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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA SAÚDE
INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE
E
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

MANUAL
DE BACILOSCOPIA
E GENEXPERT
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E
direCção NACIONAL DE SAÚDE pÚblica
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

MANUAL
DE BACILOSCOPIA
E GENEXPERT

MANUAL
DE BACILOSCOPIA
E GENEXPERT
FichaNacional
Instituto técnica
de Saúde
Programa Nacional de Controlo da Tuberculose

Autores:
Carla
Carla Madeira
Madeira -- Laboratório
Laboratório Nacional
Nacional de
de Referência
Referência da Tuberculose/
Tuberculose/ INS
INS
Khalide Azam - Laboratório Nacional de Referência da Tuberculose/
Khalide Azam - Laboratório Nacional de Referência da Tuberculose/ INSINS
Nureisha Cadir
Nureisha Cadir -- Challenge
ChallengeTB/
TB/FHI
FHI360
360

Revisão:
Manuel Lazáro , Zamite
Lázaro Manuel, Zamite Chau, Cremilde
Cremilde Vicente,
Vicente,Esmeraldo
EsmeraldoEzembro,
Ezembro,Egidio
EgidioManuel,
Manuel,
Dinis Jaintilal,
Dinis Jaintilal, Luís
Luís Morais,
Morais Diosdélio Malamule

Coordenação:
Sofia Omar
Omar Viegas
Viegas--Instituto
InstitutoNacional
Nacionalde
de Saúde
Saúde
Elizabeth Coelho - Programa Nacional de Controlo da Tuberculose
Elizabeth Coelho - Programa Nacional de Controlo Tuberculose

Apoio:
FHI
FHI 360
360--Projecto
ProjectoChallenge
ChallengeTB
TB

Tiragem
Titagem da 1ªEdição
da 1ª Edição--2018
2018--1000
500 exemplares
exemplares

Agradecimentos:
Os
Os autores
autores agradecem
agradecem aa todos
todos os
os colaboradores,
colaboradores, revisores
revisores ee aqueles
aqueles que directa ou
indirectamente contribuíram para que esta
esta publicação
publicação se tornasse
tornasse possível.
possível.

Um agradecimento
Um especial ao
agradecimento especial ao Escritório
Escritório Mundial
Mundial de
de Saúde,
Saúde, Escritório
Escritóriode
deDoenças
Doenças
Infecciosas, Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional,
Infecciosas, Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, povo americano povo
americano através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID)
Internacional
por apoiarem(USAID) por apoiarem
na elaboração na elaboração
e impressão e impressão
do presente manual do presente
através manual
do projecto
através do projecto Challenge TB.
Challenge TB, a Alaine Nyaruhirira e Ludgero Dimingo por terem apoiado cordialmente
na obtenção de algumas figuras para o capítulo do GeneXpert.

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde
Todos os direitos
que citada a fontereservados. É permitida
e que não seja para vendaaou
reprodução parcial
qualquer fim ou total desta obra, desde
comercial.
que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

I MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT

2 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


PREFÁCIO
A tuberculose (TB) continua a ser uma das doenças infecciosas com maior peso
no País, sendo responsável por altíssimas morbilidade e mortalidade. O controlo
A tuberculose
da TB assentaconstitui um rápido
no acesso dos principais problemas
e equitativo de saúde pública
ao diagnóstico no mundo para
e tratamento e em
todos os em
particular pacientes, em A
Moçambique. todo o território
Organização nacional.
Mundial Uma
da Saúde, rede de
no âmbito da laboratórios
sua Estratégia
estruturada e funcional desempenha um papel primordial
Acabar com a TB (End TB Strategy) até ao ano de 2030, definiu como um dos para o principais
alcance
destas
pilares emetas. O funcionamento
princípios, a disponibilidadecom qualidade desta
de intervenções redepara
urgentes de laboratórios
assegurar que deve
todos
tomar em conta uma série de aspectos nas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica,
pacientes com tuberculose tenham acesso equitativo ao diagnóstico de alta qualidade,
de modo a que os resultados da testagem possam ser fiáveis, exactos e
tratamento, cuidado e prevenção. Um serviço laboratorial estruturado, organizado e
atempados.
funcional desempenha papel primordial para o alcance desta estratégia.
Em 2012, o Ministério da Saúde publicou o “Manual de baciloscopia da tuberculose”
Em 2012,
que o Ministério
orientava da Saúde
a realização publicou o "Manual
da baciloscopia de baciloscopia
pela coloração da tuberculose"
de Ziehl Neelsen. Com que
aorientava a realização
introdução da baciloscopia
e expansão de novas pela coloração de que
tecnologias, Ziehlpermitem
Neelsen. Com
umadiagnóstico
introdução e
expansão
mais de métodos
preciso, simples e rápidos
como o GeneXpert MTB/RIFcomo o GeneXpertusando
e a baciloscopia MTB/RIF e a baciloscopia
microscópios iLED
(fluorescência), viu-se a necessidade de actualizar e disponibilizar
usando microscópios iLED (fluorescência), viu-se a necessidade de actualizar e ferramentas
que garantam
disponibilizar a padronização
ferramentas de novos
que garantam procedimentos,
a padronização com vista a melhoria
de novos procedimentos com vista
da qualidade do diagnóstico laboratorial da tuberculose. O presente
a melhoria da qualidade do diagnóstico laboratorial da tuberculose. Esta é, portanto,manual
uma
representa, portanto, uma ferramenta oportuna e imprescindível para
ferramenta bem-vinda e imprescindível para a rede de laboratórios da tuberculose em a rede
de laboratórios da tuberculose em Moçambique.
Moçambique.

IleshVinodraiJani, MD. PhD.

Sofia Omar Viegas, PhD


Chefe de Departamento da Rede de Laboratório
Director-Geral edoServiços de Referência
Instituto Nacional de Saúde

MANUAL
MANUALDE
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA E GENEXPERT II3
E GENEXPERT
LCR -- Controlo
UICTDR
CQI Líquido - União Cefalo-Raquidiano
de Internacional
Qualidade Contra Tuberculose e Doenças Respiratórias
Interno
EPI - Equipamento de Protecção Individual
BAAR - Bacilo-álcool-ácido-resistente
LISTA
PNCT
CQI --Controlo
CQE - DE
Programa ABREVIATURAS
de Nacional
deQualidade
ControloCefalo-Raquidiano de Externo da Tuberculose
QualidadeInternoControlo
LCR - Líquido
LNRT - Laboratório Nacional deContraReferência da Tuberculose
LISTA
UICTDR
CQE
TBMR
PNCT -- Programa
- Controlo -DEUnião
Tuberculose ABREVIATURAS
deInternacional
Qualidade Externo Tuberculose e Doenças Respiratórias
Multirresistente
Nacional de Controlo da Tuberculose
LISTA
PCR
LISTA
CQI
TBMR --- ControloReacção DE
DE em
- Tuberculose ABREVIATURAS
Cadeia de Polimerase
ABREVIATURAS
de Qualidade Interno
Multirresistente
POP
LISTA
UICTDR Procedimento
DE
- União Operacional
ABREVIATURAS
Internacional PadrãoTuberculose e Doenças Respiratórias
Contra
TB
CSB - - Tuberculose
Cabine de Segurança Biológica
CQE
POP ---Sistema
UPS Controlo
Procedimento dedede Qualidade
Operacional
energia Externo
ininterruptaPadrão
CQI - -Controlo Qualidade Interno
LISTA
OMS
TB
EPI
TBMR --Tuberculose
UPS- Unidade
Equipamento
- Sistema
DEdeABREVIATURAS
Organização
- Tuberculose
Mundial da Saúde
deMultirresistente
Protecção Individual
energia ininterrupta
US
TB
CQE - Tuberculose
- Controlo Sanitária
de Qualidade Externo
LISTA
TB
BAAR
OMS
LISTA
LCR
POP
TB
US
-
-
Tuberculose
Tuberculose
Unidade
-
---Líquido DE
Organização
Procedimento ABREVIATURAS
Bacilo-álcool-ácido-resistente
DE ABREVIATURAS
Sanitária
Mundial
Cefalo-Raquidiano da Saúde
Operacional Padrão
ADN
OMS
TBMR --- Organização
Ácido
- LaboratórioDesoxirribonucleico
Tuberculose Mundial da Saúde
Multirresistente
OMS
LNRT
BAAR
PNCT Organização
- Mundial
Nacional
-- Bacilo-álcool-ácido-resistente
Programa Nacional da deSaúde
Referência da Tuberculose
de Controlo da Tuberculose
UPS
OMS
ADN ---Tampão
Sistema
Organização
Ácido de energia ininterrupta
Mundial
Desoxirribonucleico da Saúde
LISTA
PBS
TB
BAAR
POP
BAAR
PCR
-
- Tuberculose DE em ABREVIATURAS
Fosfato Salino
--- Bacilo-álcool-ácido-resistente
-- Reacção Bacilo-álcool-ácido-resistente
Procedimento Operacional
Cadeia Padrão
de Polimerase
LNRT
UICTDR
US - Unidade Laboratório
- União Nacional
Internacional
Sanitária deContra
Referência da Tuberculose
Tuberculose e Doenças Respiratórias
BAAR
PBS
Ct - -
Limite -
Tampão Bacilo-álcool-ácido-resistente
do Fosfato
ciclo Salino
OMS
TB
LNRT
UPS - -
TB - --Tuberculose
LNRT
CSB -
TuberculoseOrganização
-
Sistema Laboratório
- Laboratório
Cabine de
deem Mundial
Nacional
energia da deSaúde
ininterrupta
Nacional Referência da Tuberculose
de Referência da Tuberculose
PCR
CQI
ADN --Controlo
Reacção deSegurança
Cadeia deBiológica
Qualidade Polimerase
Interno
LNRT
Ct -
PNAEQ Limite -Ácido - do Desoxirribonucleico
Laboratóriociclo
Programa Nacional
Nacional de
de Referência da Tuberculose
Avaliação Externa da Qualidade
LISTA
BAAR
OMS
PCR
US
OMS
PCR
EPI
CSB
CQE
- -Unidade
-
-Organização
Reacção
Reacção
Cabine
Controlo
DESanitária
Organização de
em
emABREVIATURAS
Bacilo-álcool-ácido-resistente
-----Equipamento Mundial
Cadeia
Mundial
Cadeia
de
Segurança
de
de da
de
Protecção
Qualidade
Saúde
Polimerase
da Saúde
Polimerase
Individual
Biológica
Externo
TB
PCR
PNAEQ -
PBS -- Tampão Tuberculose
Reacção - Programa Fosfato
em Salino
Cadeia de Polimerase
Nacional de Avaliação
HIV
LNRT
BAAR
CSB
ADN
BAAR
CSB
LCR
Vírus
---Ácido
----Equipamento
Cabine
Cabine
Líquido
dede
Laboratório
de
Imunodeficiência
Nacional
Bacilo-álcool-ácido-resistente
Segurança
Segurança Biológica
Desoxirribonucleico
Bacilo-álcool-ácido-resistente
Biológica
Cefalo-Raquidiano ReferênciaExterna
de Humano da Qualidade
da Tuberculose
EPI
TBMR - - Tuberculose de Protecção Individual
Multirresistente
LISTA
OMS
Ct
CSB
HIV
CD
PCR
LNRT
- -Limite
--Disco
-
-Cabine
Vírus
Reacção
-
DE
Organizaçãodo
dede
Laboratório
ABREVIATURAS
ciclo Mundial
Segurança
Imunodeficiência
Compacto
em Cadeia de
Nacional
da Saúde
BiológicaHumano
Polimerase
de Referência da
EPI
PBS
LNRT
EPI
PNCT
LCR
POP
- Equipamento
--EquipamentoTampão
-
Líquido Laboratório
Programa
Procedimento
Fosfatode Protecção
Salino
Nacional
deOperacional
Protecção
Nacional
Cefalo-Raquidiano de de Individual
Referência
Individual
Controlo da Tuberculose
Tuberculose
Padrão daExterna
Tuberculose
BAAR
PNAEQ
TB
EPI
CD
TB --- Tuberculose - Bacilo-álcool-ácido-resistente
Equipamento
Disco
Tuberculose - Programa
Compacto deNacional
Protecção de Individual
Avaliação da Qualidade
LISTA
CSB
PCR
LCR
Ct
PCR
LCR -
UICTDR
PNCT
UPS
-
Limite-
- Cabine
Reacção
Líquido
Reacção
Líquido
-- Sistema DE
do de
- União
-- Programa
emABREVIATURAS
Segurança
ciclo
em Cadeia
Cadeia de
deBiológica
Cefalo-Raquidiano
Cefalo-Raquidiano
Internacional
Nacional
Polimerase
Polimerase
dede Contra Tuberculose
Controlo e Doenças Respiratórias
da Tuberculose
LNRT
HIV
OMS
LCR
OMS Vírus
--Líquido
Organização
Organização dede
Laboratório energia ininterrupta
Nacional
Imunodeficiência
Mundial
Cefalo-Raquidiano
Mundial da
da Referência
Humano
Saúde
Saúde da Tuberculose
EPI
CSB
PNCT
PNAEQ
CSB - - Equipamento
Cabine
-- Programa
Programa de
- Programa de Protecção
Segurança
Nacional
Nacional de Individual
Biológica
Controlo
de AvaliaçãodaExterna
Tuberculose
da Qualidade
TB -- -Unidade
PNCT
CQI
UICTDR
US
PCR
Cabine
Controlo
Tuberculose - Uniãodede Segurança
Nacional
Qualidade
emInternacional
Sanitária Biológica
de Controlo
Interno da Tuberculose
Contra Tuberculose e Doenças Respiratórias
CD
BAAR
PNCT - -Disco Reacção Compacto Cadeia dedePolimerase
Bacilo-álcool-ácido-resistente
- Programa Nacional Controlo da Tuberculose
LISTA
BAAR
LCR
EPI
UICTDR
HIV
EPI - -
OMS-----Equipamento
UICTDR
CQE Líquido
Equipamento
Vírus
Controlo -DEUnião ABREVIATURAS
Bacilo-álcool-ácido-resistente
Cefalo-Raquidiano
de Protecção
Internacional
de Imunodeficiência
- União
Organização de Protecção
deInternacional
Qualidade
Mundial da Individual
Contra
Humano Tuberculose ee Doenças
Tuberculose
Individual
Contra
Externo
Saúde Doenças Respiratórias
Respiratórias
CQI
ADN
CSB Controlo
Ácido
Cabine de Qualidade
Desoxirribonucleico
de Segurança Interno
Biológica
LNRT
TB - Tuberculose
UICTDR
LNRT - Laboratório Nacional
- União Internacional de Referência
Contra da
da Tuberculose
Tuberculose e Doenças Respiratórias
LISTA
PNCT
LCR
CQI
CD
LCR
CQI
TBMR -----Disco --- Programa
Líquido
Controlo
Líquido
Controlo
Laboratório
DE
Tuberculose de
Compacto Nacional
ABREVIATURAS
Nacional
Cefalo-Raquidiano
Qualidade
Cefalo-Raquidiano
de Qualidade de de Referência
Controlo
Interno
Interno
Multirresistente
Tuberculose
da Tuberculose
BAAR
CQE
PBS
EPI - - -
Tampão Bacilo-álcool-ácido-resistente
Controlo de Qualidade
Fosfato Salino Externo
OMS-----Controlo
PCR
CQI
PCR Equipamento
Reacção
Organização
Reacção em
em de Protecção
Cadeia
Mundial
de Qualidade
Cadeia de
dededa Individual
Polimerase
Saúde
Interno
Polimerase
UICTDR
PNCT
CQE
PNCT
CQE
POP -
- -- - União
Programa
Controlo
Programa
Controlo
- Procedimento de
deInternacional
Nacional
Qualidade
Nacional
Qualidade de
Operacional Contra
PadrãoTuberculose
Controlo
Externo
Controlo
Externo da e Doenças Respiratórias
da Tuberculose
Tuberculose
LNRT
TBMR
Ct
LCR - -Limite - - Laboratório
Líquido Tuberculose
do ciclo Nacional de Referência
Multirresistente
Cefalo-Raquidiano da Tuberculose
TB
CSB
BAAR
CQE
CSB Tuberculose
--- CabineControlo
Cabine de
dede Segurança
- Bacilo-álcool-ácido-resistente
de Qualidade
Segurança Biológica
Externo
Biológica
CQI
UICTDR
TBMR
UICTDR --- Sistema
Controlo -- União
-- Tuberculose
Tuberculose
União Qualidade
Internacional Interno
Contra
Multirresistente
Internacional Contra Tuberculose ee Doenças Respiratórias
TBMR
UPS
PCR
POP
PNAEQ
4
OMSMANUAL
PNCT -
Reacção
Procedimento
- - DE
Programa
Organização
de
em
Programa
BACILOSCOPIAMultirresistente
energia
Cadeiaininterrupta
Nacional
Mundial
de de
da de PadrãoTuberculose
Polimerase
Operacional
Nacional Avaliação
E GENEXPERT
Controlo
Saúde daExterna daDoenças
TuberculoseQualidadeRespiratórias
EPI
LNRT
TBMR
TB
EPI ---Tuberculose
Equipamento
Laboratóriode
- Tuberculose
Equipamento Protecção
Nacional
de de Individual
Multirresistente
Protecção Referência da Tuberculose
Individual
CQE
CQI
POP
CQI -----ControloControlo
Procedimento dedeQualidade
Qualidade
Operacional Externo
Interno
Padrão
POP
US
CSB
UPS
HIV
4 MANUAL
UICTDR - Controlo
- Unidade Procedimento
Cabine
Sistema
Vírus - Uniãode de
deSanitária
de Qualidade
Segurança
energia
DE BACILOSCOPIA Interno
Operacional
Biológica
ininterrupta
Imunodeficiência Padrão
E GENEXPERT
Internacional Humano
Contra
BAAR
LCR
PCR
POP
OMS
LCR -
Líquido
---Procedimento
ReacçãoBacilo-álcool-ácido-resistente
Organização
Líquido Cefalo-Raquidiano
em Cadeia
Mundialde da
Operacional
Cefalo-Raquidiano PadrãoTuberculose e Doenças Respiratórias
Polimerase
Saúde
TBMR
CQE
UPS - Tuberculose
--Equipamento
Controlo dede Multirresistente
Qualidade Externo
EPI-----Unidade
CQE
UPS
ADN
US
CD
CQI
-Disco Sistema
Controlo
Sistema
Ácido
Controlo
de energia
de
Sanitária
Compacto
de
ininterrupta
Qualidade
energia Externo
ininterrupta
Desoxirribonucleico
de Protecção
Qualidade Individual
Interno
LNRT
PNCT
CSB -- Sistema
UPS
BAAR
PNCT - -
Cabine
- - Laboratório
Programa de Nacional
Nacional
de Segurança
energia de de
Biológica
ininterrupta
Bacilo-álcool-ácido-resistente
Programa Nacional de Referência
Controlo
Controlo da Tuberculose
da Tuberculose
POP
TBMR
US
TBMR
US
4
PBSMANUAL -Tampão
-- -Unidade
Unidade Procedimento
-- Tuberculose
DE Sanitária
Tuberculose
Sanitária Operacional
BACILOSCOPIA
Fosfato Multirresistente
Multirresistente
Salino Padrão da Tuberculose
E GENEXPERT
LCR
ADN - Líquido Cefalo-Raquidiano
CQE
PCR
UICTDR
EPI
US
LNRT ---Equipamento
- -Unidade
UICTDR
Ácido Desoxirribonucleico
Controlo
Reacção -- União
- Laboratório em deInternacional
Sanitária
União Qualidade
Cadeia
deNacional
Protecção
Internacional Externo
de Polimerase
deContra Tuberculose
Individual
Referência
Contra ee Doenças
Doenças Respiratórias
da Tuberculose
UPS
POP
ADN
POP
ADN
Ct -
PNCT
-
Limite -
- -
-Sistema
Procedimento
-Ácido
Procedimento
Ácido do
Programa
de energia
ciclo ininterrupta
Operacional
Desoxirribonucleico
Operacional
Desoxirribonucleico
Nacional de PadrãoTuberculose
Padrão
Controlo da Tuberculose
Respiratórias
PBS
TBMR
CSB - Tampão- Tuberculose Fosfato Salino
Multirresistente
CQI
LCR
ADN
PCR
4
CQIMANUAL -----Controlo
Cabine
Líquido
Ácido
Reacção
Controlo deCefalo-Raquidiano
de
em Segurança
Cadeia
BACILOSCOPIA
de deBiológica
Qualidade
DE Desoxirribonucleico
Qualidade Interno
Polimerase
E GENEXPERT
Interno
US
UPS- --Unidade
PBS
UPS
PBS
PNAEQ Sistema
Tampão
Sistema
Tampão - Sanitária
de
Programa energia
Fosfato
de energia
Fosfato ininterrupta
Salino
ininterrupta
Salino
Nacional deContra
Avaliação Externa da Qualidade
UICTDR
Ct - Limite
POP------Tampão Procedimento-doUnião
ciclo Internacional PadrãoTuberculose e Doenças Respiratórias
EPI
CQE
PNCT
PBS
CSB
CQE Equipamento
Controlo
- Programa
Cabine
Controlo de
Fosfato
de deOperacional
Protecção
Qualidade
Nacional
Salino
Segurança
de Qualidade Individual
deExterno
Controlo
Biológica
Externo da Tuberculose
ADN
US
Ct ----Limite -Vírus
Ácido Desoxirribonucleico
Ct
US
HIV
CQI
PNAEQ
UPS -Unidade
Unidade
Limite
- Controlo
Sistema
do Sanitária
- Programa
ciclo
dodeSanitária
ciclo
de
Imunodeficiência
deenergia
Qualidade
Nacional de Humano
Interno
ininterruptaAvaliação Externa da Qualidade
LCR
TBMR
UICTDR
Ct
EPI-
TBMR Limite
- - Líquido
- Tuberculose
Equipamento
- -doUniãoCefalo-Raquidiano
ciclo
Tuberculose deMultirresistente
Internacional
Protecção Contra Tuberculose e Doenças Respiratórias
Individual
Multirresistente
PBS
ADN
PNAEQ
ADN
PNAEQ - Tampão
- Ácido
Ácido -
- Fosfato Salino
Desoxirribonucleico
Programa Nacional
Desoxirribonucleico
Programa Nacional de
de Avaliação Externa da
da Qualidade
CD
CQE
HIV
US
PNCT -
- Disco
-
- Vírus
Unidade Controlo
-
Compacto
Programa
de Qualidade
deSanitária
Imunodeficiência
Nacional de HumanodaExterna
Avaliação
Externo
Controlo Tuberculose
Qualidade
POP
CQI
PNAEQ
LCR
POP - - Procedimento
Controlo
Líquido -
ProcedimentoPrograma de Operacional
Qualidade
Nacional
Cefalo-Raquidiano
Operacional de Padrão
Interno
Avaliação
Padrão Externa da Qualidade
Ct
PBS
HIV
PBS- Limite
-- Tampão Tampão
Vírus dode
deciclo
Fosfato Salino
Imunodeficiência Humano
HIV
TBMR
CD
ADN
UICTDR ---Disco -
Vírus - Tuberculose
Ácido -
Fosfato
Compacto Salino
Imunodeficiência
Desoxirribonucleico
União Internacional
Humano
Multirresistente
Contra Tuberculose e Doenças Respiratórias
UPS
CQE
HIV
PNCT
UPS - - - Sistema
Controlo
Vírus
-
Sistema de
Programa de energia
de ininterrupta
Qualidade
Imunodeficiência
de Nacional
energia de Externo
Humano
Controlo
ininterrupta daExterna
Tuberculose
PNAEQ
Ct
CD-- --Limite
CD
4
Ct Limite
MANUAL Disco
Disco - Programa
do ciclo Nacional
Compacto
DE
do
BACILOSCOPIA
ciclo
Compacto
E de Avaliação
GENEXPERT da Qualidade
POP
PBS - Procedimento Operacional Padrão
CQI
US
TBMR
CD -- -Unidade
UICTDR
US
HIV
PNAEQ
Unidade
Disco
- Vírus
Tampão
Controlo Fosfato
- Compacto
União
deSanitária
Salino Interno
de Internacional
Qualidade
Sanitária
- Tuberculose Multirresistente
Imunodeficiência Contra Tuberculose e Doenças Respiratórias
de Humano
PNAEQ
UPS - Sistema -- Programa
Programa
de Nacional
Nacional
energia de
ininterruptaAvaliação Externa
Avaliação Externa da
da Qualidade
Qualidade
Ct
CQE
ADN
POP
CQI
ADN - Limite
-- - - Controlo
Ácido
Procedimento
Controlo
-Vírus do ciclo
de Qualidade
Desoxirribonucleico
de Operacional
Qualidade
ÁcidodeDesoxirribonucleico Externo
Padrão
Interno
CD - --Disco
HIV
HIV VírusCompacto Imunodeficiência Humano
deSanitária
Imunodeficiência Humano
US
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TBMR
PBS
UPS
CQE
PBS -
-Disco - Tampão-
Sistema Tuberculose
Controlo
Tampão Fosfato
de Multirresistente
Salino
energia
de ininterrupta
Qualidade
Fosfato Salino Externo
CD
CD
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- Disco Compacto
Compacto
HIV
POP
Ct
US ---Limite
TBMR
Ct Limite--Vírus
Unidade
Ácido
Procedimento
Desoxirribonucleico
dodeSanitária
- Tuberculose
do Imunodeficiência
ciclo
ciclo Operacional Humano
MultirresistentePadrão
PBS
CD ----Disco Tampão Fosfato Salino
Compacto
UPS
PNAEQ
ADN
POP
PNAEQ
4 MANUAL -SistemaÁcido-- Programa
Procedimento de energia
Programa ininterrupta
Nacional
Desoxirribonucleico
DE BACILOSCOPIAOperacional
Nacional de Avaliação
de Avaliação Externa da
Padrão Externa
E GENEXPERT da Qualidade
Qualidade
Ct - Limite do ciclo
USMANUAL
HIV
PBS
UPS
HIV
4
- -Unidade
- TampãoVírusDEde
Sistema
Vírus Sanitária
deBACILOSCOPIA
deImunodeficiência
Fosfato Salino
energia Humano
ininterrupta
Imunodeficiência Humano
E GENEXPERT
PNAEQ - Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade
ADN
CD
Ct
4
US
CD
4 ----Limite
MANUAL
MANUAL Disco
Unidade
Disco- Ácido do Desoxirribonucleico
Compacto
DE BACILOSCOPIA
ciclo
Sanitária
Compacto
DE BACILOSCOPIA
E GENEXPERT
E GENEXPERT
4HIV
III MANUAL
MANUAL - Vírus DE de Imunodeficiência
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA Humano
E GENEXPERT
E GENEXPERT
PBS - -Tampão
PNAEQ
ADN - Programa
Ácido FosfatoNacional
Salino de Avaliação Externa da Qualidade
Desoxirribonucleico
CDMANUAL
- DiscoDE Compacto
Ct
4
HIV
PBS - Limite
-- Tampão VírusdodeBACILOSCOPIA
ciclo
Imunodeficiência
Fosfato SalinoE GENEXPERT
Humano
PNAEQ
4
CDMANUAL
Ct
4 - Programa
- -Limite
Disco
MANUAL ciclo Nacional
DE BACILOSCOPIA
Compacto
do
DE BACILOSCOPIA de Avaliação
E GENEXPERT
E GENEXPERT Externa da Qualidade
HIV - Vírus de Imunodeficiência Humano
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Planta baixa de um laboratório de baciloscopia e Xpert mostrando o fluxo


