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Objetivo principal da ciência económica Melhorar as condições de vida das pessoas

Falácias do raciocínio económico:

 Falácia do post hoc: refere-se à inferência da casualidade; tendo dois acontecimentos


admite-se que o primeiro é a causa do segundo o que pode não ser verdade; o antes nem
sempre é causa do depois
 Falácia ceteris paribus: numa análise económica deve haver apenas uma variável a ser
alterada, tudo o resto deve-se manter constante na medida em que diversas variáveis a
alterarem-se pode resultar em conclusões falsas
 Exemplo: Preço da gasolina sobe e a venda de automóveis também sobe. Supondo que
apenas existem estas duas variáveis a situação parece não fazer sentido mas uma outra
variável teve um papel determinante. O preço de materiais de construção de automóveis
desceu o que fez com que as vendas destes subissem. Assim podemos dizer que o facto de
haver diversas variáveis a variar ao mesmo tempo pode conduzir a conclusões erradas.
 Falácia da composição ou agregação: admitir que algo que é válido para um determinado
aspeto também é válido para outro; a verdade da parte não significa a verdade do todo.
 Exemplo: A subida de rendimentos significa algo positivo para uma família em
específico mas pode ter consequências nocivas para a economia nacional quando se
trata de uma subida generalizada.

Método científico:

Formulação Modelos
Observação Experiência Pressupostos
de teorias económicos

 A impossbilidade de manipular a realidade faz com que se tenha criado a economia


experimental em que diversos indivíduos são testados de forma a perceber as suas escolhas
e reações.
 O objetivo dos pressupostos é simplificar o mundo real (admitir que uma economia apenas
produz dois bens) e manter todas as outras variáveis constantes (falácia ceteris paribus).
 Alguns exemplos de modelos económicos são diagramas, equações e mapas de interações.

Conceitos importantes:

 Bem: satisfaz as necessidades humanas


 Bem económico: escasso
 Bem livre: ilimitado
 Recurso: serve para produzir bens e satisfaz as necessidades de uma forma indireta
 Consumo: permite satisfazer as necessidades humanas
 Escassez: recursos limitados para necessidades ilimitadas
 Finalidade do comportamento económico: satisfação das necessidades através do consumo
de bens
Distinção entre microeconomia e macroeconomia:

Microeconomia (decisões individuais) Macroeconomia (funcionamento global da


economia)
Fundada por Adam Smith defende que o Fundada por John Keynes defende que a
mercado é regulado por uma Mão Invisível. O economia liberal tem falhas e que é necessária
mesmo defende que se todos procurarem uma intervenção do estado. O mesmo
satisfazer os seus interesses individuais e se preocupa-se com os ciclos económicos, com as
relacionarem dentro do mercado este irá crises e as suas consequências (inflação,
crescer tornando-se cada vez mais socialmente desemprego, deflação). Admite que por vezes o
eficiente. interesse privado se sobrepõe ao interesse
público.

Problema económico:

Surge no seguimento do ser humano ter necessidades ilimitadas para recursos limitados. Deste
problema surguem diversas questões relacionadas com a organização económica:

 Que produtos se devem produzir e em que quantidades?


 Como é que se produzem (quem, como e com que recursos)?
 Para quem é que se produz?

Possibilidades de produção:

 Inputs: fatores de produção, recursos.


 Outputs: Bens e serviços que resultam da produção e que vão ser consumidos.

A fronteira de possibilidades de produção (FPP):

No seguimento do problema económico e da escassez de recursos face às necessidades vemo-nos


obrigados a fazer escolhas. A escassez de recursos e de meios tecnológicos faz com que ter mais
quantidades de um bem signifique ter menos de outro. Assim surge a fronteira de possibilidades de
produção que representa a máxima eficiência de recursos e meios de produção.

Admitindo que numa economia apenas se produz manteiga e armas podemos perceber que o
aumento de produção de manteiga obriga a uma diminuição gradualmente mais acentuada da
produção de armas e isto acontece porque os fatores de produção se vão tornando cada vez menos
eficientes. Este aspeto faz com que a curva FPP seja concâva.

 Ponto no interior da curva: recursos não estão a ser utilizados de uma forma eficiente,
poderia aumentar a produção de um bem sem diminuir a produção do outro.
 Ponto no exterior da curva: representa uma possibilidade inatingível visto que não há
recursos suficientes para a quantidade pretendida.
 Pontos nos eixos: representam uma escolha radical mas são eficientes; podem significar
uma decisão drástica (situação de guerra).

