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Economia e Mercados
Economia e Mercados
Autor: Waldemir Luiz de Quadros
Como citar este documento: QUADROS, Waldemir Luiz de. Economia e Mercados. Valinhos, 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Introdução à Economia 04
Unidade 2: O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial 37
Unidade 3: Princípios de Economia Internacional 76
Unidade 4: Políticas Macroeconômicas 113
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Apresentação da Disciplina
Objetivos
1. A Aula 1 tem por objetivo apresentar uma introdução ao estudo da teoria econômica.
Inicialmente, à guisa de introdução, são apresentados a definição de economia e os conceitos
de escassez de recursos produtivos e das necessidades humanas de consumo. O item 2 é
todo dedicado à análise de conceitos básicos da teoria econômica: a existência de tradeoffs
(dilemas); os custos de oportunidade; a racionalidade econômica; os ganhos comerciais; as
funções do governo; o fluxo circular da renda; a fronteira de possibilidade de produção.
2. Em seguida, no item 3, aprofunda-se o estudo do funcionamento dos mercados
competitivos, com destaque para a análise: das características dos mercados
competitivos; da demanda de mercado; da oferta de mercado; do equilíbrio de mercado;
das elasticidades da demanda; das elasticidades da oferta; das políticas de controle de
preços; da eficiência econômica e do bem-estar social; dos custos da tributação.
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Unidade 1
Introdução à Economia
Objetivos
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1. Introdução
“A Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir
bens e serviços que possuem valor para distribuí-los entre indivíduos diferentes” (SAMUELSON;
NORDHAUS, p. 3).
Link
O professor Paul Anthony Samuelson (1915 – 2009), primeiro americano a receber o prêmio Nobel
em Economia (1970), escreveu, em 1948, o livro Economics (“Economia”) que, desde então, ensina os
fundamentos da ciência econômica à maioria dos estudantes de economia em todo o mundo. Você
pode ter acesso online ao Capítulo 1, Conceitos Centrais da Economia, da 19ª edição do livro publicada
no Brasil, acessando e se cadastrando no site da editora: http://loja.grupoa.com.br/ . Acesso em: 23
Fevereiro de 2017.
A existência de escassez de recursos e o desejo de eficiência no uso dos recursos para produzir
bens e serviços que atendam às necessidades humanas “ilimitadas” de consumo são
conceitos centrais da ciência econômica.
Link
“A crise do plano cruzado (artigos publicados pela imprensa)”, publicado na Revista de Economia Política
(REP), vol.7, nº 2, abril-junho de 1987. Disponível em: <http://www.rep.org.br/pdf/26-10.pdf>.
Acesso em: 17 set. 2014.
Curva de indiferença: Representa todas as combinações possíveis de vários produtos que, para o
consumidor, têm a mesma escala de preferência. Por exemplo, tomando-se duas mercadorias A e B, a preços
fixos, combinam-se as quantidades de cada uma, estabelecendo-se os pontos em que, para o consumidor, é
indiferente adquirir uma ou outra combinação de quantidades de A e B (SANDRONI, p. 299).
Economia mista: É a característica de funcionamento das economias dos países no mundo atual, uma
combinação de empresas privadas que funcionam por meio do mercado, com a intervenção do governo
na economia através de regulação, tributação e programas de gastos públicos e transferências de renda
(SAMUELSON; NORDHAUS, p. 21).
proclamando a mais absoluta liberdade de produção e comercialização de mercadorias. O lema foi cunhado
pelos fisiocratas franceses no século XVIII, mas a política do laissez-faire foi praticada e defendida de modo
radical pela Inglaterra, que estava na vanguarda da produção industrial e necessitava de mercados para seus
produtos. Essa política opunha-se radicalmente às práticas corporativistas e mercantilistas, que impediam
a produção em larga escala e resguardavam os domínios coloniais. Com o desenvolvimento da produção
capitalista, o laissez-faire evoluiu para o liberalismo econômico, que condenava toda intervenção do Estado
na economia”. (SANDRONI, p. 329).
Tradeoff: Termo que, em economia, significa uma situação em que os agentes enfrentam situações de
escolhas conflitantes (MANKIW, p. 4).
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Considerações Finais (1/3)
Escassez de recursos e eficiência no uso desses recursos para produzir bens e
serviços são conceitos centrais da ciência econômica.
Custo de oportunidade é tudo o que se renuncia para obter uma coisa.
Os agentes econômicos têm um comportamento racional, somente
executando uma ação se o benefício marginal exceder seu custo marginal.