unidireccional do ar

Figura 2. Bata de uso laboratorial

Figura 3. Respiradores N95 para uso laboratorial

Figura 4. Ilustração de uma luva bem ajustada e de uma luva com ajuste incorrecto

Figura 5. Ilustração de uma touca bem ajustada

Figura 6. Ilustração de óculos de protecção

Figura 7. Ilustração de um calçado de laboratório

Figura 8. Ilustração de um escarrador

Figura 9. Exemplo de enumeração das lâmina microscópicas por lápis de diamante


para a realização da baciloscopia

Figura 10. Bacilo álcool-ácido-resistente observado ao microscópio óptico após


coloração de Ziehl-Neelsen

Figura 11. Papel quadriculado usado para leitura microscópica

Figura 12. Ilustração da mudança de campo durante a leitura microscópica

Figura 13. Bacilo-álcool-ácido-resistente visualizado na microscopia de fluorescência

MANUAL DE DE
MANUAL BACILOSCOPIA E EGENEXPERT
BACILOSCOPIA GENEXPERT IV 5
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Escala de Classificação da OMS/UICTDR para leitura de lâminas pelo método de


Ziehl-Neelsen.

Tabela 2. Escala de Classificação da OMS/UICTDR para leitura de lâminas pelo método de


Fluorescência (Auramina O).

Tabela 3. Indicadores da qualidade de baciloscopias.

Tabela 4. Interpretação dos resultados positivos em função do limite do ciclo.

Tabela 5. Indicadores de qualidade do GeneXpert MTB/RIF.

V MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


6 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
INTRODUÇÃO

AAbaciloscopia
baciloscopia éé um
ummétodo
métododedediagnóstico
diagnósticoda da tuberculose
tuberculose (TB)(TB) que consiste
que consiste num
num exame
exame microscópico
microscópico para de
para pesquisa pesquisa de Bacilo Álcool-Àcido
Bacilo Álcool-Àcido Resistente
Resistente (BAAR) (BAAR)
num esfregaço de
num esfregaço de amostra clínica, preparado e corado com métodos de coloração
amostra clínica, preparado e corado com métodos de coloração padronizados.
padronizados.

Para que a baciloscopia seja positiva é preciso que a amostra tenha, entre 5.000 e 10.000
Para quepor
bacilos a baciloscopia seja positiva
mililitro da amostra. é preciso
É um método queusado
bastante a amostra
por sertenha, entreexecução,
de simples 5.000 e
10.000 bacilos por mililitro da amostra. É um método bastante usado por
rápido e de baixo custo, cuja qualidade técnica e registos são componentes importantes serpara
de
simples execução, rápido e de baixo custo, cuja qualidade técnica e registos são
considerá-la como boa ferramenta de diagnóstico e controlo da TB. Ela é importante porque
componentes importantes para considerá-la como boa ferramenta de diagnóstico
e permite
controlodiagnosticar
da TB. pacientes com suspeitaporque
Ela é importante de TB, monitorar
permite odiagnosticar
tratamento e confirmar
pacientesa
cura.suspeita de TB, monitorar o tratamento e confirmar a cura.
com

Por outro lado, o ensaio de Xpert MTB/RIF é um teste molecular baseado num PCR em
Por outro lado, o ensaio de Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra são testes
tempo real, automatizado, para detecção de microbactérias do complexo Mycobacterium
moleculares baseados numa PCR em tempo real, automatizado, para detecção de
tuberculosis (CMTB)
microbactérias e resistência
do complexo à Rifampicina.tuberculosis
Mycobacterium É um teste simples,
(CMTB) altamente sensível,
e resistência à
específico e rápido,
Rifampicina. São produzindo resultado
testes simples, em duas sensíveis,
altamente horas. Contudo, os custos epor
específicos teste e a
rápidos,
produzindo
manutençãoresultados em duas
do equipamento horas. Contudo,
são elevados, os custos exigências
além de apresentar por teste eoperacionais
a manutençãoque
dodevem
equipamento são elevados, além de apresentar exigências operacionais que devem
ser respeitadas.
ser respeitadas.

O presente manual orienta, de forma padronizada, a realização da baciloscopia e GeneXpert


Odapresente
tuberculose enfatizando
manual a biossegurança
orienta, laboratorial, atipo
de forma padronizada, de amostras
realização e métodos de
da baciloscopia
e colheita,
GeneXpert da tuberculose
bem como a manutençãoenfatizando
dos principaisaequipamentos
biossegurança laboratorial,
usados, por forma atipo de
garantir
amostras e métodos de colheita, bem como a manutenção
um serviço de diagnóstico preciso e de qualidade. dos principais equipamentos
usados, por forma a garantir um serviço de diagnóstico preciso e de qualidade.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT VII


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 9
ÍNDICE
Ficha técnica 02
Prefácio 03I
Ficha técnica
Lista de abreviaturas
Prefácio 04II
Lista de figuras
abreviaturas 05
III
figuras
Lista de tabelas IV
06
Lista de tabelas
Introdução V
09
Introdução VI

1.
1. BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA 11
1.1. Requisitos de biossegurança para laboratórios que realizam o diagnóstico
1.1.
da TB por baciloscopia e Xpert
Requisitos de biossegurança para laboratórios que realizam o diagnóstico da
13
1.2.
DerrameTB porembaciloscopia
laboratóriose sem
XpertCabine de Segurança Biológica (CSB)
20
01
1.2. Descarte
1.3. Derrame em laboratórios
de material e resíduossem Cabine de Segurança Biológica (CSB) 21
08
1.3. Descarte de material e resíduos 09

2. AMOSTRAS CLÍNICAS 25
2. AMOSTRAS CLÍNICAS
2.1. Tipo de amostras para o diagnóstico da tuberculose
2.1. Tipo de amostras para o diagnóstico da tuberculose 27
15
2.2.
2.2. Colheita, conservação
Colheita, e transporte
conservação de amostras
e transporte ao laboratório
de amostras ao laboratório 27
15
2.3. Anexos
2.3. Anexos 20
32


3. BACILOSCOPIA 35
3. BACILOSCOPIA
3.1. Recepção das amostras no laboratório 37
3.1. Recepção das amostras no laboratório 25
3.2.
3.2. Material necessário
Material para para
necessário realização da baciloscopia
realização da baciloscopia 37
25
3.3. Reagentes
3.3. Reagentes necessários
necessários parapara a realização
a realização da baciloscopia
da baciloscopia 38
26
3.4 Organização
3.4. Organização da área
da área de trabalho
de trabalho 26
38
3.5 Identificação das lâminas 26
3.5. Identificação das lâminas 38
3.6 Execução do esfregaço 27
3.6. Execução do esfregaço 39

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 7


3.7. Fixação do esfregaço 27
3.8. Coloração do esfregaço, leitura e interpretação de resultados 27
3.9. Conservação das lâminas 33
3.10. Controlo e indicadores da qualidade 33
3.11. Referências 36
3.12. Anexos 47

4. GENEXPERT

4.1. Procedimento técnico para a realização do GeneXpert 49


4.2. Controlo e indicadores da qualidade 67
4.3. Resolução de problemas 69
4.4. Como proceder-se 72
4.5. Referências 74

5. MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

5.1. Microscópio 77
5.2. Balança 77
5.3. Autoclave 77
5.4. Estação de trabalho ventilada («ventilated workstation») 78
5.5. GeneXpert 78
5.6. Referências 89
5.7. Anexos 90
BIOSSEGURANÇA
1. BIOSSEGURANÇA

A biossegurança em laboratórios descreve os princípios, tecnologias e práticas que são


implementadas para prevenir a exposição não intencional a agentes patogénicos. Por outro
lado, a introdução de medidas de segurança institucionais e pessoais destinadas a prevenir a
perda, roubo, uso indevido, desvio ou libertação intencional de patógenos e toxinas denomina-
se bioprotecção ou protecção biológica.

1.1. Requisitos de biossegurança para laboratórios que realizam o diagnóstico


da TB por baciloscopia e Xpert

Os laboratórios que realizam o diagnóstico da TB usando a baciloscopia e tecnologia Xpert


devem obedecer requisitos de biossegurança por forma a proteger o técnico, amostra e meio
ambiente conforme descrito a seguir:

1.1.1. Infraestrutura

Os critérios a considerar para a instalação do laboratório são:


Ÿ Paredes, pisos e bancadas devem ser laváveis;
Ÿ Apenas equipamentos e materiais necessários aos procedimentos devem estar no
laboratório, para facilitar a limpeza e a descontaminação;
Ÿ Área de recepção de amostras deve estar o mais perto possível da sala de processamento;
Ÿ Deve existir uma área adequada para a preparação de esfregaços ou preparação da amostra
para inoculação no cartucho do Xpert. Se possível deve-se equipar a sala com Cabine de
Segurança Biológica (CSB) ou estação de trabalho ventilada.
Ÿ Deve existir áreas para procedimentos administrativos e armazenamento do material;
Ÿ Possuir corrente eléctrica estável e ar condicionado (obrigatório para Xpert);
Ÿ Ter fluxo unidirecional do ar, isto é, sala arejada com janelas que possibilitam a renovação
natural do ar e a entrada da luz solar (figura 1);

1 MANUAL DE BACILOSCOPIA
MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
E GENEXPERT 13
Área Isolada
Janela aberta

coloração
Pia da

Corredor (área limpa)


entrada de luz natural

Mesa de Mesa de
leitura Registo
Janela Fixa

bancada de trabalho

Armário
mesa para
receber
amostras

Figura 1. Planta de um laboratório de baciloscopia e Xpert mostrando o fluxo unidireccional de ar.

1.1.2. Equipamento de Protecção Individual (EPI)

O uso de EPI é de carácter obrigatório nos laboratórios e em outras áreas que também
oferecem riscos. Fazem parte dos EPI´s as batas, luvas, respiradores N95, touca, calçado
fechado e óculos de protecção.

a) Batas de Laboratório
As batas devem cumprir com os seguintes critérios:
Ÿ Mangas compridas com punho elástico para melhor acomodação das luvas;
Ÿ Cumprimento abaixo dos joelhos;
Ÿ Algodão ou tecido não inflamável;
Ÿ Uso exclusivo e obrigatório em áreas laboratoriais, não podendo ser usada em áreas de
convívio, administrativas ou na rua;
Ÿ As batas devem ser lavadas periodicamente após desinfecção em hipoclorito de sódio
(javel).

b) Respiradores N95, N99 ou N100


Ÿ Os respiradores N95, N99 e N100 têm a capacidade de filtrar partículas menores do
que 3 micrómetros e devem ser obrigatórias nos procedimentos com amostras
suspeitas da presença do Mycobacterium tuberculosis.
Ÿ Devem ser confortáveis, ter boa adaptação ao rosto, permitir a respiração normal, não
irritar a pele e não ter cheiro.

2 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


14 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Figura 2. Bata de uso laboratorial Figura 3. Respirador N95 para uso laboratorial

Uso de respiradores N95, N99 ou N100

É recomendado pelo fabricante que o respirador seja colocado de forma que os dois elásticos
fiquem afixados correctamente e sem dobras, um fixado na parte superior da cabeça e outro na
parte inferior, na altura do pescoço, sem apertar as orelhas.A sua colocação deve obedecer os
seguintes passos:

1 2

Posicione o respirador Coloque o respirador na sua face


na sua mão com a parte nasal permitindo que os elásticos fiquem por baixo
nos seus dedos de suas mãos e com a parte de ajuste
nasal para cima.

3 4

O elástico superior deve ficar por Coloque as pontas dos dedos das
cima e por trás da cabeça. duas mãos na parte metálica por forma a
O elástico inferior deve ficar por baixo ajustar o respirador de acordo com o
das orelhas. Não cruze os elásticos. formato do seu nariz.

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 315
De salientar que, devido a diversidade no formato do rosto é importante que o respirador encaixe
perfeitamente na cara do técnico, não permitindo que haja abertura para a entrada de partículas,
névoas ou vapores.

Cuidados no uso dos respiradores

Ÿ Não colocar o respirador no pescoço quando o mesmo não está em uso;


Ÿ Guardar o respirador em local seco, fresco e livre de humidade;
Ÿ Não dobrar e nem amarrotar o respirador;
Ÿ Manusear o respirador com cuidado evitando tocar a parte interior, pois, após o uso no
processamento de amostras, a parte exterior é considerada suja.
Ÿ Trocar o respirador de acordo com as recomendações do fabricante. No entanto, devido a
insuficiência, recomenda-se a substituição do mesmo semanalmente, ou sempre que
estiver húmida ou com elástico flácido;
Ÿ Trocar o respirador sempre que espirrar ou tossir;
Ÿ Não lavar os respiradores.

d) Luvas
A manipulação de amostras deve ser feita usando:
Ÿ Luvas de latex
Ÿ "Descartáveis, podendo conter ou não o pó.

Como calçar as luvas


Ÿ Certificar-se de que tem as mãos limpas (lavando-as) e secas;
Ÿ Dispor de luvas com tamanho adequado para as mãos;
Ÿ Inserir as mãos dentro de cada luva;
Ÿ Entrelaçar os dedos de ambas as mãos para assegurar um ajuste confortável;
ŸAjustar os dedos conforme necessário para torná-la confortável.

Figura 4. Ilustração de uma luva bem ajustada (imagem à esquerda) e de uma luva com ajuste incorrecto (imagem à direita).