Custo de oportunidade:

Perante uma situação de escassez é necessário efetuar uma escolha e o custo de oportunidade
representa o valor de melhor alternativa que se sacrificou. No caso da economia da manteiga e das
armas, o custo de oportunidade de se produzir mais um kg de manteiga é diminuir a produção de
armas em uma tonelada. Pode não ser medido em dinheiro.
Escolhas racionais:

 Princípio do custo benefício: benefício da escolha deve ser superior ao custo de


oportunidade.
 Princípio do excedente económico: o decisor racional deve sempre maximizar o excedente
económico ( diferença entre o benefício e o custo da acão económica).
 Liberdade de escolha é essencial para uma escolha racional.
 Escolhas racionais nem sempre levam ao sucesso, o que não as torna irracionais. Existem
diversas circunstâncias e incertezas que podem alterar o sucesso de uma escolha.

Custo de oportunidade = valor da melhor alternativa que se sacrifica + custo da alternativa escolhida

Custo de oportunidade (medido em dinheiro)= PREÇO DE RESERVA (valor máximo que estou
disposto a pagar pelo bem alternativo que sacrifiquei) - CUSTOS DA ALTERNATIVA + CUSTOS DO
BEM ESCOLHIDO

Escolha racional – aquela em que o consumidor atinge um benefício superior ao custo e um


excedente económico máximo

Margem:

Ao analisarmos a realidade económica percebemos que certos bens atingem preços mais caros que
outros. No caso da água e dos diamantes a divergência de preços advém do facto de o meu grau de
Excedente económico = PREÇO DE RESERVA - CUSTO DE OPORTUNIDADE
satisfação, ao beber água, diminuir consoante vou bebendo. Isto é, quantas mais unidades
acrescento menor é o grau de satisfação. – benefício marginal do copo adicional é baixo. No caso
dos diamantes, o aumento de unidades não tem efeitos negativos no meu grau de satisfação já que
estes são raros. – benefício marginal do diamante adicional é alto

o Decisor racional apenas consome se o benefício marginal exceder o custo marginal


(satisfação superior ao custo)

Incentivo:

Incetivo é aquilo que leva as pessoas a agirem. Quando os preços de um bem sobem o consumidor
tende a procurar substitutos do bem dde forma a conseguir satisfazer a sua necessidade a menores
custos, aqui a subida de preços representa um desincentivo. Por outro lado a subida de preços faz
com que os produtores queiram produzir mais logo para estes resulta como um incentivo.

Exemplos:

 Tributação dos sacos de plástico representa um desincentivo ao seu uso.


 Redução de impostos para automóveis elétricos representa um incentivo ao seu consumo.

Economia mista moderna:


Mercado – mecanismo segundo o qual compradores e vendedores transacionam bens, serviços e
ativos financeiros, relações dentro do mercado são feitas por milhões de empresas e consumidores
que visam fazer transações que melhorem as suas situações económicas e satisfaçam as suas
necessidades.

 Papel central dos mercados – determinar os preços


o Preços elevados – diminuem o consumo e estimulam a produção
o Preços reduzidos – aumentam o consumo e retraem a produção

Problemas económicos:

 Que mercadorias produzir e em que quantidades?

As empresas necessitam de analisar os consumos diários de forma a conseguirem tirar conclusões


acerca da procura. As mesmas saõ completamente movidas pelo desejo de maximizar os lucros
visam sempre a produção de bens com elevada procura.

 Como é que os bens são produzidos?

Empresas tentam que a produção tenha os menores custos de produção possíveis de forma a
conseguir maximizar os lucros. Assim tentam melhorar a sua eficiência de modo a que consigam
concorrer com as outras empresas.

 Para quem são produzidos os bens?

Depende consoante a procura e a oferta.

Equilíbrio de mercado – equilíbrio entre a oferta e procura em que se atinge um preço de equilíbrio
que satisfaz os desejos dos consumidores e dos vendedores; as empresas através de lucros e perdas
vão percebendo o que é uma produção eficiente e adequada ao equilíbrio de mercado.

Microeconomia: procura, oferta e o mercado


Procura

Lei da procura – mantendo-se tudo constante a procura aumenta consoante o preço do bem diminui

Curva da procura ou função da procura – relação entre o preço de mercado e a quantidade


procurada, para cada preço de mercado existe uma quantidade procurada, como a relação é inversa
a curva tem declive/inclinação negativa

Procura de mercado – representa a soma das quantidades procuradas de todos os indivíduos para
um determinado preço de mercado

Nota: Tipos de bens

o Bens normais – aumento do rendimento resulta num aumento da procura deste bem
o Bens inferiores – aumento do rendimento resulta na diminuição da procura
o Bens susbtitutos – aumento do preço do bem X resulta no aumento da procura do bem Y
o Bens complementares – aumento do preço do bem X resulta na diminuição da procura do
bem Y

Alterações da curva da procura (nova curva): aumento da procura desloca a curva para a direita

