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Material Teórico
Introdução à Macroeconomia
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Introdução à Macroeconomia
• Introdução
• O Nascimento da Macroeconomia
• Objetivos da Macroeconomia
• Instrumentos da Macroeconomia
• Oferta e Demanda Agregada
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Iniciar o estudo da teoria macroeconômica falando, primeiramente
do contexto histórico em que surgiu essa teoria e quais eram os seus
objetivos. Vamos estudar além do surgimento da Macroeconomia;
os seus conceitos básicos; os instrumentos da macroeconomia e a
definição do que é Oferta e Demanda agregada.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas, dentre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Introdução à Macroeconomia
Contextualização
Você, com certeza, em algum momento já se deparou com uma notícia ligada
ao cenário econômico do nosso país que dizia: “Inflação pelo IPC-Fipe recua para
0,46% em abril”; “Produção industrial avança em março, mas recua 11,7% no 1º
trimestre”; “Mercado projeta melhora para atividade econômica no próximo ano”;
“Ajuste fiscal pode ampliar desigualdade, avalia pesquisador”; “O FMI aumentou
a projeção de queda da economia brasileira, este ano, de 1% para 3,5%”; “As
incoerências da atual política macroeconômica”. “Governo vê avanço de 0,58%
para o PIB no segundo trimestre desse ano”. O que essas manchetes têm em
comum? Todas estão falando de questões ligadas à Macroeconomia. São siglas,
porcentagens, expressões que poucos dominam ou sabem o que representam.
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Introdução
Mas afinal, o que é Macroeconomia?
De acordo com Mankiw (2008), a Macroeconomia é o estudo da economia
em sua totalidade, incluindo o crescimento em termos de renda, as variações
nos preços e na taxa de desemprego. Procura oferecer políticas para melhorar
o desempenho econômico e explicar os eventos econômicos. Blanchard (2007)
define a Macroeconomia como o estudo de variáveis econômicas agregadas. Já
Krugman e Wells (2007), no glossário de seu livro, definem Macroeconomia
como o ramo da economia que trata da expansão e da retração da economia
em geral. Froyen (2005) define a Macroecnomia como o estudo dos “negócios
comuns da vida” de forma agregada, isto é, observando o comportamento da
economia. Dornbusch e Fischer (2006) colocam que a Macroeconomia trata do
comportamento global da economia com períodos de recessão e recuperação.
Em Síntese Importante!
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O Nascimento da Macroeconomia
Em se tratando do surgimento da nossa disciplina é muito importante relatar
o que aconteceu após a crise de 1929 que foi um marco no desenvolvimento da
Macroeconomia. Veja só por quê:
Importante! Importante!
Numa conceituação mais ampla, mercado pode ser entendido como uma construção
social, como um espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais
ou informais), onde são emitidos sinais (por exemplo, os preços) que influenciam as
decisões dos atores envolvidos.
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· Mercado de bens e serviços: eram estabelecidos as quantidades e
os preços de equilíbrio de bens e serviços em mercados individuais: o
somatório de todos os mercados de bens e serviços resultava em um
grande hipotético mercado, cujas leis de oferta e procura determinavam o
produto da economia (quantidades totais) e o nível geral de preços (uma
espécie de índice de preço médio de todas as mercadorias e serviços).
· Mercado de moeda: eram estabelecidas as quantidades totais de moeda
em circulação e a taxa de juros (o preço do dinheiro). No passado, era
vigente o padrão ouro, ou seja, toda moeda em circulação deveria estar
lastreada (assegurada, respaldada, duplicada) por igual quantidade
de ouro em depósito ao governo. Isto dava certa rigidez à quantidade
de moeda que poderia circular e ser emitida. Havia também a Teoria
Quantitativa da Moeda (TQM), ou seja, a noção de que a quantidade de
produto gerado ao longo de um ano na economia tinha forte correlação
com a quantidade de moeda existente.
· Mercado de câmbio: em função do padrão ouro, as transações
internacionais eram feitas fisicamente com este metal. Cada país fixava o
preço de suas mercadorias na sua moeda interna e esta tinha uma base
fixa de troca por ouro.
· Mercado de títulos: era pouco sofisticado, envolvia principalmente os
títulos emitidos pelos governos. Nesses mercados eram estabelecidas as
quantidades totais de títulos negociados e o seu preço. Existiam ainda as
operações bancárias simples como empréstimos e desconto de duplicatas.