4 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


16 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Legenda:
1. Pegue uma luva próximo ao seu punho em direcção à ponta dos seus dedos
até que ela se dobre
2. Pegue cuidadosamente a dobra e puxe em direcção às pontas dos seus dedos.
À medida que puxar estará colocando a luva ao avesso
3. Continue puxando a dobra até que a luva esteja quase que totalmente removida.
Continue a segurar a luva removida e a seguir, remova completamente a sua mão.
4. Escorregue o dedo indicador da mão sem luva por baixo da luva que
permanece. Continue a inserir seu dedo em direcção à sua ponta até que
quase metade do dedo esteja sob a luva
5. Gire o seu dedo a 180˚ e puxe a luva ao avesso em direcção a ponta dos seus
dedos. A medida que fizer isso, a primeira luva será contida na
segunda luva. O lado interno da segunda luva também, será virada ao avesso.
6. Pegue as luvas firmemente por meio da superfície não contaminada
(o lado que estava inicialmente tocando sua mão). Liberte totalmente o
contacto com a primeira luva removida. A seguir retire sua segunda mão
do contacto com as luvas descartando-as adequadamente.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 5


e) Toucas ou protectores de cabelo (uso opcional)
Ÿ As toucas devem ser descartáveis, utilizadas para a protecção dos cabelos da contaminação
por aerossóis, salpicos e produtos químicos;
Ÿ No caso de cabelos longos, estes devem estar presos;
Ÿ A touca deve cobrir todo o cabelo e orelhas;
Ÿ Para retirar a touca, puxe-a pela parte superior central e descarte-a no recipiente
apropriado;
Ÿ A touca deve ser trocada sempre que necessário durante os procedimentos laboratoriais.

Figura 5. Ilustração de uma touca bem ajustada.

f) Óculos de protecção (uso opcional)


Ÿ Utilizados para a protecção dos olhos durante a preparação de reagentes, procedimentos
que podem produzir salpicos, derrames e aerossóis;
Ÿ Devem ser de fácil colocação e resistentes aos líquidos;
Ÿ Devem, preferencialmente, proteger as laterais da face, ter boa adaptação ao rosto
garantindo, inclusive, o uso de óculos graduados;
Ÿ Devem ser higienizados com água e sabão regularmente.

Figura 6. Ilustração de óculos de protecção.

6 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


18 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
g) Calçados
Ÿ Os calçados devem ser fechados, impermeáveis, confortáveis e de sola rasa anti-
derrapante.

Figura7. Ilustração de um calçado de laboratório.

1.1.3. Procedimento em caso de acidentes

Durante a realização de actividades laboratoriais é importante que o técnico assegure a pronta


actuação para a desinfecção e limpeza de locais com derrames de materiais biológicos. Para
garantir uma resposta rápida, o laboratório deve possuir um kit com elementos essenciais para a
limpeza e desinfecção do derrame (kit de primeiros socorros e kit de derrames).

Conteúdo do Kit de derrames


Cada laboratório deve possuir um plano e kit de resposta aos acidentes com material biológico
em superfícies diversas dentro e fora do laboratório. Cada kit deve conter:
Ÿ Papel-toalha, tecido de algodão ou outro material absorvente, como por exemplo, gaze;
Ÿ Luvas;
Ÿ Bata descartável ou avental;
Ÿ Respirador N95;
Ÿ Sacos plásticos de lixo, autoclaváveis;
Ÿ Sinalização com o dizer: "Perigo, não entre, ocorreu um derrame!"
Ÿ Pinças.

Outros materiais/soluções que devem estar disponíveis no laboratório:


Ÿ Balde de lixo para material perfuro-cortante;
Ÿ Solução de hipoclorito de Sódio a 5% e álcool a 70% (vide no anexo 1)

MANUAL
MANUALDEDE
BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEE GENEXPERT
GENEXPERT 719
1.2. Derrame em laboratórios sem Cabine de Segurança Biológica (CSB)

O derrame de material infeccioso em laboratórios sem CSB é considerado uma ocorrência


grave. Neste caso, prossiga com as instruções abaixo:
1. Continuar usando os EPI´s (respirador N95, batas, luvas, e calçados fechados);
2. Não entrar em pânico;
3. Solicitar as pessoas que estiverem na sala para sair imediatamente;
4. Prender a respiração o mais possível;
5. Colocar a sinalização com o dizer: "Perigo, não entre, ocorreu um derrame!" que se
encontra dentro do kit.
6. Abandonar a sala imediatamente por, no mínimo, 30 minutos, para permitir que partículas
mais pesadas dos aerossóis e assentem ao chão;
7. Avisar de imediato o gestor do laboratório e de biossegurança e registar o acidente;
8. Passado 30 minutos, colocar os EPI´s;
9. Entrar na sala e usar o kit de derrame disponível;
10. Cobrir o material derramado com papel toalha ou tecido de algodão/material absorvente;
11. Colocar o hipoclorito de sódio a 5% ou outro desinfectante apropriado sob o papel toalha e
superfícies próximas começando de fora para o centro;
12. Permitir um tempo suficiente para o desinfectante actuar (30 minutos) antes de retirar o
papel toalha e resto de material para descarte no saco autoclavável. Se o derrame envolver
vidraria partidause uma pinça e descarte no recipiente para perfuro-cortantes disponível na
bancada. Embeber o papel toalha com desinfectante para limpar os pedaços pequenos de
vidro;
13. Limpar e desinfectar a área de derrame, bancadas e equipamentos próximos.

1.2.1. Derrame em laboratórios com Cabine de Segurança Biológica (CSB)

a) Derrame fora da CSB


Proceder como no ponto 2.3.1. No entanto, deve-se manter a CSB sempre ligada por forma a
permitir que partículas mais pesadas dos aerossóis não só se assentem ao chão, mas também
sejam removidas pelo sistema de ventilação.

b) Derrame dentro da CSB


Quando ocorre um derrame de material infeccioso dentro de CSB deve iniciar-se
imediatamente com o procedimento de limpeza e a CSB deve continuar a funcionar. Proceder
da seguinte forma:
1. Colocar um papel toalha sobre a superfície onde ocorreu o derrame e despejar a solução
desinfectante sobre ele;
2. Se o derrame atingir as paredes da CSB, limpar as mesmas usando papel toalha humedecido
com solução desinfectante;
3. Deixar as áreas afectadas cobertas com desinfectante por 30 minutos a 1 hora;

8 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


20 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
4. Qualquer equipamento ou material reutilizável deverão ser limpos com o mesmo
desinfectante;
5. Equipamento eléctrico deve ser verificado cuidadosamente antes de ser usado, verifique a
integridade dos interruptores.
6. Cuidadosamente, retirar o material contaminado e colocar no saco autoclavável. Em caso de
material perfuro-cortante colocar no recipiente resistente a perfurações para ser descartado.

1.3. Descarte de material e resíduos

O descarte adequado de resíduos laboratoriais tem em vista salvaguardar a saúde e segurança


dos trabalhadores e do público em geral, minimizando o impacto ambiental.

O descarte, transporte e acondicionamento dos resíduos laboratoriais deve ser feito de acordo
com o Regulamento sobre Gestão de Lixo Biomédico em Moçambique (Decreto 08/2003, de 18
de Fevereiro) que ressalta que os resíduos laboratoriais devem ser segregados de acordo com o
seu nível de risco devendo o laboratório dispor de condições de acondicionamento para as
categorias de lixo existentes:

Ÿ Lixo infeccioso: O lixo infeccioso deve ser colocado em recipiente destinado para tal para
posterior autoclavação ou incineração. Em caso de falta de autoclave e incineradora pode-se
depositar o lixo no aterro sanitário. O lixo infeccioso reutilizável deve de igual modo ser
transportado dentro do saco de autoclave e separado do lixo não reutilizável. Diariamente
todo o lixo deve ser retirado das salas.
Ÿ Lixo perfuro-cortantes: O lixo cortante e/ou perfurante deverá ser descartado em
recipientes com paredes fortemente rígidas, etiquetadas como "Lixo cortante e/ou
perfurante" e com o símbolo de risco biológico. Estes recipientes para perfuro-cortantes
dispõem de um sinal que representa a capacidade máxima após o qual não deverá mais nada
ser depositado.

NOTA: O lixo infeccioso e/ou lixo perfuro-cortante a descartar não deve ultrapassar ¾ da
capacidade do cesto da autoclave. Nele deve-se adicionar cerca de 250 ml de água para garantir
que haja vapor durante o ciclo de autoclavação. Quaisquer derrames de lixo infeccioso, deverá ser
contido dentro do recipiente de modo a permitir uma lavagem e desinfecção fácil.

Ÿ Lixo comum: O lixo comum deverá ser colocado em sacos plásticos que podem ser
transparentes e depositado em qualquer contentor ou recipiente adequado para o efeito, não
necessitando de autoclavação antes da remoção.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 9


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 21
Anexos

Anexo 1: Preparação de Reagentes

1.1. Desinfectantes

a) Álcool etílico a 70%

1. Prepare 1000 ml de álcool a 70% a apartir de um frasco comercial a 96% usando a seguinte
fórmula: C1 x V1 = C2 x V2, isto é, 70% x1000 ml = 96% x V2. Neste caso, V2 = (70% x
1000)/ 96%. Então V2= 729 ml
2. Meça a quantidade de álcool calculada numa proveta e transfira para o balão volumétrico;
3. Acrescente ao álcool a quantidade de água (1000-729= 271) necessária até perfazer 1000ml da
solução final. Misture a solução e coloque um rótulo de identificação no frasco conforme
figura:

( ) Base
( ) Ácido
( ) Sal
( ) Solvente
( ) Irritante
( ) Tóxico
( ) Inflamável
( ) Corrosivo

b) Hipoclorito de sódio a 0.5 e 5%

O hipoclorito de sódio comercial (javel) geralmente contém 4 a 5% de clorina. Calcular a


quantidade de água e de hipoclorito que deve ser misturada usando a fórmula descrita no
procedimento experimental do álcool a 70%, isto é, C1 x V1 = C2 x V2.

Por exemplo, calcular a quantidade de solução de hipoclorito de sódio a 0.5%tendo em conta que
a concentração de clorina comercial é de 5% e o volume final desejado é de 1litro.

10
22 MANUAL
MANUAL DE
DE BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA EEGENEXPERT
GENEXPERT
C1 x V1 = C2 x V2
0.5% x 1000 ml =5% x V2
V2 = 100 ml
1. Medir 100ml de hipoclorito com a proveta e transferir para o balão volumétrico;
2. Medir a quantidade de água destilada necessária (900ml) e adicionar ao volume de
hipoclorito de sódio.
3. Colocar um rótulo de identificação conforme descrito para o álcool a 70% e armazenar ao
abrigo da luz, a temperatura ambiente. Após a preparação, a solução de hipoclorito é estável
por uma semana.

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 11
23
12 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
AMOSTRAS CLÍNICAS
2. AMOSTRAS CLÍNICAS

2.1. Tipo de amostras para o diagnóstico da tuberculose

Para que o laboratório possa emitir resultados fiáveis não só necessita de realizar as técnicas
correctamente, como também deve receber amostras com boa qualidade. Entende-se como
amostra de boa qualidade, aquela que provém do local da lesão (órgão infectado), obtida em
quantidade suficiente, colocada em recipientes adequado, bem identificada, conservada e
transportada ao laboratório de forma adequada.

As amostras podem ser classificadas em pulmonares, quando originam de órgãos do sistema


respiratório, e extrapulmonares, quando o órgão de origem não pertence ao sistema respiratório.

Ÿ Amostras pulmonares: expectoração, lavado gástrico, lavado brônquico (ou bronco-alveolar).


Ÿ Amostras extrapulmonares: líquido pleural, líquido cefaloraquidiano (LCR), líquido ascítico,
urina, aspirados de gânglios, pús de cavidades abertas, biópsias e fezes (em casos de suspeita
de TB intestinal).

A amostra mais usada no diagnóstico da tuberculose é a expectoração porque provém dos


pulmões, que são os órgãos frequentemente afectados.

ATENÇÃO: Todas amostras extrapulmonares podem ser submetidas a baciloscopia e Xpert,


mas a realização da cultura é obrigatória por ser um método que fluidifica a amostra e concentra
os bacilos da centrifugação. Desta forma, para aumentar a sensibilidade da baciloscopia e Xpert,
as amostras extrapulmonares devem ser submetidas primeiro à cultura.

2.2. Colheita, conservação e transporte de amostras ao laboratório

As amostras clínicas enviadas ao laboratório para o diagnóstico de micobactérias devem cumprir


uma série de condições das quais dependem a qualidade e eficência dos resultados dos exames,
tais como, preenchimento correcto da requisição, selecção do tipo de amostra mais
representativa, cuidados na colheita, transporte e armazenamento desta. A seguir são descritas as
condições de colheita, transporte e estabilidade da expectoração por ser a amostra comumente
usada no diagnóstico da TB pulmonar. O anexo 2 descreve as condições de colheita, transporte
e estabilidade das outras amostras pulmonares e extrapulmonares.

MANUAL
MANUALDEDE
BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEE GENEXPERT
GENEXPERT 15
27
2.2.1. Colheita de expectoração

a) Escarrador
Ÿ Devem ser limpos e transparentes
Ÿ Ter boca suficientemente larga para permitir que o paciente coloque facilmente a expectoração
sem contaminar o exterior
Ÿ Ter tampa de rosca
Ÿ Devem ser de material resistente para evitar amolgamento e não permitir vazamento durante o
transporte
Ÿ Devem ser descartáveis e inflamáveis para facilitar a sua destruição
Ÿ As paredes devem ser facilmente rotuláveis para permitir uma identificação permanente.

Figura 8. Ilustração de um escarrador.

b) Quantidade de amostras

Devem ser colhidas 2 (duas) amostras de expectoração por cada paciente para aumentar a
probabilidade de se obter um resultado positivo. A 1ª amostra deve ser colhida na Unidade
Sanitária durante a consulta. Se a Unidade Sanitária não dispor de local apropriado para a
colheita o paciente deve colher em casa, preferencialmente a noite, antes do jantar e a 2ª
amostra no dia seguinte de manhã, ao acordar.

Para a 1ª amostra não é necessário que o paciente esteja em jejum, porém, é importante que a
boca esteja limpa e sem resíduos alimentares, enquanto que para a 2ª amostra o paciente deve
estar em jejum, com a boca limpa (antes de escovar os dentes). Colher as amostras de
preferência ao ar livre.

c) Orientação para colheita de expectoração

É fundamental que o técnico trate o paciente pelo nome, o cumprimente, se concentre e


mantenha contacto visual e seja receptivo sempre que solicitado.
Deve ainda, explicar a importância do exame para o paciente, utilizando termos claros e de
fácil entendimento.

16
28MANUAL
MANUALDE
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA E GENEXPERT
E GENEXPERT
Peça ao paciente para levar 2 amostras ao laboratório. Estas deverão ser colhidas da seguinte
maneira:

1ª Amostra (no dia da consulta)

1 2
Certifique-se que no seu escarrador Lave a boca bochechando apenas com
está escrito o seu nome, data e hora água (se tiver placa dentária tire-a
da colheita

3 4
Relaxe e leve o tempo necessário para Num local ao ar livre, certifique-se de
colher a sua expectoração que ninguem esteja por perto. Inspire
(meta o ar para dentro) profundamente
e suspenda a respiração por alguns
segundos e expire (tire o ar para fora)

5 6
Inspire e expire por mais 2 vezes. A 3ª Coloque a amostra directamente no
vez, force a tosse até a retirada da escarrador
expectoração do peito para a boca

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 17


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 29
2ª Amostra em Casa

1. Antes de dormir, beba água e durma sem almofada.


2. Ao acordar, não coma, não beba, não fume e nem escove os dentes antes de colher a
amostra.
3. Siga os passos de 1 à 9 da orientação da colheita da primeira amostra de expectoração.
4. Conserve a amostra num local seco e fresco, fora do alcance das crianças ao abrigo da luz
solar (não coloque na geleira ou congelador).

2.2.2. Conservação de Amostras


As amostras devem ser processadas de imediato, após recepção no laboratório. Se o
processamento não for possível de imedito, as amostras devem ser conservadas numa geleira
de 2-8°C.Nestas condições as amostras devem ser processadas para baciloscopia e Xpert
dentro de 10 dias.

Em caso de não haver condições para refrigeração, podem ser conservadas num local seco e
fresco protegido da luz solar. Nestas condições as amostras devem ser processadas para
baciloscopia e Xpert dentro de 4 dias.

2.2.3. Empacotamento e transporte da amostra ao laboratório

a. De casa à unidade sanitária

O paciente deve assegurar que os escarradores estão bem fechados para evitar derrame. De
seguida, sobrepor os escarradores verticalmente (com as tampas voltadas para cima) e
envolvé-los com material descartável que impeça a exposição da amostra a luz solar, como
por exemplo, papel ou saco plástico escuro. Não juntar os escarradores com a requisição e
levá-los de imediato ao laboratório. Durante o transporte, não agitar os escarradores
contendo a amostra.

b. Referenciamento de amostras

As amostras biológicas a serem transportadas, quer por via terrestre ou aérea, devem ser
empacotadas e acondicionadas em recipientes apropriados como por exemplo caixas
térmicas (colmans) com separadores internos, se disponível. Ao manusear a amostra use
sempre equipamento de protecção individual.

As amostras passam pelo procedimento seguinte:

18
30MANUAL
MANUALDE
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA E GENEXPERT
E GENEXPERT
1 Envolva o escarrador/frasco com material 2 Coloque as amostras num plástico e feche-o;
absorvente (por exemplo, papel higiénico) e
cole com fita adesiva, para o proteger e
absorver de qualquer vazamento;

3 4
Coloque o plástico numa caixa térmica com Feche a caixa térmica com fita adesiva de uma
acumuladores; forma segura;

5
Coloque as requisições dentro de um plástico e coloque-o fora na caixa térmica;

Ÿ Escreva o nome do destinatário e o endereço do laboratório de referência na caixa térmica;


Ÿ Cole uma etiqueta com setas ascendentes na caixa térmica;
Ÿ Antes de enviar as amostras verifique o seguinte:
Ÿ O número de escarradores/frascos na caixa é igual ao número de requisições;
Ÿ O número de identificação de cada escarrador corresponde ao número escrito na requisição;
Ÿ As requisições contêm toda a informação/dados dos pacientes;
Ÿ A data de envio e o nome da unidade sanitária estão escritos.
Ÿ Transportar a caixa térmica na posição vertical.
Ÿ Escrever na caixa: "MANUSEIE COM CUIDADO (Substâncias potencialmente infecciosas)
e/ou etiqueta "FRAGIL";
Ÿ Preencher correctamente o protocolo de envio de amostras.

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 19
31
20
Tipo de TB
Material de Colheita / Amostra Transporte Estabilidade
e análises/métodos

TB pulmonar - Baciloscopia Frasco plástico, de boca larga, com 50 mm de � 1 dia, � 4 dias e

32 MANUAL
(BK), Exame Cultural em meio diâmetro: Expectoração; Volume 5 a 10 ml. temperatura mantido a 2

MANUALDE
2.3. Anexos

sólido de Lowenstein Jensen e Colher em dois dias consecutivos; a primeira ambiente, ao a 8ºC,
meio líquido - MGIT; antes do jantar e a segunda no dia seguinte ao abrigo da luz manter ao
GeneXpert (PCRGX), Teste de acordar. Lavar a boca e em local arejado abrir abrigo da luz
o escarrador, forçar a tosse, inspirar � 1 dia da em local
Sensibilidade as Drogas
profundamente, prender a respiração e província para fresco
(TSA), Line Probe Assay
escarrar no frasco. Registar a hora de cada

DE BACILOSCOPIA
LNRT, 2 a 8ºC
(LPA). colheita.

Frasco plástico, de boca larga, com 50 mm de � 1 dia, � 4 dias e


diâmetro: Expetoração induzida; Volume 5 a

BACILOSCOPIA EEGENEXPERT
temperatura mantido a 2

GENEXPERT
10 ml. Devem ser bebidos muitos líquidos, de ambiente, ao a 8ºC,
preferência água, no dia anterior à colheita. abrigo da luz manter ao
Sobre orientação médica, usar um nebulizador abrigo da luz
ultra-sónico com solução salina e hipertónica � 1 dia da em local
pulmonares e extrapulmonares.

a 3% durante 5 a 20 minutos. Deve ser colhido província para fresco.


em condições de biossegurança para evitar LNRT, 2 a 8ºC
contaminação do ambiente.

