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ECONOMIA PARA NÂO ECONOMISTAS

INTRODUÇÃO à ECONOMIA:
1. Conceito de Economia – etimologicamente, a palavra
economia vem do grego oikos (casa ) e nomos ( norma, lei).
No sentido original, seria a “ admnistração da casa” , que
pode ser generalizada como “ administração da coisa pública”.
CONCEITO DE ECONOMIA: É uma ciência social que como
o indivídio e a sociedade decidem utilizar recursos
produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de
modo a distribuí – los entre as várias pessoas e grupos da
sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades
humanas.
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• INTRODUÇÃO à ECONOMIA:
 O ojecto de estudo da ciência económica – é a questão da escassez, ou seja,
como “ economizar recursos.
 A escassez surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas e os recursos
fisicos são limitados.
Nenhum país, mesmo os países mais ricos, são auto – suficientes, em termos de
disponibilidades de recursos produtivos, para satisfazer a todas as necessidades
da população.
Se não houvesse escassez de recursos, ou seja, se todos os bens fossem
abundantes ( bens livres ) não haveria necessidades de estudarmos questões
como inflação, crescimento económico,déficit na balança depagamentos,
desemprego etc.
Estes problemas não existiriam ( e obviamente nem a necessidade de se
estuadar a economia ).
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• INTRODUÇÃO à ECONOMIA:
Os bens económicos em oposição aos bens livres são escassos,
e a sociedade tem de escolher os bens limitados que podem
ser produzidos com os recursos que tem disponíveis.
MICROECONOMIA – Trata do
comportamento de entidade individuais
como mercados, empresas e famílias.
MACROECONOMIA ou Teoria Macróecómica -Observa o desempenho
da economia como um todo.Estuada a determinação e o
comportamento dos grandes agregados, como PIB, consumo nacional,
Investimento agregado, exportação,inflação ete., com o objectivo de
delinear uma plotica económica.
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Por um lado, tem um enfoque conjuntural, isto é, preocupa – se com a
resolução de questões como inflação e desem prego, a curto prazo.
Por outro lado, trata de qustões estruturais, de longo prazo,
estudando modelos de desenvolvimeno que levem à elevação do
padrão de vida ( bem estar ) da colectividade, cujo enfoque de longo
prazo +e denominado de Teoria de desenvolvimento económico.
 O instrumento básico conjugado ( microeconomia e macroeconomia )
permite analizar as grandes questões económicas do nosso tempo,
como, por exemplo os fluxos comerciais e financeiros entre os paises
(Economia Internacional );
As relações entre o capital e trabalho ( Economia do Trabalho ), o
comportamento dos vários sectores de actividade etc.
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Os Problemas
Os Três da da
Problemas Organização
OrganizaçãoEconómica
Económica
O quê e Quanto produzir
Como Produzi e
Para quem Produzir
Que tipo de bens e serviços, de entre o vasto leque de
possibilidades, e que quantidades, deverá produzir?
Como deverão os recursos ser utilizados na produção
desses bens?
E para quem devem os bens ser produzidos ( isto é, qual
deverá ser a repartição do rendimento e do consumo entre
os diferentes individuos e classes?
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RESUMINDO
NECESSIDADES 1º O que e
HUMANAS Quanto
ILIMITADAS ESCASSEZ ESCOLHA
Produzir
2º Como
RECURSOS Produzir
PRODUTIVOS 3º Para Quem
ESCASSOS Produzir
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• Como as sociedades resovem os problemas económicos:
 O que e quanto, como e para quem produzir?
 A resposta depende da forma de organização económica.
 Existem duas formas principais de organização económicas:
Economia de mercado ( ou descentralizado )
Economia planificada ( ou centralizada).
 Todavia, hoje em dia praticamente todos os paises possuem
alguns tipo de economia de mercado.
Assim, a organização é realizada a partir de algum sistema
intermediário entre essas duas formas, combinando a actuação
do mercado com a intervenção do governo.
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 SISTEMA de CONCORRÊNCIA PURA:
 Num sistema de concorrência pura ou perfeitamente
competitivo, predomina o laissez faire:
 Isto significa que milhares de produtores e milhões de
consumidores têm condições de resolver os problemas
económicos ( o que e quanto, como e para quem produzir )
como que guiados por uma “ mão invisível “ Adam Shimit.
 Isso sem a necessidade de intervenção do Estado na actividade
económica.
 Isso se torna possível mediante o chamado “mecanismo de
preços,” que resolve os problemas económicos fundamentais e
promove o equilibrio nos vários mercados da seguinte forma:
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SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA
Se houver excesso de oferta ( ou escassez de demanda ),
formar- se – ão estoques nas empresas, que serão obrigadas a
diminuir seus preços para escoar a produção, até que se atinja
um preço no qual os estoques estejam satisfatórios.
Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos
escassos consumidores;
Se houver excesso de demanda ( ou escassez de oferta )
formar – se – ão filas, com concorrência entre consumidores
pelos escassos bens disponíveis.
O preço tende a aumentar, até que se atinja um nível de
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• SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA
O que e quanto produzir: os produtores decidirão o que quanto produzir de
acordo com o preço dos bens e serviços.
Assim, aquele bem ou serviço cujo preço ( rentabilidade ) for maior será aquele
cuja produção aumentará.

