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Introdução á Economia

Msc: Nkundi Alemão

2022/2023
1. Apresentação da professora, dos
conteúdos sobre a U.C
Sumário 2. Conceito, objeto de estudo da economia;
3. Conceptualização
4. Microeconomia e macroeconomia;
5. Teoria, doutrina e políticas económicas
O que é a economia?
Vasconcellos, (2004) A palavra economia deriva do grego oikonomia (de
óikos, casa; nómos, lei), que significa a administração de uma casa, ou do
Estado, e pode ser assim definida: é a ciência social que estuda como o
indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-
los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as
necessidades humanas
Gonçalves & Guimarães, ( 2010, p. 8) Economia é a ciência
que estuda como os recursos escassos das sociedades são
alocados tendo por base as decisões individuais de
consumidores, trabalhadores, firmas etc. A economia é
geralmente associada a questões monetárias, financeiras, ao
déficit público, à balança comercial e à inflação, mas esses temas
são apenas a pontinha do iceberg. Como veremos a seguir

Mankiw, G ( 2010, p. 36) Economia é o estudo de como a


sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria das
sociedades, os recursos são alocados não por um único planejador
central, mas pelos atos combinados de milhões de famílias e
empresas.
A primeira ideia do que venha a ser a economia, como atividade humana e como objeto de estudo científico, pode ser
facilmente aprendida a partir de duas constatações básicas, as quais decorrem da experiência e da vivência do
quotidiano.

A primeira delas é a de que não é possível estabelecer um limite para as


necessidades humanas. Ou seja, elas podem ser vistas como tendentes a se
multiplicarem ao infinito. Vale dizer: podem ser tidas como ilimitadas

A segunda é que o oposto do que ocorre com as necessidades .humanas, os


recursos com que conta a humanidade para satisfazê-las apresentam-se finitos
e severamente limitados.

Fica posto então que a questão central do estudo da economia consiste em “como alocar recursos produtivos
limitados para satisfazer todas as necessidades da população.”

Na condição de uma disciplina científica, a economia é bem recente. Tornou-se costumeiro datar seu início com a
publicação do livro a Riqueza das nações, de Adam Smith, em 1776 (COUTINHO, 1993). É claro que isto não quer
dizer que anteriormente não tenha existido algum tipo de reflexão sobre os assuntos econômicos.
O conceito de economia é importante para todos nós, tanto no ambiente de trabalho quanto no dia a dia doméstico. Isso
acontece porque os problemas econômicos estão presentes em todos os instantes de nossas vidas. Por exemplo, às
vezes nos deparamos com questões como:

Por que mesmo ganhando mais tenho a impressão que consigo comprar menos?

Por que os preços do dos alimentos e do combustível variam?

Por que o preço dos alimentos diminui em estação própria e aumenta fora da estação ?

Por que existem pessoas desempregadas?

Por que a água é barata, mesmo sendo necessária à vida, e os diamantes são caros,
mesmo não sendo essenciais?

A economia nos ajuda a entender essas e muitas outras questões e como elas influenciam as nossas vidas, ou seja, ajuda
a analisar os problemas enfrentados pelas pessoas e empresas e como esses problemas podem ser contornados.

O objetivo da economia é organizar políticas que articulem produção, distribuição e consumo de bens e serviços,
com a finalidade de minimizar os problemas e maximizar os benefícios em favor da qualidade de vida da socie
Vasconcellos e Garcia (2004) afirmam que a relação entre os recursos escassos e as necessidades ilimitadas acaba
originando os problemas econômicos fundamentais, isto é, por não termos os recursos suficientes para atender todas as
necessidades é necessário fazer escolhas sobre o que, quanto, como e para quem produzir:

4. Para quem produzir?


1. O que produzir ? 2. Quanto produzir ? 3. Como produzir?
O para quem produzir inclui a
A decisão de o que O quanto produzir é a Segundo Souza (2007), o como definição de quais setores serão
produzir é influenciada decisão de qual produzir está relacionado com a beneficiados pelos resultados
pelas necessidades dos quantidade de cada um tecnologia utilizada. E, ao da produção, determinando o
consumidores, ou seja, dos produtos escolher entre essas diferentes acesso das pessoas a um
pela demanda. O nível será produzida. Essa tecnologias disponíveis, as conjunto de bens ou serviços,
de renda influencia quantidade é fixada pela empresas devem procurar obter de acordo com os níveis de
quais produtos ela irá interação entre a oferta a máxima eficiência., renda. De acordo com Souza
consumir. Quanto (produtor) e a demanda Vasconcellos e Garcia (2004) (2007), do ponto de vista das
maior for a renda (mercado consumidor), argumentam que é necessário empresas a decisão de para
maiores serão as ou seja, quanto mais decidir dentre as diferentes quem produzir é tomada em
quantidades de pessoas opções os recursos de função da expectativa de obter
produtos e serviços quiserem comprar um produção que deverão ser lucro, ou seja, como utilizar os
consumidos produto, mais ele será empregados para a obtenção de recursos que ela tem disponível
produzido. um determinado bem ou para aumentar seu lucro
serviço.
Objeto de estudo da economia
Em economias de mercado, esses problemas (o que produzir, quanto produzir, como produzir, para quem produzir)
são resolvidos pelos mecanismos de preços atuando por meio da oferta (produção) e da demanda (consumidores), ou
seja, o aumento da oferta implica na redução dos preços e o aumento da demanda implica no aumento dos preços.

Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir do
levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país, e não pela oferta e demanda no
mercado

Para Mankiw (2005), não há nada de misterioso sobre o que é uma economia, uma vez que em qualquer parte do
mundo ela é um grupo de pessoas que interagem umas com as outras e, dessa forma, vão levando a vida. Em outras
palavras, ela estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços

Assim sendo, o objeto da Economia é o estudo dos fenômenos que envolvem a escassez de recursos. Os indivíduos,
famílias, empresas, países, a sociedade, enfim, se deparam quotidianamente com o fato de que seus desejos e
necessidades extrapolam os recursos disponíveis para serem atendidos.
Desagregação sectorial da economia

Banco central ( BNA)

Sector Monetário
Outras instituições financeiras monetárias
(bancos comerciais)
Economia Família Empresas não Financeiras
( Produtoras de cimento )
Sector não Monetário Empresas não monetária
Instituições financeiras não monetárias
Estado( Sector Publico (Companhia de seguros)
1. Apresentação da professora, dos conteúdos
sobre a U.C
Sumário 2. Conceito, objeto de estudo da economia;
3. Microeconomia e macroeconomia;
4. Teoria, doutrina e políticas económicas
Muitos assuntos são estudados em diferentes níveis. Vamos considerar a biologia, por exemplo. Os biólogos
moleculares estudam os compostos químicos que compõem os seres vivos

A economia também é estudada em diversos níveis. Podemos estudar as decisões de famílias ou empresas,
tomadas individualmente. Ou a interação entre famílias e empresas nos mercados de bens e serviços específicos
Para entendermos o funcionamento da economia, de como as famílias e empresas tomam decisões e de como elas
interagem em mercados específicos: os preços de tudo que é transacionado na economia; Os salários, que são os preços
dos serviços prestados por quem trabalha; Os empregos e a alocação de recursos na economia; o quanto é produzido e o
que é produzido.

O campo da economia divide-se tradicionalmente em dois amplos subcampos:


Macroeconomia
A macroeconomia é o estudo de fenômenos que englobam toda a economia ou seja ela estuda a economia em geral
analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados permitindo-nos entender as relações entre as diferentes
variáveis macroeconômicas. O Produto Interno Bruto, o consumo agregado, o nível de investimentos e a balança
pagamento são algumas das variáveis macroeconômicas que ocupam boa parte das notícias do jornal sobre economia. Para
entendermos o funcionamento da

economia como um todo, é importante entender as relações entre essas variáveis, bem como seus principais determinantes
1. O fluxo da renda
Macroeconomia
Esse fluxo é chamado de circular, porque são as famílias que providenciam todos os fatores necessários para a produção dos
bens, os quais são enfim vendidos de volta ao conjunto das famílias. E o dinheiro recebido pelas empresas com as vendas de
bens também circula de volta às famílias em forma de remuneração dos fatores de produção, que denomina-se o total
produzido e vendido pelas empresas de produto do país. Como essa renda equivale ao total recebido pela empresa com as
vendas de seus bens e serviços, temos que:

Produto = Renda

Ainda em termos de definições, o total comprado pelas famílias é chamado de despesa, enquanto o total vendido pelas
empresas é o produto do país. Como no mercado de bens, o total vendido pelas empresas equivale ao total comprado pelas
famílias, temos:

Produto = Despesa

A ideia básica do fluxo circular da renda e as equivalências apresentadas não se alteram em nada quando consideramos todas
essas outras variáveis macroeconômicas. Assim veremos a seguir o conjunto de variáveis macroeconómicas:
Macroeconomia
1- Poupança e Investimento

Tal como vimos anteriormente, o dinheiro da produção de todos os bens utilizados na economia volta às famílias na forma de
remuneração ( salários ) pelos fatores de produção. Ou seja, o produto (Y) equivale à renda, usada para consumo e
poupança. Por outro lado, se não há governo nem setor externo, o total produzido ou é investimento, ou é consumo, ou seja,
parte do produto da economia vai para o consumo das famílias (como a sandes comprado na cantina), e outra parte da
produção é destinada a investimentos (como o equipamento da cantina para aquecer a sandes) . Assim, igualando renda e
despesa (ambas iguais ao produto), chegamos:

C+I=C+S⇒I=S

Aonde:

C: consumo agregado – a soma do consumo privado de cada um dos indivíduos do país.


I: investimento agregado – a soma dos investimentos (compras de máquinas, terrenos etc.) de cada empresa.
S: poupança privada – a soma das poupanças de cada indivíduo.

Atenção que em um determinado ano, algumas famílias pouparão dinheiro e outras se endividarão, a poupança privada
considera o total poupado menos o total das dívidas das famílias
Macroeconomia
2- Produto Interno Bruto ( PIB)

O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, é composto pelo
s seguintes elementos:

a) Consumo ( C) : Corresponde os bens e serviços adquiridos pelos consumidores que variam de alimentação a aquisição de
um imóvel, carro novo e assim por diante.

b) Investimento ( I): Os economista usam o termo investimento quando se referem a bens de capital novo como maquinaria,
imoveis comerciais ou residenciais ( novos), assim o investimento é a soma dos investimento não residencial ( compra de
instalações ou maquinas pelas empresas) e investimento residencial ( compra de casas ou apartamentos pelas pessoas)

c) Gastos do governos ( G) São os bens e serviços adquiridos pelo governo federal. Esses bens e variam de aviões a
suprimentos de escritórios . O governo compra os serviços prestados pelos funcionários e em seguida os fornece
gratuitamente ao publico.

A soma das linhas a,b e c apresenta o valor da aquisição de bens e serviços pelos consumidores, pelas empresas e pelo
governo de Angola. Para obter o total da aquisição de bens e serviços em Angola, dois passos adicionais são necessários.
Macroeconomia
2- Produto Interno Bruto ( Cont.)

Primeiro, devemos subtrair as importações (IM), isto é, aquisição de bens e serviços estrangeiros pelos consumidores,
empresas e governo angolano .

A diferença entre as exportações e as importações(X-IM) é chamado de exportações liquida, ou balanço comercial. Se as


exportações excedem as importações, diz-se que o pais tem um déficit comercial. Assim o PIB será dado por:

Y= C+I+G+X-IM

Nota:

Exportação- Importações = Exportações liquidas


Exportações > Importações = Superavit
Exportações < Importações = Deficit

Exercício:

1) Calculo do PIB
Macroeconomia
Compreendemos então a composição do PIB de um país, no entanto vale ressaltar que ele é calculado
sobre duas opticas:

Sobre a Optica do produto: É calculado considerando toda a produção final gerado na economia.

Já sobre a optica da despesa: é calculado considerando toda despesas final tida na economia.
Macroeconomia
Ao analisar PIB de um país ao longo do tempo, para além da sua composição e a forma de calculo é
importante diferencia-lo entre o PIB nominal e o PIB real.

O PIB nominal é simplesmente a soma das quantidades de bens e finais multiplicado por seus preços atuais e esta
definição deixa claro que PIB nominal aumenta ao longo do tempo por duas razões :
• Primeiro a produção da maioria dos bens aumenta ao longo do tempo;
• Preço da maioria dos bens também ao aumenta ao longo do tempo.

Então se a nossa meta é medir a produção e as suas variações ao longo do tempo, devemos eliminar o efeito do aumento
de preços em nosso calculo do PIB. É por isso que o PIB real vai ser calculado como a soma das quantidades de
produtos finais multiplicado por preços constantes ( em vez de preços correntes).

Exercício na sala de aula.

