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Noções gerais de economia

1- Conceito
ECONOMIA: é o estudo da organização social (economia = ciência social), através da qual os
homens satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos. Desta forma, o objeto da ciência
Econômica é o estudo da escassez e ela se classifica entre as ciências sociais.
PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS: podem ser divididos em quatro:
O QUÊ produzir? Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos (carros, cigarros,
café, vestuários).
QUANTO produzir? Em que quantidades estes produtos deverão ser colocados à disposição
dos consumidores;
COMO produzir? Isto é, com que recursos, de que maneira (processo técnico) e por quem
serão produzidos os bens e serviços;
PARA QUEM produzir? Ou seja, para quem se destinará a produção (certamente para os que
tem renda).
Seria fácil entender que QUAIS, QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir não seriam
problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados, Entretanto, existem na realidade ilimitadas
necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nestas restrições, a
Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos, e os processos técnicos capazes de
transformar os recursos escassos em produção.

ALGUNS PROBLEMAS ECONÔMICOS:


a- Por que o nordestino possui uma renda per capita inferior a do gaúcho?
b- Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação?
c- Porque a queda na cotação de uma bolsa de valores no outro lado do mundo influencia a nossa
economia?
d- Por que os impostos sobre alguns produtos como cigarros, veículos e eletrodomésticos são
elevados?
e- A propaganda cria necessidades ou apenas informa sobre as características dos bens e serviços?
f- Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar?
g- Por que a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma estiagem que reduz a produção?
h- Por que estudar economia quando o lazer é mais atraente?

SETORES ECONOMIA
Para facilidade de estudo e compreensão do estudo da economia, podemos dividi-la em setores
econômicos, como segue:
1º) Setor primário: compreende toda produção agropecuária e o extrativismo (mineral e
vegetal) e seus agregados, isto é, tudo que está envolvido nos agronegócios;
2º) Setor secundário: compreende a indústria de transformação de bens;
3º) Setor terciriário: compreende todo ramo do comércio e serviços.

ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA
Em função das limitações de recursos produtivos e técnicos, as nações procuram organizar sua
economia para resolver o que e quanto, como e para quem produzir de forma eficiente, isto é, com o
menor desperdício possível. Existem basicamente duas formas de organizações econômicas:
1- Centralizada, do tipo Chinês ou Cubano;
2- Descentralizada ou economia de Mercado, do tipo ocidental, que se divide em:
2.1. Livre Iniciativa ou Sistema Privado de Preços;
2.2. Economia Mista de Mercado.

1) Funcionamento de uma economia centralizada


Nas economias centralizadas, os problemas básicos da economia (o quê e quanto, como e
para quem) são determinados pelos órgãos planejadores centrais. O planejamento é formulado da
seguinte maneira, numa simplificação grosseira:
- Primeiro: faz-se um inventário das necessidades humanas a serem atendidas;
- Segundo: faz-se um inventário dos recursos e das técnicas disponíveis para produção;
- Terceiro: com base nestas disponibilidades, faz-se uma seleção das necessidades prioritárias e
fixam-se as quantidades a serem produzidas de cada bem – as chamadas metas de produção e
consumo.
1.1. Os preços e organização da produção
Durante o processo de produção, os preços são apenas recursos contábeis que facilitam o
controle da eficiência com que os produtos são elaborados, e são calculados com base em empresas de
eficiência média. Assim, se uma fábrica estiver produzindo de forma pouco eficiente, os prejuízos
financeiros logo apontarão a falha; no caso de eficiência maior que a média, aparecerão os lucros. A
maior parte deste lucro vai para os cofres do governo; uma parte é usada para o crescimento da
empresa se este crescimento não for contra os planos do governo; e outra parte é repartida entre
administradores e operários, como prêmio pela eficiência demonstrada.
Desta forma, os preços servem para medir o grau de eficiência de operação das diversas
empresas.
Numa economia centralizada, a expansão e a contratação industriais são determinadas pelo
governo, e não pelo sistema de preços. Desta forma, se o governo achar que certa indústria é vital para
a economia do país, ela irá prosperar, independente da sua eficiência e presença de prejuízo. Da
mesma forma o governo poderá decretar o fechamento de empresas altamente eficientes, apesar dela
estar dando lucros.
Os trabalhadores não são livres na escolha profissional. Os salários oferecidos pelas empresas
são de acordo com a maior eficiência do trabalho, em geral são dependentes da produtividade e
especialização do trabalhador. Isto é uma tentativa para motivá-lo ao trabalho e desenvolver suas
capacidades.
A agricultura é composta pelas fazendas estatais e pelas coletivas. As estatais pertencem e são
totalmente dirigidas pelo governo, sendo responsáveis pela maior parte da produção. As fazendas
coletivas pertencem às famílias membros e são responsáveis pelo restante da produção de alimentos.
1.2. Os preços e a distribuição da produção
A segunda função dos preços resume-se no caso dos mesmos serem empregados para auxiliar a
distribuição dos produtos, evitando assim que o governo seja obrigado utilizar o sistema de
racionamento. Enfim, os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo para eliminar
qualquer excesso ou qualquer falta persistente de produção (regular estoques). Desta forma, pode
haver uma diferença muito grande entre o preço de produção e o de venda. Quanto maior for a falta do
produto (escassez), maior será o imposto, e maior seu preço de venda.
Em outros casos, os preços de venda podem ser inferiores aos custos de produção, numa
tentativa do governo para encorajar o consumo de produtos que tem perspectiva de produção alta ou
que tenham estoques muito grandes. Neste caso, o governo vai subsidiar o consumo destes produtos.
Por outro lado, os consumidores são livres na escolha dos produtos postos à venda nas lojas
governamentais ou nas cooperativas de consumo.
1.3. Propriedade Pública
Os meios de produção como máquinas, edifícios, matérias primas, instrumentos, tratores e
caminhões, terras, minas, bancos, entre outros, são considerados como pertencentes ao povo, isto é,
propriedade coletiva. Mesmo assim existem meios de produção de propriedade privada de pequenas
atividades artesanais (sapateiro, alfaiate) e camponesas (pequenas propriedades, instrumentos
agrícolas).
Os meios de sobrevivência como roupas, carros, eletrodomésticos, móveis, pertencem aos
cidadãos, fora às residências, que pertencem ao Estado.