Como producao realizada a partir da comparação com preços de


tecnologia e recursos alternativos;

Para quem Produzir – é decidido no mercado de factores de produção


( pelo encontro da demanda e oferta dos serviços dos factores de
produção.) Através do sistema de preços, quem tiver renda suficiente
para pagar os preços dos bens e serviços produzidos participará da
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•O liberalismo económico é a filosofia que
advoga a soberania do mercado, sem
intervenção do Estado.
•Neste modelo, a politica económica deve
preocupar – se apenas em manter a
estabilidade monetária ( o Estado como
guardião da moeda), e deixar o mercado( isto
é o privado ) resolver as questões económicas
fundamentais.
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IMPERFEIÇÕES DO SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA
 As criticas mais frequentes a esse tipo de sistema económico são
as seguintes:
a. Trata – se de uma grande simplicidade da realidade.
b. Os preços nem sempre flutuam livremente, ao sabor do
mercado, em virtude de factores como:
 força dos sindicatos sobre a formação de salários ( os salários
também são preços, que remuneram os serviços da mão – de –
obra);
Poder dos monopólios e oligopólios sobre a formação de preços
no mercado, não permetindo que a sociedade consuma a
quantidade de bens e serviços que deseja;
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IMPERFEIÇÕES DO SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA
 Intervenções do governo , via:
 Impostos, subsídios, tarifas e preços públicos ( água, energia
etc);
 Politica salarial ( fixação do salário mínimo, reajustes, prazos de
dissídios etc. )
 Fixação de preços mínimos;
 Congelamento e tabelamento de preços;
 Impostos e subsídios;
 Politica cambial;
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IMPERFEIÇÕES DO SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA
C . O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A
produção e/ou consumo de determinado bem ou serviço pode produzir
efeitos colaterais ( externalidades) positivas ou negativas que não são
internalizados nos preços de mercado.
• Além disso, existem bens públicos, pelos quais os consumidores não
estão dispostos a revelar sua disposição a pagar. São factores que
distorcem a alocação de recursos a partir do sistema de preços.
• d . O mercado sozinho não permite perfeita distribuição de renda,
pois, como vimos, só participa da distribuição do que é produzido
aquele indivídio que possui renda suficiente para pagar o preço de
mercado.
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Sistema de mercado misto: o papel
económico do governo
A ocorrência de uma grande crise económica, qual seja, a
depressão nos anos 30, mostrou que o mercado sózinho, não
garante que a economia opere sempre com pleno emprego de
seus recursos, evidenciando a necessidades de uma actuação
mais activa do sector público nos rumos da actividade económica.
A actuação do governo justifica – se com o objectivo de eliminar
as chamadas distorções alocativas ( isto é, na alocação de
recursos) e distribuitiva e de promover a melhoria do padrão de
vida da colectividade
Isso pode dar – se das seguintes formas :
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SISTEMA DE MERCADO MISTO: O PAPEL DO GOVERNO
• a) Actuação sobre a formação de preços, corrigindo externalidades ( via impostos
e subsídios) tabelamentos, fixação de salários minímos, preços mínimos, taxa de
câmbio, taxa de juros;
• b)Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimento em infra –
estrutura básica ( energia, estradas etc) o qual eventualmente, o sector privado
não tem condições financeiras de assumir, seja pelo elevado montante de
recursos necessários, seja em virtude do longo tempo de maturação do
investimento, até que venha a propiciar retorno sobre o capital investido;
• c) Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água, saneamento básico.
• d)Fornecimento de bens públicos: bens públicos são bens gerais, fornecidos pelo
Estado, que não são vendidos no mercado; como educação, justiça segurança;
• e) Compra de bens e serviços do sector privado: o governo é o maior agente do
sistema e, portanto, o maior comprador de bens e srviços.
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ECONOMIA CENTRALIZADA OU PLANIFICADA
• No sistema de economia centralizada ou planificada, a forma de
resolver os problemas económicos fundamentais( ou seja, a escolha da
melhor alternativa ) é decidida por uma Agência ou Orgão Central de
Planeamento, e não pelo mercado
• A propriedade dos recursos ( chamados de meios de produção, nesses
sistema ) é o Estado ( ou seja, os recursos são propriedade pública).
• Os meios de produção incluem máquinas, edifícios, residências, terra,
entidades financeiras, matérias primas.
• Os meios de sobrevivência pertencem aos indivíduos ( roupas, carros,
televisores etc.)
• Na economia de mercado, prevalece a propriedade privada dos
factores de produção.
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• A Agência ou Bureau Central ( na antiga URSS, a Gosplan)
realiza um inventário dos recursos disponíveis;
• E das necessidades da sociedade, e faz uma selecção das
prioridades de produção,
• Isto é, estabelece metas de planeamento ( na antiga
URSS os chamados Planos Quinquenais.
• Esse orgão respeita, em parte, as necessidades do
mercado, mas está sujeito às prioridades politicas dos
governantes.
ECONOMIA CENTRALIZADA OU PLANIFICADA
Uma economia centralizada apresenta
ainda as seguintes características:
 Repartição do lucro : uma parte do lucro vai para o
governo.
Outra parte é usada para investimentos na empresa, dentro
das metas estabelecidas pelo governo.
A terceira parte é dividida entre os admnistradores ( os
burocratas ) e os trabalhadores, como prémio de pela
eficiência.
Se o governo considera que determinada indústria é vital
para o país, esse sector será subsídiado, mesmo que
apresente, inificiência na produção ou prejuízos.
SISTEMAS ECONÓMICOS: SÍNTESE