Por ser uma medida de actividade agregada, o PIB é, obviamente, a principal variável macroeconómica. Duas outras
variáveis porém- desemprego e inflação – são indicadores importantes do desempenho de uma economia:
Macroeconomia
3- Taxa de desemprego

Para entender a o que significa taxa de desemprego, comece pela definição de força de trabalho. Força de trabalho é a
soma dos trabalhadores empregados e desempregados :

Força de trabalho ( L) = empregados (N) + desempregados ( U)

A taxa de desemprego é então definida como a razão entre o numero de desempregados e a força de trabalho :

u= U/L

Duas razões desperta tanta preocupação do controlo da taxa de desemprego pelos macroeconomistas:

1. A taxa de desemprego permite saber se a economia esta abaixo ou acima do seu nível normal de actividade;
2. O desemprego tem consequências sociais importantes.

Vejamos cada uma dessas razões:


Desemprego e produto.

Existe uma relação clara entre a variação da taxa de desemprego e o crescimento do PIB, e essa relação é conhecia como a
lei de Okun em referência ao economista Arthur Okun segundo este autor a relação que existe entre a taxa de desempre
go e o PIB é inversa:
Macroeconomia
1. O crescimento alto do produto esta associado a queda da taxa de desemprego;
2. Baixa taxa de desemprego esta associado ao baixo crescimento.

Isso faz sentido ao olharmos para o seguinte: O crescimento do produto leva ao aumento do emprego, uma vez que as
empresas precisam contratar mais trabalhadores para produzir mais . O aumento do emprego resulta na queda do
desemprego.
Lei de Okun:

Alto Crescimento do produto → Baixa taxa de desemprego


Baixo crescimento do produto → Alta taxa de desemprego

Implicações sociais do desemprego.

Os macroeconomista também preocupação com desemprego por conta de seus efeitos sobre o bem estar dos
desempregados, em alguns países desenvolvidos existe um certo auxílio social para estes indivíduos por conta dos
problemas financeiros.

No entanto no nosso contexto é completamente diferente e isto ate certo ponto aumenta nos problemas sociais, pobreza,
criminalidade, prostituição, gravidez precoce etc...!
Macroeconomia
4- Taxa de Inflação

A inflação é uma alta sustentada no nível geral de preços. A taxa de inflação é o percentual de aumento desse nível.
( Simericamente, deflação é a queda sustentada do nível de preços. Corresponde a uma taxa de inflação negativa. Que é
rara)
Na pratica o problema esta como definir esse nível de preços. Os macroeconomistas geralmente examinam duas medidas do
nível de preços, dois índices de preços:

O deflator do PIB

Quando vemos o PIB nominal aumentar mais rapidamente que o PIB real, a diferença é o resultado de um aumento dos
preços. Essa observação motiva a definição do deflator do PIB, o deflator do PIB vai então ser definido como a razão entre
o PIB nominal e o PIB real do ano t . Entao Pt É dado por:

Pt= PIB nominal t / PIB realt

No ano em que por definição o PIB real é igual ao PIB nominal ( segundo o nosso exercício é 2012) essa definição implica
que o nível de preços é igual a 1 no ano base.

Assim o deflator do PIB nos fornece o preço medio do Produto agregado – Bens finais produzidos na economia.
Macroeconomia
4- Taxa de Inflação

O Índice de preços ao consumidor

Entretanto, os consumidores também se preocupam com o preço medio do consumo- isto é dos bens que eles consomem.
Atenção que os dois preços não são os mesmos o conjuntos de bens produzidos na economia não é mesmo que o conjunto de
bens adquiridos pelos consumidores por duas razões:

1. Alguns bens contabilizados no PIB não são vendidos para os consumidores direitamente mas para empresas, para o
governo ou para o estrageiro;
2. Alguns dos bens comprados pelos consumidores não são produzidos no pais, mas importados do exterior do pais.

Assim, para medir o preço medio do consumo os macroeconomistas examinam um outro índice, o índice de preços do
consumidor, o seu valor é fixado anualmente. Os dados são sempre fornecidos pelo centro de estatísticas de cada pais em
questão para o nosso caso o INE faz este levantamento direitamente.

Inflação e desemprego

Existe uma relação importante entre a inflação e o desemprego e ela é negativa e é chamada de relação de Philips, em
homenagem a A.W Philips que em 1950 documentou pela primeira vez a relação existente entre o desemprego e inflação, e a
origem desta relação varia no tempo e no espaço, conhecida como a curva de Philips
Macroeconomia
4- Taxa de Inflação

O Índice de preços ao consumidor

Entretanto, os consumidores também se preocupam com o preço medio do consumo- isto é dos bens que eles consomem.
Atenção que os dois preços não são os mesmos o conjuntos de bens produzidos na economia não é mesmo que o conjunto de
bens adquiridos pelos consumidores por duas razões:

1. Alguns bens contabilizados no PIB não são vendidos para os consumidores direitamente mas para empresas, para o
governo ou para o estrageiro;
2. Alguns dos bens comprados pelos consumidores não são produzidos no pais, mas importados do exterior do pais.

