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Primeiros conceitos

economicos
► Economia é uma ciência social que estuda a produçã o, distribuiçã o, acumulaçã o e o
consumo de bens e serviços. Ela busca entender como indivíduos, empresas, governos e
naçõ es fazem escolhas sobre alocaçã o de recursos, de forma a satisfazer suas
necessidades, e busca entender como esses agentes podem se organizar e coordenar
esforços para alcançar o melhor resultado possível.
Ela é dividida em:
Microeconomia – estuda o comportamento de agentes individuais.
Macroeconomia – analisa a economia de maneira agregada.

ESCOLHA INDIVIDUAL
 Escolhas individuais sã o a base do estudo de economia.
 Partimos delas antes de passar a estudos de agregados maiores.

Ela se baseia em quatro princípios.

Principio 1: escassez de recursos


No geral, nã o podemos ter tudo o que queremos. Nossa renda é limitada, o que restringe o
que podemos adquirir. Recurso é qualquer elemento que pode ser usado na produçã o de
um bem. Em uma economia, geralmente consideramos como recursos o trabalho, a terra, o
capital físico e o capital humano (conquistas educacionais e habilidades individuais).
Quando um recurso é considerado escasso? Quando ele nã o é suficiente para suprir todas
as necessidades de uma sociedade. Na presença de escassez, a sociedade se vê obrigada a
escolher de maneira ó tima como utilizar esses recursos.
Uma das formas de alocar recursos escassos sã o os mercados competitivos. Nesse caso, os
recursos sã o alocados como resultado das açõ es de todos os indivíduos nesse mercado.
A escassez de recursos faz com que os indivíduos e a sociedade sejam obrigados a fazer
escolhas, e há diversas formas de fazê-las. Uma delas é permitir que surjam como o
resultado de escolhas individuais, o que acontece, normalmente, em economias de
mercado.
Há também decisõ es que a sociedade considera que é melhor nã o serem fruto do resultado
de escolhas individuais, como consumir bebida alcoó lica e dirigir.

Principio 2: custo real


Custo real = custo monetário + custo de oportunidade
Custo monetá rio: valor em moeda do bem ou serviço adquirido
Custo de oportunidade: o que abdicamos ao deixar de escolher nossa segunda melhor
alternativa.
O custo de adquirir algo envolve também o que dispensamos para realizar a aquisiçã o. O
custo real de algo é a soma de seus custos monetá rio e de oportunidade. Portanto, no final
das contas, todo custo é um custo de oportunidade.

Principio 3: decisao marginal


Uma decisã o marginal é aquela que ocorre através da aná lise de custo e benefício entre as
opçõ es. Ela envolve um trade-off na margem, isto é, uma análise de custo benefício de um
pouco mais de uma atividade e um pouco menos de outra. Muitas decisõ es no nosso dia a
dia sã o tomadas com base em aná lises marginais, que desempenham um papel
fundamental na economia.
O benefício desse tipo de decisã o supera o custo.

Principio 4: OPORTUNIDADES DE MELHORIA


Pessoas se deparam o tempo todo com incentivos e esses incentivos apontam mudanças
de melhorias em suas vidas. Quando elas se deparam com incentivos, elas os aproveitam.
Exemplo: liquidaçã o de supermercado.
No geral, o fato de que as pessoas exploram oportunidades de melhorar sua pró pria
situaçã o é uma hipó tese amplamente adotada em modelos econô micos.

Mercados: interacoes entre individuos


Uma economia é um sistema que coordena a produçã o de muitos agentes. Em uma
economia de mercado, essa coordenaçã o ocorre sem centralizaçã o: cada indivíduo toma
sua pró pria decisã o. Todavia, as decisõ es individuais dependem das decisõ es dos demais.
Portanto, para compreendermos como funciona uma economia de mercado, precisamos
entender a interaçã o entre as escolhas individuais.

Principio 1: ganhos de comercio


Duas pessoas, ao trocar e dividir, podem obter aquilo que mais desejam. Pode ser que
Gabriel seja melhor que Rafael na cozinha, e que Rafael seja melhor na faxina. Isso permite
que Gabriel seja o responsá vel pela comida e a troque com Rafael por faxina.
Os ganhos de comércio sã o oriundos dessa divisã o de tarefas, conhecida como
especializaçã o: cada indivíduo se ocupa de poucas atividades. Os mercados permitem que
as pessoas se especializem, pois sabem que podem encontrar os bens e serviços que
desejam e trocar com outras pessoas.
Moeda e suas funções
A moeda tem papel fundamental em uma economia, pois gera ganhos de comércio. Isso é
possível porque a moeda permite que trocas indiretas sejam realizadas, acabando com
problema da dupla coincidência de necessidades que ocorria em um sistema de escambos.
A moeda tem três funçõ es:

 Meio de troca: pois cumpre o papel de um ativo que as pessoas utilizam para
trocar bens e serviços.
 Reserva de valor: pois é uma forma de guardar poder de compra ao longo do
tempo.
 Unidade de conta: que representa uma medida que as pessoas utilizam para fixar
preços e fazer cá lculos econô micos.