• A diferença entre os sistemas de economia de mercado e economia centralizada


podem ser resumidas em dois aspectos:
 Propriedade pública versus propriedade privada dos meios de produção.
 Os problemas económicos ( oque e quanto, como e para quem produzir ) são
resolvidos ou por orgão central de planeamento ou pelo mercado.
 As economia de mercado tendem a apresentar maior eficiência alocativa, em
virtude da menor interferência do governo nas dicisões de produção e,
portanto, na alocação de recursos, permitindo que as forças de mercado
estabeleçam as prioridades da sociedade assente na produção de bens de
consumo.
 O sistema de planeamento central fracassou, tanto em melhorar a distribuição
da renda como realizar um atendimento básico da população.
Por esse motivo, as economias actuais, mesmo as guiadas por governos
comunistas , como China e Russia, têm aberto cada vez mais espaço para a
actuação da inciativa privada.
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE
• A CPP ou FPP – è a fronteira máxima que a economia
PRODUÇÃO)
pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e
a tecnologia.
• Assim, mostra as alternativas de produção da sociedade,
supondo os recursos plenamente empregados.
• É um conceito teórico que permite ilustrar como a
limitação de recursos leva à necessidade de a sociedade
fazer opções ou escolhas entre alternativas de produção.
• Suponhamos que a economia produzia apenas dois
bens: canhões e manteiga nos quais são empregados
todos os recursos produtivos ( mão de obra, capital,
terra, matérias primas, recursos naturais).
A LEI GERAL DA DEMANDA
• A relação entre a quantidade procurada e o preço do próprio bem
• É a curva de demanda:
• = f() supondo R, G ( constantes ou “coeteris paribus” )
• Sendo 0 que é a chamada Lei Geral da Demanda.
• A quantidade procurada de um bem ou serviço varia na
relação inversa de seu preço, coeteris paribus ou ceteris
paribus.
• Esta relação inversa ocorre devido o efeito substituição e
renda
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
Z

Manteiga Y
x

Canhões

• Ponto X no interior da Curva ou Fronteira é viavel mas não eficiente.