Assim, para medir o preço medio do consumo os macroeconomistas examinam um outro índice, o índice de preços do
consumidor, o seu valor é fixado anualmente. Os dados são sempre fornecidos pelo centro de estatísticas de cada pais em
questão para o nosso caso o INE faz este levantamento direitamente.

Inflação e desemprego

Existe uma relação importante entre a inflação e o desemprego e ela é negativa, também chamada como relação de Philips,
em homenagem a A.W Philips que em 1950 documentou pela primeira vez a relação existente entre o desemprego e inflação,
e a origem desta relação varia no tempo e no espaço, conhecida como a curva de Philips
Macroeconomia
Inflação e desemprego ( Cont.)

Curva de Philips:

Desemprego baixo → Inflação Alta


Desemprego alto → inflação baixa

Essa linha de raciocínio leva a um amplo tradeoff final na economia:

Um tradeoff de curto prazo entre a inflação e o desemprego. Embora alguns economistas ainda questionem essas ideias, a
maioria aceita que a sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego. Isso significa que, em um
período de um ou dois anos, muitas políticas econômicas empurram a inflação e o desemprego em direções opostas. Os
formuladores de políticas enfrentam esse tradeoff sem considerar se tanto a inflação quanto o desemprego se apresentam em
níveis elevados.
• O aumento da quantidade de moeda na economia estimula o nível geral de consumo e, portanto, a demanda por bens e
serviços.
• O aumento da demanda pode, com o tempo, levar as empresas a elevar os preços, porém, esse aumento também incentiva
as empresas a contratar mais mão de obra e a aumentar a quantidade de bens e serviços produzidos.
• Maior contratação significa menor desemprego.
Microeconomia
Microeconomia: é o estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e de como elas interagem em mercados
específicos. um microeconomista pode estudar os efeitos do controle de aluguéis sobre os imóveis residenciais na cidade de
luanda, nos ensina como são determinados:
• Os preços de tudo que é transacionado na economia;
• Os salários, que são os preços dos serviços prestados por quem trabalha;
• Os empregos e a alocação de recursos na economia;
• O quanto é produzido e o que é produzido.

Apesar da ligação inerente entre microeconomia e macroeconomia, os dois campos são distintos. Uma vez que tratam de
questões diferentes, cada um deles tem seu próprio campo de atuação e frequentemente são ensinadas em cursos separados.
1. Apresentação da professora, dos conteúdos
sobre a U.C
Sumário 2. Conceito, objeto de estudo da economia;
3. Microeconomia e macroeconomia;
4. Doutrina e políticas económicas
Teoria económica
Chamamos de teoria econômica o conjunto de hipóteses, de
modelos, que buscam fornecer uma explicação teórica para os
eventos que ocorrem na economia real. Esses eventos podem
ocorrer nos dois principais campos em que a economia está
dividida: macroeconomia e microeconomia.
A teoria económica engloba um conjunto de hipóteses relacionadas sobre
causas e efeitos, Ou seja, a interação que ocorre entre os diferentes
agentes econômicos e o comportamento das variáveis ​econômicas em
relação a eles

Do ponto de vista macroeconômico, a teoria econômica modela a interação que ocorre nos principais
indicadores globais da economia.
Ex: Produto interno bruto (PIB), o desemprego, a taxa de câmbio, o balanço de pagamentos.

Do ponto de vista microeconômico, modela o comportamento dos agentes individuais da economia, a


interação que ocorre entre a economia e todos os agentes como consumidores,
Ex. Empresas, trabalhadores, investidores
Doutrina económica
A doutrina econômica é um conjunto de teorias que, promovidas por uma série de
economistas da mesma escola de pensamento econômico e interesses semelhantes, são
consideradas verdadeiras. Ao contrário da teoria econômica, a doutrina geralmente
representa um conjunto de teorias que analisam toda a economia, enquanto a teoria
geralmente está mais relacionada a aspectos específicos dela.

Ao longo da história, independente do contexto de cada época,


muitas doutrinas econômicas surgiram. Diferentes entre si,
todavia com o objetivo definitivo o bem-estar geral.