O equilíbrio entre os agentes superavitários da economia e os deficitários
se realizava nos mercados de títulos de maneira simples, por meio da
Teoria dos Fundos Emprestáveis.
A TFE tem origem no trabalho de Irving Fisher (1930) que analisou a determinação da taxa
Explor
de juros numa economia verificando a razão pela qual os indivíduos poupam (isto é, não
consomem toda a sua renda ou recursos correntes) e porque outros tomam emprestado.
Um economista famoso, Jean Baptiste Say criou uma máxima, segundo ele a
oferta gera a sua própria demanda. A economia sempre estaria em equilíbrio e em
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pleno emprego à medida que houvesse produção, ou seja, tudo que é produzido é
vendido. Conhecida como a Lei de Say, em suma, eis a;
Lei de Say: a oferta (venda) de X cria a demanda por (pela compra de) Y.
Pela teoria clássica a partir da Adam Smith, Mills, Marshall e Say os vários
mercados buscariam o equilíbrio e haveria sempre o pleno emprego, teoricamente.
Como vimos, políticas econômicas que por ventura viessem a ser aplicadas
seguindo essa lógica só iriam aprofundar a crise. Dois fatores, entretanto tornaram
possível a recuperação econômica na época:
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a) assessores econômicos no governo que acreditavam que este deveria ser
um papel preponderante da economia, tomando suas rédeas, intervindo,
promovendo o consumo e o investimento;
b) o outro fator foi o prenúncio da Segunda Guerra Mundial que determinou
um aumento na demanda em decorrência dos preparativos para a Guerra.
Macroeconomia Moderna
Alguns fatores condicionaram o surgimento dessa
nova disciplina no campo da economia. Keynes
participou de grandes acordos internacionais que
visavam às reparações de guerra do primeiro confli-
to mundial de 1914 a 1918. Embalado pela efer-
vescência acadêmica de sua posição na Universida-
de de Cambridge (ocupava a mesma cátedra que
tinha tido como titular Alfred Marshall) testemunhou
a amigos que acreditava estar escrevendo algo que
revolucionaria a teoria econômica até então.
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Objetivos da Macroeconomia
Os principais objetivos da macroeconomia, ou digamos, da política
macroeconômica, são aqueles que visam estabilizar as variáveis abaixo, determinar
seu crescimento, atingir metas que possam ser consideradas saudáveis, como certo
nível de desemprego etc.
·· Produto Interno Bruto (PIB).
·· Taxa de inflação.
·· Taxa de juros.
·· Taxa de Câmbio.
·· Taxa de desemprego.
Importante! Importante!
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Taxa de Inflação
A inflação é uma elevação sustentada do nível geral de preços na economia
(nível de preços). A taxa de inflação é um percentual que mede a variação de
preços durante um determinado período de tempo, mensal, semestral, anual,
por exemplo.
Taxa de juros
Em sua essência, são os preços que vinculam o presente ao futuro, ou seja,
é a taxa de crescimento do capital ou ainda, a taxa de lucratividade recebida
num investimento.
Taxa de câmbio
É o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou gerações da moeda
nacional. No caso do Brasil, a moeda estrangeira mais negociada é o dólar norte
americano e a cotação mais utilizada é referenciada nessa moeda.
A taxa de câmbio real corresponde ao preço relativo dos bens de dois países.
Portanto, a taxa de câmbio real nos informa a taxa com a qual podemos trocar
bens de um país por bens de outro país. Essa taxa é também denominada, às vezes,
de termos de comércio ou termos de troca.
Taxa de desemprego
O desemprego é um dos problemas macroeconômicos mais preocupantes, pois
afeta as pessoas de modo mais direto e cruel. Não é surpreendente que a questão
do desemprego seja um tópico frequente no debate político.
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Lei de Okun
Arthur Okun foi um economista americano que desenvolveu essa teoria quando
trabalhava no Comitê de Conselheiros Econômicos do presidente norte americano
John Kennedy. É uma teoria que relaciona o crescimento do Produto Interno Bruto
à variação do desemprego. É uma relação inversa, segundo a qual existe uma
relação linear entre as mudanças na taxa de desemprego e o crescimento do PIB:
a cada ponto percentual de diminuição do desemprego, o PIB real cresce em
3%. Essa lei está baseada em dados da década de 1950 e é válida para taxas de
desemprego entre 3 e 7,5%.