• Ponto Y ao longo da Curva ou Fronteira é viavel mas sobretudo Eficiente.
• O ponto Z que encontra fora da Curva ou Fronteira é Intangível.
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO)
ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO
A B C D E F
Manteiga ( mil toneladas) 0 3 6 8 9 10
Canhões ( mil unidades) 15 14 12 10 7 0
F
10 E
Ma- 8 D
ntei 6
ga ( C
mil 4
t) B
2
A
0 Canhões mil
7 10 12 14 15 unidades
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
• A Curva ou Fronteira de Possibilidade de Produção constitui o limite máximo de
produção, com os recursos de que a sociedade dispõe, num dado momento.
• Dada a escassez de recursos, a sociedade deve decidir qual o ponto da curva
escolherá:A,B,C,D, ou F.
• No ponto A, decidiu – se aplicar todos os recursos na produção de canhões;
• No ponto F, aplica – se todos os recursos para produzir manteiga.
• Obviamente, pontos além ou fora da curva não poderão ser atingidos com os
recursos disponíveis, exemplo o ponto Y é intangivel.
• Todavia, pontos no interior à curva representam situações nas quais a
economia não está a empregar todos os recursos de que dispõe ( ou seja não
há peno emprego) de recursos. ( É viável mas não efeciente).
• Assim, qualquer dos pontos em cima da curva representa um uso igualmente
eficiente de todos os recursos, dada a tecnologia.
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO

Formato CPP
Manteiga nº 1

• Formato nº 1 significa que CPP ou FPP é decrescente e côncava em relação a


origem. Canhões
• Ela é decrescente em virtude do sacrifício que tem de ser feito ao optar – se pela
produção de um bem com os recursos plenamente empregados( o aumento da
produção de um bem implica a queda ou sacrifício do outro, ao longo da curva.
• Ela é côncava em virtude a chamada lei dos custos decrescentes ou também
chamada lei de rendimentos decrescentes.
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
• Cont( Formato nº 1)Para atrair trabalhadores que estão empregados
no sector de manteiga e deslolocá – los para canhões onde deverão
ser oferecidos salários maiores, e vi- versa, logo trarão grandes
acréscimos nos custos, a medida que forem mais qualificados exigirão
salários maiores.
Formato nº 2
Manteiga

Canhões

• O deslocamento da CPP ou FPP: aumento dos recursos ou melhoria


tecnológica nos dois produtos.
CURVA ( OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO

Formato nº 3
Manteiga

• Deslocamento da CPP ou FPP: aumento Canhões de recursos ou


melhoria tecnológica apenas na produção de manteiga.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
• O custo de oportunidade é o valor económico da melhor alternativa sacrificada
ao se optar pela produção de um determinado bem ou serviço.
• O custo de oportunidade de passar da alternativa B para C, para produzir – se
mais 3.000 toneladas de manteiga e 2000 de canhões;
• Ou então: Custo de oportunidade de passar da alternativa C para B, para produzir
– se mais 2.000 canhões o que corresponde a 3.000 toneladas de manteiga.
• O custo de oportunidade também é chamado de custo alternativo ou, ainda,
custo implicito ( pois não implica dispêndio monetário).
• Em harmonia a teoria económica procura – se mostrar que, dada escassez de
recursos, tudo tem um custo em economia, mesmo não envolvendo dispêndio
financeiro.
• Como a máxima lançada pelo o prémio Nobel norte – americano
Milton Friedam da Universidade de Chicago “ Não existe almoço
grátis”.
ANÁLISE NORMATIVA E ANÁLISE POSITIVA