 Rendimento: quando o rendimento aumenta os consumidores tendem a consumir mais


o Procura de bens normais descresce
o Procura de bens inferiores aumenta
 Preço de bens relacionados
o Bens substitutos – queda do preço de um bem resulta numa menor procura do
outro bem
o Bens complementares – queda de preço de um bem resulta numa maior procura de
outros bens
 Gostos: influenciados pela vertente cultural histórica, remetem para a tradição e religião,
são desejos induzidos pelo meio social em que nos inserimos
 Expectativas: expectativas do futuro fazem podem infuenciar a procura, expectativa de ter
um aumento salarial pode representar uma maior procura
 Número de consumidores: procura de mercado depende do número total de consumidores

Oferta
Lei da oferta – mantendo-se tudo constante a oferta aumenta consoante o preço aumenta

Função da oferta – relação entre o preço de mercado e quantidade oferecida

Curva da oferta – representa a função oferta e tem um declive/inclinação positiva porque a relação
é direta, quando o preço aumenta a oferta acompanha a subida

Oferta de mercado – soma das quantidades oferecidas por todos os produtores para um
determinado preço

Alterações da curva da oferta: aumento da oferta desloca a curva para a direita

 Preço dos inputs: se o preço dos inputs aumentar os custos de produção irão
aumentar o que diminiu a margem lucrativa fazendo com que os produtores sejam
obrigados a produzir menos
 Tecnologia: inovação vem aumentar a produtividade e consequentemente diminiu
os custos de produção porque há uma maior eficiência e os produtores poderão
produzir mais aos mesmos custos de produção ou menores
 Expectativas: se o produtor souber que o preço do bem que vende vai subir na
semana seguinte vai armazenar os produtos de forma a que nessa semana consiga
aumentar a sua oferta
 Número de vendedores: oferta de mercado depende do número total de
consumidores

Equilíbrio de mercado – corresponde à situação em que a quantidade oferecida é igual à quantidade


procurada – preço de equilíbrio

o Situação de escassez – quantidade procurada excede a quantidade oferecida logo os


vendedores podem aproveitar para aumentarem o preço
o Situação de excedente – quantidade oferecida excede a quantidade procurada logo os
vendedores vão ter que baixar os preços para que consigam escoar a sua produção

Alterações do equilíbrio de mercado:

 Alteração da curva da procura: devido a um acontecimento a curva da procura deslocou-se


para a direita devido a um aumento da quantidade procurada logo tanto a quantidade de
equilíbrio como o preço de equilíbrio aumentaram
o + PROCURA = + PREÇO DE EQUILÍBRIO e + QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO
o – PROCURA = – PREÇO DE EQUILÍBRIO e – QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO
 Alteração da curva da oferta: um acontecimento (aumento dos custos de produção) gera a
diminuição da quantidade oferecida o que desloca a curva da oferta para a esquerda, o
preço de equilíbrio sobe e a quantidade de equilíbrio diminuiu
o + OFERTA = – PREÇO DE EQUILÍBRIO e + QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO
o – OFERTA = + PREÇO DE EQUILÍBRIO e – QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO
 Alteração das duas curvas

Controlo de preços – Preço máximo:

Uma das maneiras que o governo pode intereferir nos mercados de forma a torná-los mais
equilibrados e capazes de satisfazer as necessidades é colocar limites de preços. Neste caso vamos
analisar um limite máximo de preço.

Se este preço máximo estiver acima do preço de equilíbrio não tem efeitos no mercado visto que a
oferta e a procura estão iguais para um preço de equilíbrio inferior.

Se este preço máximo estiver abaixo do preço de equilíbrio isso irá gerar uma escassez de
quantidade oferecida visto que a redução do preço conduz a um aumento da procura e a uma
diminuição da oferta.

Exemplo – rendas imobiliárias:

 Curto prazo – preços máximos não têm grande efeito porque o mercado de rendas de
apartamentos é pouco elástico a curto prazo, a aplicação de um preço máximo apenas
causa uma ligeira escassez de habitação
 Longo prazo – preços máximos causam uma escassez de apartamentos para arrender
visto que os senhorios não aguentam uma descida gradual das rendas

Controlo de preços – preço mínimo:

Se este preço mínimo for inferior ao preço de equilíbrio então não tem efeito no mercado visto que
este atinge um ponto de equilíbrio a um preço superior.

Se este preço mínimo for superior ao preço de equilíbrio isso irá gerar um excedente de quantidade
procurada visto que o aumento de preço conduz a uma diminuição da oferta e aumento da procura.

Exemplo – salário mínimo:

A imposição de um salário mínimo é algo comum nos estados intervencionistas. Analisando o caso
em que o salário mínimo imposto é inferior ao salário de equilíbrio estabelecido no mercado esta
imposiçõa não terá efeitos. Por outro lado, se este salário mínimo for superior ao salário de
equilíbrio isto conduzirá a um excedente de fator trabalho visto que as empresas ao terem que subir
os seus salários vão procurar menos trabalhadores. Neste caso a oferta são os trabalhadores e a
procura são as empresas. Um aumento do salário provoca uma diminuição da procura mas também
um aumento da oferta o que conduz ao excedente de oferta que leva a desemprego.

