Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.4.1 ALGALIAÇÃO
1. DEFINIÇÃO
É um conjunto de acções que contempla a inserção de uma algália através do meato urinário e
uretra até à bexiga.
2. OBJECTIVOS
Esvaziar a bexiga em caso de retenção urinária
Determinar o volume residual
Monitorizar débito urinário
Permitir a execução de exames auxiliares de diagnóstico e terapêutica
Facilitar a cicatrização de estruturas adjacentes na cirurgia urológica e outras cirurgias
Permitir a irrigação da bexiga/lavagem vesical/instilação de medicamentos
Ultrapassar uma obstrução
Prevenir complicações durante a inserção cavitária de césio radioactivo (nas mulheres)
3. INFORMAÇÕES GERAIS
A – Quem executa:
O enfermeiro
O médico
B – Horário:
Quando prescrito ou em SOS
O uso de algália deve ser limitado às necessidades clínicas que não podem ser
satisfeitas de outro modo
A algaliação não deve ser considerada um tratamento para a incontinência
urinária
A algaliação coloca o doente em perigo permanente de contrair uma infecção
do tracto urinário. A probabilidade de infecção aumenta com o tempo de
cateterização pelo que a algália deverá ser retirada o mais precocemente
possível
O calibre da algália depende do objectivo da algaliação e das características do
doente. Devem usar-se cateteres de calibre o mais baixo possível, que
permitam uma drenagem adequada de forma a minimizar o risco de
traumatismo da uretra. Os potenciais efeitos secundários ao escolher uma
algália de calibre superior incluem:
Dor e desconforto para o doente
Formação de úlceras de pressão
Formação de abcessos
Normalmente é suficiente um cateter de calibre 12 a 14 ou 16 Ch, num adulto. Contudo, nos
doentes submetidos a cirurgia urológica requer-se cateteres de calibre superior, que permitam a
passagem de coágulos sanguíneos
A escolha do tipo de material de que é composta a algália depende do tempo de cateterização
previsto e do objetivo da algaliação. Assim sendo identifica-se três escalas de tempo:
1 – curta duração (de 1 a 14 dias)
2 – curta a média duração (de 2 a 6 semanas)
3 – média a longa duração (de 6 semanas a 3 meses)
Os materiais disponíveis são:
PVC – São cateteres rígidos que possuem um lúmen largo e permitem um fluxo
rápido, contudo, a sua rigidez causa desconforto aos doentes. É mais utilizado nas
cateterizações intermitentes/lavagens vesicais e no pós-operatório imediato. Só se
usam em cateterizações de curta duração.
4. MATERIAL E EQUIPAMENTO
Material para cuidados de higiene (se a algaliação não for executada imediatamente
após os cuidados de higiene).
5. PROCEDIMENTO
AÇÃO JUSTIFICAÇÃO
16. Proceder à limpeza com compressas Dar continuidade ao processo limpando melhor
esterilizadas embebidas em soro fisiológico: para retirar qualquer resíduo de sabão que tenha
Homem – limpar o meato e a glande, retraindo o ficado da lavagem anterior ou do banho
prepúcio
Mulher – limpar os grandes lábios no sentido
descendente em direcção ao ânus, depois afastar
os grandes lábios, limpar os pequenos lábios e o
meato
Obs.: Quer no homem quer na mulher, mudar
de compressa entre cada movimento
CÓDIGO Nipo141 VERSÃO 1.3 DATA REVISÃO Junho 2018
5/8
MANUAL DE NORMAS DE ENFERMAGEM
19. Abrir, em cima do carro de apoio, o campo Facilitar os passos seguintes sem perigo de
sem janela e colocar dentro o material contaminação
esterilizado necessário
22. Abrir algália para dentro do campo com Dar continuidade ao processo
material esterilizado, sem tirar invólucro
Prevenir infeção
interno
23. Abrir um campo esterilizado com janela e Facilitar a execução da técnica, posteriormente
colocá-lo dentro do campo com material
esterilizado
24. Abrir o invólucro do saco coletor de urina e Facilitar posterior adaptação à algália mantendo
coloca-lo num canto do carro de apoio técnica asséptica para prevenir infeções
6. REGISTOS
Data e hora da algaliação
Finalidade da algaliação
Tipo e calibre da algália
Quantidade de água introduzida no balão
Quantidade e características da urina drenada
Reacção do doente
Data da próxima algaliação
Ensino efectuado e se o doente compreendeu a informação
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Técnicas e Procedimentos em Enfermagem”. Paulino, Cristina D.; Tareco, Ilda C.; Rojão,
Manuela. Formasau, Formação e Saúde, Lda., Coimbra, 1999.
“Manual of Clinical Nursing Procedures”. Mallet, Jane; Dougherty, Lisa. The Royal
Marsden Hospital, Blackwell Science, 5ª edição, 2000.