A economia normativa contém um juizo de valor , subjectivo


Por ex: quando afirmanmos que deveria ocorrer uma melhoria
na distribuição da renda, estamos a expressar um suizo de valor
em que acreditamos , isto é, se é uma coisa boa ou má.
Referem –se ao que deveria ser.
A economia positiva, é o conjunto de conhecimentos objectivos, que
respeita todos os cânones cientifico
Assim, permite escolher o instrumento de politica económica mais
adequado para diminuir a concentração de renda ( politica salarial,
politica tributáriaetc.)
Todavia, procura avaliar quais os aspectos positivos ou negati vos
dessa politica (impacto sobre gastos públicos etc. ) “ ao que é “
VARIÁVEIS QUE AFECTAM A DEMANDA
• A demanda de um bem ou serviço pode ser afectado p/ muito
factores:
• Riqueza ( e sua distribuição );
• Renda ( e sua distribuição );
• Preço dos outros bens;
• Factores climáticos e sazonais;
• Propaganda;
• Hábitos, gostos, preferência dos consumidores;
• Expectativas sobre o futuro;
• Facilidades de crédito( tx juro, prazos, disponibilidades)
FUNÇÂO GERAL DA DEMANDA
• = f (, ; ; R, G ) Função Geral da Demanda
• É colocada como dependente das seguintes variáveis,
consideradas as mais relevantes e gerais.
• = quantidade prourada do bem i/t ( t significa num dado período;
• i/t
• = preço dos bens substitutos ou concorrentes/ t
• = preços dos bens complementares/t
• R = renda do consumidor/t
• G = Gostos, hábitos e preferências do consumidor/t
LEI GERAL DA DEMANDA
– O efeito substituição - O bem fica mais barato relativamente aos
concorrentes, com o que a quantidade procurada aumente.
Quando o preço de um bem aumenta, é substituido por outros produtos
similares
Exe: como quando aumenta o preço da carne de vaca compramos
frango, carne de porco etc
O efeito rendimento – o aumento dos preços reduz a quantidade
procurada. Quando o preço sobe ficamos de certa forma mais pobres
do que anteriormente.
Ex: Se o preço da gasolina duplica, ficamos de facto com menos
rendimento, pelo que iremos abrandar o consumo degasolina e de
outros bens
Escala de procura P/ o consumidor “FUNÇÃO DA PROCURA”
𝐷 A
Prod. Preço 𝑄 preço 5
CURVA DA DEMANDA
A 5 9 4 B C/ FORMATO LINEAR
B 4 10 C
C 3 12
3
D
D 2 15
2
1 E
E 1 20

9 10 12 15 20
Para cada preço do
mercado os consumidores Lei da inclinação negativa da procura –
pretenderão comprar uma quando o pço de um bem aumenta
certa quantidade. ( coeteris paribus
Se o preço descer a Os compradores tendem a consumir
quantidade procurada menos desse bem.
subirá. E vice – versa o contrário tb é verdadeiro.
FUNÇÃO DA DEMANDA
• Essa função indica qual a intenção de procura dos consumidores
quando os preços variam, com tudo o mais permanecendo constante.
• Ou seja, ela revela o desejo, a intenção de compra do consumidor, mas
não compra efectiva.
• Asim, a compra efectiva é um único ponto da escal apresentada.
• Todavia, supõe – se que cada ponto da curva de demanda os
consumidores individualmente estão maximizando sua utilidade ou
satisfação restritos pelo nível de renda e pelos preços dados no
mercado.
• Ou seja, todos os pontos da curva representam pontos de tangência
entre as curvas de indeferença e linha de preços, para cada
consumidor.
FUNÇÃO DA DEMANDA

Existem duas óticas altenativas inerentes a concepção da curva


de demanda:
1ª dado o preço, qual é aquantidade máxiam que o consumidor
está dispostoestá disposto a comprar
2ª Dada a quantidade, qual é a disposição máxima a pagar por
parte do consumidor