Elasticidade
A elasticidade representa a medida da variação da oferta ou da procura mediante uma variação do
preço. O estudo da elasticidade dos bens permite que se analise o grau de substituibilidade dos
produtos, que se preveja a reação das políticas económicas dos governos na economia e também as
reações no mercado perante certos acontecimentos que destabilizam os mercados.
Elasticidade do preço da procura – Representa medida de variação da quantidade procurada de um
bem quando o seu preço varia, ou seja, a variação percentual da quantidade procurada a dividir pela
variação percentual do preço.

Fatores que influenciam a elasticidade da procura:

 Maior elasticidade – bens de luxo, bens que têm substitutos e quando os consumidores têm
tempo para ajustar os seus hábitos de consumo.
 Menos elasticidade – bens de primeira necessidade, bens com poucos substitutos e quando
a variação é a curto prazo.

Elasticidade do preço da oferta – Corresponde à variação da quantidade oferecida perante uma


variação de preço.

Fatores que influenciam a elasticidade da oferta:

 Flexibilidade dos produtores/vendedores para mudarem a quantidade da produção


 Horizontal temporal

 Elasticidade relativa ao ponto inicial: preferível para uma análise imediata do mercado,
como vendedor interessa-me analisar a elasticidade do bem que vendo face ao ponto inicial
para analisar apenas o que é que acontece à procura perante uma subida ou descida de
preço. O valor da elasticidade difere quando se trata de uma subida e uma descida de preço.

 Elasticidade relativa ao ponto médio: preferível para uma análise económica de um


mercado visto que a elasticidade é a mesma perante a subida e descida de preço

o Elasticidade superior a 1 – procura/oferta é elástica


o Elasticidade entre 0 e 1 – procura/oferta é inelástica (pouco elástica)
o Elasticidade igual a 1 – procura/oferta não é elástica
o Nota: convencionou-se ignorar o sinal negativo

Análise gráfica da elasticidade da procura:


Nota: Quando existe uma procura totalmente elástica ou totalmente rígida as curvas são horizontais
e verticais, respetivamente.

Elasticidade – preço cruzada:

Corresponde à variação da quantidade procurada/oferecida de um bem (Bem X) perante a variação


do preço de outro bem (Bem Y).

Resultado superior a 0 – Bem X e Bem Y são bens substitutos – subida do preço do Bem Y provoca
um aumento da procura do Bem X

Resultado menor que 0 – Bem X e Bem Y são bens complementares – subida de preço do Bem Y
provoca uma diminuição da procura do Bem X

Resultado igual a 0 – Bem X e Bem Y são bens independentes – alteração do preço de um dos bens
não provoca efeitos na procura do outro bem

Procura e comportamento do consumidor


Para descrever e analisar a forma como os consumidores fazem as suas escolhas aquando do
momento de consumo os economistas desenvolveram a noção de utilidade que representa a
satisfação que o consumidor retira do consumo de um bem. Assim, concluiu-se que os consumidores
racionais quando tomam as suas decisões tentam sempre maximizar a sua utilidade. Esta noção
permite perceber como é que os consumidores hierarquizam os bens e os serviços.

Lei das Utilidades Marginais Decrescentes – à medida que uma pessoa aumenta o seu consumo de
um determinado bem a sua utilidade marginal diminui (utilidade total cresce mas a uma taxa
descrescente). Esta lei não se limita a ser uma lei económica mas também uma lei que determina
escolhas racionais em campos como o da gestão do nosso tempo. Todas as pessoas tentam fazer o
melhor uso do seu tempo e para isso precisam de ordenar as atividades que têm para fazer de
acordo com a sua utilidade.

Princípio da igualdade das utilidades marginais

Inclinação negativa da curva da procura – surge do facto de o aumento de preço de um


determinado bem resultar no decréscimo do consumo do mesmo. Se o preço do bem X aumentar
então o consumidor irá procurar outro bem que lhe dê uma maior utilidade marginal. A alteração
entre bens que os consumidores fazem apenas termina quando as utilidades marginais se tornam
iguais.

Perspetiva da economia comportamental:

Defendida por economistas como Vernon L. Smith e Daniel Kahneman que admitem que os
consumidores por mais que tentem sempre as escolhas económicas mais racionais, em que
maximizam a satisfação, cometerão sempre erros. Os mesmos argumentam que a distração, a falta
de tempo e memória e a informação imperfeita podem conduzir a más decisões. Assim, dão alguns
exemplos em que é bastante o aproveitamento do mercado face a estas falhas:

 Falta de hábitos de poupança


 Participação na especulação da bolsa e na compra de títulos de hipotecas que não têm valor
 Forma como as empresas dificultam a comparação de preços o que representa um
impedimento de acesso à informação de mercado
 Êxito do marketing agressivo e que conduz o consumidor a más escolhas (disposição dos
artigos nas prateleiras)

Efeito substituição – quando o preço de um bem sobe os consumidores tendem a consumir outros
bens que consigam satisfazer a mesma necessidade a uma menor despesa.