Na economia de mercado os recursos são alocados por meio das decisões
tomadas por muitas empresas e famílias quando efetuam as trocas
comerciais.
Na realidade, em todos os países temos economias mistas, uma combinação
de economia de mercado com intervenção do governo na economia.
O fluxo circular da renda mostra que o dinheiro circula pelos mercados entre
as famílias e as empresas.
A fronteira de possibilidades de produção mostra as várias combinações de
bens que a economia pode produzir com os fatores de produção disponíveis.
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Considerações Finais (2/3)
O mercado “perfeitamente competitivo” possui um número muito grande de
compradores e vendedores, de modo que nenhum comprador ou vendedor
individualmente tem poder de influenciar de forma significativa os preços.
A lei da demanda afirma que, ceteris paribus, a quantidade demandada de um
bem aumenta quando seu preço diminui.
A lei da oferta afirma que, ceteris paribus, a quantidade ofertada de um bem
aumenta quando seu preço aumenta.
Elasticidade-preço da demanda é a variação percentual da quantidade demandada
de um bem em consequência do aumento de 1% no preço desse bem.
Elasticidade-renda de demanda é a variação percentual da quantidade
demandada de um bem em consequência do aumento de 1% na renda do
comprador.
Elasticidade-preço da oferta é a variação percentual da quantidade ofertada de
um bem quando ocorre um aumento de 1% no preço do bem.
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Considerações Finais (3/3)
Quando o governo fixa um preço máximo para um bem, abaixo do preço de
equilíbrio, a tendência é o aparecimento de escassez do bem no mercado.
Quando o governo fixa um preço mínimo para um bem, acima do preço de
equilíbrio, a tendência é o aparecimento de um excedente do bem no mercado.
O equilíbrio em um mercado competitivo garante alcançar a máxima
eficiência econômica e o máximo bem-estar.
A máxima eficiência econômica não significa uma distribuição equânime do
produto entre os membros da sociedade.
O governo pode melhorar a equidade, mas então surge o tradeoff entre
eficiência e equidade.
A curva de demanda de um consumidor representa o resumo de suas decisões
ótimas de consumo, dada a sua restrição orçamentária e as suas curvas de
indiferença (desejos de consumo).
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Referências
a) Guiados pelo sistema de preços, os agentes econômicos agem no mercado com o desejo de
maximizar o bem-estar econômico de toda a sociedade.
b) Os agentes econômicos racionais pensam marginalmente, somente executando uma ação
se o benefício marginal exceder seu custo marginal.
c) Os recursos produtivos são eficientemente alocados por meio das decisões tomadas por
muitas empresas e famílias quando efetuam as trocas comerciais.
d) O custo de oportunidade de alguma coisa representa tudo o que se renuncia para obtê-la.
e) No modelo do fluxo circular da renda, nos mercados de bens e serviços, as empresas são as
vendedoras e as famílias são as compradoras.
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Questão 2
2. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação ao funcionamento
dos mercados competitivos:
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Questão 3
3. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação à elasticidade-
-preço da demanda:
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Questão 4
4. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação à elasticidade-
preço da oferta:
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Questão 5
5. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação aos conceitos de
eficiência econômica e equidade social:
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Gabarito
1. Resposta: A. 3. Resposta: B.
2. Resposta: C. 4. Resposta: D.
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Gabarito
5. Resposta: E.
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Unidade 2
O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial
Objetivos
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1. Introdução
Os economistas assumem que o objetivo 2. Custos de Produção
principal da empresa é a maximização do
lucro. O lucro da empresa é definido como 2.1 Os Custos Econômicos
o resultado da diferença entre a receita
total e o custo total da empresa. O conceito econômico dos custos de
A receita total da empresa é o montante de produção inclui os custos de oportunidade
recursos monetários que a empresa recebe dos recursos utilizados e pode ser
pela quantidade vendida de sua produção decomposto em (MANKIW, p. 244-246):
no mercado.