A economia recorrendo a Matemática


estabelece a relação entre a demanda e o
preço através de uma função linear, do tipo
= a - Por exemplo = 20 – 2p.
Relação entre quantidade procurada e preços de outros bens e
ssrviços
• Nessa relação da origem a dois importantes conceitos:
• 1º Bens substitutos;
• 2º Bens complementares.
• No concernente a bens substitutos também designados de
concorrentes: o consumo de um bem substituto o consumo do
outro:
• = f (), supondo , R , G constantes.
• 0
Relação entre quantidade procurada e preços de outros bens e
serviços
Bens substitutos ou sucedâneos - São os bens que, em alternatva,
podem ser usados para a satisfação de uma necessidade.
Consideram – se como substitutos as carnes de vaca e porco da o frango
Os sucedâneos apresentam uma curva que desloca para direita, isto é,
todos consumidores dado a subida do preço deixam de consumir carne
de vaca refugiando como alternativa na carme de porco , frango, tec-

Px Supondo aumento no
preço de carne de vaca

´
𝐷
D
Qx
BENS COMPLEMENTARES
• São bens para os quais a utilização de uma implica,
necessariamente, a utilização do outro para a satisfação de
uma necessidade:
• São exemplos de bens complementares: camisa social e
gravata; pão e manteiga;sapato e meia; etc( Obs: São bens
consumidos em conjunto.)
• = f (), supondo , R , G constantes.
• 0
• Assim, um aumento no preço dos automóveis deverá diminuir
a procura de gasolina, coeteris paribus.
• Graficamente temos a figura que retrata o comportamento dos
Demanda de um bem e renda do consumidor ( R)
• a) 0 : Bem normal: da renda levam ao da demanda do
bem.
•b ) 0 : Bem inferior : da renda levam ao da demanda do
bem.(Peito alto, roupas fardo etc; )
• C ) = 0: Bem neutro: Se aumentar a renda do consumidor, não
aumentará a demanda do bem. ( são ex: cesta básica, como
açúcar,sal, arroz, etc, que tendem a ter uma participação cada
vez menor orçamento do consumidor, á medida que sua renda
aumenta e é neutro porque a renda do consumidor não se
altera.
• Ou seja, a variável renda não é significante para explicar o
comportamento da demanda nesse mercado.
Demanda de um bem e hábitos dos Consumidores ( G )
• Os hábitos, preferências ou gostos ( G ) podem ser alterados, “manipulados “ por
propaganda e campanhas promocionais.
• Podemos ter campanhas para aumentar o consumo ou para diminuir o consumo
de bens, como nos exemplos que temos: O fumo é prejudicial
`saúde
“ Beba mais P
P Cigarro
Leite leite”

𝐷1 D0

𝐷0 D1

Q
cigarro
O Conceito de Excedente do Consumidor
• O excedente do consumidor – é o benefício líquido que o consumidor
ganha por ser capaz de comprar um bem ou serviço.
• É diferença entre a disposição máxima a pagar por parte do
consumidor e o que efectivamente paga.
200

180

160
140
Preço de mercado
120

1 2 3 4 5 Qd
BENS COMPLEMENTARES

P Supondo
Litro
Gasolina

5.00
𝐷0
𝐷1
Outros exemplos
0 de bens complementares:
Q
150 200
Camisa social e Gravata; Pão e manteiga; Sapato e meia; Pneu e câmara.
L. gasolina
PARADOXO DE GIFFEN
• O Paradoxo ou Bem de Giffen é uam excepção à Lei Geral da Demanda, em que
acurva de demanda é positivamente invlinada, ou seja , há uma relação directa, e
não inversa, como usual, entre a quantidade demamdada e o preço do bem.
• O bem de Giffen é um caso especial de bem inferior.
• Portanto, o preço da batata caiu, bem como a quantidade demandada; ou seja,
nesse caso a curva de demanda ´positivamente inclinada como mostra a figura:
• Preço Demanda de
da batatas
batata