2) O Sistema de preços numa economia de mercado


Para entender o sistema de preços, vamos descrever uma economia de livre iniciativa sem a
intervenção do governo. Aqui, o Estado apenas participa da vida econômica com ações regulatórias
para o caso em que os conflitos privados não conseguem soluções através do mercado. Neste caso, o
papel do governo é marginal.
2.1) O SISTEMA PRIVADO DE PREÇOS (LIVRE INICIATIVA)
Numa economia privada de livre iniciativa nenhum agente econômico (indivíduo ou empresa)
se preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços.
Preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios negócios. Procuram apenas sobreviver na
concorrência imposta pelos mercados, tanto na compra e venda de produtos finais como na dos fatores
de produção (produtos finais  fatores de produção). Todos correm riscos, porém, riscos previstos; o
futuro é incerto, mas as projeções se apoiam nas probabilidades de ocorrência, daí o risco estimado. O
lucro, nesta situação, pode ser o prêmio pelo risco assumido.
Ocorre que todos agindo desta forma egoísta, no conjunto dos indivíduos e empresas permite
que centenas de milhares de mercadorias sejam produzidas como um fluxo constante, mais ou menos
voluntariamente, sem uma direção central.
Por exemplo, sem constante fluxo de produtos, entretanto e saindo, pode-se imaginar a
população de nossas cidades, especialmente cidades como Porto Alegre e São Paulo, por exemplo,
ameaçada pela fome dentro de uma semana.
Isto é o bastante para argumentar que um sistema de concorrência de mercados, por mais
imperfeitamente que possa funcionar, não é um sistema caótico ou anárquico. Existe nele certa ordem
e coordenação, isto é, trabalha e funciona.
Como funciona este mecanismo de preços automático e inconsciente? Como se viu
anteriormente, todos bens econômicos têm seu preço.
Suponha que por uma razão qualquer, todos os homens desejem uma maior quantidade de
camisas. Se a quantidade disponível for limitada e inferior à procura, então a disputa entre os
indivíduos para aquisição de camisas acabará por elevar seu preço, eliminando os que não tiverem
meios de comprar. Com a alta do preço, mais camisas serão produzidas, podendo posteriormente
baixar de preço.
Da mesma forma, imagine que há um excesso de sapatos no mercado, além da quantidade
procurada. Como resultado da concorrência entre os vendedores o seu preço baixará. Um preço mais
baixo estimulará o consumo de sapato e os produtores procurarão se ajustar à quantidade adequada.
Assim, o desejo dos indivíduos determinará a magnitude (quantidade, tamanho) da demanda, e
a produção das empresas determinará a magnitude da oferta. O equilíbrio entre a demanda e a oferta
será sempre atingido pela flutuação do preço.
O mecanismo de preços é um grande sistema de tentativas e erros, de aproximações sucessivas,
para alcançar o equilíbrio entre oferta e demanda. Isto tanto é verdade no mercado de bens de
consumo, quanto nos de fatores de produção, tais como trabalho, terra e capital.
Pode-se notar que os problemas básicos da economia quais, quanto, como e para quem produzir
podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e pelo mecanismo dos preços. O consumidor
tentará maximizar a utilidade e o produtor, o lucro.
Quais os bens que serão produzidos, serão decididos pela procura dos consumidores no
mercado.
O dinheiro pago ao vendedor será redistribuído em forma de renda como salários, juros ou
dividendos aos consumidores. Assim fecha-se o círculo. O consumidor sempre tentará maximizar a
utilidade ou a satisfação;
Quanto produzir, será determinado pela atuação dos consumidores e dos produtores no
mercado com os ajustamentos dados pelo sistema de preço;
Como produzir é determinado pela concorrência entre os produtores. O método de fabricação