Tendo como base o que vimos, podemos concluir que a política macroeconômica
tem como objetivos principais atingir a menor taxa de desemprego possível, buscar
manter a taxa de inflação no menor patamar possível, procurar uma distribuição de
renda mais justa e estimular a economia visando o crescimento econômico.
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Instrumentos da Macroeconomia
Como acabamos de ver, a macroeconomia tem objetivos complexos e para
atingir esses objetivos a política macroeconômica conta com alguns instrumentos.
Política Fiscal
Corresponde a todos os instrumentos de que o governo dispõe para a
arrecadação de tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de
gastos). É fundamental que a política fiscal seja controlada por regras fixas, como
por meio de uma exigência constitucional de um orçamento equilibrado, ou pelos
critérios dos formuladores de politicas.
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Política Monetária
A política monetária consiste na atuação do governo, por intermédio do Banco
Central (Bacen) sobre a quantidade de moeda e títulos públicos que circulam no
mercado e, em geral, as condições de crédito.
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A política monetária expansionista ocorre quando houver uma redução no
percentual dos depósitos compulsórios, recompra de títulos ou diminuição da
regulamentação do mercado de crédito, com redução da taxa de juros.
Importante! Importante!
O Banco Central é o instrumento pelo qual o governo federal controla o sistema financeiro
do país, logo, é por intermédio dele que o governo intervém na economia. Portanto é
papel do Banco Central zelar pela estabilidade da moeda por meio do controle dos meios
de pagamento. Essa estabilidade consiste na manutenção do seu valor, tanto em relação
às moedas estrangeiras, por meio da taxa de câmbio, como com relação às mercadorias
produzidas no país.
É bom deixar claro: Uma taxa de câmbio elevada quer dizer que o preço da
moeda estrangeira está elevado, no nosso caso o dólar, ou que a moeda nacional, o
real, está desvalorizada; por outro lado quando usamos a expressão desvalorização
cambial, queremos dizer que a taxa de juros aumentou, mais reais por unidade para
adquirir uma unidade de moeda estrangeira.
Outra forma recorrente pela qual expressamos essa relação moeda nacional-
moeda estrangeira é a seguinte:
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UNIDADE Introdução à Macroeconomia
Outro fator que influi na política comercial é a taxa de câmbio, por exemplo:
A apreciação cambial (quando há uma queda nos preços estrangeiros, queda do
preço do dólar), isso reduz a competitividade dos produtos brasileiros no exte-
rior, dificultando as exportações brasileiras. Por outro lado, uma depreciação cam-
bial, aumento do valor do dólar em relação ao real, aumenta a competitividade
dos produtos brasileiros no exterior e pode influenciar positivamente as exporta-
ções brasileiras.
Política de Rendas
É a política exercida pelo governo que visa estabelecer controles sobre a
remuneração dos fatores diretos de produção envolvidos na economia do país,
podemos citar como exemplos dessa política aquelas que afetam salários,
depreciações, lucro, dividendos e preços de produtos intermediários e finais.
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relacionada com o total da produção, PIB (Produto Interno Bruto) de um país
quando os seus níveis de estoque são estáveis.
A Oferta Agregada pode ser representada num gráfico em que num dos eixos
é representado o nível geral de preços (P) e no outro o produto (ou PIB) real
(Q). Neste gráfico, a Oferta Agregada surgirá como uma curva com inclinação
positiva, o que significa que a quantidade que as empresas desejam produzir e
vender aumenta quando aumenta o nível geral de preços.
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Mas longo prazo? Curto prazo? Como podemos determinar o que é longo ou
curto no decorrer do tempo? Vamos lá!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Economia
Noções básicas de Macroeconomia, Produto Agregado, PIB, Política Fiscal, Política
Monetária, Políticas Cambial e Comercial, Fluxo Circular de Renda.
https://goo.gl/blTiFh
Economia
Setor Externo: Globalização, Transações Comerciais Internacionais, Taxa de Câmbio,
Regimes de Câmbio Fixo e Flutuante.
https://goo.gl/2ysdLa
Livros
Macroeconomia
PARKIN, Michael. Macroeconomia. 5 ed. São Paulo: Addison Wesley, 2003.
Macroeconomia
ABEL, A; B.; BERNANKE, B. S.; CROUSHORE, D. Macroeconomia. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2008.
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Referências
BLANCHARD, O. J. Macroeconomia. 4. ed. , v. ,São Paulo: Prentice Hall, 2007.
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