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Material Teórico
Instrumentos de Política Comercial
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Sílvia Albert
Instrumentos de Política Comercial
• Introdução;
• Política Comercial;
• Tarifa Aduaneira;
• Subsídios à Exportação e à Produção;
• Quota de Importação;
• Restrições Voluntárias das Exportações (RVE);
• Requisitos de Conteúdo Legal;
• Barreiras Burocráticas;
• Barreiras Sanitárias;
• Considerações Finais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar os principais instrumentos para execução da política co-
mercial e expor exemplos reais sobre o debate em torno deste “braço”
da política econômica que provoca muitas polêmicas entre países do
mundo todo.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Instrumentos de Política Comercial
Introdução
O governo de um país pode atuar de diversas formas na economia através das
chamadas políticas econômicas. Estas políticas possuem quatro objetivos principais:
alto nível de emprego, estabilidade de preços, distribuição de renda socialmente
justa e crescimento econômico.
O conjunto de políticas que formam uma política econômica e servem para
atingir os quatro objetivos comentados anteriormente contemplam basicamente: a
política fiscal, a política monetária, a política cambial, a política salarial e de rendas,
a política industrial e a política comercial.
Nesta unidade, abordamos a atuação da política comercial através da classifi-
cação dos principais instrumentos que podem ser utilizados para sua execução e
apresentamos exemplos reais sobre o debate em torno deste “braço” da política
econômica, que provoca muitas polêmicas entre países do mundo todo.
Política Comercial
Conforme Carvalho e Silva (2003), pode-se definir uma política comercial como
sendo a aplicação de um conjunto de instrumentos de proteção nacional, no sentido
de favorecer o produtor nacional frente aos concorrentes estrangeiros.
A figura 1, a seguir, contempla alguns dos instrumentos de política comercial
mais relevantes, de acordo com Krugman, Obstfeld e Melitz (2015) e Silva e Car-
valho (2003).
Tarifa específica
Tarifa Aduaneira
Tarifa Ad Valorem
Subsídio específico
Subsídios à exportação
Subsídio Ad Valorem
Quotas de Importação
Política Comercial
Restrições Voluntárias das Exportações
Barreiras Burocráticas
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Desenvolveremos, nos tópicos a seguir, esses instrumentos mais relevantes de
política comercial.
Tarifa Aduaneira
A tarifa aduaneira representa um imposto, o qual é cobrado quando uma
mercadoria é importada. As tarifas podem ser classificadas em dois tipos: as tarifas
ad valorem e as tarifas específicas. Uma tarifa ad valorem é aquela cobrada
de acordo com o valor importado do produto. Por exemplo, se um notebook é
importado ao preço de $1000, a tarifa incide sobre um percentual do valor desse
aparelho. Já a tarifa específica é cobrada como um valor fixo para cada unidade
importada. Retomando o caso do notebook, independentemente do seu valor, a
tarifa cobrada pelo governo para a sua importação é determinada pelo número de
máquinas, por exemplo, $ 80 por aparelho.
A tendência de aumento dos preços para importação dos bens pode estimular
os produtores locais a elevarem a oferta do bem. Simultaneamente, parte dos
consumidores reduziria a importação e passariam a consumir os produtos gerados
no país importador. O resultado final esperado é que o preço do produto torne-se
equilibrado, acima do preço sob livre comércio internacional em função da restrição
da oferta externa que a imposição da tarifa teria gerado.
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Entretanto, nos anos de 1970, a política de preços mínimos garantidos provocou uma
explosão na quantidade ofertada de bens e os governos foram obrigados a estocar o
excedente e, posteriormente, revisar as normas do PAC para tentar equilibrar a oferta
e demanda de bens.
Vejamos alguns dados: a despesa média com alimentação das famílias da comunidade
europeia corresponde, em 2016, a 11% do que era gasto em 1962, ano da criação da
PAC (European Commission, 2016.). Conforme informações obtidas junto a European
Commission (2012), a despesa anual com a agricultura e o desenvolvimento rural em
2012 estava no patamar aproximado de 55 bilhões de euros, o que representava 45%
do orçamento total da comunidade europeia. Entretanto, em 1984, a proporção já
esteve em 72% do orçamento total.
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Tabela 1 - Importação de produtos agrícolas em 2015 (em milhões de euros)
País/Bloco Volume (em milhões de euros)
UNIÃO EUROPEIA (EU-28) 3.400
China 1.591
Estados Unidos 572
Japão 393
Rússia 232
Canadá 66
Fonte: European Comission (2015)
Entretanto, os subsídios à produção concedidos pelo PAC têm gerado conflitos de ordem
internacional pelo fato de não só reduzir a demanda por produtos agrícolas do mundo
todo, mas também gerar um desequilíbrio na oferta global desses produtos agrícolas,
pois afeta os seus respectivos preços internacionais.