Efeito rendimento – variação dos preços conduz a uma variação do rendimento real que consiste na
efetiva quantidade de bens que o rendimento monetário consegue comprar. Tendencialmente o
efeito rendimento reforça o efeito substituição.

 Preço do bem aumenta e rendimento monetário mantém-se – rendimento real diminui

Surge a elasticidade do rendimento

Produção e organização empresarial

Função produção consiste na quantidade máxima de produto (output) que uma unidade de
produção consegue obter a partir de uma quantidade de fatores de produção (inputs). Na teoria,
uma empresa tenta sempre produzir o máximo de produto a partir dos fatores de produção que
dispõe tentando sempre ser produtiva e eficiente. Nesta desenvolvimento da eficiência a tecnologia
desempenha um papel importante visto que vem revolucionar a produtividade, a mesma evoluiu
muito rapidamente fazendo com as funções de produção se tornem obsoletas rapidamente.

 Produção total – soma de todas as unidades de produto


 Fatores de produção variáveis – quantidade utilizada varia consoante a quantidade
produzida
 Fatores de produção fixos – quantidade utilizada não varia consoante a quantidade
produzida

A função produção permite calcular diferentes tipos de produto:

o Produto total – quantidade total produzida


o Produto médio – produto total dividido pela totalidade de unidades do fator produção –
volume de produção de uma unidade de trabalho (média)
o Produto marginal – produto adicional gerado por uma unidade de fator de produção
adicional (mantendo-se tudo constante)
Lei dos rendimentos decrescentes – O produto marginal diminiu perante o aumento de fatores de
produção, apenas se verifica a partir de uma determinada extensão do fator de produção e não nos
acréscimos iniciais

 Aumento de número de horas de trabalho humano gera cansaço, descontentamento e


redução da produtividade (acréscimo do fator produção conduz a um menor produto
marginal)
 Aumento do números de horas de trabalho da máquina conduz a maiores avarias e desgaste

Rendimentos à escala
Análise do efeito da variação de todos os fatores de produção.

 Rendimentos constantes à escala – variação de todos os fatores de produção leva a uma


variação proporcional da produção – input duplica e output duplica
 Rendimentos crescentes à escala – aumento de todos os fatores produtivos leva a um
aumento mais do que proporcional da produção – input duplica e output triplica
 Rendimentos descrescentes à escala – aumento de todos os fatores produtivos conduz a um
aumento menos proporcional da produção, pode conduzir a situações de deficiências já que
a produção é incapaz de cobrir os custos dos fatores produtivos (problemas de gestão que
conduzem a elevados custos) – input triplica e output duplica

Análise da produção e custos:


o Curto prazo – apenas os fatores variáveis (fator trabalho) podem ser ajustados em prol de
uma maior eficiência e produtividade
o Longo prazo – todos os fatores produtivos podem ser ajustados, inclusive os fatores de
produção fixos (capital fixo)

Progresso tecnológico:
Ao longo dos últimos anos o progresso técnológico tem vindo a permitir a criação de economias de
escala com rendimentos crescentes à escala em que o custo unitário descresce gradualmente
consoante o aumento da produção. Estas inovações têm como ponto de partida a educação, a
formação profissional, o investimento no desenvolvimento e são capazes de revolucionar modos de
produção mas também o próprio mercado ao conseguirem introduzir novos produtos ou versões
melhoradas de produtos já existentes. Estas inovações podem ser incrementais (progressivas) ou
radicais (imediatas).

Se analisarmos o ano de 1995 e 2005 podemos concluir que a curva da função produção de 2005
está mais acima da curva de 1995 devido ao progresso tecnológico.

O empreendedorismo representa os empreendedores que resumidamente criam as empresas e


procuram sempre introduzir novos métodos de produção ou novos produtos.

 Procura uma oportunidade de negócio


 Assume um risco
 Introduz uma nova tecnologia
 Descobre um novo mercado
 Descobre uma nova fonte de fornecimento
 Descobre uma nova forma de organização empresarial
As inovações vêm abalar os equilíbrios estabelecidos e obrigar à procura de novas formas de
produção.

Produtividade:
Produtividade total – quantidade de produção por cada unidade produtiva (capital e trabalho)

Produtividade do trabalho – quantidade de produção por cada unidade de trabalho

Economias de escala – crescimento da produtividade – produto cresce mais rapidamente do que os


fatores produtivos logo os lucros das vendas sobem enquanto que os custos de produção se mantém
o que gera uma maior margem de lucro.