mais barato ou eficiente deslocará o ineficiente e o mais caro, podendo assim o concorrente sempre
sobreviver no mercado produtor. O objetivo do produtor será sempre o de maximizar lucros;
Para quem produzir será determinado pela oferta e procura no mercado de serviços: por
salários, juros, aluguéis e lucros, que em conjunto formam as rendas individuais, relativas a cada
serviço e ao conjunto de serviços. A produção destina-se a quem tem renda para pagar e o preço é o
instrumento de exclusão.
Por exemplo, suponha que os consumidores desejem consumir sapatos, moradias e café, cujas
quantidades dependerão dos preços dos bens e dos orçamentos de cada indivíduo. A fim de atender à
demanda desses bens, as empresas ofertarão quantidades que variam com:
- Os preços dos bens;
- Os custos para produzir cada um desses bens.
Resumindo, sistema de preços descreve a ação conjunta da demanda e da oferta nos seguintes
termos: os consumidores, após escolher os bens desejados dirigem-se ao mercado com suas rendas e
hábitos determinados á fim de comprarem os bens e maximizarem suas satisfações; do outro lado, os
produtores ofertam os bens no mercado, considerando seus custos de produção, á fim de maximizar
seu lucro total.
Desde que a quantidade ofertada de um bem seja diferente da quantidade demandada, o preço
flutuará até que a igualdade se forme, determinando uma quantidade e um preço de equilíbrio que
satisfará aos consumidores e aos produtores.
O mesmo se dará no mercado de fatores de produção: o salário de equilíbrio é aquele
estabelecido onde força de trabalho a ser empregada é igual à ofertada pela coletividade.
O sistema de preços coordena as decisões de milhões de unidades econômicas, faz com que se
equilibrem uns aos outros, e força ajustamentos paras tornar estes preços condizentes com o nível
tecnológico e com a quantidade de recursos disponíveis.
2- ECONOMIA MISTA DE MERCADO (A presença do Estado)
Uma economia de mercado tem algumas metas:
- Eficiente alocação de recursos escassos, isto é, proporcionar meios para os produtores (de
bens e fatores de produção) disporem de recursos escassos;
- Distribuição justa de renda (não confundir com igualdade, fato inexistente);
- Estabilidade de preços (ou baixíssima inflação);
- Crescimento econômico
As falhas deste sistema são basicamente duas:
Imperfeições na concorrência dos mercados - É caracterizada pela presença de poucos
produtores com a existência de monopólios ou oligopólios e sindicatos, que transformam os mercados
impessoais em pessoais, para de eles tirar vantagens econômicas, pela cobrança de preços muito acima
dos custos de produção;
Efeitos externos - O mercado é incapaz de tomar para si ao contabilizar seus benefícios e /ou
custos. Por exemplo, o custo de poluição do ar pelas fábricas sobre as famílias, da contaminação do
lençol freático por empresas suinícolas, não é cobrado no preço dos produtos. Existem custos para
alguns que não são pagos por ninguém. Outro exemplo é o caso do uso das estradas públicas por
usuários que não são os virtuais pagadores, porque estas são construídas com tributos em geral.
As imperfeições de concorrência levam à má distribuição de renda e de bem-estar, e somente a
atuação do Estado pode corrigir. Regulamentando a ação dos oligopólios ou investindo nas áreas
sociais para reduzir os focos de pobreza. Muitas vezes, a presença do Estado na Economia se dá
através de empresas estatais, produzindo o que o setor privado poderia fazer, mas não o faz por falta de
capital (Cosipa, Eletrobrás, Telebrás, Petrobrás, CVRD), ou por medida de segurança nacional, ou
mero nacionalismo político. Assim, a intervenção do Estado na economia multiplica-se e vai além das
suas funções convencionais de educação, saúde, infra-estrutura (transporte, saneamento), justiça,
defesa nacional.

