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Economia, vamos aos números!

Modelando situações e
entendendo contextos

Profa.: Carolina Freitas


O que é economia…
… e por que é importante estudá-la.

Economia é o nome dado à tomada de decisões feita pelos seres


humanos frente à escassez.

As decisões podem ser individuais, Ou podem ser decisões coletivas,


familiares ou de empresas. como de governos, envolvendo
uma região ou um país.

Microeconomia Macroeconomia
Escassez

Quais recursos são básicos para a vida de um ser humano?


● Alimentação
● Moradia
● Saúde
● Educação
Todas as pessoas têm acesso a esses recursos?
A escassez significa que estes e outros recursos, como emprego,
terra, matéria-prima e ferramentas são finitos.
“Temos nosso próprio tempo”
O recurso irrevogavelmente escasso que temos é o tempo.
Sejam ricos ou pobres, todos possuem apenas 24 h durante o dia
para conseguir rendimentos que possam adquirir os bens e
serviços desejados.
Escolhas

Tomamos decisões
todos os dias, e isso
significa lidar com as
informações que
possuímos naquele
instante específico.
Não temos todas as
informações
suficientes, mas
fazemos escolhas
mesmo assim.
O problema da escassez
A força de trabalho do Brasil é de
cerca de 174 milhões de pessoas,
mas apenas 38% desse valor tem
ocupação (dados de 2020).
Enquanto cresce a população
total e a população em idade de
trabalhar, a população ocupada
tem diminuído. O desperdício da
força de trabalho é preocupante
para o futuro do país.
O problema da escassez
A importância dos dados
Os dados são de máxima importância pois eles descrevem e mensuram
as questões e problemas que a economia busca compreender.

As principais fontes de dados econômicos no Brasil são o IBGE (Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística) e o IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada).
A Riqueza das Nações
Os conceitos de divisão de trabalho e
especialização foram trazidos
primeiramente por Adam Smith em seu
livro “A Riqueza das Nações” (1776).

Divisão do trabalho: os meios de produção


de um produto ou serviço está dividido em
um número de tarefas que trabalhadores
diferentes realizam, no lugar de várias
tarefas feitas por uma mesma pessoa.
Adam Smith (1723–1790)
A Riqueza das Nações
Para exemplificar a ideia de divisão do trabalho, Smith citou que a
produção de um alfinete exige 18 tarefas diferentes que são realizadas
por diferentes trabalhadores.

Pense nas divisões de trabalho


existentes em um restaurante:
Há o chef, o sous chef, os ajudantes
de cozinha, garçons, recepcionista,
zeladores e as funções de gerência.
Por que a divisão de trabalho aumenta a produção?
Quando o trabalho é dividido em tarefas para a produção de um bem
ou serviço, trabalhadores e administradores conseguem uma
quantidade maior de resultados. Smith notou que um fabricante de
alfinetes conseguia produzir, sozinho, 20 peças. Enquanto que uma
fábrica pequena com 10 trabalhadores poderia produzir 48 000
alfinetes em um único dia.
Como isso era possível?

Adam Smith
apresentou
algumas
razões…
Por que a divisão de trabalho aumenta a produção?
Primeiro, a especialização de uma tarefa
permite que um trabalhador assuma uma
posição em que ele tem mais habilidade
(ou desenvolva essa habilidade). Assim,
aumenta-se a eficiência da tarefa,
realizando-a mais rápido e com qualidade.
Segundo, a especialização permite que os
administradores usem a vantagem da
economia de escala, ou seja, quanto maior
a produção de um bem ou serviço, menor é
o custo para cada bem ou serviço
individualmente.
Para Adams, a divisão e especialização do trabalho são uma força contra o problema da escassez.
Trocas e mercados

A especialização do trabalho só faz sentido se os


trabalhadores conseguirem usar o salário que
recebem com seu trabalho para adquirir bens e
serviços que eles precisam. Ou seja,
especialização requer troca.
No lugar de aprender todo o conhecimento e
habilidades necessárias para a obtenção de
bens e serviços do seu interesse, o mercado
permite que o trabalhador troque seu
conhecimento especializado por um salário que
possa adquirir estes bens e serviços.
“Tempos Modernos”
No longa-metragem de
1936, Charles Chaplin
critica a divisão e
especialização do trabalho
iniciados na Revolução
Industrial (1760-1840).
https://youtu.be/ZOvVWMmFWE4
Teorias e modelos para compreender questões
econômicas

A visão dos economistas sobre o mundo baseia-se em


pressupostos específicos sobre o comportamento humano.
Contudo, tais pressupostos são, na maioria das vezes, diferentes
dos usados por psicólogos e antropólogos.
Teoria é uma representação simplificada de como duas ou mais
variáveis interagem uma com a outra. É uma busca pelos
elementos chave de uma situação estudada.
Modelo trata-se de uma simplificação que pode ser aplicada para
testar teorias.
https://youtu.be/lBNaotSoSg4
Modelo inicial de economia - Economia circular

