Você está na página 1de 5

Alunos: Ana Beatriz Tito de Moraes [433919]

Jonas Victor Rocha Oliveira [470658]

Trabalho do Capítulo 1 - Introdução à economia

Questões:

1. Por que os problemas econômicos fundamentais (o que, como e para quem


produzir) originam-se da escassez de recursos produtivos?
Resposta: Porque em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são
escassos, ou seja, limitados, enquanto as necessidades humanas são ilimitadas e
sempre serão ilimitadas. Por exemplo, um país que tem como principal produto de
exportação o “café” (conhecido nas relações comerciais internacionais como
COMODITY) devido o fato dos solos do país (70% das terras) estarem apropriado
somente para o cultivo do café e os 30% restantes são terras devolutas. Com o
passar dos tempos ocorre uma crise mundial no mercado financeiro de produtor de
gêneros agrícolas, entre os quais os mais afetados foi o “café”. Devido a isso as
exportações de café caíram levando junto à economia do país.

Tem-se a necessidade de escolher entre alternativas de produção e distribuição dos


resultados. Tal escolha leva às questões referidas de “O que e quanto produzir”
(“Mais bens de consumo ou mais bens de capital?” dada a escassez, nem todos os
bens poderão ser fabricados e mesmo a quantidade dos bens a serem fabricados
será limitada pela disponibilidade de fatores de produção); “Como produzir” ( a
sociedade deverá escolher, dados os fatores de produção - insumos produtivos e
tecnologia - disponíveis, o método que maximiza o produto e minimiza o custo de
produção. Capital intensivo ou mão de obra intensiva) e finalmente “Para quem
produzir” (quais setores serão beneficiados).

2. Por que a escassez se constitui um dos pilares da Ciência Econômica?


Resposta: A escassez é fundamental para a economia, pois é ela quem balanceia o
preço do produto ou serviço proporcionalmente aos seus níveis de procura e
facilidade de obtê-los, como por exemplo, o valor econômico do petróleo é alto pois
ele é raro e possui grande demanda no mundo, saber gerenciar estas questões é
conseguir lidar com a escassez e se aproveitar de suas vocações; conseguindo
equilibrar isto, uma economia pode se tornar mais forte.

3. Quais as principais semelhanças e diferenças entre uma economia de mercado e


uma economia centralizada? Em sua opinião, qual tipo de sistema econômico é o
ideal para uma nação? Por quê?
Resposta: Economia de Mercado (capitalista) é um sistema em que a economia é
controlada por agentes econômicos de iniciativa privada, ou seja, o próprio mercado,
consequentemente terá uma atuação descentralizada, obedecendo à lei da oferta e
da procura, essa consiste na fixação de preços mediante a demanda de determinado
produto ou serviço. A intervenção do Estado nesse modelo econômico respeita
apenas à criação de leis e fiscalização do seu cumprimento. Enquanto na economia
de mercado o controle do comércio é privado, na economia planificada (socialista)
ela é controlada pelo Estado. Neste tipo de modelo econômico, há sim a lei da oferta
e procura, mas essa não dita as leis do comércio, e sim o governo. Por esse motivo,
esta também é chamada de economia centralizada.

No sistema capitalista que conhecemos como sistema descentralizado podemos ter


aquilo que chamamos de concorrência pura e concorrência mista. A concorrência
pura do liberalismo econômico criado pelo Adam Smith, tem grandes críticas pois ele
é uma grande simplificação da realidade isso porque não é somente a lei da
demanda e da oferta determina a alocação dos fatores produtivos e a situação
distributiva dos bens e serviços produzidos, existe uma série de outros fatores que
têm muita influência na precificação final do produto. Então esse modelo sofre um
problema fundamental que não leva em consideração fatores que podemos chamar
de exógenos a ideia da demanda e da oferta.

Acreditamos que o sistema descentralizado de concorrência mista se adeque melhor


às necessidades de uma nação, as empresas decidem a alocação de recursos
produtivos e vão decidir o que produzir, a quantidade e para quem, mas por um
outro lado tem a atuação do Estado que oferece bens e serviços como por exemplo
educação, justiça e segurança etc. Portanto, dentro de uma concorrência mista tem-
se o fator Governo que pode de alguma forma determinar através da carga tributária
da oferta de serviços e de bens, determinar como que a economia deve alocar parte
dos fatores produtivo e como deve fazer o papel distributivo para a sociedade.