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“os subsídios à produção agrícola nos EUA representam pelo menos duas
grandes barreiras ao crescimento do agronegócio brasileiro. Primeiramente,
porque os subsídios à produção interna dos EUA contribuem para
redução de suas importações de produtos agroindustriais, os quais, em
grande parte, são comprados do Brasil. Em segundo lugar, os EUA são
uma grande economia e, quando subsidiam a produção a ponto de gerar
excedentes exportáveis, há aumento da oferta dos produtos agrícolas no
mercado internacional. Assim, países exportadores agrícolas tradicionais,
como o Brasil, vendem menos e, portanto, obtêm menores receitas de
exportação. Destaca-se que países em desenvolvimento, especialmente
o Brasil, que é exportador líquido de produtos de origem agrícola, têm,
nessa atividade, uma fonte importante de geração e manutenção de
crescimento econômico” (FIGUEIREDO et al.,2010, p. 446.)
Quota de Importação
Conforme Carvalho e Silva (2003), uma quota de importação pode ser compre-
endida como a imposição de restrições quantitativas sobre o volume ou o valor das
importações (CARVALHO e SILVA, 2003, p. 70).
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Para maiores detalhes de como o processo de licenças pode ser efetivado, consultar Carvalho
Explor
Restrições Voluntárias
das Exportações (RVE)
As restrições voluntárias das exportações (RVE) ou acordos voluntários de
restrição às exportações representam um comprometimento do país exportador
em impor limites à exportação de produtos para determinado importador.
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Subsídios de Crédito à Exportação
O instrumento de subsídios de crédito à exportação representa um meio com
efeito similar a um subsídio à exportação, exceto pelo fato de não representar um
desembolso direto ou isenção fiscal do governo, mas sim, no empréstimo subsi-
diado pelo governo a empresas, desde que, em contrapartida, essas empresas se
comprometam à exportação dos bens.
Barreiras Burocráticas
Muitas vezes, as barreiras comerciais de um produto podem ser representadas pela
criação de dificuldades à sua importação: são as chamadas barreiras burocráticas.
Krugman, Obstfeld e Melitz (2015) citam um exemplo representativo desse tipo de
barreira, em relação ao decreto francês de 1982
“em que todos os gravadores videocassetes japoneses teriam de passar
pela alfândega de Poitiers (uma cidade do interior que não está nem perto
de ser um grande porto), o que limitou efetivamente as importações reais
para um punhado” (KRUGMAN, OBSTFELD e MELITZ, 2015, p.178).
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Barreiras Sanitárias
As barreiras sanitárias entram no grupo das barreiras não-tarifárias com fun-
cionamento normal da burocracia. Um exemplo emblemático ocorreu em 2005,
quando o Brasil teve parte de sua carne bovina barrada para exportação.
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Os impactos diretos e indiretos da doença são difíceis de mensurar. Uma série de apro-
ximações e pressuposições seria necessária, já que os efeitos podem compreender des-
de prejuízos decorrentes da redução nos preços dos negócios que continuariam sendo
realizados, limitação de exportação para alguns países, causando prejuízos econômicos
a todos os segmentos da cadeia produtiva, desgaste na credibilidade nacional quanto à
qualidade e sanidade dos rebanhos, até custos adicionais públicos e privados para adotar
as medidas necessárias para conter o foco e retomar o status.
(...)
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O período foi marcado por uma reorganização da exportação de carne bovina, entre
outros fatores, fazendo com que, mesmo com as barreiras sanitárias impostas, ainda
houvesse crescimento no volume total de exportação de carne bovina em 2005. Para
entender como o problema foi minimizado, acompanhe a reportagem extraída do portal
UOL em 16 de novembro de 2005, a qual contou com uma entrevista ao empresário
Antenor Nogueira, do Fórum Nacional de Carne da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA).
Os focos de febre aftosa em municípios de Mato Grosso do Sul “não vão comprometer as
estimativas do início do ano”, disse o empresário Antenor Nogueira, do Fórum Nacional
de Carne da CNA. Em 2004, o país faturou US$ 2,5 bilhões em vendas externas de
carne de gado, transformando-se assim no maior exportador mundial do produto. Nos
doze meses compreendidos entre novembro de 2004 e outubro de 2005, as vendas
se situaram em US$ 3,001 bilhões, resultado 28,8 % acima dos US$ 2,33 bilhões
registrados entre novembro de 2003 e outubro de 2004.
Segundo Nogueira, ocorreu agora uma reorganização do negócio. Os estados que não
puderam exportar devido ao embargo destinam sua produção ao mercado interno e os
demais estados criadores de gado abastecem o mercado externo.
Desde que foram detectados 22 focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e houve suspeita
de outros quatro casos - depois descartados - no Paraná, 49 países decretaram algum
tipo de embargo à carne brasileira.
Alguns clientes externos vetaram a carne de todo o país, enquanto outros se limitaram
a fechar seu mercado a cinco municípios do Mato Grosso do Sul e outros o estenderam
a vários estados. Nogueira admitiu, no entanto, que não fosse a aftosa, as exportações
brasileiras de carne teriam sido muito mais altas tanto em volume como em receitas.
Mato Grosso do Sul respondia, até o início da crise, por 40% das exportações de carnes
bovinas brasileiras.