Frasco plástico, de boca larga, com 50 mm de � 1 hora, � 4 horas e


diâmetro: Lavado gástrico, Volume 50 ml. temperatura mantido a 2
Requer hospitalização. Em jejum de 8 a 10 ambiente a 8ºC.
horas antes, logo de manhã, antes de (deve ser
levantar, realizado com sonda nasogástrica entregue no
fina, introduzida pelo nariz ou boca, injetar 10 dia da
a 15 ml de soro fisiológico, esperar 30 min e colheita)
fazer a lavagem.
Anexo 2. Condições de colheita, transporte e estabilidade das amostras
Tipo de TB
Material de Colheita / Amostra Transporte Estabilidade
e análises/métodos

Frasco estéril: Lavado brônquico, 5 mL. Sobre ≤4 horas,


orientação médica, uso do broncofibroscópio, temperatura ≤ 24 horas,
não usar substâncias anestésicas pois são ambiente, ao 2-8ºC.
letais para a micobactéria. A sala deve abrigo da luz
comportar condições de biossegurança.

Extra pulmonares Frasco estéril: LCR, volume mínimo de 5 ml. ≤15 min, � ≤ 24
Baciloscopia (BK), Exame Realizado por procedimento médico, temperatura horas,
Cultural (meio sólido de recomendado jejum, feito por punção ambiente temperatura
Lowenstein Jensen e meio lombar. ambiente.
líquido - MGIT); Teste de
Sensibilidade às Drogas
(TSA), Line Probe Assay
(LPA). Frasco estéril: Líquido pleural, sinovial, ≤ 15 min, � ≤ 15 min,
peritonial e outros. Volume mínimo � 10 mL. temperatura temperatura
Realizado por procedimento médico, punção ambiente ambiente�

MANUAL
pela via percutânea ou cirúrgica, não usar 24 horas,
corantes ou fixador.

MANUALDE
temperatura
ambiente.

Recomenda-se inocular diretamente em ≤ 2 horas, � ≤ 24


frasco de meio de cultura ou frasco estéril: temperatura horas,

DEBACILOSCOPIA
Medula óssea, volume mínimo ?10 mL, ambiente temperatura
Realizado por procedimento médico, com ambiente.
anticoagulante, Punção venosa, não usar
EDTA como anticoagulante.

BACILOSCOPIA EEGENEXPERT
GENEXPERT33
21
22
Tipo de TB
Material de Colheita / Amostra Transporte Estabilidade
e análises/métodos

34MANUAL
Frasco estéril, zaragatoa imersa em ≤ 2 horas, ≤ 24 horas,
temperatura

MANUALDE
água destilada ou solução salina: Pús e temperatura
ambiente ambiente.
Secreções. De cavidades fechadas por
punção, cavidades abertas com
zaragatoa. Pode ser feito uma aspiração
com agulha fina.

DEBACILOSCOPIA
Frasco estéril de boca larga com tampa de ≤12 horas, � ≤ 4 horas
rosca: Urina, volume mínimo de 40 ml. Após a temperatura ou
higiene com água e sabão neutro, colher para ambiente centrifugar

BACILOSCOPIA EE GENEXPERT
2 tubos Falcon e no máximo de 4 tubos, em 2 e neutralizar

GENEXPERT
dias consecutivos, toda a 1ª micção da manhã. o
Cada amostra colhida deve ser entregue no precipitado,
laboratório no dia da colheita, sendo que a conservar
segunda amostra deve ser entregue no dia da de 2 a 8ºC.
marcação para a entrega do resultado da
baciloscopia da primeira amostra.

Frasco de boca larga sem conservante: ≤ 1 hora, � ≤ 24


Fezes. 25g, correspondente a uma pequena temperatura horas, 2 a
colher. Colher de preferência antes da ambiente 8ºC
medicação
BACILOSCOPIA
3. BACILOSCOPIA

A baciloscopia é a pesquisa de bacilos álcool-ácido resistente (BAAR) no esfregaço da amostra


através do microscópio. Trata-se de uma técnica simples, de fácil execução, porém de baixa
sensibilidade (25 a 65%) se comparado com a cultura, pois o número mínimo de bacilos para
que se tenha um resultado positivo varia de 5000 a 10000 bacilos/ml da amostra.

A realização da baciloscopia compreende 3 passos importantes: execução do esfregaço,


coloração do esfregaço e leitura microscópica do esfregaço corado. A execução do esfregaço
pode ser feita directamente a partir da amostra ou após a amostra passar pelo procedimento de
descontaminação, fluidificação e concentração por agentes químicos. Este manual descreve a
baciloscopia directa usando a amostra de expectoração.

3.1. Recepção das amostras no laboratório

A recepção é uma componente da fase pré- analítica, na qual ocorre aceitação ou rejeição de
amostras, registo da amostra do paciente no livro de registo fornecido pelo PNCT, rotulagem
do número de registo do laboratório na requisição e nos escarradores contendo amostras.

Os critérios de rejeição das amostras podem ser:


Ÿ Amostras demarradas,
Ÿ Escarrador sem amostra ou amostra sem requisição
Ÿ Discrepância entre os dados da requisição e amostra/escarrador
Ÿ Discordância do tipo de amostra indicada na requisição com a amostra recebida.

3.2. Material necessário para realização da baciloscopia

Ÿ Lápis de diamante (para lâminas lisas) ou de carvão (para lâminas esmeriladas/foscas)


Ÿ Tabuleiro;
Ÿ Papel toalha, papel de caqui ou gaze;
Ÿ Pinças;
Ÿ Lamparina ou bico de bunsen;
Ÿ Lâminas novas, limpas e desengorduradas em álcool absoluto;
Ÿ Palitos de madeira (palitos da zaragatoas) ou ansas plásticas descartáveis ou ansas metálicas
com diâmetro de 3 mm;
Ÿ Recipiente para descarte de material;
Ÿ Recipiente contendo hipoclorito de sódio a 0.5% para o descarte de ansas ou palitos usados;
Ÿ Frasco com areia e álcool a 70% para a previa descontaminação de ansas metálicas;

MANUAL
MANUALDEDE
BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEE GENEXPERT
GENEXPERT 25
37
3.3. Reagentes necessários para a realização da baciloscopia

ŸHipoclorito de sódio a 0.5%


ŸÁlcool a 70%
ŸSoluções de coloração (dependendo do método - Ziehl Neelsen ou Auramina O)
ŸÁgua.
Nos anexo 3 e 3.1. estão descritos a preparação dos reagentes para execução da técnica de Zielh
Neelsen e Fluorescência.

3.4. Organização da área de trabalho

Ÿ Descontaminar a bancada ou estação de trabalho com solução de hipoclorito de sódio a 0.5%


e de seguida passar álcool a 70%;
Ÿ Colocar por cima da bancada ou dentro da estação de trabalho todo o material que vai usar
durante a execução do esfregaço.

3.5. Identificação das lâminas

Ÿ Com um lápis de carvão (se a lâmina for esmerilada/fosca) ou lápis de diamante (se lâmina for
lisa), escrever na extremidade da lâmina o número do laboratório atribuído na recepção da
amostra no laboratório.
Ÿ Certificar que o número de registo na lâmina corresponde com o números no escarrador.Se o
paciente trouxer duas amostras, usar uma única lâmina para cada amostra do paciente, isto
é,para primeira amostra colocar numa lâmina o número com barra 1 e para a segunda amostra
colocar noutra lâmina o número com barra 2, como mostra a figura 9.

Figura 9. Exemplo de enumeração das lâmina microscópicas por lápis de diamante para a realização da baciloscopia. Neste caso o
paciente entregou ao laboratório duas amostras: a lâmina 22/1 é para a primeira amostra e a lâmina 22/2 é para a segunda amostra.

26 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


38 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
3.6. Execução do esfregaço

1. Se usar zaragatoa ou palitos de madeira, partir este ao meio e proceder o ponto 4. Se usar
ansa metálica, mergulhar a ansa no frasco com areia embebida em álcool a 70%.
2. Retirar a ansa da areia em álcool a 70% e esterilizar na lamparina ou bico de bunsen (até a
ansa tornar-se vermelha);
3. Deixar arrefecer a ansa (não soprar) para evitar a criação de aerossóis;
4. Introduzir a ansa/zaragatoa no escarrador e colher a parte da amostra mais mucopurulenta;
5. Colocar a amostra no centro da lâmina;
6. Fazer o esfregaço no centro da lâmina cobrindo uma área de 2x1cm;
7. Passar a ansa no frasco contendo areia com álcool para remover resíduos de expectoração e
esterilizar de novo na lamparina ou bico de bunsen (não aplicável aquando do uso da
zaragatoa).
8. Realizar os mesmos procedimentos para as restantes amostras.
9. Conservar a ansa após esterilização na lamparina/bico de bunsen. No caso do uso da
zaragatoa, descartá-la no recipiente de descarte contendo hipoclorito de sódio a 0.5%.
10. Deixar a lâmina secar a temperatura ambiente (não usar a chama nem colocar ao sol).

3.7. Fixação do esfregaço

1. Após a secagem da lâmina a temperaturaambiente, pegar na extremidade de cada lâmina com


ajuda de uma pinça (a parte que contém o esfregaço deve estar voltada para cima);
2. Passar rapidamente a lâmina, 3 vezes, pela chama da lamparina ou bico de Bunsen.

NOTA: Não aquecer a lamina demasiadamente de forma queimar os bacilos

3.8. Coloração do esfregaço, leitura e interpretação de resultados

Para leitura e interpretação do resultado, o esfregaço deve passar pelo processo de coloração.
Várias são os métodos de coloração do esfregaço. Este manual descreve os métodos
padronizados de Ziehl-Neelsen e Auramina O (Fluorescência).

3.8.1. Coloração pelo método de Ziehl-Neelsen

O princípio da coloração do esfregaço pelo método de Ziehl-Neelsen baseia-se na capacidade


que as micobactérias têm de reter a fucsina após coloração e não se deixar descorar pela acção
do ácool-ácido, permitindo assim a observação de bacilos avermelhados na microscopia óptica.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 27


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 39
a) Procedimento de coloração
1. Colocar as lâminas no suporte de coloração com o esfregaço virado para cima, de acordo com
o número de ordem de registo, sem encostar umas as outras (corar, no máximo, 12 lâminas de
cada vez);
2. Incluir as lâminas de controlo positivo e negativo no lote das lâminas por corar (ver capítulo 5);
3. Cobrir as lâminas na totalidade com fucsina filtrada a 1%;
4. Aquecer as lâminas lentamente, passando por baixo das lâminas uma haste em chama, até a
emissão de vapor (fumo da fucsina), não deixando a fucsina ferver;
5. Deixar actuar por 5-7 minutos;
6. Inclinar as lâminas para derramar a fucsina e com ajuda de um recipiente, lavar, deitando
lentamente, água corrente sobre as lâminas. A água deve ser deitada sobre o número inscrito
de cada lâmina, para que escorra suavemente sobre o esfregaço até eliminar toda fucsina;
7. Manter as lâminas inclinadas para remover o excesso de água;
8. Cobrir as lâminas com a solução álcool-ácido a 3% ou ácido sulfúrico a 20%;
9. Deixar actuar durante 2 minutos;
10. Lavar com água corrente como descrito em 6. Repetir o passo 8 se necessário;
11. Cobrir as lâminas com azul de metileno a 0.1%;
12. Deixar actuar durante 2-3 minutos;
13. Lavar com água corrente como descrito em 6;
14. Com o papel toalha ou gaze embebido em álcool, limpar a lâmina na parte oposta ao esfregaço
para remover o fumo e excesso de corantes;
15. Deixar secar os esfregaços ao ar livre sem colocá-los ao sol ou qualquer tipo de aquecimento.

b) Leitura microscópica de lâminas coradas pelo método de Ziehl-Neelsen


1. Limpar bem as objectivas do microscópio antes de o ligar e registar no formulário do anexo 4
2. Colocar a lâmina de controlo positivo na platina, focar com objectiva de 10x e ajustar com
ajuda do parafuso macrométrico e micrométrico;
3. Quando visualizar a imagem do esfregaço, colocar 1 gota de óleo de imersão sobre a lâmina;
4. Usar a objectiva de 100x e ajustar até o aparecimento de uma imagem nítida;

Na coloração pelo método de Ziehl-Neelsen, os bacilos aparecem em forma de


bastão,avermelhados,porvezesisoladosouagrupadosouaindafragmentados (em pacientes em
tratamento), com um fundo azul (figura 4).

Figura 10. Bacilo álcool-ácido-resistente observado ao microscópio óptico após coloração de Ziehl-Neelsen.

28 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


40 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
5. Após obter a imagem nítida do campo microscópico, divida-o mentalmente em quatro
quadrantes no sentido horário: 12, 3, 6, 9;

12

9 3

6. Iniciar a contagem dos bacilos pelo quadrante superior direito entre os números 12 e
3,focandoedesfocandocom o parafuso micrométrico;
7. Contar mentalmente os bacilos na superfície e na profundidade. Continuar com a contagem
nos quadrantes 3 e 6, 6 e 9, e por fim 9 e 12 (no sentido horário). A soma de todos bacilos
encontrados nos 4 quadrantes correspondem ao número de bacilos existentes num único
campo;

Número da lâmina:
Resultado:
Data: / /

Figura 11. Papel quadriculado usado para leitura microscópica.

9. Mudar de campo, procurando um ponto de referência. Por exemplo, partindo do ponto 3,


move-se o campo até ao ponto 9 do campo seguinte, assim sucessivamente até a leitura
completa do esfregaço, como mostra a fig. 12.

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 29
41
12 12

9 3 9 3

6 6

Figura 12. Ilustração da mudança de campo durante a leitura microscópica

c) Interpretação dos resultados no método de Ziehl-Neelsen


Fazer o somatório dos bacilos observados e dividir pelo número total de campos
observados segundo a escala de classificação da OMS/UICTDR para interpretação dos
resultados (tabela 1).

Tabela 1. Escala de Classificação da OMS/UICTDR para leitura de lâminas pelo método de Ziehl-Neelsen

Sistema Microscópio Usado


RESULTADO
Luz branca (100x10=1000 Ampliação)

Negativo Zero BAAR/100 Campos

Contagem exacta 1-9 BAAR/100 Campos

+ 10-99 BAAR/100 Campos

++ 1-10 BAAR por campo/50 Campos

+++ >10 BAAR por campo/20 Campos

NOTA: O mesmo esfregaço deve ser observado por dois técnicos.

3.8.2. Coloração pelo método de Auramina O (fluorescência)

O princípio da coloração do esfregaço pelo método de Auramina O ou baseia-se na capacidade


das micobactéria sem reter a auramina O após coloração e não se deixar descorar pela acção do
ácool-ácido, permitindo assim a observação de bacilos fluorescentes na microscopia de
fluorescência.

30 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


42 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
a) Procedimento de coloração pelo método de Auramina O
1. Colocar as lâminas no suporte de coloração com o esfregaço virado para cima, de acordo
com o número de ordem de registo, sem encostar umas as outras;
2. Incluir as lâminas de controlo positivo e negativo no lote das lâminas por corar;
3. Cobrir todo o esfregaço de cada uma das lâminas com a solução de auramina fenificada a
0.1%;
4. Deixar actuar por 20 minutos;
5. Após os 20 minutos, inclinar as lâminas para derramar a auramina fenicada e com ajuda de
um recipiente, lavar, deitando lentamente, água corrente sobre as lâminas. A água deve ser
deitada sobre o número inscrito de cada lâmina, para que escorra suavemente sobre o
esfregaço até eliminar toda auramina;
6. Manter as lâminas inclinadas para remover o excesso de água;
7. Cobrir completamente a lâmina com a solução descorante de álcool-ácido a 0.5%;
8. Deixar actuar por 2 minutos;
9. Lavar com água corrente como descrito em 5. Caso a lamina não descore completamente,
repetir o passo 7, deixando actuar por 30 segundos;
10. Cobrir o esfregaço de cada uma das lâminas com a solução de permanganato de Potássio a
0,5%;
11. Deixar actuar por 1 minuto;
12. Lavar com água corrente como descrito em 5.
13. Com o papel toalha ou gaze embebido em álcool, limpar a lâmina na parte oposta ao
esfregaço para remover o fumo e excesso de corantes;
14. Deixar secar os esfregaços ao ar livre sem colocá-los ao sol ou qualquer tipo de aquecimento;
15. Manter as lâminas coradas no escuro ou ao abrigo da luz e fazer a leitura logo que possível
pois a fluorescência desaparece rapidamente quando exposto à luz.

b) Leitura microscópica pelo método de fluorescência


1. Ligar o microscópio iLED de imediato no momento da observação;
2. Girar o revolver de modo que a objectiva de x 20 (ou x 25) esteja na posição da luz;
3. Colocar a lâmina de controlo positivo na platina e mover até posicionar a lâmina na objectiva;
4. Ajustar com o parafuso macrométrico primeiro, e depois pelo parafuso micrométrico, para
focar o campo;
5. Verificar se o brilhante amarelo fluorescente do BAAR é claramente visto. Caso contrário,
ajustar a lâmpada e/ou a posição do espelho. Verificar se o campo é uniformemente
iluminado. Se não, centralizar o diafragma depois fechá-lo parcialmente (aplicável para
microscópios de fluorescência, não iLED);

A aparência típica dos BAAR é de bastonetes e delgados, ligeiramente curvos. Ele socorrem
isoladamenteou em pequenos grupos e raramente em grandes aglomerações (figura 13). Com
boa coloração, também pode haver artefactos fluorescentes (às vezes verdes), que não têm a
forma típica. Formas bacilares não fluorescentes também devem ser consideradas como
artefactos.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 31


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 43
Figura 13. Bacilos álcool-ácido-resistente observado na microscopia de fluorescência

6. Trocar a lâmina do controlo positivo pela primeira de rotina sem mudar o foco ou girar a
objectiva. Repetir o procedimento para cada lâmina por examinar;
7. Usando a objectiva de x 20 (ou x 25), fazer a leitura do esfregaço sistematicamente de um
lado para o outro como descrito no método de Ziehl-Neelsen.
8. Usar a objectiva de 40 x para observar e registar os resultados como no ponto 7 da leitura
microscópica pelo método deZiehl-Neelsen;
9. O mesmo esfregaço deve ser observado por outro técnico escalado;
10. Armazenar as lâminas na laminoteca em ordem numérica do registo de laboratório.
11. Depois de terminar a leitura, desligar o microscópio, limpar e registar no formulário do
anexo 4.

c) Interpretação dos resultados pelo método de fluorescência


Fazer o somatório dos bacilos observados e dividir pelo número total de campos
observados. Interpretar os resultados de acordo com a escala de classificação da
OMS/UICTDR para emissão dos resultados (tabela 2).

Tabela 2. Escala de Classificação da OMS/UICTDR para leitura de lâminas pelo método de Fluorescência (Auramina O).

Sistema Microscópio Usado


RESULTADO
Fluorescência (40x10=400 Ampliação)

Negativo Zero BAAR/40 Campos

Contagem exacta 1-19 BAAR/40 Campos

+ 20-199 BAAR/40 Campos

++ 5-50 BAAR por campo/50 Campos***

+++ >50 BAAR por campo/20 Campos**

*** Ler 20 campos


** Ler 8 campos

32 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


44 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Se houver incerteza quanto à presença de um bacilo na leitura usando a objectiva de 40x,
inspeccionar a lâmina cuidadosamente, com a objectivade 100x (use óleo de imersão). Este
procedimento é mais eficiente que corar a mesma lâmina pela técnica de Ziehl-Neelsen (às vezes
recomendada).
Se houver incerteza quanto à presença de um bacilo na leitura usando a objectiva de 40x,
inspeccionar a lâmina cuidadosamente, com a objectivade 100x (use óleo de imersão). Este
d) Registo dos resultados pelo método de fluorescência
procedimento é mais eficiente que corar a mesma lâmina pela técnica de Ziehl-Neelsen (às vezes
Os resultados das baciloscopias devem ser emitidos dentro de24 horas. Estes devem ser
recomendada).
registados no livro de registo fornecido pelo PNCT, na requisição de pedido médico e no
sistema informático, se aplicável.
d) Registo dos resultados pelo método de fluorescência
Os resultados das baciloscopias devem ser emitidos dentro de24 horas. Estes devem ser
registados no livro de registo fornecido pelo PNCT, na requisição de pedido médico e no
3.9. Conservação
sistema das lâminas
informático, se aplicável.