• Custos explícitos: são os custos dos
O custo total da empresa é a soma do valor insumos utilizados na produção que
de mercado dos insumos que a empresa exigem pagamento em dinheiro
usa na produção. A análise dos custos de por parte da empresa. Esse é o
produção é de fundamental importância conceito de custos considerado pela
para entender a formação do lucro e as
contabilidade.
decisões de oferta da empresa. E, como
veremos a seguir, a análise econômica dos • Custos implícitos: são os custos de
custos de produção da empresa é diferente oportunidade dos insumos que não
da análise mais conhecida e desenvolvida exigem pagamento em dinheiro por
pela contabilidade. parte da empresa. Exemplo: o valor do
39/154 Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial
tempo e do dinheiro do empresário 2.2 A Função de Produção
aplicado na empresa e que não foi
aplicado em outra atividade. A função de produção mostra a quantidade
máxima de um bem que pode ser produzida
• Custo total: resultado da soma dos
com uma dada quantidade de fatores de
custos explícitos com os custos
produção. Considera-se que, no curto
implícitos. Esse é o conceito de custo
prazo, a tecnologia é dada e a variação da
total da análise econômica.
produção é função apenas da mudança do
Como consequência, temos também dois número de trabalhadores (SAMUELSON;
conceitos de lucro da empresa: NORDHAUS, p. 95).
• Lucro contábil = receita total - custo A partir da função de produção deriva-
explícito total. se o conceito de produto marginal de
• Lucro econômico = receita total - um insumo, o qual mostra o aumento da
custo total. produção que resulta de uma unidade
adicional do insumo. Segundo a lei dos
O lucro econômico é menor que o lucro
rendimentos decrescentes, mantendo-
contábil. Para o economista, o objetivo
se constantes todos os demais fatores
da empresa é a maximização do lucro
de produção, a produtividade marginal
econômico.
40/154 Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial
de um insumo (trabalho, por exemplo) • Custo total (CT): somatório do custo
é decrescente à medida que aumenta fixo com o custo variável.
a quantidade utilizada desse insumo • Custo fixo médio (CFM): Custo fixo /
(SAMUELSON; NORDHAUS, p. 96). Quantidade produzida.
Link
O equilíbrio de Nash foi formulado pelo matemático norte-americano John Forbes Nash Jr., ganhador do
prêmio Nobel de Economia de 1994, que teve sua vida retratada no filme Uma Mente Brilhante. Você pode
conhecer melhor seu trabalho lendo o artigo escrito por Uwe Haneke e Vitória Saddi: “Prêmio Nobel de
Economia de 1994: Contribuições de Nash, Harsanyi e Selten à Teoria dos Jogos”. São Paulo: Revista de
Economia Política (REP), vol.15, nº 1 (57), janeiro-março/1995. Disponível em: <http://www.rep.org.
br/pdf/57-3.pdf>. Acesso em: 17 set. 2014.
Markup: Termo em inglês que significa a diferença entre o custo total de produção de um produto e seu
preço de venda ao consumidor final (SANDRONI, p. 368).
Truste: Estrutura empresarial na qual várias empresas combinam-se ou fundem-se para assegurar o
controle do mercado em que atuam, estabelecendo preços elevados que lhes garantam elevadas margens
de lucro (SANDRONI, p. 616).
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Considerações Finais (1/5)
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Considerações Finais (2/5)
No curto prazo, o custo total, o custo variável médio e o custo marginal
costumam aumentar quando a produção aumenta por causa da
produtividade marginal decrescente.
A empresa competitiva maximiza o lucro quando a quantidade
produzida está no nível em que o custo marginal é igual ao preço.
No longo prazo, o lucro econômico é zero, mas o lucro contábil é
positivo e suficiente para remunerar o proprietário por seus custos de
oportunidade.
Uma empresa é um monopólio quando é a única vendedora de um
produto que não tem substitutos próximos no mercado.
A principal causa do aparecimento dos monopólios são as barreiras à
entrada de outras empresas para concorrer no mercado.
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Considerações Finais (3/5)
No monopólio, a quantidade de equilíbrio é inferior ao nível que
maximiza os excedentes do consumidor e do produtor, logo ocorre
ineficiência econômica, perda do excedente total (peso morto) e perda
de bem-estar social.
A discriminação de preços pode aumentar a eficiência econômica ao
fazer com que aumente a quantidade produzida e vendida do bem, mas
todo o excedente vai para o monopolista.
O governo pode intervir nos mercados monopolistas para aumentar
o bem-estar de várias maneiras: lei antitruste; regulamentação;
empresas estatais.
O mercado de concorrência monopolística situa-se entre a
concorrência perfeita e o monopólio, e apresenta três características
principais: número elevado de vendedores; produtos diferenciados; não
existem barreiras à entrada.
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Considerações Finais (4/5)
De maneira diferente do mercado competitivo, mesmo no longo prazo,
a empresa monopolisticamente competitiva apresenta capacidade
ociosa e preço com markup sobre o custo marginal.
Oligopólio é uma estrutura de mercado em que um número pequeno
de vendedores oferece produtos similares ou idênticos.