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Em 2014, foi renovado por mais 50 anos a manutenção da Zona Franca de Manaus
(de 2023 a 2073). Por ser uma área que conta com amplo apoio fiscal, com o objetivo
original de desenvolvimento regional, tais incentivos geram desconforto para outros
países, os quais reclamam por serem subsídios que comprometem a competitividade
no restante do mundo. A Zona Franca de Manaus torna diversos produtos competitivos
em termos de custos. Em 2014, a União Europeia, Japão, Estados Unidos e Argentina
declararam abertamente o desconforto juntamente à OMC.
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Programa Inovar-Auto
No final de 2017, o Brasil foi condenado pela OMC pelo Programa de Incentivo à
Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores
(INOVAR-AUTO), criado a partir da Lei n. 12.715/12. O programa tem por objetivo
aumentar a competitividade do setor automotivo, a partir de incentivos a empresas que
investem em inovação tanto em veículos como em peças e produzem veículos com
maior segurança e eficiência energética. As empresas que atingissem as metas teriam
como incentivo a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Entre os
beneficiários estariam as empresas que produzissem veículos internamente, aquelas
que comercializassem estes veículos internamente e as empresas com projetos de
investimento para a produção de veículos no Brasil. Entretanto, junto ao pacote do
programa também veio o aumento de IPI pago pelos veículos importados em 30% além
dos 35% como tarifa aduaneira, entre outros pontos, o que gerou enorme contestação
de países importantes na produção de veículos, como o Japão, e pedidos de condenação
do programa.
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PADIS e PADTVD
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“as indústrias de equipamentos para a TV Digital e de componentes
eletrônicos semicondutores que estiverem enquadradas nas regras da
Lei 11.484 terão isenção de imposto de renda e redução a zero das
alíquotas do PIS/Pasep, Cofins, IPI e Cide. A lei também prevê redução
a zero da alíquota do imposto de importação incidente sobre máquinas e
equipamentos comprados pelas empresas para incorporação em seu ativo
imobilizado” (ANPEI, 2017).
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(...)
Pela lei, a redução atual de 80% do IPI vigente para o setor de informática,
que valeria até o fim de 2014, passará a valer até 2024. Depois disso, até
2029, haverá um desconto menor. Em 2025 e 2026, a redução será de
75%; e, de 2027 a 2029, passará para 70%. A extinção do benefício está
prevista para 2029, dez anos a mais que o prazo atual de vigência (2019).
Considerações Finais
Neste momento, a unidade se encerra tendo cumprido seus objetivos principais,
quais sejam, o de apresentar os principais instrumentos de política comercial, bem
como situar a política comercial do Brasil no contexto histórico recente de emba-
tes com países que reclamam diversos posicionamentos do governo brasileiro no
aspecto de incentivos para elevar a competitividade e o interesse das empresas em
produzirem e desenvolverem tecnologia em solo tupiniquim.
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UNIDADE Instrumentos de Política Comercial
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
OMC condena política industrial do Brasil e pede revisão de incentivos
https://goo.gl/3QdlV4
União Europeia contesta Zona Franca de Manaus na OMC
https://goo.gl/sjysog
Inovar Auto
https://goo.gl/XMC7ny
Publicada lei que prorroga benefícios da Lei de Informática até 2029
https://goo.gl/66YBjC
PADIS e PADTVD
https://goo.gl/7Z7J3o
Política Agrícola Comum (União Europeia)
https://goo.gl/XvLhlS
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Referências
ALVARENGA, D. Entenda por que a OMC condenou o Brasil e quais os
setores impactados. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/
entenda-por-que-a-omc-condenou-o-brasil-e-quais-os-setores-impactados.ghtml
(Acesso em 10 set. 2017)
ANPEI. Padis e Patvd: leis de Incentivo. Disponível em: http://anpei.org.br/leis-
de-incentivo/padis-patvd/. Acesso em 5 out. 2017.
BRASIL. Lei Nº 8248, de 23 de Outubro de 1991. Brasília: Senado, 1991.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8248.htm>. Acesso
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BRASIL. Publicada lei que prorroga benefícios da Lei de Informática até 2029.
2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/
ECONOMIA/472790-PUBLICADA-LEI-QUE-PRORROGA-BENEFICIOS-DA-
LEI-DE-INFORMATICA-ATE-2029.html>. Acesso em 02 out. 2017.
CARVALHO, M. A. V.; SILVA, C. R. L. Economia Internacional. 3ª. ed. São
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FIGUEIREDO et al. Impactos dos subsídios agrícolas dos Estados Unidos na
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467, 2010.
KRUGMAN, P.R.; OBSTFELD, M.; MELITZ, M.J. Economia Internacional. São
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SILVA, T. G. R da; MIRANDA, S.H.G de. A febre aftosa e os impactos econômicos
no setor de carnes. CEPEA, 2006. Disponível em: <https://www.cepea.esalq.
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ponível em: <https://noticias.uol.com.br/ultnot/2005/11/16/ult1767u54699.
jhtm>. Acesso em 03 set. 2017.
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