Todas lâminas coradas, tanto pelo método de ZiehlNeelsen, como pelo método de Auramina O,
devem ser bem conservadas
3.9. Conservação das em laminotecas ou caixinhas para a avaliação externa de qualidade.
lâminas
As lâminas devem ser armazenadas em ordem de número de registo nas laminotecas. Caso o
laboratório nãocoradas,
Todas lâminas tenha laminotecas suficientes,
tanto pelo método deve enrolar ascomo
de ZiehlNeelsen, lâminas
peloem papel de
método toalha ou caqui,
Auramina O,
mantendo separação
devem ser bem entre elas.
conservadas emNote que o excesso
laminotecas do óleo
ou caixinhas de imersão
para nasexterna
a avaliação lâminasdecoradas por
qualidade.
Ziehl
As Neelsen
lâminas devem
devem ser removidas
ser armazenadas emdeixando
ordem deasnúmero
lâminasdeviradas
registo para baixo (a parte
nas laminotecas. Casodoo
esfregaço) sob
laboratório nãoum papel
tenha absorvente.
laminotecas suficientes, deve enrolar as lâminas em papel toalha ou caqui,
mantendo separação entre elas. Note que o excesso do óleo de imersão nas lâminas coradas por
Ziehl Neelsen devem ser removidas deixando as lâminas viradas para baixo (a parte do
3.10. Controlo
esfregaço) e indicadores
sob um papel absorvente. da qualidade
3.10.1. Controlo interno da qualidade (CQI)
Para a baciloscopia é usado na rotina um controlo positivo e outro negativo. Estes devem ser
3.10. Controlo
usados sempre que eseindicadores
fizer a coloraçãoda qualidade
de de lâminas.
3.10.1. Controlo interno da qualidade (CQI)
NOTA: Incluir esta informação sobre o CQI no ponto que fala sobre a coloração de laminas.
Para a baciloscopia é usado na rotina um controlo positivo e outro negativo. Estes devem ser
Incluir o procedimento em caso de falhas no controlo, a importância do uso dos controlos.
usados sempre que se fizer a coloração de de lâminas.
a) Preparação das lâminas do controlo interno da qualidade
NOTA: Incluir esta informação sobre o CQI no ponto que fala sobre a coloração de laminas.
1. Seleccionar amostras de expectoração da suarotina com resultados conhecidos: para CQI
Incluir o procedimento em caso de falhas no controlo, a importância do uso dos controlos.
positivo use amostras com resultado de 1+ou 2+ para BAAR e para CQI negativo use
amostras negativas para BAAR;
a) Preparação das lâminas do controlo interno da qualidade
2. Identificar várias lâminas como CQI positivo e várias como CQI negativa;
1. Seleccionar amostras de expectoração da suarotina com resultados conhecidos: para CQI
3. Preparar e fixar os esfregaços;
positivo use amostras com resultado de 1+ou 2+ para BAAR e para CQI negativo use
4. Colocar e conservar os esfregaços de CQI em laminotecas separadas (os positivos dos
amostras negativas para BAAR;
negativos), identificá-las com uma etiqueta de acordo com o tipo de controlo, data de
2. Identificar várias lâminas como CQI positivo e várias como CQI negativa;
preparação, prazo de validade (3 meses), nome do técnico que preparou e símbolo de risco
3. Preparar e fixar os esfregaços;
4. biológico.
Colocar e conservar os esfregaços de CQI em laminotecas separadas (os positivos dos
negativos), identificá-las com uma etiqueta de acordo com o tipo de controlo, data de
preparação, prazo de validade (3 meses), nome do técnico que preparou e símbolo de risco
biológico.
MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 45

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 33


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 45
5. Conservar em lugar fresco e ao abrigo da luz.
b) Leitura, interpretaçãoe registo dos resultados de CQI
Ler os CQI antes de iniciar a leitura das lâminas de rotina. Os resultados devem ser concordantes
com os esperados, isto é, CQI+ deve ser positivo e CQI-, negativo. Caso os CQI apresentem
resultados discordantes (se CQI+ for negativo, CQI- for positivo ou ambos positivos/negativos)
não proceder com a leitura das lâminas de rotina. Investigar de imediato as possíveis causas de
erro que possam ter ocorrido:

Ÿ Má conservação ou preparação dos reagentes


Ÿ Incumprimento do POP de coloração
Ÿ Estado de conservação, manutenção e limpeza do microscópio, entre outros.

NOTA: Anotar os resultados da leitura dos CQI no livro de registo do laboratório;

3.10.2. Controlo externo da qualidade (CQE)

Trata-se de um processo que permite que os laboratórios participantes avaliem suas capacidades
pela comparação dos seus resultados aos de outros laboratórios da rede. Esse processo pode
abranger os seguintes métodos:

Ÿ Teste de Proficiência executado através de exame de painéis contendo esfregaços positivos ou


negativos;
Ÿ Reobservação cega das lâminas;
Ÿ Visitas de apoio técnico

3.10.3. Indicador da Qualidade

É um dado de natureza qualitativa ou quantitativa que permite avaliar o desempenho do


laboratório, dos seus técnicos, ou monitora as mudanças durante um certo tempo para se definir
novos objectivos ou novas formas de tomada de decisão. Para a microscopia da tuberculose os
principais indicadores a serem avaliados mensalmente são apresentados na tabela 3.

34 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


46 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Tabela 3. Indicadores da qualidade de baciloscopias

INDICADOR DESCRIÇÃO META

Número de baciloscopias Número total de lâminas Depende da meta


feitas processadas estipulada para

Taxa de positividade para Número total de esfregaços Aproximadamente


esfregaços de diagnóstico de diagnósticocasos novos 10%
(Caso novo) positivos/Número total de
esfregaços de
diagnósticocasos

Taxa de positividade para Número total de esfregaços 5-10%


esfregaços de controlo de controlo positivos/Número
(Recaídas, falências, total de esfregaços de
abandonos) controlo*100%

Tempo de Resposta Tempo desde a recepção da 24-48horas


Laboratorial amostra ate emissão do
resultado

Qualidade de amostra Número total de <15%


(somente para amostrascasos novos com
casosnovos) aspecto de saliva/Número
total de amostras casos novos
recebidas*100%

Rejeição da amostra Número de amostras <1%


rejeitadas/Total de
amostras recebidas*100%

Resultados de Avaliação Resultados oriundos da >80%


Externa de Qualidade participação do laboratório
(Painel de Testagem/ no Painel de testagem e ou
Reobservação Cega das reobservação cega das
lâminas) lâminas

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 35


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 47
3.11. Referências
Richard Lumb Armand Van Deun Ivan Bastian Mark Fitz-Gerald, (2013).Laboratory Diagnosis of Tuberculosis by
Sputum Microscopy. Australia.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Departamento de VigilânciaEpidemiológica. Manual


Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e Outras Micobactérias/ Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

Keila Furtado Vieira; Edson Shusaku Shitara; Maria Elizabete Mendes; NairoMassakazuSumita
(2011). A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos.
Brasil.

Brasil. Ministério da Saúde.ProgramaNacional de Controlo de DST e AIDS. Coordenação da


PolíticaNacional de Sangue e Hemoderivados. Tuberculose, Diagnóstico Laboratorial,
Baciloscopia. Brasil. TELE-LAB.

Afrânio L. Kristski; Marcus B. Conde; Gilvan R. Muzy de Sousa (2005). Tuberculose - Do


Ambulatório á Enfermaria. 3ª edição, Brasil.

Harries AD, Karnenya A, Namarika D, et al (1997). Delays in diagnosis and treatment of smear
positive tuberculosis and the incidence of tuberculosis in hospital nurses in Blantyre, Malawi.
Trans R Soc Trop Med Hyg.

World Health Organization (2012). Tuberculosis - Laboratory Biosafety Manual.

36 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


48 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
3.12. Anexos

ANEXO 3. Regentes de Zielh Neelsen

a) Fucsina básica - solução a 1%


Ÿ Fucsina básica ........................................................................................................5gr
Ÿ Cristais de fenol ...................................................................................................25gr
Ÿ Etanol .................................................................................................................50ml
Ÿ Água destilada...................................................................................................500ml

Adicionar a fucsina num balão. Dissolver os cristais de fenol em ± 200.0ml de água destilada.
Juntar o fenol com a fucsina no balão e misturar em um agitador magnético. Adicionar a restante
água e depois o álcool. Registar no formulário de Controle de Qualidade da Fucsina Fenificada
do anexo 5.

Etiquetar o frasco "1% de Fucsina básica", com data de preparação e assine com nome do
Técnico preparador. A data que a garrafa é aberta primeiro deve ser escrita no rótulo. Esta
solução pode ser mantida por 6 meses.

b) Solução de descoloração
Ÿ Ácido sulfúrico (concentrado)...........................................250ml
Ÿ Água destilada........................................................................750ml

Preparar em frascos cónicos com capacidade de 2 - 3 litros. Adicionar 750 ml de água (gelada, se
possível), e depois adicionar 250 ml do ácido sulfúrico lentamente pela parede do frasco. Parar
regularmente e girar lentamente o frasco para arrefecer. Se ficar muito quente, parar o processo
por um período longo ou arrefece o frasco em água fresca (tomando muito cuidado para evitar
que água corrente entre no frasco). Registar no formulário Preparação de Reagentes do anexo 5.

ATENÇÃO: o ácido sulfúrico deve ser adicionado à água - NUNCA ADICIONAR ÁGUA
NO ÁCIDO. Sempre use óculos de segurança/protecção e luvas, além de batas/aventais, ao
manipular ácidos fortes.

Etiquetar o frasco "25% H2SO4", com data de preparação e assine com nome do Técnico
preparador. A data que a garrafa é aberta primeiro deve ser escrita no rótulo.
Estasoluçãopodesermantidapor 6 meses.

n Uma solução de descoloração alternativa que consiste em ácido clorídrico e álcool também é
usada:
Ÿ Etanol absoluto ou metanol .............................................. 970.0ml
Ÿ Ácidohidroclorídricoconcentrado..................................... 30.0ml

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 37


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 49
Acrescentar sempre ácido lentamente no álcool. Usar sempre frasco de 1 litro e lentamente
adicionar o ácido hidroclorídrico no álcool.

Etiquetar o frasco "álcool-ácido 3%", com data de preparação e assine com o nome do técnico
preparador. A data que do frasco que é aberto primeiro, deve ser escrita no rótulo. Esta solução
pode ser mantida por 6 meses.

c) Azul-de-metileno
Ÿ Azul de metileno.......................................1gr
Ÿ Água destilada...................................1000ml

Usar sempre frasco de 1 litro e lentamente adicionar a água destilada no balão com 1gr de azul
de metileno e agitar no agitador magnético.

Etiquetar o frasco "0.1% azul-de-metileno", com a data de preparação e assine com nome do
Técnico preparador. A data do frasco que é aberto primeiro, deve ser escrita no rótulo. Manter
as soluções na escuridão ou em frascos escuros, e deve ser usado dentro de 12 meses.

38 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


50 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
ANEXO 3.1. Preparação de reagentes para Auramina "O"

a) Auramina fenificada
Para obter 1000ml de Auramina fenicada 0,1%, é necessário que sejam preparadas,
separadamente, uma solução de Auramina (Solução A) e uma solução de fenol aquoso (solução
B).
Preparação da solução A - Auramina
Ÿ Etanol (95%) ……………………100 ml
Ÿ Auramina O ……………………..1g

1. Colocar a auramina O num balão de 100 ml


2. Adicionar aos poucos 70 ml do etanol no balão sobre a auramina
3. Agitar o balão suavemente até a completa dissolução
4. Completar o volume para 100 ml com etanol.

Preparação da solução B - Fenol aquoso


Ÿ Cristais de fenol ……………………30 gr
Ÿ Água destilada….…………………870 ml

NOTA: Se usar fenol líquido, ajustar o volume como indicado pelo fabricante.
1. Colocar o fenol num balão de 1000 ml;
2. Adicionar lentamente 870 ml de água destilada no balão sobre o fenol.

Preparação da solução Auramina fenicada 0,1%


1. Misturar todo o volume da solução A na solução B
2. Colocar esta solução num frasco âmbar bem vedado, já rotulado, com a informação:
a. Nome do corante e concentração (0,1%)
b. Data de preparação
c. Validade
d. Nome do técnico preparador
3. Manter em armazenamento, ao abrigo da luz, e à temperatura ambiente, até 3 meses.
4. Registar no formulário Controle de Qualidade da Solução de AuraminaFenificada, no anexo 5.

ATENÇÃO: O fenol é um químico altamente corrosivo, tóxico e higroscópico. Manipular com


muito cuidado para evitar com que espalhe-se e cause corrosão na balança, remover o copo cada
vez que adicionar ou substituir o produto.

b) Solução de descoloração: álcool-ácido


Ÿ Ácido clorídrico concentrado ........ 10 ml
Ÿ Etanol a 95%....................................... 2000 ml

Deitar lentamente 10 ml de ácido clorídrico em 2000 ml de etanol, misturar e deixar repousar por
24h.

Rotular o frasco com "0.5% descorante álcool-ácido", com a data de preparação e com o nome do
Técnico preparador. A data que o frasco é aberto primeiro, deve ser escrita no rótulo. Manter as

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 39


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 51
soluções protegidos da luz solar ou em garrafas de ambar, e deve ser usado por 6 meses.
c) Contraste: permanganato de potássio - 0.5%
Ÿ Permanganato de potássio.................................5g
Ÿ Água destilada.............................................1000ml

Dissolver 5gr do permanganato de potássio em 1000ml de água destilada e agitar. Conservar em


ambientes escuros à temperatura ambiente. Estável por 3 meses.

40 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


52 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
a) Produção de Fucsina básica

Produção de Fucsina básica a 0.1%

Nº de lote
Reagente do fabricante Validade Pesagem/Volume (gr/ml)

Fucsina básica

Fenol cristais

Etanol 95%

Água destilada

Pesagem Balança - Marca:

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Data de Quantidade
Validade Lote de Produção
Preparação Produzida

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Controlo de desempenho de Fucsina Básica a 1%

CQI Positivo apresentou BAAR coradode CQI positivo ou negativo apresentou resultado
amarelo com fundo preto e CQI negativo diferente do esperado.
não apresentou BAAR mas sim umfundo
preto como o esperado.

Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

b) Preparação de Azul de metileno 0.1%

Produção de Azul de Metileno a 0.1%

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Azul de Metileno

Água Destilada

Pesagem Balança - Marca:

Responsável Data de execução: _____/_____/______

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 41


54 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

b) Preparação de Azul de metileno 0.1%

Produção de Azul de Metileno a 0.1%

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Azul de Metileno

Água Destilada

Pesagem Balança - Marca:

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Data de Quantidade
Validade Lote de Produção
Preparação Produzida
54 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Controlo de desempenho de Azul de Metileno a 0.1%

CQI Positivo apresentou BAAR corado de CQI positivo ou negativo apresentou resultado
amarelo com fundo preto e CQI negativo diferente do esperado.
não apresentou BAAR mas sim um fundo
preto como o esperado.

Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

c) Produção de Auraminafenificada

SOLUÇÃO A

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Auramina O

Etanol 95%

Pesagem Balança - Marca:

Data de Quantidade
Validade Lote de Produção
Preparação Produzida

Responsável Data de execução: _____/_____/______

42 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT

SOLUÇÃO B

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Cristal Fenol
Lote
Lotevalidado
validado Lote
Loteinvalidado
invalidado

Responsável
Responsável Data
Datadedeexecução:
execução:_____/_____/______
_____/_____/______

c)c)Produção
Produçãode
deAuraminafenificada
Auraminafenificada

SOLUÇÃOAA
SOLUÇÃO

Reagentes
Reagentes Nº
Nºdedelote
lotedo
do Validade
Validade
Fabricante
Fabricante Pesagem/Volume
Pesagem/Volume(gr/ml)
(gr/ml)

Auramina
AuraminaOO

Etanol
Etanol95%
95%

PesagemBalança
Pesagem Balança- Marca:
- Marca:

Datadede
Data Quantidade
Quantidade
Validade
Validade LotededeProdução
Lote Produção
Preparação
Preparação Produzida
Produzida

Responsável
Responsável Datadedeexecução:
Data execução:_____/_____/______
_____/_____/______

SOLUÇÃOB B
SOLUÇÃO

Reagentes
Reagentes Nº
Nºdedelote
lotedo
do Validade
Validade
Fabricante
Fabricante Pesagem/Volume
Pesagem/Volume(gr/ml)
(gr/ml)

Cristal
CristalFenol
Fenol

Agua
Aguadestilada
destilada

PesagemBalança
Pesagem Balança- Marca:
- Marca:

Data de Quantidade
Validade Lote de Produção
Preparação Produzida
MANUAL
MANUALDE
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAE EGENEXPERT
GENEXPERT 5555

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Controlo de desempenho da Auramina Fenicada

CQI Positivo apresentou BAAR coradode CQI positivo ou negativo apresentou resultado
amarelo com fundo preto e CQI negativo diferente do esperado.
não apresentou BAAR mas sim umfundo
preto como o esperado.

Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

d) Preparação de Solução Descorante de Álcool-Ácido

Produção de Solução Descorante de Álcool-Ácido


MANUAL ____ % E GENEXPERT 43
DE BACILOSCOPIA

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Álcool

Ácido Clorídrico
preto como o esperado.

Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

d) Preparação de Solução Descorante de Álcool-Ácido

Produção de Solução Descorante de Álcool-Ácido ____ %

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Álcool

Ácido Clorídrico

Pesagem Balança - Marca:

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Data de Quantidade
Validade Lote de Produção
Preparação Produzida

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Controlo de desempenho da Álcool-Ácido

CQI Positivo apresentou BAAR corado de CQI positivo ou negativo apresentou resultado
amarelo com fundo preto e CQI negativo diferente do esperado.
não apresentou BAAR mas sim umfundo
preto como o esperado.

Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

56 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT

44 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


e) Preparação de Permanganato de Potássio

Produção de Solução Descorante de Álcool-Ácido ____ %

Reagentes Nº de lote do Validade


Fabricante Pesagem/Volume (gr/ml)

Permanganato de Potássio

Água destilada

Pesagem Balança - Marca:

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Data de Quantidade
Validade Lote de Produção
Preparação Produzida

Responsável Data de execução: _____/_____/______

Controlo de desempenho de Permanganato de Potássio

CQI Positivo apresentou BAAR coradode CQI positivo ou negativo apresentou resultado
amarelo com fundo preto e CQI negativo diferente do esperado.
não apresentou BAAR mas sim umfundo
preto como o esperado.

Lote validado Lote invalidado

Responsável Data de execução: _____/_____/______

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 45


58 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 57
Mês:_____________ Ano:____________________ Código: __________________ Localização: _________________

ANTES DO USO DEPOIS DO USO


Limpeza Limpeza
DIA
Horas Ocultar Objectivas Platina Ligou Assinatura Horas Ocultar Objectivas Platina Desligou Assinatura Obs.

