1. Por que os problemas econômicos fundamentais (o que, como e para quem
produzir) originam-se da escassez de recursos produtivos? Resposta: Porque em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos, ou seja, limitados, enquanto as necessidades humanas são ilimitadas e sempre serão ilimitadas. Por exemplo, um país que tem como principal produto de exportação o “café” (conhecido nas relações comerciais internacionais como COMODITY) devido o fato dos solos do país (70% das terras) estarem apropriado somente para o cultivo do café e os 30% restantes são terras devolutas. Com o passar dos tempos ocorre uma crise mundial no mercado financeiro de produtor de gêneros agrícolas, entre os quais os mais afetados foi o “café”. Devido a isso as exportações de café caíram levando junto à economia do país.
Tem-se a necessidade de escolher entre alternativas de produção e distribuição dos
resultados. Tal escolha leva às questões referidas de “O que e quanto produzir” (“Mais bens de consumo ou mais bens de capital?” dada a escassez, nem todos os bens poderão ser fabricados e mesmo a quantidade dos bens a serem fabricados será limitada pela disponibilidade de fatores de produção); “Como produzir” ( a sociedade deverá escolher, dados os fatores de produção - insumos produtivos e tecnologia - disponíveis, o método que maximiza o produto e minimiza o custo de produção. Capital intensivo ou mão de obra intensiva) e finalmente “Para quem produzir” (quais setores serão beneficiados).
2. Por que a escassez se constitui um dos pilares da Ciência Econômica?
Resposta: A escassez é fundamental para a economia, pois é ela quem balanceia o preço do produto ou serviço proporcionalmente aos seus níveis de procura e facilidade de obtê-los, como por exemplo, o valor econômico do petróleo é alto pois ele é raro e possui grande demanda no mundo, saber gerenciar estas questões é conseguir lidar com a escassez e se aproveitar de suas vocações; conseguindo equilibrar isto, uma economia pode se tornar mais forte.
3. Quais as principais semelhanças e diferenças entre uma economia de mercado e
uma economia centralizada? Em sua opinião, qual tipo de sistema econômico é o ideal para uma nação? Por quê? Resposta: Economia de Mercado (capitalista) é um sistema em que a economia é controlada por agentes econômicos de iniciativa privada, ou seja, o próprio mercado, consequentemente terá uma atuação descentralizada, obedecendo à lei da oferta e da procura, essa consiste na fixação de preços mediante a demanda de determinado produto ou serviço. A intervenção do Estado nesse modelo econômico respeita apenas à criação de leis e fiscalização do seu cumprimento. Enquanto na economia de mercado o controle do comércio é privado, na economia planificada (socialista) ela é controlada pelo Estado. Neste tipo de modelo econômico, há sim a lei da oferta e procura, mas essa não dita as leis do comércio, e sim o governo. Por esse motivo, esta também é chamada de economia centralizada.
No sistema capitalista que conhecemos como sistema descentralizado podemos ter
aquilo que chamamos de concorrência pura e concorrência mista. A concorrência pura do liberalismo econômico criado pelo Adam Smith, tem grandes críticas pois ele é uma grande simplificação da realidade isso porque não é somente a lei da demanda e da oferta determina a alocação dos fatores produtivos e a situação distributiva dos bens e serviços produzidos, existe uma série de outros fatores que têm muita influência na precificação final do produto. Então esse modelo sofre um problema fundamental que não leva em consideração fatores que podemos chamar de exógenos a ideia da demanda e da oferta.
Acreditamos que o sistema descentralizado de concorrência mista se adeque melhor
às necessidades de uma nação, as empresas decidem a alocação de recursos produtivos e vão decidir o que produzir, a quantidade e para quem, mas por um outro lado tem a atuação do Estado que oferece bens e serviços como por exemplo educação, justiça e segurança etc. Portanto, dentro de uma concorrência mista tem- se o fator Governo que pode de alguma forma determinar através da carga tributária da oferta de serviços e de bens, determinar como que a economia deve alocar parte dos fatores produtivo e como deve fazer o papel distributivo para a sociedade.