Os oligopolistas gostariam de obter lucros monopolistas, mas isso
geralmente não é possível por que: a) o acordo (cartel) entre os
oligopolistas é considerado crime pela legislação antitruste; b) os
conflitos entre os membros de um oligopólio sobre como dividir o
lucro do mercado tornam muito difícil chegar a um acordo que seja
cumprido por todos.
O equilíbrio do oligopólio pode configurar um “equilíbrio não
cooperativo” (“equilíbrio de Nash”), situação em que um oligopolista
escolhe sua ação independentemente da ação dos outros oligopolistas.
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Considerações Finais (5/5)
O equilíbrio do oligopólio pode também configurar um “equilíbrio com
cooperação tácita”, pois a perspectiva de competir por um período
prolongado pode favorecer que as empresas limitem suas produções,
de modo a aumentar os preços e os lucros do oligopólio como um todo.
Na realidade, a tendência é o oligopólio produzir uma quantidade
maior do que o monopólio e menor do que o mercado competitivo, com
preço inferior ao preço do monopólio e superior ao preço competitivo.
A tendência é o oligopólio não atingir o equilíbrio do mercado
competitivo, logo ocorre redução do bem-estar social, produção
de uma quantidade menor que a socialmente desejável e preços
superiores ao custo marginal.
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Referências
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 2011, 2ª edição.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: Cengage, 2013, 6ª edição.
PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel. Microeconomia. São Paulo: Pearson, 2010, 7ª edição.
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D. Economia. São Paulo: McGraw-Hill, 2012, 19ª
edição.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Círculo do Livro, 1999.
a) O custo total costuma aumentar quando a produção aumenta por causa do produto
marginal decrescente.
b) O custo fixo médio sempre aumenta à medida que a produção aumenta.
c) A empresa geralmente apresenta custos decrescentes durante algum tempo antes dos
custos começarem a aumentar com o aumento da produção.
d) O custo variável médio costuma aumentar quando a produção aumenta por causa do
produto marginal decrescente.
e) O custo marginal costuma aumentar quando a produção aumenta por causa do produto
marginal decrescente.
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Questão 2
2. Com relação ao equilíbrio da empresa competitiva no curto prazo, indi-
que a alternativa incorreta:
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Questão 3
3. Com relação ao monopólio, indique a alternativa incorreta:
a) O monopolista é o único produtor em seu mercado, logo sempre poder impor preços
maiores para vender uma quantidade maior.
b) A principal causa do aparecimento dos monopólios são as barreiras à entrada de outras
empresas para concorrer no mercado.
c) A empresa monopolista maximiza o lucro produzindo a quantidade em que a receita
marginal iguala o custo marginal.
d) A empresa monopolista é “fazedora do preço” de mercado, ou seja, a empresa determina o
preço de oferta do produto.
e) No monopólio, o preço de equilíbrio é maior que o custo marginal, o que faz com que a
quantidade do bem seja menor do que a do mercado competitivo.
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Questão 4
4. Com relação à competição monopolística, assinale a alternativa incorreta:
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Questão 5
5. Com relação ao oligopólio, assinale a alternativa incorreta:
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Gabarito
1. Resposta: B. 3. Resposta: A.
5. Resposta: D.
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Unidade 3
Princípios de Economia Internacional
Objetivos
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Unidade 3
Princípios de Economia Internacional
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1. Introdução
Link
Você pode aprofundar seu conhecimento sobre o Balanço de Pagamentos do Brasil lendo a publicação do Banco Central
do Brasil: Notas Metodológicas – Balanço de Pagamentos, disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?ecoimprensa>.
Acesso em: 17 set. 2014.
Livre-comércio: Doutrina econômica segundo a qual o fluxo de mercadorias e serviços entre os países
não deve ser submetido a tarifas, a restrições quantitativas, ou a quaisquer outros impedimentos criados ou
encorajados por intervenção governamental direta (SANDRONI, p. 351).
Protecionismo: Doutrina econômica que defende a adoção de um sistema de tarifas ou cotas para
restringir o fluxo das importações, com base em argumentos não econômicos (defesa da agricultura e
indústria por razões de segurança nacional, etc.) e em justificativas econômicas (desenvolvimento de novas
indústrias no país, defesa do nível de emprego, etc.). (SANDRONI, p. 504-505).
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Considerações Finais (1/4)
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Considerações Finais (2/4)
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 2011, 2ª edição.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: Cengage, 2013, 6ª edição.