1
2
3
4
5
6
7

46 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


8
9
10
11
12
13
14
15
ANEXO 4. Formulário do Registo de Limpeza do Microscópio

16
17
18
19
20
21
22
23
24
25

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 53


GENEXPERT
4. GENEXPERT
O Xpert MTB/RIF é um ensaio molecular de reacção em cadeia polimerásica
O GeneXpert
(PCR) do ácido é um ensaio molecular de
desoxirribonucleico reacção
(ADN) dasembactérias
cadeia polimerásica
pertencentes(PCR) do ácido
ao complexo
desoxirribonucleico (ADN) das bactérias pertencentes ao complexo
Mycobacterium tuberculosis que permite a detecção destas e simultaneamente resistência Mycobacterium
atuberculosis
rifampicina. queO permite
mesmo a detecção
apresenta destas e simultaneamente
sensibilidade acrescidaresistência
quando acomparada
rifampicina.com É uma
ensaio simples de executar, rápido (resultados em 2 horas) e que pode ser realizado em
microscopia, no entanto, esta sensibilidade é sub-óptima, particularmente nas baciloscopias
laboratórios de baixo risco como os de baciloscopia. No entanto, o seu funcionamento ideal
negativas, pacientes com
exige que o instrumento estejaTB/HIV e na determinação
num ambiente com temperatura decontrolada
resistência(aracondicionado),
rifiampicina.
Ocom calibração em dia e ligado ao sistema de fornecimento de energia eléctricadesenvolvido
Xpert MTB/RIF Ultra (Ultra) também é um ensaio molecular que foi ininterrupta
como um ensaio da nova geração
(UPS) ou estabilizador de energia eléctrica. para superar as limitações do Xpert MTB/RIF.
Ao contrário do Xpert MTB/RIF, que tem um limite de detecção de 131UFC/ml,
o Ultra tem apenas 16 UFC/ml, usa dois alvos de amplificação diferentes (IS6110 e IS1081)
4. GENEXPERT
e4.1. Procedimento
apresenta técnicomaior
um compartimento parano a realização do GeneXpert
tubo de amplificação/ reaccção (50µl comparado
com 25 µl do Xpert MTB/RIF), tornando-o, por isso, mais sensível. Além disso, o Ultra usa
OOrganização
a) GeneXpert édo um ensaio molecular de reacção em cadeia polimerásica (PCR) do ácido
uma análise baseadatrabalho
na temperatura de fusão em vez da análise do PCR em tempo real, o que
desoxirribonucleico (ADN) das bactérias pertencentes ao complexo Mycobacterium
permitediferenciarmutaçõessilenciosasdasmutaçõesqueconferemresistência a rifampicina.
tuberculosis
Para que permite
a realização a detecção
do GeneXpert destas e simultaneamente
MTB/RIF resistência
é necessário organizar a rifampicina.
os seguintes É um
materiais e
Ambos ensaios usam a mesma plataforma de GeneXpert, são simples
ensaio simples de executar, rápido (resultados em 2 horas) e que pode ser realizado em de executar,
reagentes:
rápidos e podem
laboratórios ser realizados
de baixo risco comoem laboratórios
os de baciloscopia.de Nobaixo risco como
entanto, os de baciloscopia.
o seu funcionamento ideal
No entanto,
exige que
Materiais o o seu funcionamento
instrumento esteja num ideal exige
ambiente que
com o instrumento
temperatura esteja
controladanum(ar ambiente com
condicionado),
temperatura
com calibração
Ÿ Cartuchos controlada
deem dia e (ar
GeneXpert; condicionado),
ligado ao sistema decom calibraçãode
fornecimento emenergia
dia e ligado ao ininterrupta
eléctrica sistema de
(UPS) ou
fornecimento estabilizador
Ÿ Tabuleiro; de de
energia energia eléctrica.
eléctrica ininterrupta (UPS) ou estabilizador de energia eléctrica.
Ÿ Papel absorvente/gaze
Ÿ Marcador
4.1. Procedimento
Ÿ Pipeta técnico
de Pasteur (incluído para
no kit a realização do GeneXpert
do fabricante)

a) Organização do trabalho
Reagentes:
Ÿ Solução de hipoclorito de sódio a 0.5%;
Para
Para a realização
realização
Ÿ Álcool a 70%; do
do GeneXpert MTB/RIF
Xpert MTB/RIF é necessário
ou Xpert MTB/RIF organizar os seguintesorganizar
Ultra é necessário materiaisose
reagentes:
seguintes materiais
Ÿ Reagente e reagentes:
da amostra fornecido pela Cepheid

Materiais
Procedimento de Organização:
Cartuchos
ŸŸ Antes de GeneXpert;
GeneXpert;
de iniciar com o processamento da amostra assegure que o GeneXpert esteja ligado
Ÿ aTabuleiro;
um UPS.
Papel absorvente/gaze
absorvente/gaze
ŸŸ Descontamiar a bancada ou estação de trabalho com solução desinfectante;
Marcador
ŸŸ Dispor de tabuleiro com papel-toalha embebido em hipoclorito de sódio a 0.5%;
Pipeta
Pipeta de Pasteur
de Pasteur
ŸŸ Certificar-se (incluído
que os(incluído nokit
no
escarradoreskitcontendo
dofabricante)
do fabricante)
amostras estejam devidamente identificados;
Ÿ Dispor do reagente, cartucho e pipeta de Pasteur fornecido pela Cepheid;
Reagentes:
Ÿ Colocar o tabuleiro com a amostra no centro da bancada ou estação de trabalho. De um
Solução
Solução
Ÿ lado de hipoclorito
coloque de sódio
todo material aa 0.5%;
limpo 0.5%;
como reagentes, cartuchos e pipeta. Do outro lado
Álcool ao70%;
Álcool
Ÿ colocar 70%;
saco de autoclave/recipiente para descarte de resíduos;
Ÿ Reagente
Reagente da amostra fornecido pela Cepheid
Cepheid

Procedimento de Organização: MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 49


Ÿ Antes de iniciar com o processamento da amostra assegure
MANUAL que o GeneXpert
DE BACILOSCOPIA esteja ligado
E GENEXPERT 61

a um UPS.
Ÿ Descontamiar a bancada ou estação de trabalho com solução desinfectante;
Ÿ Dispor de tabuleiro com papel-toalha embebido em hipoclorito de sódio a 0.5%;
Ÿ Certificar-se que os escarradores contendo amostras estejam devidamente identificados;
Reagentes:
Ÿ Solução de hipoclorito de sódio a 0.5%;
Ÿ Álcool a 70%;
Ÿ Reagente da amostra fornecido pela Cepheid

Procedimento de Organização:
Ÿ Antes de iniciar com o processamento da amostra assegure que o GeneXpert esteja ligado
a um UPS.
Ÿ Descontamiar a bancada ou estação de trabalho com solução desinfectante;
Ÿ Dispor de tabuleiro com papel-toalha embebido em hipoclorito de sódio a 0.5%;
Ÿ Certificar-se que os escarradores contendo amostras estejam devidamente identificados;
Ÿ Dispor do reagente, cartucho e pipeta de Pasteur fornecido pela Cepheid;
Ÿ Colocar o tabuleiro com a amostra no centro da bancada ou estação de trabalho. De um
lado coloque todo material limpo como reagentes, cartuchos e pipeta. Do outro lado
colocar o saco de autoclave/recipiente para descarte de resíduos;
Ÿ Preparar, de cada vez, o número de amostras em função do número de módulos disponíveis
(ou seja, em funcionamento);
Ÿ Iniciar a preparação das amostras dentro deMANUAL 30 minutos antes de um
DE BACILOSCOPIA módulo estar
E GENEXPERT 61
disponível;
Ÿ Não abrir o cartucho até a amostra estar pronta para realizar o teste;
Ÿ Utilizar o cartucho dentro de 30 minutos após abertura da tampa.

Não utilize o cartucho se:


Ÿ O prazo de validade estiver vencido;
Ÿ Estiver húmido;
Ÿ A tampa partida ou com abertura;
Ÿ Cair antes ou após a adição da amostra;
Ÿ O tubo de reacção na parte traseira parecer estar danificado;
Ÿ Já tiver sido processado: cada cartucho destina-se apenas a uma utilização e não pode ser
reutilizado após ter sido digitalizado;
Ÿ A sua embalagem (bolsa de 10 ou 50 cartuchos) estiver aberta há mais de 6 semanas.

Identificação do cartucho:
Ÿ Pegue no cartucho apenas pelo lado direito e esquerdo. Não toque na tampa, no código de
barras na parte da frente e nem no tubo de reacção na parte traseira;
Ÿ Rotule o cartucho com o número da amostra escrevendo no seu lado esquerdo ou direito ou
afixe o rótulo de identificação do paciente;
Ÿ Não coloque o rótulo na tampa do cartucho nem obstrua o código de barras existente no
cartucho.

b) Execução da técnica

Amostras de expectoração espontânea, expectoração induzida e lavado gástrico:


1. Abrir cuidadosamente a tampa do escarrador/recipiente de expectoração
2. Adicionar o reagente da amostra (SR) directamente para a amostra na proporção de 2:1,
isto é, se tiver 1ml de expectoração, por exemplo, adicionar 2 ml de SR por forma a obter
um volume final de 3 ml no escarrador. Note que 1 ml de amostra é a quantidade mínima
para o processamento
50 MANUAL DE BACILOSCOPIA no EGeneXpert,
GENEXPERT enquanto que 3-4 ml de amostra se a quantidade
ideal necessária.
3. No caso de amostras com um volume maior (mais de 4 ml), será necessária uma porção de
reagente de amostra (SR) de um segundo frasco, visto que cada frasco contém 8 ml de SR.
No entanto, recomenda-se o uso de um frasco de reagente para cada amostra.
b) Execução da técnica

Amostras de expectoração espontânea, expectoração induzida e lavado gástrico:


1. Abrir cuidadosamente a tampa do escarrador/recipiente de expectoração
2. Adicionar o reagente da amostra (SR) directamente para a amostra na proporção de 2:1,
isto é, se tiver 1ml de expectoração, por exemplo, adicionar 2 ml de SR por forma a obter
um volume final de 3 ml no escarrador. Note que 1 ml de amostra é a quantidade mínima
para o processamento no GeneXpert, enquanto que 3-4 ml de amostra se a quantidade
ideal necessária.
3. No caso de amostras com um volume maior (mais de 4 ml), será necessária uma porção de
reagente de amostra (SR) de um segundo frasco, visto que cada frasco contém 8 ml de SR.
No entanto, recomenda-se o uso de um frasco de reagente para cada amostra.
4. Fechar novamente o escarrador/recipiente e agitar energeticamente 10-20 vezes (um
movimento para a frente e para trás é considerado uma agitação única) ou agitar no vórtex
por 20 segundos;

5. Incubar à temperatura ambiente durante 10 minutos


6. Após os 10 minutos de incubação, agitar a amostra novamente 10-20 vezes ou agitar no
62 vórtex;
MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT

7. Após 5 minutos de incubação adicionais, a amostra deverá estar perfeitamente líquida antes
de ser testada, isto é, deve estar sem grumos de expectoração visíveis. Se ainda estiver
viscosa, espere 5-10 minutos adicionais antes de a inocular no cartucho (2-4 ml da solução
final)

Amostra concentradas (Aplicável apenas aos Laboratórios de Referência da TB):


1. Adicionar 1,5 ml de reagente de amostra à 0,5 ml de sedimento suspenso de uma amostra de
expectoração descontaminada e concentrada (Nota: o rácio de reagente para amostra é de
3:1)
2. Fechar a tampa do recipiente contendo a mistura de reagente e amostra e agitar
energeticamente 10-20 vezes ou agite num vortex por 20 segundos;
3. Incubar à temperatura ambiente durante 10 minutos;
4. Após 10 minutos de incubação, agitar vigorosamente a amostra novamente 10-20 vezes ou
agite no vortex;
5. Após 5 minutos de incubação adicionais, a amostra deverá estar perfeitamente líquida antes
de ser testada, sem grumos de expectoração visíveis.

Amostras extrapulmonares:
A OMS recomenda o uso das seguintes amostras extrapulmonares para testagem pelo Xpert
MTB/RIF:

Líquido céfalo raquidiano (LCR)


Ÿ As amostras de LCR são, normalmente, paucibacilares e podem ser processadas de forma
similar a expectoração. Contudo, a concentração da amostra através da centrifugação
(sedimentação) pode fornecer melhores resultados ao teste. Para tal, deve-se assegurar que a
centrifugação seja feita num tubo hermeticamente fechado.

NOTA: Amostras de LCR contendo sangue podem interferir negativamente no resultados do


teste Xpert.

Amostras de LCR com volume maior ou igual aMANUAL 5 ml: DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 51
1. Transferir para um tubo cônico e centrifugar a 3000 g por 15 minutos
2. Decantar o sobrenadante em um recipiente com solução desinfectante
3. Ressuspender o sedimento com tampão fosfato até um volume de 2 ml usando o Reagente
da Amostra do Xpert MTB/RIF
NOTA: Amostras de LCR contendo sangue podem interferir negativamente no resultados do
teste Xpert.

Amostras de LCR com volume maior ou igual a 5 ml:


1. Transferir
Transferirpara
para um tubo cônico e centrifugar
centrifugar aa3000
3000ggpor
por15
15minutos
minutos
2. Decantar o sobrenadante em um recipiente com solução desinfectante
2. Decantar o sobrenadante em um recipiente com solução desinfectante
3. Ressuspender o sedimento com tampão fosfato até um volume de 2 ml usando o Reagente da
3. Ressuspender o sedimento com tampão fosfato até um volume de 2 ml usando o Reagente
Amostra do Xpert MTB/RIF
da Amostra do Xpert MTB/RIF
4. Inocular o cartucho com a amostra processada e realizar o teste Xpert no equipamento
4. Inocular o cartucho com a amostra processada e realizar o teste Xpert no equipamento
Amostra de LCR com volume entre 1-5 ml:
1.1.Adicione
Adicioneigual
igualvolume
volumededeReagente
Reagenteààamostrae
amostraeagitar
agitar vigorosamente
vigorosamente 10
10 a 20 vezes.
2.2.Adicione 2 ml no cartucho e realize o teste no equipamento.
Adicione 2 ml no cartucho e realize o teste no equipamento.

Amostra de LCR com volume entre 0,1-1 ml MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 63


1.
1. Adicione
Adicione22ml
mlde
deReagente
Reagenteààamostra
amostra
2.
2. Adicione
Adicione22ml
mlno
nocartucho
cartuchoeerealize
realizeoo teste
teste Xpert
Xpertno
noequipamento
equipamento

Amostra de LCR com menos de 0,1 ml:


A
A amostra
amostra é considerada insuficiente
insuficiente para
paraXpert
Xpert MTB/RIF.
MTB/RIF. /RIF ou Xpert MTB/RIF Ultra

Aspirados de linfonodos, linfonódos e outros tecidos:


Devem ser processadas em
Devem em Cabines
CabinesdedeSegurança
SegurançaBiológica. Aspirados
Biológica. de de
Aspirados linfonodos devem
linfonodos ser
devem
ser processados como expectorações concentradas (através da homogeneização
processados como expectorações concentradas (através da homogeneização e e concentração
numa
numa centrífuga).
centrífuga).

Para os linfonodos e outros tecidos, proceder da seguinte forma:


1. Cortar a amostra de tecido usando tesoura e pinças estéreis;
2. Colocar num homogeneizador ou num almofariz estéril;
3. Adicionar 2 ml de solução de tampão fosfato estéril (PBS);
4. Triturar até obter uma suspensão homogénea;
5. Deixar em repouso para que as partículas maiores se assentem no fundo (5-10 minutos);
6. Colocar 0,7 ml do sobrenadante em um tubo cônico com tampa de rosca (certificar-se que
nenhum grumo de tecido seja transferido);
7. Adicionar 1,4 ml do Reagente aos 0,7 ml de amostra usando uma pipeta esterilizada e agitar
vigorosamente 10 a 20 vezes.
8. Inocular no cartucho com 2 ou + ml e realizar o teste.

Amostras líquidas que chegam ao ao laboratório


laboratório em
em seringas
seringas devem
devemser
serprocessadas
processadasdentro
dentrodas
das
CSB,
CSB,pois
poisa aextracção
extracção dodo
conteúdo da seringa
conteúdo em um
da seringa emtubo
um cônico de 50 ml
tubo cônico depode também
50 ml pode produzir
também
aerossóis
produzir com bacilos.
aerossóis comMedidas deMedidas
bacilos. biossegurança devem ser adoptadas
de biossegurança devem serpara trabalharpara
adoptadas comtrabalhar
material
perfuro-cortantes.
com material perfuro-cortantes.

NOTA: amostras
As amostras concentradas
concentradase extrapulmonares
e extrapulmonaresdevem
devemserser processadas
processadas apenas nos
apenas nos
laboratórios de referência da tuberculose por envolver o procedimento de centrifugação,
laboratórios de referência da tuberculose por envolver o procedimento de centrifugação, que que gera
aerossóis e exigem
gera aerossóis requisitos
e exigem de biossegurança
requisitos de laboratórios
de biossegurança de altodenível
de laboratórios alto de contenção
nível de risco.
de contenção de
risco.
52 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Armazenamento de amostras:
Expectoração concentrada ou não concentrada: refrigerar a 2-8 ºC durante 10 dias no máximo.
Se necessário, armazene a temperatura ambiente (máximo até 35 ºC) por até 3 dias e, de seguida,
refrigere a 2-8 ºC por uma duração máxima de 7 dias.

Armazenamento da amostra na presença de um reagente de amostra:


Expectoração concentrada ou não concentrada: conserve de 2-8 ºC e processe no prazo de 12
horas. Caso a refrigeração não seja possível, processe dentro de 5 horas.

Armazenamento de um cartucho inoculado (por vários motivos, como por exemplo, em


caso de falha de energia)

Realize o teste dentro de 4 horas após a adição da amostra. Caso tenha passado mais de 4 horas,
inocule um novo cartucho.

c) Preparação do cartucho

Inoculação:
1. Abrir o cartucho e pipete 2 ml de amostra preparada utilizando a pipeta plástica de Pasteur.
2. Pipetar a amostra cuidadosamente para evitar a produção de aerossóis e bolhas;
3. Introduzir o volume pipetado no cartucho;
3. Fechar firmemente a tampa do cartucho e Iniciar o teste no equipamento.

d) Realização do teste
1. Liguar o instrumento GeneXpert (irá aparecer uma pequena luz azul no painel frontal);
2. Liguar o computador;
3. Iniciar a sessão no Windows como utilizador Cepheid:

Porta do cartucho
para adição da amostra

Figura 14. Cartucho


Cartucho Xpert
XpertMTB/RIF
MTB/RIF(vista superior)
(vista superior) ou Xpert MTB/RIF Ultra (vista superior)

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 53


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 65
d) Realização do teste
Ligar o instrumento GeneXpert
1 (irá aparecer uma pequena
luz azul no painel frontal);

2 Ligar o computador;

Iniciar a sessão no Windows


3
como utilizador Cepheid

4 Introduzir a palavra passe: cphd

Clicar duas vezes no ícone


5 «GeneXpertDx" no ambiente de
trabalho do computador;

Iniciar sessão com a conta de


utilizador;
6 Clicar em "Não (No)" na caixa de
diálogo "Gestão da base de dados
(database management)" para iniciar a
sua sessão de trabalho;

54 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


66 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Clicar em "Verificar estado
(check status)" para confirmar
7 se todos os módulos estão
disponíveis;

ClicarClicar
em "Verificar estadoestado
em “Verificar
Clicar
(check em "Verificar
status)" para estado
confirmar
(check status)”
parapara confirmar
7 (check
se todosstatus)"
os módulos confirmar
estão
8 se
setodos
todos os módulos estão disponíveis ;
os
disponíveis;
módulos estão
disponíveis;

Clicar em "Verificar estado


Clicar em
(check "Verificar
status)" para estado
confirmar
8 (check
Clicar
se emstatus)"
todos “criar para estão
teste”
os módulos (create test)
8
9 confirmar se todos os
disponíveis;
módulos estão disponíveis;

Clicar em "Verificar estado


(check status)" para
9 Escolher o registo manual ou efectuar
9
10 confirmar se todos os
Clicar em "criar teste (createtest)";
automaticamente a leitura do código de
módulos estão disponíveis;
barra directamente do cartucho.

10 Utilizar
Utilizar
Clicar oo
em leitor
leitor de
deteste
"criar códigos
códigos de barras para
de barras
(createtest)";
digitalizar
para o código
digitalizar o códigodedebarras
barras do cartucho
do cartuchoodeixando
deixando o botão pressionado.
botão amarelo
10 amarelo pressionado.
Após o aviso sonoro, afaste o leitor do cartucho
11
paraoevitar
Após digitalizar
aviso sonoro, afasteo ocódigo
leitor do
de barras duas vezes.
cartucho para evitar digitalizar o
Utilizar o leitor de códigos de barras
código de barras duas vezes.
para digitalizar o código de barras
do cartucho deixando o botão
amareloterpressionado.
11 Apóster
Após digitalizado
digitalizado o código
o código dede barras,
barras,
Após o irá
irá surgir surgir
aviso a janela
asonoro,
janela "criar
afaste
“criar teste
oteste
leitor do
(crea-
(createtest)".
cartucho
tetest)”. para evitar digitalizar o
Introduzir
código “Identificação
de barras
Introduzir duas vezes.
"Identificação dododoente
doente
(Patient ID)” = Nome e idade
(Patient ID)" = Nome e idade (ver com (ver com
11
12 o pessoal do GX Alert).
o pessoal do GX Alert).
Após ter digitalizado
Introduzir o código
“Identificação dadeamostra
Introduzir
barras, irá "Identificação
surgir a janela da amostra
"criar teste
(ID Sample) = Número do laboratório
(ID Sample) = Número do laboratório
(createtest)".
eeproveniência
proveniência (ver
(ver comcom o pessoal
o pessoal do do
Introduzir
GX Alert). "Identificação do doente
GX Alert).
12 (Patient ID)" = Nome e idade (ver com
o pessoal do GX Alert).
Introduzir "Identificação da amostra
(ID Sample) = Número do laboratório
e proveniência (ver com o pessoal do MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 67
GX Alert).