 Avanços tecnológicos
 Quando se multiplica a produção não é necessário multiplicar a capacidade produtiva
porque esta é eficiente e capaz de aguentar o aumento produtivo

Economias de gama – aumentam a produtividade perante uma expansão das economias, toma-se
conhecimento que certos produtos diferentes podem ser produzidos conjuntamente e que esta
produção se torna mais eficiente ao atingir custos médios e marginais inferiores, a empresa
beneficia de produzir tudo junto porque irá atingir custos unitários mais reduzidos.

Empresas – organizações especializadas dedicadas à gestão do processo de produção:


 Perspetiva clássica

 Perspetiva do sistema aberto

Análise de custos
 Receita total – receitas da empresa com a venda de produtos ou serviços
 Custo total – valor dos fatores de produção (inputs)
o Custos explícitos – requerem desembolso de dinheiro por parte da empresa
o Custos implícitos – benefícios da melhor alternativa que não foi escolhida (custos de
oportunidade)
 Lucro – diferença entre receita total e custo total

Lucros
 Lucro económico – receita total menos os custos totais (implícitos e explícitos) – fator de
motivação para a empresa
 Lucro contabilístico – receita total menos os custos explícitos – tendencialmente superior

Custo e produção – assume-se uma dimensão fixa da empresa (único fator variável é o
fator trabalho e as horas de trabalho) – análise a curto prazo:

Na primeira curva é explicitada a lei dos rendimentos decrescentes visto que o aumento sucessivo
do fator trabalho leva a um produto marginal crescente até um determinado ponto. A partir desse
ponto este produto marginal tende a estabilizar – curva torna-se horizontal.

Na curva do custo total

Medidas de custo:

 Custos fixos – não variam consoante a produção (rendas, maquinaria)


 Custos variáveis – variam consoante a produção (matérias primas, horas de trabalho extras)
 Custo médio total – custo total a dividir pela produção total
 Custo fixo médio – custos fixos a dividir pela produção total
 Custo variável médio – custos variáveis divididos pela produção total
 Custo marginal – custo adicional de uma unidade adicional
 Custo afundado – irrecuperável após a decisão

Economias e deseconomias de escala:

 Economia de escala – custo médio total descresce com o aumento da produção


o Decorrem de uma maior eficiência (exemplo: especialização dos trabalhadores em
determinadas tarefas)
o Supostamente a duplicação dos fatores de produção conduz a mais do que uma
duplicação da produção logo a duplicação dos custos totais é dividida por mais que
uma duplicação da produção logo o custo por unidade decresce – rendimentos
crescentes à escala
 Deseconomia de escala – custo médio total cresce com o aumento da produção
o Decorre de problemas de gestão e perda de eficiência
o Segundo o raciocínio dos rendimentos descrescentes à escala a duplicação dos
fatores do produção conduz a menos que uma duplicação da produção logo o
aumento dos custos totais não é compensado por um aumento da produção o que
conduz a uma situação de crise na empresa
 Retornos constantes à escala – custo médio total não varia consoante a variação da
produção

Curvas do custo médio total – forma de U – com baixos níveis de produção a empresa beneficia do
crescimento produtivo e da especialização, os problemas surgem com altos níveis de produção em
que os benefícios da especialização já foram concretizados e os problemas de coordenação tornam-
se mais severos e determinantes.

Mercados de concorrência perfeita

 Existência de muitos consumidores e muitos produtores


 Produtos colocados à venda são idênticos
 Empresas têm acesso às mesmas tecnologias e aos mesmos fatores de produção

Lucro da empresa:

 Lucro total normal – receitas totais cobrem os custos de oportunidade totais – fatores
produtivos da empresa recebem uma remuneração normal avaliada por este custo de
oportunidade.
 Lucro total (extraordinário) – ganhos que a empresa obtém depois de remunerar todos os
fatores produtivos.

Decisão de saída do mercado

Encerramento temporário (shutdown) – empresa decide parar a produção devido às condições de


mercado – curto prazo

Saída do mercado (exit) – decisão de abandono permanente do mercado – longo prazo

A decisão entre o encerramento temporário e a saída do mercado difere consoante os custos fixos
visto que estes não podem ser eliminados a curto prazo e têm de ser sempre suportados já que
apenas a longo prazo podem ser vendidos. A longo prazo estes custos fixos são vistos como custos
variáveis.

Decisão de encerramento temporário:

 Quando as receitas apenas cobrem os custos variáveis


 Quando o prejuízo é igual aos custos fixos
 Quando o preço do bem é inferior aos custos variáveis médios visto que as receitas não irão
conseguir cobrir os custos variáveis nem os fixos

Decisão de saída do mercado:

 Quando o preço de venda for inferior ao seu custo de produção porque a margem de lucro
se torna negativa – quando as receitas totais forem inferiores aos custos totais, não havendo
perspetivas de mudança
Excedente do produtor – área que corresponde à diferença entre o preço de mercado e a curva da
oferta (custo marginal) – representa os custos de produção das empresas no mercado. Representa o
montante que o produtor recebe acima do custo de produção (diferença entre o que o produtor
recebe pela venda do bem e o montante mínimo que estaria disposto a produzir e vender esse bem)

Excedente do consumidor – diferença entre a disponibilidade a pagar dos consumidores (curva da


procura) e o preço de mercado (o que efetivamente pagam)

Inteferência no mercado – falhas de mercado

Assimetria de informação

Este fenómeno acontece quando compradores e vendedores têm informações diferenciadas acerca
de factos importantes do bem ou serviço em questão. Nesta situação a parte mais afetada é a
menos informada que acaba sempre por ser o comprador.