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D. Economia. São Paulo: McGraw-Hill, 2012, 19ª
edição.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Círculo do Livro, 1999.
a) Um país tem vantagem absoluta na produção de um bem se o seu custo de produção for
menor do que o custo de produção do outro país.
b) A vantagem comparativa avalia a capacidade do produtor de um país em produzir um bem
com custo de oportunidade menor que o produtor de outro país.
c) Segundo a teoria da vantagem comparativa, todo país pode ganhar com o comércio,
especializando-se na produção e exportação dos bens que produz com um custo
relativamente menor.
d) Segundo a teoria da vantagem comparativa, todo país pode ganhar com o comércio,
importando os bens que produz com um custo relativamente maior.
e) Segundo a teoria das vantagens comparativas, o comércio entre dois países não pode ser
benéfico para ambos os países se um dos países tiver vantagem absoluta na produção de
todos os bens.
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Questão 2
2. Considere um país (economia pequena) onde o preço doméstico de
um bem é menor do que o preço mundial. Assinale a alternativa incorreta
sobre os impactos esperados sobre a economia do país se ingressar no
livre-comércio:
a) Por ter vantagem comparativa, a tendência é o país tornar-se exportador desse bem.
b) O preço mundial do bem diminui até igualar-se ao preço doméstico.
c) Ao preço mundial, aumenta a quantidade do bem ofertada internamente.
d) Ao preço mundial, cai a quantidade do bem demandada internamente.
e) A quantidade exportada do bem é igual à diferença entre a quantidade ofertada
internamente e a quantidade demandada internamente ao preço mundial.
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Questão 3
3. Considere um país (economia pequena) onde o preço doméstico de um
bem é maior do que o preço mundial. Assinale a alternativa incorreta sobre
os impactos esperados sobre a economia do país se ingressar no livre-co-
mércio:
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Questão 4
4. Supondo uma taxa de câmbio nominal e = US$ 1,00 / R$ 1,00, indique a
alternativa incorreta:
a) A taxa de câmbio nominal mede a relação de troca dos bens e serviços do país pelos bens e
serviços de outro país.
b) A apreciação da taxa de câmbio ocorre quando aumenta o valor da taxa de câmbio.
c) A apreciação da taxa de câmbio ocorre quando aumenta o valor do R$ em relação ao US$.
d) A depreciação taxa de câmbio ocorre quando diminui o valor da taxa de câmbio.
e) A depreciação da taxa de câmbio ocorre quando cai o valor do R$ em relação ao US$.
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Questão 5
5. Com relação ao funcionamento do mercado de fundos de empréstimos
de uma economia aberta, indique a alternativa incorreta:
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Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: D.
Objetivos
A demanda de moeda (DM) é a quantidade de riqueza que as pessoas querem manter em forma
líquida. DM depende de P e de “outras coisas” (renda real Y e taxa de juros r): (a) DM aumenta
quando P aumenta: é necessário mais moeda para comprar a mesma quantidade de bens e
serviços; (b) DM aumenta quando Y aumenta (DM para transação): o aumento da quantidade de
bens e serviços torna necessária uma maior quantidade de moeda para realizar as transações,
ao mesmo nível de P; (c) DM diminui quando r aumenta (DM para especulação): aumenta a
demanda dos agentes por aplicações em títulos que rendem juros e cai a parcela da DM que
não é necessária para realizar as transações de bens e serviços (MANKIW, p. 617-618; 724-726;
SAMUELSON; NORDHAUS, p. 407-408).
Open Market: Mercado (aberto) no qual o Banco Central regula o fluxo da moeda comprando e vendendo
títulos da dívida pública (SANDRONI, p. 380).
Pleno emprego: Situação em que a demanda de trabalho é igual ou inferior à oferta. Isso significa que
todos os que desejarem vender sua força de trabalho pelo salário corrente terão condições de obter um
emprego. A noção de pleno emprego é compatível com a existência de um nível baixo de desemprego (taxa
natural de desemprego) (SANDRONI, p. 474-475).
Taxa Selic: Taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e
de Custódia (Selic) para títulos federais (ver: <http://www.bcb.gov.br/?SELICCONCEITO>.).
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Considerações Finais (1/4)
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Considerações Finais (2/4)
A curva de oferta agregada de curto prazo (OACP) é positivamente inclinada,
porque num período curto de tempo, um aumento em P tende a provocar um
aumento na quantidade de bens e serviços ofertados (Y).