Neste modelo, a
economia é vista
como constituída por
apenas dois grupos:
empresas e famílias
que interagem em
dois mercados: o de
bens e serviços e o de
fatores de produção.
A complexidade econômica
Pensar no sistema econômico moderno inclui pensar na produção
de todos os bens e serviços, nas compras e vendas, nos empregos. A
vida econômica de cada indivíduo está interligada, ao menos até
certo ponto, com a vida econômica de milhares ou mesmo milhões
de outros indivíduos.
Quem organiza e coordena esse sistema? Quem garante que, por
exemplo, o número de televisores que uma sociedade oferece é igual
ao que ela precisa e deseja? Quem garante que o número certo de
funcionários trabalhe na indústria eletrônica? Quem garante que as
televisões sejam produzidas da melhor maneira possível? Como tudo
é feito?
Maneiras de organização da economia

Economia tradicional Economia de mercado Economia planificada

Economia tradicional é um Em uma economia


sistema econômico Uma economia de planificada, o governo
tradicional baseado em mercado é um sistema decide quais bens e serviços
costumes, história e serão produzidos e que
econômico no qual as
crenças consagradas pelo preços cobrará por eles. O
tempo. decisões relativas a governo decide quais
investimento, produção métodos de produção usar
Geralmente dependem da e estabelece os salários dos
e distribuição são
agricultura, pesca, caça e trabalhadores. O governo
da coleta. Sua guiadas pelos sinais de
fornece muitos recursos de
comercialização preços criados pela lei
necessidade, como saúde e
frequentemente se dá por da oferta e da demanda. educação gratuitamente.
meio do escambo.
Maneiras de organização da economia
Economia mista
Na atualidade, o conceito de "economia mista" é muito usado
como sinônimo de modelos mistos entre economia de mercado
e economia orientada, planejada, ou ainda economia planificada.
Como modelos ideais puros nunca existiram, teoricamente todo
sistema econômico poderia ser considerado misto em algum
grau. Muitas vezes o conceito de economia mista também é
usado também como sinônimo de modelo híbrido entre grandes
sistemas socioeconômicos como o capitalismo e o socialismo,
embora existam diferentes modelos de regulação econômica
nestes dois sistemas.
Regulamentações: a regra do jogo
Mercados e regulamentações governamentais
estão sempre emaranhados. Não existe um
mercado absolutamente livre. Os regulamentos
sempre definem as “regras do jogo” na
economia.
As economias que são principalmente
orientadas para o mercado têm menos
regulamentações – idealmente apenas o
suficiente para manter um campo de jogo igual
para os participantes. No mínimo, essas leis
Os navios de carga são um
modo de transporte de produtos regem questões como proteger a propriedade
numa economia globalizada. privada contra roubo, proteger as pessoas da
violência, fazer cumprir contratos legais, prevenir
fraudes e arrecadar impostos.
Regulamentações: a regra do jogo
Por outro lado, mesmo as economias mais
orientadas para o comando operam
usando mercados. De que outra forma
ocorreria a compra e venda? O governo
regula fortemente as decisões sobre o que
produzir e os preços a serem cobrados.
Economias fortemente regulamentadas
geralmente têm economias clandestinas
(ou mercados negros), que são mercados
onde os compradores e vendedores fazem
Um vendedor do mercado negro transações sem a aprovação do governo.
retratado em grafite na Carcóvia,
Ucrânia (2008).
O crescimento da globalização
As últimas décadas viram uma tendência em
direção à globalização, que é a expansão das
conexões culturais, políticas e econômicas
entre as pessoas ao redor do mundo.
Uma medida disso é o aumento da compra e
venda de bens, serviços e ativos além das
fronteiras nacionais – em outras palavras, o
comércio internacional e os fluxos de capital
financeiro.
A globalização ocorreu por uma série de
razões. Melhorias no transporte, como navios
cargueiros e transporte aéreo, reduziram os
custos de transporte.
O crescimento da globalização
Inovações em computação e telecomunicações
tornaram mais fácil e barato gerenciar conexões
econômicas de produção e vendas de longa
distância. Muitos produtos e serviços valiosos na
economia moderna podem assumir a forma de
informação – por exemplo: software de
computador; consultoria financeira;
planejamento de viagens; música, livros e filmes;
e plantas para projetar um edifício.
Esses produtos e muitos outros podem ser
transportados por telefones e redes de
computadores a custos cada vez menores.
Finalmente, acordos e tratados internacionais
entre países encorajaram um maior comércio.
Exportação e importação
As exportações são os bens e
serviços produzidos internamente e
vendidos no exterior. As
importações são os bens e serviços
produzidos no exterior e depois
vendidos no mercado interno.
O produto interno bruto (PIB) mede
o tamanho da produção total em
uma economia. Assim, a razão entre
exportações e PIB mede a parcela da
produção econômica total de um
país que é vendida em outros países.
Dados - Rank de exportação do mundo

Fonte: https://www.theglobaleconomy.com/rankings/exports/
Dados - Brasil - Exportação
Se as exportações forem de cerca de
15% ou menos do PIB, a economia é
considerada relativamente fechada,
pois apenas 15% de seus produtos
são vendidos internacionalmente.

Fonte: https://www.theglobaleconomy.com/Brazil/exports/
Dados - Brasil - Importação

Fonte: https://www.theglobaleconomy.com/Brazil/Imports/

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