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MICROECONOMIA

CAPITULO 1: Introdução

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Expectativas e reflexões

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A grande viagem
O Samuel terminou o seu nível de mestrado com sucesso e por mérito, por ser o
melhor estudante ganhou uma bolsa de estudos para ir fazer o doutoramento no
Brasil por três anos.
O Brasil é o maior pais da América Latina com um uma população estimada em
mais de 202 milhões de habitantes e famosa pelo altos índices de criminalidades
nas principais cidades.
 Que dificuldades teria o Samuel ???

 Será que ele terminará o Curso?

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A grande viagem
Agora imagine que você é o Samuel, não vai sair de
Moçambique mas do ensino médio, não vai fazer
doutoramento, mas sim a licenciatura na UCM-FEC
para fazer o curso de contabilidade e auditoria.
 Que dificuldades você terá nessa caminhada????
 Você terminará o curso?

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As regras
Não
Sim
 Não chegue atrasado
 Prepare as aulas
 Não falte as aulas
 Tente ser participativo
 Não venha a aula sem
 Chegue cedo
preparar
 Deixe o celular no silêncio  Não faça barulho durante as

durante as aulas aulas


 Vista-se adequadamente  Não cabular durante os

 Estude, estude, estude… testes


 Estude, estude estude

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Conteúdo programático
Capitulo 1
 Introdução
 O Que é Economia?

 A abordagem Cientifica

 Armadilhas do Raciocínio Económico

 A Lei da Escassez

 As Utilizações da Economia

 Introdução à Microeconomia

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1.1. O que é economia?
 A palavra vem do grego (oikonomie : oiko – casa e nomie – governo) e
significa governo de casa.

 A economia é a rainha das ciências sócias, porque é com ela que se aprende
como saber gerir as riquezas de um país.

As razões que levam a estudar a economia são:


 Compreender o papel do governo;

 Os desafios do mercado global

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1.1. O que é economia?
Montella (2007) define Economia como a ciência social que estuda a produção,
circulação e consumo de bens e serviços utilizados para satisfazer as
necessidades humanas.

Economia: “Ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da


relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que,
embora escassos, se prestam a usos alternativos” (Bergo, 2011).

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1.1. O que é economia?

 Os bens são produzidos através da combinação de factores de produção e são


transaccionados entre agentes económicos.

 O problema da economia é ter que conciliar as necessidades humanas, que são


ilimitadas, com os bens e factores de produção que são limitados ou escassos.

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1.1. O que é economia?
Samuelson e Nordhaus (2012), a economia é a ciência que
estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos
escassos para produzir bens com valor e de como
distribuem esses mesmos bens entre os vários indivíduos.

Ela esta dividida em duas partes:


 MICROECONOMIA

 MACROECONOMIA

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1.1. O que é economia?
 Microeconomia - Estuda o comportamento de consumidores e produtores
e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e
as quantidades em mercados específicos” (Bergo, 2011).

 Macroeconomia - Estuda a determinação e o comportamento dos grandes


agregados como PIB, consumo global, investimento global, exportação, inflação,
desemprego, com o objetivo de delinear uma Política Económica (Bergo, 2011).

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1.2. A abordagem cientifica
As ciências possuem uma forma de analisar os fenómenos a sua volta como forma de
arranjar uma explicação compreensível de seus factos. Tal técnica é denominada
abordagem cientifica. Os economistas usam a abordagem cientifica para
compreender a vida económica e explicar os fenómenos que afectam o
crescimento económico, os preços e os salários, a repartição do rendimento e o
comercio internacional.

Observação dos registos históricos constitui uma das


Mais ricas fontes da economia para fenómenos
complexos como inflação, défice orçamental, etc.

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1.2. A abordagem cientifica

Análises e teorias que permitem os economistas amplas


generalizações com as relativas vantagens sobre
comércio internacional e da especialização e das
desvantagens dos impostos alfandegários e as quotas de
importação.

A econometria em que se aplicam as ferramentas


estatísticas e matemáticas aos problemas económicos em
que os economistas podem tratar grandes quantidades
de dados para extrair relações simples.

