição das vendedoras do mercado do São Paulo segundo a


amamentação da Mulher com Mastite.

Amamentação da Mulher com mastite F %

Sim 44 44

Não 44 44

Talvez 12 12

Total 100 100

Fonte: Dados colhidos nas vendedoras do mercado do São Paulo Marco de 2021

Interpretação: De acordo com a tabela 8, as vendedoras alegam em mesmas


proporções de ``Sim`` (44%) e ``Não`` (44%), ao passo que 12 das mesmas alegam que
talvez uma mulher com mastite pode amamentar que corresponde a 12% da amostra.

26
5. Conclusão

Trata-se de um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama caracterizado


principalmente pela dor. Dependendo do caso, ela pode ou não se tornar uma infeção
bacteriana. A orientação profissional constitui a base para que a gestante adote a medida
de prevenção contra a mastite puerperal, constituindo também um incentivo à
amamentação mais segura e satisfatória para o binômio mãe-filho. Consideramos que o
conhecimento sobre as medidas preventivas deste problema poderá contribuir para
subsidiar a prática de enfermagem de modo mais direcionado ao preparo da gestante,
desde o período gravídico até o momento que antecede à prática da amamentação. De
acordo com as variáveis de estudo concluímos que:

De acordo com os dados recolhidos 42 das vendedoras do mercado do São Paulo tem
idade Compreendidas de 35 a 45 anos que corresponde a 42%, e 23 tem idade
compreendidas de 15 a 24 anos que corresponde a 23% da amostra.

De acordo com a tabela número 2, 47 das vendedoras inqueridas alegam que a mastite é
uma inflamação da mama, que corresponde a 47%, ao passo que 24 das mesmas alegam
ser uma inflamação da vagina que corresponde a 24 % da mostra.

De acordo com a tabela numero 3, 64 das vendedoras alegam que a causa da mastite é o
uso de sutiã apertado que correspondem a 64%, ao passo que 6 das mesmas alegam que
a causa da mastite e ter seios pequenos que correspondem a 6% da amostra.

De acordo com a tabela numero 5, 58 das vendedoras alegam que a mastite tem como
sinas e sintomas dor no peito que corresponde a 58%, ao passo que 16 das mesmas
alegam ser comichão da mama que corresponde a 16% da amostra.

De acordo com a tabela numero 5, 42 das vendedoras alegam que a mastite tem como
fator de risco a má nutrição, que corresponde a 42%, ao passo que 28 das mesmas
alegam que tem como fator de risco o uso de medicamento para evitar a gravidez que
correspondem a 28% da amostra.

De acordo com a tabela nº 6, 44 das vendedoras inqueridas alegam que a mastite pode
aparecer em Mulheres que não tem filho, que corresponde a 44%, ao passo que 17 das
mesmas alegam que talvez possa aparecer em mulheres que não tem filho que
corresponde a 17 da amostra.

De acordo com a tabela nº 7, 78 das vendedoras inqueridas alegam que a mastite não é
transmissível que corresponde a 78% ao passo que 11 das mesmas alegam que a mastite
pode ser transmissível que corresponde a 11% da amostra.

27
De acordo com a tabela 8, as vendedoras alegam em mesmas proporções de ``Sim``
(44%) e ``Não`` (44%), ao passo que 12 das mesmas alegam que talvez uma mulher
com mastite pode amamentar que corresponde a 12% da amostra.

28
6. Sugestões

Para o MINSA sugerimos a criação de programas que ajudam no controlo e prevenção


da mastite através:

 Da realização de campanhas de sensibilização nas escolas, mercados, hospitais


 Atualização dos dados no INE quanto aos índices da mastite de mama no país
para ajudar nas formas de controlo da doença.

7. Recomendações

 Limpar a mama antes e apos as mamadas com o uma pano húmido, além de
estar sempre com as mãos limpas.
 Fazer uma ordenha manual do leite, caso houver excesso na mama, para aliviar
a dor.
 Massagear a mama e não usar sutiãs apertada.
 Aconselha-se a todos mulheres a participarem das palestras que envolvem esse
tema.
 Orienta-se as puerperais a não limitarem as mamadas em seus filhos.

29
7. Referências

 Yoshizaki, C. T., Ruano, R., & Zugaib, M. (2013). Mastite Puerperal. In


Clínica médica: diagnóstico e tratamento. ATHENEU.
 Pereira, C., Palmira, J., & Salgado, M. (2010). Mastite puerperal. Saúde
infantil, 32 (2), 92-94.
 Vasconcelos, K. F. D. (2012). Contribuição da iridologia no diagnóstico de
mastite
 Paiva, M. A. V. (2009). Diagnóstico microbiológico da mastite
 Sales, A. D. N., Vieira, G. O., Moura, M. D. S. D. Q., Almeida, S. P. T. D. M.
A., & Vieira, T. D. O. (2000). Mastite puerperal: estudo de fatores
predisponentes. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 22 (10), 627-
632.
 De Jesus, R. A., & Coutinho, C. A. (2017). Uso de medicamentos
homeopáticos para o tratamento da mastite: Revisão. PUBVET, 12, 130.
 Zimmermmann, J. B., Gomes, C. M., Tavares, F. S. P., Peixoto, I. G., Melo, P.
D., & Rezende, D. D. (2009). Complicações puerperais associadas à via de
parto. Rev Med Minas Gerais, 19(2), 109-116.
 Muniz, M. D. C., Silva, S. A. S. D., Luz, M. F. A. D., & Lopes, B. R. F. D. S.
(2017). A percepção do acadêmico de enfermagem sobre o estudo de caso de
mastite na aplicação da sistematização da assistência de enfermagem na
prática do enfermeiro (a). Revista de trabalhos acadêmicos universo– São
Gonçalo, 2(3), 24-31.

30
APÊNDICES

31
República de Angola
Governo da Província de Luanda

TERMO DE CONSENTIMENTO DE PESQUISA

Caro (a) senhor (a)

Venho por este meio convidar a participar da seguinte pesquisa que tem
como tema “Mastite”

A pesquisa tem como objetivo avaliar o nível de conhecimento das


vendedoras do mercado do papá Simão sobre o câncer de mama, com o
intuito de dar a conhecer a população sobre a doença em estudo. É
importante realçar que todas as informações colhidas nesta entrevista serão
de uso restrito e exclusivo do nosso estudo e jamais serão referidas as
identificações das participantes. E com a realização do mesmo obteremos o
título do grau médio em Enfermagem na EFTSL, por isso é imprescindível
a sua participação.

Responsável

_____________________________________

Luanda aos ______/_________/ 20____

32
Questionário

1. Caracterização geral

Idade: anos.

2. O que é a mastite?
a) Inflamação da mama
b) Inflamação na vagina
c) Câncer da mama

3. O que causa da mastite?


a) Seios pequenos
b) Amamentação incorreta
c) Uso de sutiã apertadada

4. Sinais e sintomas da mastite?


a) Comichão da mama
b) Dor na mama
c) Dor no peito

5. Quais são os factores de risco da mastite?


a) Uso demedicamentos para evitar a gravidez
b) Má nutrição
c) Dor no peito

6. A mastite pode aparecer em mulheres que não têm filhos?


a) Sim
b) Não
c) Talvez

7. A mastite pode ser transmissível?


a) Sim
b) Não
c) Talvez

33
8. Mulher com mastite pode amamentar?
a) Sim
b) Não
c) Talvez

34
ANEXOS

35
Imagem que ilustra a mastite puerperal

Imagem que ilustra os cuidados de enfermagem prestados a pacientes


com mastite.

36

Você também pode gostar