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 55


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 67
O software atribuiu um módulo a ser
utilizado automaticamente. (Nota: é
seleccionado o módulo menos
12
13 utilizado, mas pode se seleccionado
um módulo diferente manualmente.

Clicar em "Iniciar teste (starttest)".


(start test)”.

Colocação do cartucho

Abrir completamente a porta do


compartimento para cartuchos do
1 módulo atribuído indicado pela luz
verde intermitente acima do módulo
seleccionado;

Colocar o cartucho cuidadosamente


2 com o código de barras virado para a
frente;

Manter o cartucho na vertical; evitar


3 agitar, inclinar ou deixar cair;

Ao fechar a porta do compartimento


4 para cartuchos, o teste é iniciado
automaticamente;

Introdução manual do código de barras do cartucho

Se o leitor de códigos de barras não estiver a funcionar, pode introduzir o código de barras do
cartucho manualmente:

Clicar em
1 «Criar teste (createtest)»
(create test) ››

56 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


68 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Digitalizar o código de barras do
2 cartucho e clique em «Introdução
manual (manual entry)»

Digitalizar os números de
3 2 linhas dos cartuchos
manualmente

Monitorar o estado do teste

Se pretender observar o progresso da execução do teste, pode verificar:

Ÿ Progresso do teste (por exemplo, 3/45 significa que o teste está no terceiro de 45 ciclos de
PCR);
Ÿ Tempo restante até ao final do teste;
Ÿ Estado do teste (por exemplo: "OK");
Ÿ Se o estado exibir erro ou aviso, veja as Mensagens para obter uma descrição do problema;

Clicar em "verificar estado


(check status)»

É indicado o progresso, o estado e o


tempo restante

Mensagens com mais detalhes

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 57
69
Interrupção de um testes

Caso queira interromper um teste, por exemplo, se o cartucho não foi devidamente
preparado, pode-se interromper o teste da seguinte forma:

Clicar em
1 "parar teste (stop test)"

Seleccionar o(s) módulo(s)


que deve(m) ser
interrompido(s) marcando a
2 caixa de verificação

Após seleccionar, clique em


"Parar"

Confirmar a sua escolha


3 clicando em "Sim (yes)"

Poderá observar os detalhes


4 da paragem do teste na secção
"Verificar estado (check status)"

58 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


70 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
e)
e)
e)Leitura
Leitura
Leituraeeeinterpretação
interpretação
interpretaçãodos
dos
dosresultados
resultados
resultados
Os
Os
Osresultados
resultados
resultadossão
são
sãointerpretados
interpretados
interpretadospelo
pelo
pelosoftware
software
softwaredo
do
doGeneXpert
GeneXpert
GeneXperteeeserão
serão
serãovisualidosna
visualidosna
visualidosnajanela
janela
janela
"Ver
"Ver
"VerResultados
Resultados
Resultados(viewresults)":
(viewresults)":
(viewresults)":

111 Clicar
Clicar
Clicarem
em
em"ver
"ver
"verresultados
resultados
resultados
(viewresults)"
(viewresults)"
(viewresults)"

Para
Para
Paravisualizar
visualizar
visualizarum
um
umresultado
resultado
resultadoemem
em
particular,
particular,
particular,clicar
clicar
clicarem
em
em"ver
"ver
"verteste
teste
teste
22 (viewtest)"
(viewtest)"
(viewtest)"

"ver
"ver
"verteste":clicar
teste":clicar
teste":clicarduas
duas
duasvezes
vezes
vezesno
no
no
333 teste
teste
testeque
que
quepretende
pretende
pretendevisualizar
visualizar
visualizar

Interpretação
Interpretação
Interpretação
Informações
Informações
Informações dos
dos
dosresultados
resultados
resultados
sobre
sobre
sobreoooteste
teste
teste

44
4

Curvas
Curvas
Curvasde
de
dePCR
PCR
PCRem
em
emtempo
tempo
temporeal
real
real

MANUAL DE DE
MANUAL
MANUAL
MANUAL BACILOSCOPIA
DE E EGENEXPERT
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA GENEXPERT59
EEGENEXPERT
GENEXPERT 71
71
71
MTB detectado

Resultado positivo se o ADN da micobactéria for detectado, os resultados serão


visualizados como Alto, Médio, Baixo e Muito baixo. Os valores de limite de ciclo (Ct)
mais baixos representam uma concentração inicial de ADN mais elevada; valores de
Ct mais altos representam uma concentração inicial de ADN mais baixa (tabela 4).
MTB detectado
Tabela 4. Interpretação dos resultados positivos em função do limite do ciclo

Resultado positivo
ResultadosedeoMTB
ADN da micobactéria for detectado,
Valoresos resultados serão
de Ct
visualizados como Alto, Médio, Baixo e Muito baixo. Os valores de limite de ciclo (Ct)
Alto
mais (high)
baixos representam uma concentração inicial de ADN mais <16 elevada; valores de
Ct mais
Médioaltos representam uma concentração inicial de ADN mais
(medium) baixa (tabela 4).
16-22
Baixo (low) 22-28
Tabela 4. Interpretação dos resultados positivos em função do limite do ciclo
Muitobaixo (very low) >28
Resultado de MTB Valores de Ct
Associado ao resultado positivo na detecção da micobactéria, aparecerá de igual modo o
Nota: A (high)
resultado
Alto interpretação
da rifampicina:dos resultados do Ultra para detecção de MTB
<16 é a mesma que a
do Xpert
MédioMTB/RIF,
(medium)com excepção dos resultados “Traços de MTB detectado (MTB de-
16-22
tected trace)”. Os resultados “Traços de MTB detectado” não fornecem informação sobre
Baixo (low) 22-28
resistência a rifampicina, por isso, nestes casos recomeda-se à testagem por testes de
Muitobaixo (very low) >28
sensibilidade fenotípico ou genotípico para confirmar ou excluir a resistência a rifampicina.
Associado ao resultado positivo na detecção da micobactéria, aparecerá de igual modo o
resultado da rifampicina:

60 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


72 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
Resistência
Resistência
Resistência
Resistênciaarifampicinadetectada(detected)
arifampicinadetectada(detected)
arifampicinadetectada(detected)
arifampicinadetectada(detected)

AA
AAmutação
mutação
mutação
mutação
no
no
nogene
no gene
generpoBfoidetectada.
gene rpoBfoidetectada.
rpoBfoidetectada.
rpoBfoidetectada.

Resistência
Resistência
Resistência
Resistênciaaaaarifampicina
rifampicina
rifampicina
rifampicinanão
não
não
nãodetectada
detectada
detectada
detectada(notdetected)
(notdetected)
(notdetected)
(notdetected)

Não
Não
Nãohouve
Não houve
houvedetecção
houve detecção
detecçãoda
detecção da
da
da
mutação
mutação
mutaçãono
mutação no
nogene
no gene
generpoB.
gene rpoB.
rpoB.
rpoB.

Resistência
Resistência
Resistência
Resistênciaaaaarifampicina
rifampicina
rifampicina
rifampicinaindeterminada
indeterminada
indeterminada
indeterminada
(indeterminate):
(indeterminate):
(indeterminate):
(indeterminate): AA AA concentração
concentração
concentração
concentração de de
de
de
Mycobacterium
Mycobacterium
Mycobacterium
Mycobacteriumtuberculosis
tuberculosis
tuberculosis
tuberculosisera era
era
eramuito
muito
muito
muito
baixa
baixa
baixa
baixaeeeenão
não
não
nãofoi
foi
foi
foipossível
possível
possível
possíveldeterminar
determinar
determinar
determinaraaaa
resistência
resistência
resistência
resistência devido a insuficiênciade
devido
devido
devido aaainsuficiência
insuficiência
insuficiência de
de
dedados
dados
dados
dados
para
para
para
parainterpretar
interpretar
interpretar
interpretaros os
os
ossinais
sinais
sinais
sinaisassociados
associados
associados
associadosàààà
resistência,
resistência,
resistência,
resistência,sendo
sendo
sendo
sendonecessária
necessária
necessária
necessáriaumauma
uma
umanova
nova
nova
nova
amostra.
amostra.
amostra.
amostra.

MTB
MTB
MTB
MTBnão
não
não
nãodetectado
detectado
detectado
detectado

Resultado
Resultado
Resultado
Resultadonegativo:
negativo:
negativo:
negativo:ooooADN
ADN
ADN
ADNalvoalvo
alvo
alvonão
não
não
nãoéééédetectado,
detectado,
detectado,
detectado,no
no
no
noentanto,
entanto,
entanto,
entanto,oooocontrolo
controlo
controlo
controlode
de
de
deprocessamento
processamento
processamento
processamento
da
da
da
daamostra
amostra
amostra
amostra(SPC)
(SPC)
(SPC)
(SPC)deve
deve
deve
deveser
ser
ser
serpositivo
positivo
positivo
positivoem
em
em
emamostras
amostras
amostras
amostrasnegativas.
negativas.
negativas.
negativas.

Controlo
Controlo
Controlode
Controlo de
deprocessamento
de processamento
processamento
processamento
de
de
deamostras
de amostras
amostras(SPC)
amostras (SPC)
(SPC)
(SPC)

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 61

MANUAL
MANUAL
MANUAL
MANUAL
MANUALDE
DE
DE
DEBACILOSCOPIA
DEBACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEEEE
GENEXPERT
GENEXPERT
GENEXPERT
GENEXPERT 73
GENEXPERT 73
73
73
73
Resultado inválido

Não foi possível determinar a presença ou a ausência de MTB

Resultado inválido

SPC negativo

Origem Consequência Solução

Use a amostra correcta


PCR foi inibido devido
interferência de substâncias Evite a presença de substâncias
inibidoras na amostra (ex: pús,
citrato, bilirrubina, etc)
Foi usada amostra
Verifique a qualidade da amostra
inadequada Falha no controlo (densidade, viscosidade)
interno
Amostra má colhida/ Siga recomendações para a
conservada/preparada colheita, conservação e
preparação da amostra

Condições inadequadas de Verifique as condições de


conservação dos cartuchos armazenamento dos kits e prazos
de validade

Sem resultado

Recolha de dados insuficientes

62 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


74 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
de energia esteja estável (UPS)

A função Pare o teste Utilize a função Pare o teste


("STOP TEST") foi ("STOP TEST") somente se for
seleccionado necessário
SEM RESULTADO
(não está relacionado
com o GeneXpert) Não abra outra aplicação
enquanto o teste estiver a
Computer freeze or crash Não instale qualquer software
during the test externo no computador

Reinicie o computador uma vez


por semana para evitar que o
computador congele

ERROS

Durante o processamento de amostras no GeneXpert podem ocorrer diversos erros


(5006/5007/5008/5011/2008/2127/2037/2014/3074/3075/1011). O tipo de erro
e respectivas causas podem ser visualizadas como ilustra o painel abaixo.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 75

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 63


ERRO 5007/5006

Ÿ O controlo de verificação da sonda falhou e o teste foi interrompido antes da


amplificação.

Origem Consequência Solução

Amostra densa ou muito Filtro do cartucho Após 15 minutos de


viscosa parcialmente obstruído descontaminação, se a amostra
continuar viscosa não a coloque
no cartucho. Aguarde por 10
minutos adicionais até a amostra
ficar completamente liquefeita e,
em seguida, transfira-a para o
cartucho utilizando uma pipeta

Volume Inadequado da Rehidratação Adicione sempre volume


amostra inadequada das esferas adequado da amostra (O volume
transferido para o cartucho deve
estar entre os 2 e 4 ml no
PCR não pode ocorrer máximo).
Evite a formação de bolhas ao

Problemas na integridade Sondas danificadas Armazenar os cartuchos de


da sonda acordo com as intruções
(temperatura e Humidade)

Manutenção insuficiente Poeira acumulada no Realize a manutenção regular


interior do instrumento segundo recomendações do
fabricante

ERRO 2008

Ÿ A pressão excedeu o nível máximo aceitável.

Origem Consequência Solução

Amostra muito viscosa Assegure que as amostras não


ou densa Filtro do cartucho tenham partículas sólidas

Amostras contendo obstruído Assegure que a amostra esteja


partículas alimentares, líquida antes de transferir para o
detritos cartucho

Mau funcionamento Erro 2008 ocorre Contacte o ponto focal para


do Módulo regularmente no assistência/representante da
mesmo módulo

64 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


76 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
ERRO 212 (X)

Ÿ Perda de comunicação entre o (s) módulo (s) e o software enquanto o teste está a
decorrer. Possíveis errors: 2120; 2121; 2122; 2123; 2124; 2126; 2127
Origem Consequência Solução

Fornecimento de corrente Certifique se o fornecimento de


eléctrica (fonte ou UPS) energia é estável (UPS com
estabilizador de energia, gerador)
Problemas na conexão Desligue e volte a ligar o cabo de
entre PC-GX Ethernet entre o computador e o
instrumento.
Temperatura da sala Assegure que a temperatura da
Perda de sala esteja entre 15°-30°C
comunicação em
Vírus no computador Faça"scan" no computador do Gxpert
todos os módulos
Actualização automática Proceda com actualização manual
do anti-virus do anti-virus sem que nenhum
teste esteja a decorrer
Adaptador do laptop Verifique se o adaptador não está
solto
Placa de gateway e/ou Desligue e volte a ligar o cabo de
falha no fornecimento de comunicação entre a placa de
energia gateway e o GeneXpert

Temperatura interna do Na secção de manutenção


módulo Perda de verifique se a temperatura interna
comunicação em do módulo é <39°C
todos os módulos
Problemas de conexão Contacte o ponto focal para
dentro do GeneXpert assistência/representante da

ERRO 5011

Ÿ Detectado perda de sinal na curva de amplificação;

Origem Consequência Solução

Tampa do cartucho Use um novo cartucho


permite que o ar escape Perda de
pressão no
Mau funcionamento da cartucho Contacte o ponto focal para
válvula do cartucho assistência/representante da

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 65


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 77
- Problemas relacionados com a Temperatura

Origem Consequência Solução

Temperatura ambiente Assegure que a temperatura


não se encontra dentro do esteja entre 15°-30°C
recomendado
Verifique o espaço a volta do
sistema (deve existir um espaço
livre de 10-15 cm)

ERROS
Verifique a temperatura interna
1001
dos módulos
1002
2014 Verifique se os filtros estão
4009 limpos
4010
Avaria da ventoinha do 4017 Verifique a funcionalidade da
GeneXpert ventoinha (painel traseiro no
sistema)

Mau funcionamento do Contacte o ponto focal para


aquecedor do módulo assistência/representante da
Cepheid

Na janela do sistema GeneXpertDx, clique em "Manutenção (maintenance)" na barra de menus


e seleccione "Relatórios de módulo (module reporters)" para verificar as temperaturas do
módulo.

78 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


66 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
f) Registo dos resultados

Os resultados do GeneXpert devem ser lançados no livro de registo e Requisição laboratorial.


Todos os registos laboratoriais devem ser guardados segundo a política nacional. De modo
semelhante a microscopia, utilize uma caneta vermelha para os resultados positivos e
resistentes e, coloque o nome e assinatura do técnico que realiza o teste.

O registo e emissão de resultados correctamente é imperioso para evitar resultados


imprecisos ou falsos:

Falsos-negativos significa que os resultados reportados como negativos eram na verdade


positivos. Implicação: Os pacientes com TB podem não ser tratados, resultando em doença
prolongada, transmissão da doença ou morte.

Falsos-positivos significa que os resultados reportados como positivos eram na verdade


negativos. Implicação: Os pacientes são tratados desnecessariamente ou o tratamento pode
continuar além do necessário. Neste caso, serão desperdiçados medicamentos e o paciente
tem uma condição subjacente diferente que exige tratamento.

4.2. Controlo e indicadores da qualidade

4.2.1. Controlo interno da qualidade

Cada cartucho XpertMTB/RIF inclui controlos internos, não sendo necessário controlos
adicionais:

Controlo de processamento da amostra (SPC) que contém esporos não infecciosos, inclusos
em cada cartucho para verificar o processamento adequado de MTB (verifica que ocorreu lise do
MTB, verifica se o processamento da amostra foi adequado, detecta inibidores, associados à
amostra, do teste de PCR em tempo real).O SPC deve ser positivo em uma amostra em que o
resultado é MTB Não detectado, e pode ser negativo ou positivo em uma amostra para a qual o
resultado é MTB detectado. Se o SPC for negativo em uma amostra "negativa", o resultado do
teste será Inválido.

Controlo de verificação da sonda (PCC) que mede o sinal de fluorescência das sondas para
monitorar a rehidratação das esferas de reagentes, preenchimento do tubo de reacção, integridade
da sonda e estabilidade do corante de fluorescência. Os resultados são automaticamente
comparados a configurações de fábrica pré-estabelecidos no software. Se a Verificação de Sonda
não passar, então o teste é interrompido e obtém-se um resultado de Erro.

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 67
79
4.2.2. Controlo externo da qualidade

O controlo externo de qualidade serve para melhorar o desempenho da rede laboratorial,


identificar e resolver problemas. Cada módulo do instrumento GeneXpert deve ser avaliado
como sendo "apto para a finalidade" através da verificação com material conhecido positivo
e/ou negativo antes de começar os testes das amostras clínicas.

Um teste de verificação deve ser realizado por módulo, após:

Ÿ A instalação do instrumento
Ÿ Após calibração ou troca de módulos do instrumento.

Painéis de verificação são agora rotineiramente distribuídos pela empresa Cepheid com cada
novo instrumento e com módulos recalibrados.

Ÿ Esses painéis de verificação consistem de um cartão contendo 5 botões de cultura seca


(BCS) de uma concentração conhecida de Mycobacterium tuberculosis sensíveis à rifampicinaina
ctivados.
Ÿ As amostras BCS devem ser processadas de acordo com as instruções e uma amostra deve
ser testada por módulo. Os resultados esperados é que sejam todos MTB Detectado,
resistência à RIF não detectado

NOTA: Se um resultado inválido, erro ou inexistente for obtido em qualquer módulo, repita o
teste naquele módulo usando a amostra BCS extra fornecida. Caso não obtenha o resultado
esperado em qualquer módulo, consulte o capítulo de Solução de Problemas. Os resultados da
verificação de instrumento devem ser enviados para o supervisor designado do GeneXpert. A
Cepheid ou seu representante deve ser contactada imediatamente para auxiliar com quaisquer
questões encontradas durante o processo de verificação.

O Programa Nacional de Avaliação Externa de Qualidade (PNAEQ) envia painéis elaborados


pelo Laboratório Nacional de Referência da Tuberculose (LNRT) com isolados bacterianos aos
laboratórios participantes. Após o processamento de isolados cada laboratório deverá enviar os
resultados dentro de 1 mês ao PNAEQ. Este painel servirá para avaliar os principais processos
pré-analíticos, analíticos e pós analíticos que ocorram no local do teste. Os resultados são
comparados aos resultados esperados e com outros laboratórios. Os resultados são monitorados
para traçar tendências com o passar do tempo. O painel de proficiência não mede o desempenho
rotineiro do laboratório mas pode identificar deficiências graves

a) Monitoria de Indicadores de Qualidade

A monitoria rotineira de indicadores de qualidade é um elemento decisivo para a garantia de


qualidade para qualquer teste diagnóstico. A tabela 5 lista os indicadores recomendados a serem
analisados mensalmente e devem estar interligadas com acções correctivas se forem observados
resultados ou tendências inesperados. Qualquer mudança nos indicadores de qualidade (tais

68 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


80 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
como aumento das taxas de erro, mudança na taxa de positividade de MTB ou na taxa de
resistência à RIF ou mudança significativa no volume de testes realizados) deve ser documentada
e investigada. A informação deve ser recolhida de forma desagregada de acordo com o grupo de
população testada (Pacientes HIV presumptivos de TB, presumptivos de TBMR, TB

Tabela 5. Indicadores de qualidade do GeneXpert MTB/RIF.

Indicador Descrição

Número e proporção de Número de MTB detectado,


MTB detectado, Resistência Resistência a Rifampicina não
a Rifampicina não detectada detectada /Número total de
testados
Número e proporção de Número de MTB detectado,
MTB detectado, Resistência Resistência a
a Rifampicinadetectada Rifampicinadetectada /Número

Número e proporção de MTB Número de MTB detectado,


detectado, Resistência a Resistência a Rifampicina
Rifampicina indeterminada indeterminada / Número total
de testados
Número e proporção de MTB Número de MTB não detectado
não detectado / Número total de testados

Número e proporção de Número de erros / Número total <3%


erros de testados
Número e proporção de Número de resultados inválidos / <1%
resultados inválidos Número total de testados
Número e proporção de sem Número de sem resultados / <1%
resultados Número total de testados

Tempo de resposta Tempo desde a recepção da 2-24 h


laboratorial amostra e emissão do resultado

4.3. Resolução de problemas

Aquando da utilização do GeneXpert podem ocorrer alguns problemas tais como:

Ÿ Os módulos GeneXpert não são detectados;


Ÿ O leitor de código de barras não está a funcionar;
Ÿ A luz vermelha no módulo está a piscar;
Ÿ O cartucho está preso no GeneXpert.