2.3- ELEMENTOS DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA


2.3.1. Capital
É o estoque (=conjunto) de bens econômicos heterogêneos, tais como máquinas, instrumentos,
fábricas, terras, matérias-primas, entre outros capazes de reproduzir bens e serviços.
No conjunto de uma nação, aquilo que a comunidade está disposta a poupar, isto é, aquilo que
está disposta a se abster de consumir no presente para esperar um consumo futuro constitui os recursos
que esta comunidade pode destinar para a formação de novo capital. Isto que dizer que se sacrifica o
consumo presente para aumentar a produção futura.
2.3.2. – Propriedade Privada
Nossa economia recebe o nome de capitalismo porque este capital é essencialmente
propriedade privada de alguém: o capitalista. É através da propriedade que o capitalismo se apropria de
parte da renda gerada nas atividades econômicas. Desta forma, fica garantido o estímulo à criatividade
e à concorrência. No sistema capitalista, são os indivíduos que recebem os juros, os dividendos, os
lucros e os direitos de exploração dos bens de capital e das patentes.
2.3.3. Divisão Do Trabalho
A economia de produção em larga escala certamente não existiria se a produção ainda se
processasse individualmente, ou por núcleos familiares. A produção em larga escala (massificada) se
deve principalmente à divisão do trabalho, isto é, à especialização de funções, que permite a cada
pessoa usar, com vantagens, qualquer diferença própria em aptidões e recursos.
Exemplo: um só operário, na melhor das hipóteses, poderia montar um automóvel por mês, e
100 operários, 100 automóveis. Mas se subdividirmos as funções numa linha de montagem, de tal
forma que cada operário execute operações simples e repetidas, o grupo, o conjunto poderá montar, no
mesmo prazo, milhares de automóveis semelhantes.
Além disto, a simplificação de funções, se torna possível pela especialização, se presta à
mecanização, isto é, ao uso mais intensivo de capital por trabalhador; evita a duplicidade
antieconômica de instrumentos e poupa o tempo perdido de se passar de uma tarefa para outra.
É evidente, entretanto, que a especialização e a divisão do trabalho levam a uma elevada
interdependência de funções.
2.3.4. – Moeda
A importância da moeda pode ser sentida quando se imagina uma economia de escambo
(trocas), onde uma certa mercadoria é trocada diretamente por outra. Teria que haver dupla
coincidência de necessidades. Por exemplo, um alfaiate faminto teria que encontrar um agricultor que
tivesse, ao mesmo tempo, comida e desejo de ter uma roupa nova. Caso contrário, não haveria
negócio.
Em quase todas as culturas, os homens não trocam mercadorias, mas vendem uma delas por
moeda, e então, usam a moeda para comprar as mercadorias que desejam. A moeda é uma das maiores
invenções da humanidade, e têm na economia quatro funções básicas: meio de troca, reserva de valor,
unidade de conta e padrão para pagamentos que são diferentes no tempo.
Como meio de troca ela facilita enormemente os negócios: para que seja aceita deve manter o
seu poder de compra ao longo do tempo e também ser facilmente reconhecida, divisível e
transportável;
Como unidade de conta reduz bastante o esforço de se conhecer todos os preços relativos entre
si, pois basta conhecê-los em relação à moeda.
Suponha uma economia sem moeda e com três produtos: milho, arroz e verduras. Admita-se o
seguinte sistema de preços: 1 t de milho equivale a 2 t de arroz, que por sua vez equivale a 0,5 t de
verduras. Uma vez que existem três produtos e que o preço de cada um deve ser expresso em termos
dos outros dois, as pessoas deveriam ter em mente um total de seis preços:
Preço do milho em termos de arroz - 1 t milho = 2 t arroz
Preço do milho em termos de verduras - 1 t milho = 0,5 t verduras
Preço do arroz em termos de milho - 1 t arroz = 0,5 t milho
Preço do arroz em termos de verduras - 1 t arroz = 0,25 t verduras
Preço das verduras em termos de milho - 1 t verduras = 2 t milho
Isto parece criar muita confusão e na economia existem milhares de produtos. Como memorizar
todos os preços relativos?
Para simplificar este problema da existência de muitos preços as economias introduziram as
unidades monetárias, como real, dólar, euro, marco, franco, lira, peso, rublo, etc. Todos são padrões de
valor. Assim, todos os preços são expressos simplesmente em termos de unidade monetária.
Do exemplo, se o preço do milho for R$ 1,0/Kg, o arroz será R$ 2,00/Kg e as verduras custarão
R$ 0,50/Kg: somente precisaremos saber três preços.

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