 Assimetria de informação e risco moral – situações em que os investidores com


comportamentos de risco dentro do campo económico não tenham empresas de seguros
que lhes suportem os riscos o que pode conduzir a exclusões em determinados seguros
 Assimetria de informação a seleção adversa – investidores com maior risco são aqueles que
mais facilmente acedem aos seguros visto que estas empresas aplicam preços muito altos
para investimentos de pouco risco ligados a classes com menores rendimentos
 Assimetria de informação e ineficiência – vendedor e comprador não têm a mesma
informação acerca do bem levando a que o comprador não consiga distinguir um bom
produto de um mau produto. Daqui resulta que, muitas vezes, estes dois tipos de produtos
sejam colocados ao mesmo preço pois perante as informações que o comprador tem os dois
têm a mesma qualidade. Normalmente o vendedor acaba por colocar à venda produtos
maus já que são mais baratos e consegue assim subir a margem de lucro o problema é que o
comprador sai muito prejudicado.
o Exemplo: mercado dos carros usados
 Assimetria de informação e teoria da agência – pressupõe um agente que atua em nome ou
em representação de outrem na tomada de determinadas decisões. Existe um poder
discricionário baseado no facto de o agente tomar as decisões que lhe parecem melhores
dadas as suas competências e qualidades. Pode não conduzir a um consenso entre as partes
o Exemplo: médicos do setor privado que visam o lucro ao aconselharem certos
tratamentos médicos para situações que se resolviam com medicação (agente
melhor informado aproveita-se do paciente que é menos informado)
 Assimetria de informação e procura induzida – agente cria uma procura no consumidor sem
que este se aperceba que já nem necessita do serviço ou bem.

Falhas de Mercado – estado tenta intervir de forma a reduzir os efeitos destas

o Monopólios e concorrência imperfeita que podem resultar em preços supranormais


o Efeitos externos às relações de mercado que afetam terceiros como por exemplo a poluição
gerada pela produção
o Bens públicos que a sociedade necessita mas que as empresas não estão dispostas a
produzir a preços reduzidos
o Distribuição do rendimento eticamente inaceitável

Interferência no mercado – tributação


A intervenção do estado na economia apenas é possível através da tributação que representa cerca
de 70% das suas receitas. São estas receitas que vão corrigir as falhas do mercado e assim promover
uma maior justiça social que o mercado não consegue estabelecer sozinho. Os impostos apresentam
diversas características próprias.

 Prestação coativa por ser obrigatória


 Prestação pecuniária por incidir no dinheiro ou no património
 Unilateral pois os cidadãos apenas pagam ao Estado e não sabem diretamente onde é que o
dinheiro vai ser usado
 Estabelecido por lei

Nota: O que distingue imposto de multa é que a segunda tem um carácter de sanção. O que
distingue imposto de taxa é que a taxa é aplicada em diversos bens e não é unilateral.

Formas de tributação:

 Impostos
o Diretos (incidem sobre o rendimento) e indiretos (incidem sobre a utilização de
rendimentos e são pagos através de produtos e serviços)
o Pessoas e reais
o Centrais e locais
o Gerais e especiais
o Específicos e ad valorem (sobre o valor acrescentado)
 Taxas e tarifas
 Multas/coimas
 Contribuições para a Segurança Social (11% para trabalhadores e 23,75% para
empregadores)
 Tarifas aduaneiras

Princípios de configuração da tributação:

Princípio da equivalência – cada contribuinte deve pagar impostos de acordo com os benefícios que
retira da intervenção do Estado na economia. Assim, quanto maior for o benefício que este retira
dos bens públicos maior será o que este paga de impostos. O critério foi afastado pois a
determinação dos benefícios individuais do consumo de bens públicos é difícil de se determinar. A
obtenção deste tipo de bens é feita de forma passiva pois o sujeito não escolhe ser beneficiado
apenas o é – exemplo das estradas.

Princípio da capacidade contributiva – cada contribuinte deve pagar impostos de acordo com a sua
capacidade para os pagar independemente dos benefícios que retira da intervenção do Estado. Um
exemplo que pode ser referido é a área da educação pois o contribuinte não consegue efetuar uma
avaliação imediata acerca dos benefícios que este serviço público lhe proporciona logo não
consegue determinar a quantidade exata de impostos, com destino para a educação, que deve
pagar.