Qt procurada de
batata

PARADOXO DE GIFFEN
EXERCÍCIOS S/ DEMANDA DE MERCADO
• Exerc.01 Qd= 30 – 1,5ps + 0,8py + 10R, ( Pretende – se ) :
a) O bem y é complementar ou substituto de x ? Por quê?
Resposta: Trata -se de um bem substituto, isto é indicado pelo sinal
positivo do coeficiente de py ( + 0,8). Indica que, se py aumentar, qx
também aumentará, coeteris paribus.
b ) O bem x é normal ou inferior? Por quê?
É um bem normal: o sinal do cofeciente da variável (R) é positivo (+ 10)
c ) Supondo : Py = 1 ; Px= 2 e R = 100.
Qual a quantidade procurada de x?
Basta substituir os valores de px, py, e R na equação dada:
Qx = 30 – 1,5( 1) + 0,8(2 ) + 10 ( 1000) → qx = 1.030,1
EXERCÍCIOS S/ DEMANDA DE MERCADO
• Exerc. 02 – qd = 300 – 1,2px – 0,9py – 0,1R :
• Pede – se
• a ) O bem x é normal ou inferior?
• Resolução: è um bem inferior: o sinal do coefiiente da (R) é negativo ( - 0,1).
• b ) o bem y é complementar ou substituto a x? Por quê?
• R: É complementar: isso é indicado pelo sinal negativo do coficiente de py (- (
- 0,9)
• c) O bem x seria um bem de Giffen ? Por quê?
• R: Não é bem de Giffen, pois o sinal do coeficiente de variável px é negativo.
Para ser um bem de Giffen, é necessário que, simultaneamente, o sinal do
coeficiente de px seja positivo ( indicando curva de demanda positivamente
inclinada) e o sinal do coeficiente R, negativo ( indicando bem inferior).
EXERCÍCIOS DE DEMANDA
• Exerc. 03
• Supondo: Px = 2 ; Py= 1 ; R = 100:
• a) Qual a quantidade procurada de x?
• R: Qx= 300 – 1,2(2) – 0,9( 1) – 0,1 ( 100) → Qx= 286,7
• b ) Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a
quantidade demandada de x ?
• R: 150( 50% sobre R) = 100
• Qx= 300 – 1,2 ( 2 ) – 0,9(1) – 0,1 ( 150 ) → Qx = 281,7.
ANÁLISE DA OFERTA DE MERCADO
• Oferta – é a quantidade de determinado bem ou serviço que os
produtorese vendedores desejam vender em determinado período.
• A oferta representa um plano ou intenção dos produtores ou
vendedores, e não a venda efectiva.
• As quantidades ofertadas são pontos em que os vendedores estão
maximizando seus lucros.
A função geral da oferta de um bem ou serviço está determinada pelas
seguintes variáveis:
= f( Pi, m,Pn, T, A)
Onde:
= quantidade ofertada do bem i/t
FUNÇÃO GERAL DA OFERTA
Pi = preço do bem i/t
m = preço dos factores e insumos de produção m ( mão- de – obra,
matérias primas etc)
Pn= preço de outros n bens, substitutos na produção
T = tecnologia
A = factores climáticos e / ou ambientais
Função Geral da Oferta
• 0 : Se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a
produzirem mais, coeteris paribus, pois a receita e o lucro
aumentaram.
FUNÇÃO GERAL DA OFERTA ( ESCALA DE OFERTA )
Graficamente 𝑆𝑖
5
Dt
PREÇO
Ofertada 4
1,00 10 3
2,00 15
2
3,00 20
4,00 25 1
• Esta escala mostra como os empresários reagem, quando se altera o preço do
5,00 30
bem ou serviço, coeteris paribus.
• A curva da oferta pode ser interpretada sob duas perspectivas: dado o preço, a
quantidade máxima que o produtor estará disposto a ofertar, ou
alternativamente, dada a quantidade, o preço mínimo que o produtor estará
disposto a receber por essa quantidade.
PREÇO DOS FACTORES E INSUMOS DE PRODUÇÃO
• <0
• Se, por exemplo, o preço do factor terra aumenta, diminui a oferta de
café, coetris paribus ( desloca – se em virtude do aumento de preço da
terra.
• Omesmo vale para os demais factores de produção, como mão. De –
obra, matérias – primas, energia etc.
Supondo
S1
P Preço de
café S0
Factor Terra

Verifica – se um
deslocamento da oferta,
Qs: café
dado um aumento no preço
de um factor de produção.
PREÇO DOS FACTORES E INSUMOS DE PRODUÇÃO
• < 0 → Se por exemplo, o preçp da cana de açucar aumentar, e dado o
preço do arroz, os produtores diminuirão a produção de arroz para
produzir mais cana – de- açucar, coeteris paribus, como mostra a figura
a seguir. O arroz e cana – de açucar são bens substitutos na produção.