MANUAL DEDE
MANUAL BACILOSCOPIA
BACILOSCOPIAEEGENEXPERT
GENEXPERT 69
81
4.3.1. Os módulos GeneXpert não são detectados.

A máquina GeneXpert foi ligada antes do computador NÃO

SIM Encerrar o software GeneXpert Dx


Desligar o computador
Cabo de internet solto, desligado ou danificado
ligar o GneXpert
Ligar o computador
NÃO SIM Substituir o cabo
Abrir o software GeneXpert Dx

Problema com Quadro de gateway ou porta Contactar o


o endereço de IP LAN do computador inválidos suporte técnico da Cepheid
para substituir o computador
ou o módulo
Contactar o suporte técnico da Cepheid
voltar a configurar o endereço de IP

4.3.2. Erro no leitor de código de barras

Cabo USB do leitor de código de barras: Consegue ouvir um sinal sonoro


quando é ligado ao computador?

NÃO SIM
Ligar o caboUSB ao leitor de
código de barras a outra porta
USB do computador
Prepare a digitalização do seu cartucho.
Consegue digitalizá-lo?

SIM NÃO
SIM NÃO

falha no leitor de código de barras - Verificar o ficheiro de definição do teste importado


- Voltar a configurar o leitor de código de barras
Consegue digitalizá-lo agora?

Contactar o suport
técnico da Cepheid NÃO SIM

Falha do leitor de código de barras

70 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


82 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
4.3.3. Luz vermelha no módulo está a piscar

A luz vermelha a piscar pode significar que o módulo possa estar a falhar. Na janela do sistema
GeneXpertDx, clicar em "Manutenção (maintenance)" na barra de ferramentas e seleccione
"Executar autoteste". Se o problema persistir, contactar o suporte técnico da Cepheid

4.3.4. Cartucho preso no GeneXpert

Inicialmente verificar se a porta do módulo está fechada. Tente abrir lentamente a porta do
módulo. Caso não ultrapasse este problema, clicar em "Manutenção (maintenance)" na janela
do sistema GeneXpertDx na barra de ferramentas e seleccione "Abrir porta do módulo ou
actualizar EEPROM (open module doororupdate EEPROM)"

Encerrar o software e volta a reiniciá-lo. Quando o software for reiniciado, o módulo irá
iniciar-se colocando a válvula e o êmbolo na posição correcta. Isto pode ajudar a abrir a
porta; ou desligar o sistema, reiniciar o instrumento GeneXpert e o software, na janela do
sistema GeneXpertDx, clicar em "Manutenção" na barra de ferramentas e seleccione
"Executar autoteste (perform self-test)".

Se nenhuma das soluções anteriores funcionar, remover manualmenteo cartucho.

NOTA: A remoção manual do módulo deve ser executado pelo supervisor do laboratório
ou por outro técnico qualificado.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 71


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 83
4.4. Como proceder se

4.4.1. Iniciar o teste e aperceber-se de que não introduziu o ID da amostra


(por exemplo, código do laboratório)

a) Aceder a "Ver resultados (view results)" para este módulo, no final da execução do teste.
b) Remover o cartucho do módulo.
c) Certificar-se de que copia o número do ID do cartucho no campo do ID de amostra (no
software) no lado esquerdo. Gravar as alterações.

4.4.2. Aperceber-se de que a amostra de um paciente não contém volume


suficiente (é necessário >1ml)

a) Geralmente, o volume deve ser assegurado pelo técnico de saúde que recebe a amostra.
b) É importante verificar o volume durante a recepção da amostra no laboratório.
c) Processe se tiver, pelo menos, 1 ml e informe o técnico de saúde de forma apropriada
para garantir que mais de 1ml seja obtido no futuro.
d) Se houver menos de 1 ml, solicitar uma nova amostra.

4.4.3. O GeneXpert for transportado com um cartucho no interior

Risco elevado de danificar o módulo. Recomenda-se o seguinte:

1. Notificar a Cepheid (contacte o suporte técnico da Cepheid)


2. Antes de transportar o sistema, desbloquear o módulo preso e execute um
procedimento de limpeza completo.
3. Se o sistema for transportado com um cartucho no interior, assim que recolocar o
sistema, remova o cartucho, limpe o módulo (procedimento de limpeza normal) e
verificar se o sistema funciona correctamente
4. Monitorar o módulo.

A melhor forma de prevenir: se um sistema for transportado/recolocado, verificar se existe


algum cartucho no módulo antes de mover o sistema.

4.4.4. O teste é interrompido pelo GeneXpert

1. Documentar no formulário de resultados Xpert.


2. Repetir o teste se restar, pelo menos, 2 ml de SR/mistura de expectoração.
3. Se restar um volume insuficiente, solicitar uma nova amostra.

72 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


84 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
4.4.5. O Reagente da amostra derramar nas mãos, face e olhos

Ÿ Olhos: Provoca lesões graves nos olhos. Lavar cuidadosamente com água durante
alguns minutos. Se utilizar lentes de contacto remova-as. Continue a lavar. Consulte um
médico.
Ÿ Pele: Provoca irritação na pele. Lavar abundantemente com sabão e água. Consulte um
médico.
Ÿ Ingestão: Pode ser perigoso se ingerido. Lavar a boca com água. Consulte um médico.
Ÿ Inalação: Pode provocar sonolência ou tonturas. Se tiver dificuldades em respirar, vá
para um local fresco e consulte um médico.

4.4.6. Deixar cair o cartucho inoculado ao transportá-lo para o GeneXpert

a) Não coloque o cartucho no instrumento.


b) Siga os procedimentos de derrames nas orientações relativas à biossegurança.

Para evitar deixar cair os cartuchos, utilize luvas secas e um carrinho para transportar. Caso
aconteça um derrame: consulte o capítulo de Biossegurança.

4.4.7. Outros problemas com hardware, software ou reagentes: como


proceder?

Ÿ Procure o número do erro no manual do utilizador GeneXpert e execute as medidas


correctivas recomendadas.
Ÿ Contacte o seu fornecedor local ou o suporte técnico da Cepheid.

Se possível, continue a realizar testes em outros módulos enquanto resolve qualquer


problema do módulo específico.

4.4.8. Quando é necessário substituir o módulo?

Ÿ Se um problema com o hardware provocar a falha do módulo;


Ÿ Se o software indicar que o módulo não está disponível;
Ÿ Se o software indicar outro problema com o módulo;
Ÿ Possivelmente se a taxa de erro estiver a aumentar (isto pode indicar um problema com
o hardware).

Contacte o ponto focal para assistência/representante da equipa da Cepheid para o suporte


técnico.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 73


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 85
4.5. Referências

WHO(2014),
WHO (2014),Xpert
XpertMTB/Rif
MTB/Rif implementation
implementation manual
manual technical
technical andand operational
operational "How-to"
“How-to”
practicalconsiderations,
practical considerations,Geneva
Geneva27,
27,Switzerland
Switzerland

GlobalLaboratory
Global LaboratoryInitiative
Initiative (GLI),
(GLI),
http://www.stoptb.org/wg/gli/TrainingPackage_Xpert_MTB_RIF.asp
http://www.stoptb.org/wg/gli/TrainingPackage_Xpert_MTB_RIF.asp
Cepheid(2016),
Cepheid (2016),GeneXpert®
GeneXpert® &Xpert®
&Xpert® Assays:
Assays: Quick Quick Start Guides,
Start Guides, D19277,D19277,
Rev. B.1, Rev. B.1,
France
France

Global Laboratory Initiave. Planning for country transition to Xpert MTB/RIF Ultra cartridge.
2017.Geneva. disponível em www.stoptb.org

Taiza Maschio de Lima, N.C.U.B., Susilene Maria Tonelli Nardi, Heloisa da Silveira
Paro Pedro, GeneXpert MTB/RIF assay for diagnosis of tuberculosis.Rev Pan-Amaz
Saude, 2017. 8 (2): p. 67-78.

Theron G, P.J., van Zyl-Smit R, et al., Evaluation of the Xpert MTB/RIF assay for the
diagnosis of pulmonary tuberculosis in a high HIVprevalence setting. Am J Respir Crit
Care Med, 2011. 184: p. 132-140.

Rachow A, Z.A., Heinrich N, et al., Rapid and accurate detectionof Mycobacterium


tuberculosis in sputum samples by Cepheid XpertMTB/RIF assay—a clinical validation
study. PLoS One, 2011. 6: p. e20458.

74 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


86 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
MANUTENÇÃO
DE EQUIPAMENTOS

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 57


5. MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

O laboratório deve estar equipado com todos equipamentos necessários para prestação de
serviços. Estes equipamentos devem estar operacionais e ser utilizados por pessoas
autorizadas e treinadas. Os equipamentos devem ser sujeitos a procedimentos de
manutenção periódica de forma a garantir a sua operacionalidade e segurança, incluindo a do
utilizador.

Abaixo estão descritos os procedimentos de manutenção para os principais equipamentos


necessários para a realização da baciloscopia e GeneXpert.

5.1. Microscópio

A manutenção preventiva é feita diariamente:

Ÿ Limpar a poeira do microscópio antes e depois do uso;


Ÿ Limpar as objectivas e oculares com papel de lentes;
Ÿ Evitar tocar nas lentes;
Ÿ Evitar o uso de papel-toalha comum ou gaze para evitar riscos nas lentes;
Ÿ Nunca usar detergente, xilol, etanol 96% ou outro solvente para limpeza das lentes. Esses
produtos podem retirar a cola que fixa as lentes aos corpos das objectivas e oculares.

5.2. Balança

Ÿ Realizar a limpeza exterior e interior para remoção da poeira, antes da pesagem;


Ÿ Realizar a limpeza exterior e interiordepois do uso;
Ÿ Uma vez por ano deverá fazer a calibração da balança por uma empresa qualificada.

5.3. Autoclave

Diariamente:

Ÿ Mudar a água do autoclave;


Ÿ Usar água destilada no interior do autoclave, ao invés da água da torneira.

Anualmente:
Ÿ A inspecção e certificação deve ser realizada por um técnico qualificado. No mínimo,
medidores de pressão e termómetros devem ser testados.
Ÿ O técnico deve emitir um certificado e um selo de inspecção indicando a conformidade
em relação a segurança e bom funcionamento. O selo de inspecção deve ser colado na
parte exterior do autoclave.
MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 77

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 89


5.4. Estação de trabalho ventilada

A estação de trabalho ventilada é um equipamento usado com mesmo propósito que a cabine
de segurança biológica, ainda que não apresente filtros A sua instalação deve ser feita por
pessoal qualificado obedecendo as regras estabelecidas pelos fabricantes.
Diariamente antes e depois do uso:

Ÿ Ligar a estação de trabalho;


Ÿ Limpar a superfície de trabalho, as paredes da estação de trabalho e o vidro com
hipoclorito de sódio a 0.5 %, deixar 15 minutos, depois limpar da mesma forma com
água corrente e depois limpar da mesma forma comálcool a 70%.

5.5. GeneXpert

A manutenção do equipamento GeneXpert deve ser feita de forma regular (diária, semanal,

a) Materiais necessários para manutenção


Ÿ Solução de hipoclorito de sódio a 0.5% (preparado diariamente);
Ÿ Alcool a 70% ;
Ÿ Papel toalha;
Ÿ Pincel (fornecido pela Cepheid)
Ÿ Luvas descartáveis ;
Ÿ Água limpa e sabão (para lavar os filtros);
Ÿ Filtros de substituição para a ventoinha (disponíveis na Cepheid)

78 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


90 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
b)Procedimentos de desinfecção para a área de trabalho
1. Humedeça o papel toalha com a solução de hipoclorito de sódio;
2. Limpe a superfície;
3. Descarte o papel toalha;
4. Aguarde 15 minutos;
5. Humedeça um novo papel toalha, com álcool a 70%;
6. Limpe a superfície;
7. Descarte o papel toalha.

5.5.1. Diária

1 Após os testes, remova os cartuchos do


instrumento;

2 Descarte os cartuchos no devido recipiente


para resíduos biológicos infecciosos;

3 Remova o lixo da área de trabalho;

4 Feche as portas do módulos;

5 Desinfecte a área de trabalho.

6 Certifique-se de que existe um espaço livre de 10


cm ao redor do instrumento.

Coloque a capa protectora quando o instrumento


7 não estiver a ser utilizado, de modo a reduzir a
quantidade de pó no sistema.

8 Registar a operação de manutenção no formulário


correspondente.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 79


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 91
1.5.2. Semanal

1 Desligue o computador

2 Desligue o GeneXpert

…………………………………Aguarde 10 segundos……………………………………

3 Ligue o GeneXpert

4 Ligue o computador ligado


ao GeneXpert

80 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


92 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
5.5.3. Mensal
a) Limpeza da superfície do instrumento

1 Embeba o papel toalha com álcool a 70%;

2 Limpe toda superficie externa do instrumento;

3 Limpe a superficie da bancada a volta do instrument;

NOTA: Não use o mesmo papel toalha para limpeza do instrumento e superficie da bancada.

b) Limpeza do Compartimento do cartucho

1. Embeba o papel toalha na solução de hipoclorito;


2. Limpe o interior do compartimento do cartucho , interior da porta e parte
3X
superior da porta;
3. Espere 2 minutos;
4. Embeba o papel toalha em álcool a 70%;
5. Limpe as partes acima descritas com álcool a 70%.

Compartimento interior do cartucho

Interior da porta

Parte superior da porta

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 81


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 93
c) Limpeza dos êmbolos

1. Embeba o papel toalha na solução de hipoclorito ;


3X 2. Apos baixar os êmbolos, limpe as gentilmente;
3. .Espere 2 minutos (nunca mais do que 5 minutos);
4. Embeba o papel toalha com álcool a 70%;
5. Limpe os êmbolos com álcool a 70%

1 No menu geral clique em Manutenção (Maintenance)

2 No menu Manutenção, seleccione "Manutenção do êmbolo (plunger maintenance)";

Na janela "Manutenção do êmbolo",


3 seleccioneum módulo para limpar ou
seleccione "Limpar todos (Clean all)";

4 Siga as instruções na caixa de diálogo;

5 Clique em "OK".

82 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


94 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
A haste dos êmbolos nos
6 módulos baixaram automaticamente.
Limpe os êmbolos conforme
procedimento acima descrito.

Após limpar os êmbolos, clique em


7 "Mover todos para cima (move
upall)" e os êmbolos irão regressar
à sua posição original.

8 Clique em "Fechar (close)".

a)Limpar o filtro do instrumento

Desapertar os 4 parafusos no painel


1
cinzento traseiro do instrumento GeneXpert.

Remover a cobertura cinzenta da parte


2
traseira do instrumento.

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 83


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 95
Ÿ Os fi
3 3.Remover o filtro (esponja). adeq
3 3.Remover o filtro (esponja). gara
3 3.Remover o filtro (esponja).

C
1
4
44 Lavar
Lavar
Lavar o
o filtrofiltro com esabão
com sabão
o filtro com sabão e água.
água. e água.
5 Deixar o filtro secar totalmente e,
5 Deixar
Deixar
de seguida,o coloque-o
o filtro secar
filtro secar totalmente e,
totalmente
novamente e,
5
deinstrumento.
no seguida, coloque-o novamente
de seguida, coloque-o novamente
no
no instrumento.
instrumento.

2 Es

e) Limpeza da fenda do módulo onde ocorre a reação de PCR


3 Cl

1 Remover qualquer cartucho no módulo;


e)
e) Limpeza
Limpeza da
da fenda do módulo
fenda do módulo onde
onde ocorre
ocorre aa reação
reação de
de PCR
PCR
Inserir completamente as cerdas do
2
pincel na fenda;

11 Pincelar o interior
Remover do compartimento
qualquer cartucho nono módulo;
módulo;
Remover qualquer para
com varios movimentos cartucho
cima e
3 para baixo torcendo o pincel entre o
polegar e o dedo indicador;
Inserir
Inserir completamente
completamente as as cerdas
cerdas do
do
2
2 ATE
4 pincel
pincel na
na fenda;
Limpar todos os módulos por pelo
fenda;
menos 30 segundos.

Pincelar
Pincelar o o interior do compartimento
interior do compartimento 4 C
com varios movimentos
com varios movimentos para para cima
cima ee
3f) Arquivo dos resultado
para baixo torcendo oo pincel
pincel entre
entre oo
polegar
O arquivo e o dedo indicador;
permite-lhe:
Ÿ Fazer uma cópia de segurança dos seus dados para garantir que estes não serão
Limpar todos os módulos por pelo
Limpar se otodos os módulos por pelo
4 perdidos computador falhar
menos 30 segundos.
Ÿ Criar uma cópia dos dados para enviar à Cepheid para assistência na resolução de
problemas.

f)96Arquivo dos resultado


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT

O arquivo permite-lhe:
Ÿ Fazer uma cópia de segurança dos seus
seus dados
dados para
para garantir
garantir que
que estes
estesnão
nãoserão
serão
perdidos se o computador falhar
Ÿ Criar uma cópia dos dados para enviar àà Cepheid
Cepheid para
para assistência
assistência na
naresolução
resoluçãode
de
problemas.

84 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


96 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
96 GENEXPERT
Ÿ Os ficheiros devem ser arquivados e guardados num CD ou outro meio externo
adequado (de preferência um disco externo) pelo menos uma vez por mês para
garantir que os dados dos testes não sejam perdidos.

Clicar em gestao de dados (“data management”) e, arquivar teste (“archive test”)


1

2 Escolher os testes que devem ser arquivados(ou "Seleccionar todos (select all)"

3 Clicar em “OK”

ATENÇÃO!!! Não marque a caixa "Eliminar testes arquivados (delete archivedtests"

4 Clicar em proceder (“proceed”)

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 85


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 97
5 O nome do ficheiro é dado automaticamente, clicar em salvar (“save”)
e “ok” após a finalizaçãodo arquivo

Salvar a informação num CD, Disco Duro Removível ou CD-RW

1 Seleccionar o ficheiro arquivado que pretende


salvar num CD

Enviar para DVD RW


2
Drive (D) ou Disco
removível

Enviar para DVD RW


3
Drive (D) ou Disco
removível

86
98 MANUAL
MANUAL DE BACILOSCOPIA
DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
E GENEXPERT
4 Seleccionar (“Burn to disc, em caso de CD”)

5 Aguardar

6 Clicar em terminar (“Finish”)

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 87


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 99
1.5.4. Anual

Ÿ Avaliar o desempenho do módulo usando o


Xpert ® Chek.
Ÿ Antes de proceder com o Xpert ®Chek,
assegurar que a escova fornecida é usada para
limpar o local de reacção do PCR no modulo;
Ÿ Todos os módulos devem ser verificados
todos os anos com cartuchos de XpertChek.

Etapas de calibração

ETAPA 2 ETAPA 3
ETAPA 1
Verificar Confirmar
Obter o kit
a funcionalidade funcionalidade

CD Colection

TITULO TITULO
DOTRABALHO DOTRABALHO

88 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


100 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT
5.6. Referências

WHO (2014), Xpert MTB/Rif implementation manual technical and operational "How-
to" practical considerations, Geneva 27, Switzerland

Global Laboratory Initiative (GLI),


http://www.stoptb.org/wg/gli/TrainingPackage_Xpert_MTB_RIF.asp

Cepheid (2016), GeneXpert® &Xpert® Assays: Quick Start Guides, D19277, Rev. B.1,
France

MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 89


MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT 101
Nº de série do GX_______________

Mês____________________ Ano __________


5.7. Anexos

Manutenção Diária 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Limpeza da área
de trabalho

Desinf. com hipocl.


3%

Desinf. com álcool a

102 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


3%

90 MANUAL DE BACILOSCOPIA E GENEXPERT


Manter módul.
Fechados
Limp. poeira no GX
Iniciais do Técnico
Anexo 6. Formulários de manutenção de GeneXpert

Manutenção
semanal

Desligar o aparelho
GX

Desl. Software
e computador
Iniciais do Técnico

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