4. O que mostra a curva de possibilidade de produção e qual é a relação conceitual
entre a CPP e a escassez e o pleno emprego? Resposta: A CPP (Curva de Possibilidade de Produção) descreve, em um formato gráfico, a capacidade de produção de um determinado produto, sendo também muito usado para comparar o desempenho produtivo de dois bens de consumo. Com o auxílio da CPP, pode-se escolher um dentre outros recursos escassos, renunciando os outros, levando em conta o custo de oportunidade, visto que haverá um maior benefício em focar apenas no produto que apresenta maior eficiência produtiva. E graças a análise gráfica, pode-se comparar a eficiência produtiva entre produtos e analisar os pontos de produção, que mostram a condição de pleno emprego, onde a produção de determinado produto é máxima, resultando na alta empregabilidade de mão-de-obra graças ao grande impulso econômico. No gráfico acima, a CPP está comparando as capacidades produtivas de dois produtos: farinha e açúcar. Os pontos A, B e C representam a capacidade máxima de produção dos dois produtos, pontos esses que representam o pleno emprego. Já o ponto D representa a capacidade ociosa, onde não há necessidade de sacrifício de um dos produtos, pois há utilização total dos fatores de produção.
5. Explique os deslocamentos da CPP. Aponte suas causas e consequências.
Resposta: Em uma CPP, quando há uma alteração da capacidade produzida, ocorre os deslocamentos na curva, a fim de alcançar uma eficiência produtiva maior. Os acontecimentos que resultam na causalidade destes deslocamentos se dá por meio da alteração( em grande parte, para mais do que já havia) dos fatores de produção e, por conseguinte, atingir uma meta de produção máxima de um produto, acarretando no aumento da taxa de pleno emprego. Em contrapartida, há a possibilidade do aumento da inatividade, ou seja, o desemprego, que seria os pontos dentro da curva, que significam a desnecessidade de aplicação dos fatores de produção nos produtos. Pode-se observar na CPP acima, que o ponto C é, na teoria, impossível de ser alcançado, a não ser pelo aumento e melhora dos fatores de produção, como, por exemplo, a expansão tecnológica.
6. Explique o formato da curva de possibilidade de produção. Qual seria esse formato,
se os custos de oportunidade fossem constantes? Resposta: A curva de possibilidade de produção tem inclinação negativa e é côncava em relação à origem. A inclinação negativa se deve que para produzir mais de um bem é preciso deixar de produzir outro bem. Por exemplo, se a sociedade desejar educação e assistência médica, teria que ser alocado os recursos em detrimentos de um ou de outro, nos extremos do gráfico se optarem por direcionar todo o recurso em educação faltaria em assistência médica e vice-versa. A concavidade se deve à Lei dos Rendimentos Decrescentes. Caso os retornos de escala fossem constantes, não haveria um curva de possibilidade de produção e sim uma reta de possibilidade de produção, negativamente inclinada.
7. Conceitue custo de oportunidade. Qual é sua relação com a escassez?
Resposta: O custo de oportunidade se refere a algo que um indivíduo tem de abdicar para obter outra coisa que deseja, por exemplo, as empresas podem utilizar um recurso de qualidade inferior, porém mais acessível, para a produção de bens (comprar um tecido de menor qualidade e baixar o preço das blusas). A escassez e o custo de oportunidade representam dois conceitos interligados na economia, uma vez que as pessoas e as empresas frequentemente precisam escolher entre recursos escassos. Na maioria dos casos, os recursos econômicos não estão completamente disponíveis em todos os momentos em uma quantidade ilimitada, por isso, temos que fazer uma escolha de quais recursos usar. O custo de oportunidade representa a alternativa que foi renunciada, quando escolhemos usar determinado recurso. Estes dois conceitos têm uma ligação direta, porque, por exemplo, as empresas podem utilizar um recurso de qualidade inferior, porém mais acessível, para a produção de bens.
8. Explique o que vêm a ser argumentos positivos e argumentos normativos em
economia. Resposta: Os argumentos positivos tentam uma aproximação com as ciências exatas (por exemplo, a matemática aplicada na economia) e uma imparcialidade. A análise por meio desse tenta uma fuga aos juízos de valor, limitando-a aos argumentos descritivos ou medições científicas. É uma análise do ‘o que é’. Por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros preços, então a quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina cairá. É uma análise do que é.
Argumentos normativos é uma análise que contém, explícita ou implicitamente, um
juízo de valor sobre alguma medida econômica. É uma análise comportamental, a capacidade de se levar a cabo o improvável. É uma análise do dever ser. Assim, a economia positiva pode ser utilizada como base para se escolher a política mais apropriada, de forma a atender objetivos. Por exemplo, na afirmação “o preço da gasolina não deve subir” expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou seja, se é uma coisa boa ou má. É uma análise do que deveria ser.