A doutrina econômica nasce após observar a realidade e um contexto econômico, tentando fornecer uma série de leis ou
princípios econômicos que tentam responder e resolver esse contexto. Entre as doutrinas econômicas mais proeminentes,
as seguintes devem ser mencionadas:.
Doutrina económica
Doutrina Mercantilista

O Mercantilismo foi o conjunto de ideias e práticas econômicas, desenvolvidas na Europa no séc. XV, durante a Idade
Moderna. Segundo esta doutrina, a fonte de riqueza de uma nação se baseava no comércio com o mercado exterior e no
acúmulo de metais preciosos.

Principais características do Mercantilismo

1. Controle estatal da economia;


2. Balança comercial favorável;
3. Monopólio;
4. Protecionismo;
Doutrina económica
Doutrina Fisiocrata

Fisiocracia é uma escola de pensamento que foi fundada por Francois Quesnay, que era médico na corte de Luis XV. Em
suma, o termo é uma denominação de economia da natureza: fisio + kratia. Os fisiocratas se impõe aos mercantilismo
segundo esta linha de pensamento que a agricultura é o verdadeiro modo de gerar riqueza, possibilitando maior margem de
lucro mesmo com pouco investimento

A escola Fisiocrática defende o liberalismo econômico alcançado com a não intervenção do Estado na economia.
Assim, a economia seria governada pela ordem natural. Em consequência dessa linha, surge a expressão "laissez-Faire,
laissez-Fasser", que significa "deixar fazer, deixar passar".
Doutrina económica
Doutrina da escola clássica

O pensamento económico da escola clássica dominava a primeira metade do séc. XIX em todos os países, corrente de
pensamento fundado por Adam Smith com a sua celebre obra Riquezas das nações. Adam Smith contrariava as ideias
dos fisiocratas, pois para ele a riqueza se baseia na divisão do trabalho e na liberdade econômica e não
somente ao trabalho na terra.
Adam Smith elaborou um forte argumento para contribuir com a expansão do comércio e redução de
controles comerciais que vigorava no período mercantilista, capaz de promover o aumento da produção de
cada país por meio da especialização ao que ele chamava de vantagem comparativa (os indivíduos, em
função de suas capacidades se orientam para uma profissão a qual se dedicam após um período de
aprendizagem)

Para além de Adam Smith outros autores deram contribuições tais como David Ricardo, exibiu uma
reformulação da teoria de Adam Smith .

Thomas Malthus, o teórico da superlotação defende que as terras cultiváveis do planeta estão limitadas pelo
espaço geográfico do território nacional, autor explica que a população cresce de maneira mais rápida em
comparação à produção agrícola, gerando o aumento da fome e da destruição da ordem social
Política económica
Política econômica é um conjunto de ações de um determinado país com vistas a atingir certos objetivos relacionados à
situação econômica dessa nação. Os principais objetivos da política econômica são manter o equilíbrio da economia e
promover o seu crescimento sustentável, a fim de garantir o bem-estar da sociedade

• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo;

• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito; Expansionista:
ocorre quando o governo injeta dinheiro na economia, para estimular o consumo. Assim, as demandas crescem
acima das ofertas, elevando os preços. Contracionista: ocorre quando o governo busca desestimular o consumo
para que os preços baixem. Geralmente são feitas com a elevação das taxas de juros.

• Política Cambial : decisões sobre o câmbio e a política de comércio exterior do país. (equilíbrio externo, saldo do
balança de pagamento equilibrado x combate a inflação);

• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico


BIBLIOGRAFIA

• Samuelson, P. & Nordhaus, W. ECONOMIA. 16ª ed., tradução de Elsa N. Fontaínha, McGraw-Hill,
Lisboa,1988.
• Sousa, Alfredo. ANÁLISE ECONÓMICA. 3ªed., Universidade Nova de Lisboa, 1990.
• Guimaraes, B. & Gonçalves C. INTRODUÇÃO À ECONOMIA., Elsevier Editora, 2010.
• Mankiw. N,W. INTRODUÇÃO À ECONOMIA. Tradução da sexta Edição Norte-Americana, 2010.
• Sousa, Alfredo. ANÁLISE ECONÓMICA. 3ªed., Universidade Nova de Lisboa, 1990.
• Frank, Robert H. MICROECONOMIA E COMPORTAMENTO. 3ª ed., tradução de Alexandra Cunha-Vaz e Vera Mª F.C. Empis,
McGraw-Hill, Lisboa,1998

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