Curva de Oferta Agregada (OA): Y = Yn + a (P – PE), sendo Y = Produção; Yn =
produção natural; a = parâmetro; P = Nível geral de preços; PE = Nível geral de
preços esperado. No curto prazo, quando P>PE, então: Y>Yn. No longo prazo,
PE=P e Y=Yn.
No modelo OA-DA, o instrumento de política monetária disponível para o
Banco Central é a oferta monetária (M). As variações em M causam variações
no mesmo sentido na curva de DA, alterando a quantidade demandada de
bens e serviços (Y) para um dado nível geral de preços (P).
Efeitos esperados da política monetária contracionista no curto prazo: (a)
Aumento da taxa de juros; (b) Queda do nível de renda (Y); (c) Queda do nível
geral de preços (P).
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Considerações Finais (3/4)
Efeitos esperados da política monetária expansionista no curto prazo: (a)
Queda da taxa de juros; (b) Aumento do nível de renda (Y); (c) Aumento do
nível geral de preços (P).
A política fiscal é o estabelecimento dos níveis de gastos do governo (G) e
dos impostos (T). A política fiscal expansionista é o aumento em G e/ou a
diminuição de T, deslocando a curva de DA para a direita. A política fiscal
contracionista é uma diminuição em G e/ou aumento de T, deslocando a
curva de DA para a esquerda.
A política fiscal tem dois efeitos sobre a DA: (a) Efeito multiplicador: vai
na mesma direção da política fiscal e ocorre como consequência dos
efeitos da política fiscal sobre a renda (Y) e sobre o consumo (C); (b) Efeito
deslocamento: vai em direção oposta da política fiscal e ocorre por causa dos
efeitos da política fiscal sobre a taxa de juros.
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Considerações Finais (4/4)
Efeitos esperados da política fiscal expansionista no curto prazo: (a) Aumento
do nível de renda (Y); (b) Aumento do nível geral de preços (P); (c) Aumento da
taxa de juros.
Efeitos esperados da política fiscal contracionista no curto prazo: (a) Queda do
nível de renda (Y); (b) Queda do nível geral de preços (P); (c) Queda da taxa de juros.
Segundo a teoria da curva de Phillips, no curto prazo, uma menor taxa de
desemprego (u) tende a aumentar a taxa de inflação (π). Porém, no longo
prazo, a curva de Phillips é vertical, porque o desemprego (u) retorna à sua taxa
natural (un), independentemente da taxa de inflação (π).
Curva de Phillips com expectativas: (u – un) = – a * (π – πE), sendo: u = taxa
de desemprego; un = taxa natural de desemprego; a = parâmetro; π = taxa
de inflação vigente; πE = taxa de inflação esperada. No curto prazo, se o
Banco Central diminuir M, π cairá (π<πE) e u irá aumentar (u>un). Mas, no
longo prazo, os agentes vão corrigir as expectativas de inflação (π = πE) e o
desemprego irá voltar para a taxa natural (u = un).
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Referências
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Questão 2
2. Considere uma economia representada pelo modelo DA-OA e que se
encontra numa situação de equilíbrio de longo prazo. Nessas condições,
indique a alternativa incorreta dos efeitos esperados sobre essa
economia de um aumento do preço do petróleo:
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Questão 3
3. Considere uma economia representada pelo modelo DA-OA e que se
encontra numa situação de equilíbrio de longo prazo. Nessas condições,
indique a alternativa incorreta dos efeitos esperados sobre essa economia,
no curto prazo, de uma redução da oferta monetária do Banco Central:
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Questão 4
4. Considere uma economia representada pelo modelo DA-OA e que se
encontra numa situação de equilíbrio de longo prazo. Nessas condições,
indique a alternativa incorreta dos efeitos esperados sobre essa econo-
mia, no curto prazo, de uma redução das compras do governo:
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Questão 5
5. Com base na teoria da curva de Phillips, indique a alternativa incorreta:
a) No curto prazo, a política fiscal expansionista pode contribuir para a queda da taxa de
desemprego, mas à custa de aumento da taxa de inflação.
b) No curto prazo, a política monetária contracionista pode contribuir para a queda da taxa de
desemprego, mas à custa de aumento da taxa de inflação.
c) No curto prazo, a política fiscal contracionista pode contribuir para a queda da taxa de
inflação, mas à custa de aumento da taxa de desemprego.
d) No longo prazo, a política monetária expansionista não tem efeito sobre a taxa de
desemprego.
e) No longo prazo, a taxa de desemprego volta para sua taxa natural.
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Gabarito
1. Resposta: A. 4. Resposta: D.