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1.3. Armadilhas do raciocínio económico
 A falácia post hoc tem a ver com a inferência da casualidade. Esta falácia
ocorre quando, pelo facto do acontecimento A ocorrer antes do acontecimento B
não prova que o acontecimento A seja a causa do acontecimento B.

 Falha em manter o resto constante (ceteris paribus) esta armadilha


acontece quando nos esquecemos de manter o resto constante quando se pensa
numa questão.

 A falácia da agregação ocorre quando admitimos que o que é verdade para


uma parte de um sistema também seja verdade para o conjunto.

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1.4. A lei de escassez
 A
A lei de escassez diz que os bens são escassos porque não há recursos
suficientes para produzir todos os bens que as pessoas desejam consumir.

 Dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma economia faça o


melhor uso de recursos limitados. E isso leva-nos à noção fundamental da
eficiência. Eficiência corresponde à utilização mais efectiva dos recursos de
uma sociedade na satisfação dos desejos e das necessidades da população.

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1.5. Utilizações da economia
A utilização da economia nos trás benefícios no comercio internacional, os
conselhos para a redução do desemprego e da inflação, formulas para o
investimento de fundos e pensões e propostas para o leilão de licenças
limitadas de emissões de dióxido de carbono de forma a ajudar a abrandar o
aquecimento global.
As questões económicas podem ser tratadas
tanto positivas como normativas
Economia positiva: análise que descreve as relações de
causa e efeito;
Economia normativa: análise que examina as questões
relativas ao que supõe adequado.
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1.6. Introdução a Microeconomia
Adam Smith é o habitual considerado fundador da Microeconomia. Na sua
obra A riqueza das Nações (1776), Smith analisou o preço de cada
coisa que era estabelecido, estudou a determinação dos preços da terra do
trabalho e do capital e investigou os pontos fortes e fracos do mercado. Mais
importante ainda, identificou as propriedades notáveis de eficiência dos
mercados e explicou como o interesse próprio dos indivíduos funcionando
através do mercado concorrencial pode gerar um beneficio económico geral
(a teoria da mão invisível).

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1.6. Introdução a Microeconomia
Os três problemas das organizações económicas
Qualquer sociedade humana tem que defrontar e resolver três problemas
económicos fundamentais.

 O que produzir e em que quantidades?


 Como serão os bens produzidos?
 Para quem serão os bens produzidos?

Estes problemas são comuns em todas as economias. Para resolver cada sociedade
aborda de diferentes maneiras.
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1.6. Introdução a Microeconomia
Os três problemas das organizações económicas
Para responder as três questões, qualquer sociedade
tem de efectuar escolhas acerca dos factores de
produção e das produção.

 Factores de produção (inputs) - são elementos (bens


ou serviços) indispensáveis no processo produtivo de
bens materiais. Classificam-se em terra, trabalho e
capital.
 Produções (outputs) - são vários bens e serviços
úteis resultantes do processo de produção e que são
consumidos ou utilizados numa produção posterior.

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1.6. Introdução a Microeconomia

Os três problemas das organizações económicas


As diferentes sociedades estão organizadas em sistemas económicos alternativos:
Economias de mercado, Economias dirigidas ou
Centralizadas e Economias mistas.

 A Economia de mercado é aquela em que os indivíduos e as empresas


privadas tomam as decisões sobre a produção e consumo. Um sistema de
preços, de mercado, de lucros e prejuízos, de incentivos e prémios determina o
que, como e para quem.