4. O que mostra a curva de possibilidade de produção e qual é a relação conceitual


entre a CPP e a escassez e o pleno emprego?
Resposta: A CPP (Curva de Possibilidade de Produção) descreve, em um formato
gráfico, a capacidade de produção de um determinado produto, sendo também muito
usado para comparar o desempenho produtivo de dois bens de consumo. Com o
auxílio da CPP, pode-se escolher um dentre outros recursos escassos, renunciando
os outros, levando em conta o custo de oportunidade, visto que haverá um maior
benefício em focar apenas no produto que apresenta maior eficiência produtiva. E
graças a análise gráfica, pode-se comparar a eficiência produtiva entre produtos e
analisar os pontos de produção, que mostram a condição de pleno emprego, onde a
produção de determinado produto é máxima, resultando na alta empregabilidade de
mão-de-obra graças ao grande impulso econômico.
No gráfico acima, a CPP está comparando as capacidades produtivas de dois
produtos: farinha e açúcar. Os pontos A, B e C representam a capacidade máxima
de produção dos dois produtos, pontos esses que representam o pleno emprego. Já
o ponto D representa a capacidade ociosa, onde não há necessidade de sacrifício de
um dos produtos, pois há utilização total dos fatores de produção.

5. Explique os deslocamentos da CPP. Aponte suas causas e consequências.


Resposta: Em uma CPP, quando há uma alteração da capacidade produzida,
ocorre os deslocamentos na curva, a fim de alcançar uma eficiência produtiva maior.
Os acontecimentos que resultam na causalidade destes deslocamentos se dá por
meio da alteração( em grande parte, para mais do que já havia) dos fatores de
produção e, por conseguinte, atingir uma meta de produção máxima de um produto,
acarretando no aumento da taxa de pleno emprego. Em contrapartida, há a
possibilidade do aumento da inatividade, ou seja, o desemprego, que seria os pontos
dentro da curva, que significam a desnecessidade de aplicação dos fatores de
produção nos produtos.
Pode-se observar na CPP acima, que o ponto C é, na teoria, impossível de ser
alcançado, a não ser pelo aumento e melhora dos fatores de produção, como, por
exemplo, a expansão tecnológica.

6. Explique o formato da curva de possibilidade de produção. Qual seria esse formato,


se os custos de oportunidade fossem constantes?
Resposta: A curva de possibilidade de produção tem inclinação negativa e é
côncava em relação à origem. A inclinação negativa se deve que para produzir mais
de um bem é preciso deixar de produzir outro bem. Por exemplo, se a sociedade
desejar educação e assistência médica, teria que ser alocado os recursos em
detrimentos de um ou de outro, nos extremos do gráfico se optarem por direcionar
todo o recurso em educação faltaria em assistência médica e vice-versa. A
concavidade se deve à Lei dos Rendimentos Decrescentes. Caso os retornos de
escala fossem constantes, não haveria um curva de possibilidade de produção e sim
uma reta de possibilidade de produção, negativamente inclinada.

7. Conceitue custo de oportunidade. Qual é sua relação com a escassez?


Resposta: O custo de oportunidade se refere a algo que um indivíduo tem de
abdicar para obter outra coisa que deseja, por exemplo, as empresas podem utilizar
um recurso de qualidade inferior, porém mais acessível, para a produção de bens
(comprar um tecido de menor qualidade e baixar o preço das blusas). A escassez e
o custo de oportunidade representam dois conceitos interligados na economia, uma
vez que as pessoas e as empresas frequentemente precisam escolher entre
recursos escassos. Na maioria dos casos, os recursos econômicos não estão
completamente disponíveis em todos os momentos em uma quantidade ilimitada,
por isso, temos que fazer uma escolha de quais recursos usar. O custo de
oportunidade representa a alternativa que foi renunciada, quando escolhemos usar
determinado recurso. Estes dois conceitos têm uma ligação direta, porque, por
exemplo, as empresas podem utilizar um recurso de qualidade inferior, porém mais
acessível, para a produção de bens.

8. Explique o que vêm a ser argumentos positivos e argumentos normativos em


economia.
Resposta: Os argumentos positivos tentam uma aproximação com as ciências
exatas (por exemplo, a matemática aplicada na economia) e uma imparcialidade. A
análise por meio desse tenta uma fuga aos juízos de valor, limitando-a aos
argumentos descritivos ou medições científicas. É uma análise do ‘o que é’.
Por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros preços,
então a quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina cairá. É uma análise
do que é.

Argumentos normativos é uma análise que contém, explícita ou implicitamente, um


juízo de valor sobre alguma medida econômica. É uma análise comportamental, a
capacidade de se levar a cabo o improvável. É uma análise do dever ser. Assim, a
economia positiva pode ser utilizada como base para se escolher a política mais
apropriada, de forma a atender objetivos.
Por exemplo, na afirmação “o preço da gasolina não deve subir” expressamos uma
opinião ou juízo de valor, ou seja, se é uma coisa boa ou má. É uma análise do que
deveria ser.

Você também pode gostar