Assumindo que o critério a que se deve recorrer é o princípio da capacidade contributiva temos de
ter em conta a equidade/igualdade horizontal e a equidade/igualdade vertical. A primeira define que
os indivíduos com a mesma capacidade contributiva devem pagar o mesmo montante de impostos.
A segunda define que os indivíduos com capacidades contributivas diferentes devem pagar
montantes de impostos diferentes.
Após a definição da capacidade contributiva dos sujeitos é necessário definir em que aspetos da vida
económica é que a tributação vai incidir.

 Rendimento – consumo e poupança – tributado pelo IRS e o IRC


 Consumo – poupança e investimento são atos revitalizadores da economia logo não
deveriam ser tributados – pode afetar os mais pobres que gastam grande parte do seu
rendimento em consumo ao contrário dos mais ricos que o poupam ou investem – tributado
pelo IVA (imposto cego porque não liga à capacidade contributiva)
 Riqueza – valor capitalizado dos fluxos de rendimento – tributado pelo IMI, Imposto sobre as
Heranças

Teoria da incidência fiscal

Refere-se às repercussões dos impostos sendo que existe a incidência legal – quem está legalmente
sujeito ao imposto, a incidência económica – quem é que na realidade suporta a carga tributária
(agentes económicos).

Na situação de um imposto sobre a venda de gasolina a incidência recai sobre as empresas mas a
incidência económica recai sobre os consumidores pois estes é que irão suportar grande parte desse
imposto já que este vai transparecer no preço da gasolina.

No caso de bens em que a elasticidade do preço é próxima de 0, o consumidor suporta uma subida
de preço resultante de uma subida da carga tributária. Exemplo dos bens de primeira necessidade.

A incidência económica:

I. Imposto especial unitário sobre as vendas de produtos com custos de produção constantes
II. Imposto sobre o consumo de um produto com custos de produção constantes

Incidência económica e elasticidades:

 Quanto mais elástica for a curva da procura ou da oferta maior será o custo de bem-estar
dos impostos
 Curva da oferta – quanto maior for a elasticidade da curva da procura menor será a carga
fiscal suportada pelos consumidores (consumidores reagem muito à alteração dos preços
logo os vendedores não poderão repercutir a totalidade do imposto no preço do bem)

 Curva da procura – quanto maior a elasticidade da curva da oferta maior será a carga fiscal
suportada pelos consumidores
Incidência económica

1º Caso – imposto especial unitário sobre as vendas

Pacto de manteiga mantém o seu preço constante de 1 euro mas por cada unidade vendida os
vendedores acrescentam um imposto de 0,30 euros devido à taxa que têm de pagar ao Estado.
Assim o preço passa a ser de 1,30 e os consumidores é que acabam por suportar a tributação porque
os vendedores continuam a beneficiar do preço de 1 euro.

O excedente de consumidor reduz.

2º Caso – imposto especial unitário sobre o consumo

Consumidor paga 1 euro ao vendedor e 0,30 euros ao Estado por isso a sua disponibilidade, perante
o vendedor desce 0,30. O consumidor passa a só querer pagar 0,70 ao vendedor e 0,30 ao Estado
pois não quer dar mais do que 1 euro.

O excedente de consumidor reduz.

Conclusão Final – independentemente da indicência legal dos impostos os resultados são indênticos
dependendo apenas da alteração das curvas da oferta e da procura.

Impostos especiais:

 Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas (IABA) – imposto unitário


 Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP)
 Imposto sobre o tabaco – componente de imposto unitário e componente de imposto ad
valorem
 Imposto sobre veículos – componente ambiental
 Imposto de selo

Diferencial de tributação entre países:

Problemas que advém do facto de não haver uma coordenação internacional face às taxas de
tributação.

Os países com maior tributação diminuem a procura de capital.

O país X encontra-se tributado (linha vermelha) e o país Y (linha preta). À medida que aumenta o
número de empresas o retorno por unidade de capital é cada vez menor pois existem mais empresas
a competir por capital e a investir.

Antes do imposto admite-se uma taxa de retorno de equilíbrio de 8% e que em cada um dos países
se utiliza as unidades de capital KX0 e KY0, respetivamente. Se for criado um imposto cuja taxa de
incidência seja de 50% sobre os rendimentos de capital no país X, a taxa de retorno líquida de
imposto passa a estar representada por D’X. Assim, o País Y torna-se mais atrativo pois no País X o
retorno líquido é menor devido à tributação. O capital fluirá assim para o país Y e isso vai fazer com
que no país Y haja um aumento na produção e uma redução nos preços levando a taxa de retorno
do capital a baixar. Por outro lado, este fluir de capitais vai ter as consequências opostas no país X.

O fluxo de capitais entre os dois países termina quando a taxa líquida de retorno no país X iguala a
do país Y

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