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Os três problemas das organizações
económicas
 Os três problemas das organizações económicas
 Economia Centralizada é aquela em que o governo
toma todas as decisões importantes acerca da
produção e da distribuição. Numa economia dirigida o
Estado detêm a maior parte dos meios de produção
(terra e capital).
 Economia mista junta as duas anteriores economias.
Porem, o Estado não deixa de supervisionar o
funcionamento do mercado; o governo publica leis que
regulam a actividade económica, promove o
funcionamento de serviços de educação, de
policiamento e de controlo da poluição.
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1.6. Introdução a Microeconomia

A fronteira das possibilidades de produção

Na vida aprendemos desde cedo que não podemos ter


tudo. Da mesma forma, as possibilidades de
consumo dos países são limitadas pelos recursos
pela tecnologia de que dispõem. Tem de escolher
entre diferentes conjuntos de bens possíveis (o que),
seleccionar entre diferentes técnicas de produção
(como) e decidir no final quem deve consumir (para
quem).
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A fronteira das possibilidades de produção

Possibilidade BCAP BCON O ponto A e F representam os


s
extremos. Ponto A representa o ponto
A 0 12
onde todos os recursos vão para
B 1 10
produção das Bens de Consumo
C 2 8 enquanto que o ponto F todos os
D 3 6 recursos vão para a Bens de Capital.
E 4 5 No meio, em E, D, C e B desiste-se de
F 5 0 crescentes quantidades de BCON em
troca de BCAP

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A fronteira das possibilidades de produção

O ponto A e F representam os

BCON
extremos. Ponto A representa
A
o ponto onde todos os 12 B
I
recursos vão para produção C
10
das BCOM enquanto que o
U
ponto F todos os recursos 8
D

vão para a BCAP. 6


No meio, em E, D, C e B E
desiste-se de crescentes 5
quantidades de BCON em F
0
troca de BCAP. 1 2 3 4 5
BCAP

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1.6. Introdução a Microeconomia

A fronteira das possibilidades de produção (FPP) representa o total de produção


máximo que pode ser obtida por uma economia, dados o conhecimento
tecnológico e a quantidade de factores de produção disponíveis.

A FPP representa o menu das combinações de escolhas disponíveis para a


sociedade produzir de forma EFICIENTE.

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1.6. Introdução a Microeconomia
Eficiência
Retomando a FPP o que ocorre no ponto U? Os Recursos disponíveis não
estão sendo aproveitados plenamente se produzindo abaixo das capacidades
existentes. Há Ineficiência Económica ao produzir aquém das capacidades
( com desperdício).
A eficiência é um dos pontos fundamentais da economia. Eficiência significa
ausência de desperdício, os recursos da economia são utilizados tão bem
quanto possível para satisfazer as necessidades da sociedade e desejos dos
indivíduos.
A eficiência produtiva verifica-se quando a sociedade não pode aumentar a
produção de um bem sem reduzir a de outro. Uma economia eficiente e a que
se encontra a produzir sobre a FPP. Porque aqui, para aumentar a produção de
um03-04-2023
bem deve se realizar reduzindo a produção do outro. 26
1.6. Introdução a Microeconomia
A curva da FPP pode auxiliar a apresentação de muitos
dos princípios conceitos da economia:
1. A FPP ilustra a nossa definição de economia como

ciência da escolha de quais os bens a produzir;


2. A FPP proporciona uma definição de escassez. Ela
mostra o limite máximo dos bens que é possível
produzir impostos pela lei da escassez.
3. Com a FPP se pode igualmente exemplificar os três

problemas básicos da vida económica: o quê, como


e para quem.
4. A FPP pode igualmente ilustrar a ideia de que

estamos sempre a escolher entre oportunidades


limitadas.
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1.6. Introdução a Microeconomia
Custo de oportunidade
A vida está repleta de escolhas. Devido aos recursos
serem escassos, temos constantemente de decidir o
que fazer com o tempo e o rendimento que possuímos
em quantidades limitadas. Quando decide se vai
estudar Microeconomia, ir visitar um familiar ou ir ao
D&D Pub está a prescindir (abrir mão) de alguma
coisa - haverá uma oportunidade perdida.

O melhor bem ou afazer imediato de que se abre a mão


representa o custo de oportunidade de uma decisão.

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Literatura utilizada

 Samuelson, P. & Nordhaus, W. (2012). Economia (19ª ed.). Lisboa: McGraw Hill.
 Montella, M. (2007). Economia passo a passo. (2ª ed.). Qualitymark: Rio de
Janeiro

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