S1
arroz Supondo um aumento
S0 do Preço da cana - de -
arroz açucar

• Deslocamento da (S) dado um no preço de um bem substituto n/ Pr.


FACTOR TECNOLOGIA E FACTOR CLIMA
• > 0 → Se por exemplo, ocorre um avanço da tecnologia, diminuem os custos de
produção, aumentando a oferta de bens e serviços como se segue:
S0
• Pi
>0 S1

qi
• >0 P0
P1

P1 P0

a) Mudança favorável no b) Mudança


clima desfavorável no clima
EQULIBRIO CURVA DA OFERTA E DA PROCURA
P Excesso
D S
5

4
Ponto de
3 C
equilibrio
2 S
1 Excassez D

0 10 15 20
5

O preço e a Qt de equilibrio do mercado verifica- se na intersecção das curvas da (S) e da ( D ).


Ao preço de 3 Usd no ponto C as empresa estão dispostas a fornecer o que os consumidores
pretendem comprar.
Quando o preço é demasiado baixo ex: 2 usd a Qt ( D ) excede a QT oferecida, há excassez.
Ao preço de 4Usd há um excesso da (S ). E os preços tendem a diminuir até ao equilibrio.
O CONCEITO DE EXCEDENTE DO PRODUTOR
• O Execedente do produtor é o ganho em bem estar pelo facto
de o produtor receber no mercado um preço maior que aquele
mínimo que viabilizaria sua produção.
• Dado um preço de mercado de 120 Usd, o produtor estaria
disposto a receber, para produzir a primeira unidade, um preço
mínimo de 60Usd e pela 70Usd pela segunda.
• Todavia, na prátia ele recebe o preço de mercado, ganhandoa
diferença entre o preço de mercado e sua disposição mínima a
receber
• Veremos na figura o excente do produtor representada pela
área pintada.
EXCEDENTE DO PRODUTOR ( Gráfico )
Pi
S
Preço de
120 mercado
100

90
80
70
60

1 2 3 4 5 6 Qs
Exercícios S/ Equilibrio de Mercado ( Simples)
• Exerc. 01
• Dados D = 22 – 3p e S= 10 + 1p
• a ) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.
• b ) Se o preço for Usd 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda?
Qual a magnitude desse excesso ?
• Resolução:
• a ) D= S → 22 – 3p = 10 + 1p → 4p + 12 →Po = 3
• Para determinar Qd, basta substituir o valor de Po = 3 em qualquer das
funções ( D ou S ): Assim temos; D = 22 – 3 ( 3 ) = 22 -9 →Qd = 13 ou
na função da ( S )
• S = 10 + 1 ( 3) = 10 + 3 →QS = 13 logo Qo = 13 ponto de intercepção.
Exercícios S/ Equilibrio de Mercado ( Simples
• b ) Para p = 4 a quantidader procurada é :
• D= 22 – 3p = 22 – 3( 4 ) → Qd = 10 e a Qs = 10+ 1( 4 ) →Qs = 14
• Logo Qs > Qd e existe um excesso de oferta de 4 und ( 14 – 10 )
• Exerc. 02
• Dados :
• = 2 – 0,2Px + 0,0R
• = 2 + 0,1Px
• Supondo a renda R = 100,
• Pede – se
• a ) Preço e quantidade de equilibrio do bem X
• b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a
quantidade de equilibrio do bem X
Exercícios S/ Equilibrio de Mercado ( Simples
• a) Qd = Qs
= 10
• 2- 0,2Px + 0,03 (100) = 2+0,1Px →
=3
• B Como a renda passou de 100 para 120 , a função demanda fica
• = 2- 0,2Px + 0,03 ( 120 ) e = 5,6 – 0,2Px
• Igualando com a função oferta, que não se alterou chega – se a
• Px 12 de equilibrio e a quantidade de equilibrio de 3,2
• Exer . 03 ( proposto)
• Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas,
respectivamente pelas seguintes equações:
• Qs= 48 + 10P e Qd= 300 – 8P
• Determine o preço e a qt de equilibrio:
• Resposta:
• Po = 14 e Qo= 188 FIM ( Capitulo)

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