Principio 2: movimentacao dos mercados em direcao


ao equilibio
Os economistas chamam de equilíbrio uma situaçã o em que os indivíduos nã o podem
melhorar, fazendo, individualmente, algo diferente.
Uma economia está em equilíbrio quando nenhum indivíduo pode melhorar sua situaçã o
adotando uma açã o diferente.
Os mercados, normalmente, alcançam o equilíbrio por meio da mudança de preços, que
aumentam ou diminuem, até que todas as oportunidades para melhorar a situaçã o
individual tenham se esgotado. Portanto, cada vez que houver uma mudança, a economia
se moverá em direçã o a um novo equilíbrio.

Principio 3: uso eficiente dos recursos para o alcance


dos objetivos da sociedade
O que importa para economistas nã o é o dinheiro, mas o bem-estar das pessoas em uma
sociedade. Os recursos de uma economia sã o usados de forma eficiente quando todas as
oportunidades de melhorar a situaçã o de cada um sã o exploradas por completo. Uma
economia é eficiente quando utiliza todas as oportunidades de melhorar a situaçã o de uma
pessoa sem piorar a de outras.
Quando uma economia está operando de forma eficiente, os ganhos oriundos do comércio
sã o maximizados, dados os recursos disponíveis. Quando uma economia é eficiente, a
ú nica maneira de melhorar a situaçã o de uma pessoa é piorando a de outra: ou seja, já
esgotamos os ganhos de troca. Dado que eficiência é algo ó timo, ela deveria ser o ú nico
objetivo em uma economia?
A resposta é nã o. Eficiência nã o é o ú nico critério que importa. Equidade e justiça também
sã o critérios relevantes. Em geral, há um trade-off entre eficiência e equidade, uma vez que
políticas que almejam a equidade, muitas vezes, alcançam-na à s custas da eficiência.

Principio 4: mercados rumo a eficiencia


Frequentemente – mas nã o sempre – os mercados levam à eficiência. Normalmente, nã o
temos um “planejador central” que se certifica de que a economia esteja operando de
forma eficiente. O Estado nã o precisa gerar eficiência, porque os mercados já cumprem
essa funçã o razoavelmente bem.
Como estudaremos mais a diante, Adam Smith chama isso de “mã o invisível do mercado”.
Assim, os incentivos presentes em uma economia de mercado já garantem que os recursos
sejam utilizados da melhor maneira possível, sem que haja desperdício de oportunidades.
Contudo, há exceçõ es para esse princípio.
Quando temos falhas de mercado, a busca individual a partir do interesse pró prio piora a
situaçã o da sociedade, e o resultado é ineficiente. Isso acontece, em geral, quando a açã o
individual de uma pessoa tem efeitos colaterais sobre outras pessoas, o que os
economistas chamam de externalidade.
Poluiçã o é um exemplo clá ssico de externalidade negativa.

Principio 5: acao governamental em prol do aumento


do bem-estar
Quando há falhas de mercado, é possível que açõ es governamentais melhorem o bem-
estar da sociedade. Essas soluçõ es mudam os incentivos da indú stria, dando a ela motivos
para poluir menos. No entanto, as possíveis soluçõ es vã o depender da intervençã o do
Estado.
Assim, quando os mercados nã o funcionam corretamente, a açã o do governo pode tornar o
resultado mais pró ximo de algo eficiente, mudando a forma de alocar recursos na
sociedade.
Em geral, o mercado nã o funciona corretamente quando há externalidades. Também há
uma falha quando o bem em questã o nã o consegue ser eficientemente administrado pelo
mercado.
Por exemplo, vamos pensar na iluminaçã o pú blica. Nã o precisamos pagar para passar sob
um poste de luz na rua, o que diminui o incentivo a contribuir para a provisã o do serviço.
Esse ú ltimo caso é conhecido como bem pú blico.
Por fim, alguns agentes econô micos podem ter poder de mercado, como uma firma
monopolista, que poderá restringir o uso de recursos por outros indivíduos para
maximizar seu lucro individual.

Variaveis endogenas e exogenas


O objetivo de um modelo econô mico é demonstrar como as variá veis exó genas afetam as
endó genas. As variá veis endó genas sã o aquelas que o modelo tenta explicar. Já as variá veis
exó genas sã o as que o modelo toma como dadas.

Variáveis Modelo Variáveis


Como explicitado na imagem anterior, as variá veis exó genas sã o determinadas fora do
modelo, servindo como insumo, enquanto as endó genas sã o determinadas dentro do
exógenas
modelo: sã o seu resultado. econômico endógenas
Considere um produtor de cogumelos. A demanda por seus cogumelos vai depender de
seu preço e da renda dos consumidores. A oferta, por sua vez, vai depender dos preços do
cogumelo e dos insumos utilizados na produçã o.
O equilíbrio acontece quando oferta e demanda se igualam. Nesse caso, as variá veis
exó genas sã o a renda individual e o preço dos insumos, e a variá vel endó gena será o preço
do cogumelo.
Historia do pensamento
economico
Origem da ciencia economica
Nã o há consenso a respeito de quando o pensamento econô mico começou. pode-se
argumentar que, nas formas mais rudimentares de civilizaçã o, já existia algum tipo de
pensamento econô mico, partindo do pressuposto de que seres racionais já se
preocupavam com seu sustento. É ingênuo pensar que uma civilizaçã o antiga como a
egípcia, que era caracterizada pela produçã o e distribuiçã o de parte dos recursos, nã o
tenha desenvolvido algum tipo de ideias econô micas, especialmente quando se considera a
existência de comércio (em forma de troca) com outras naçõ es e a propensã o egípcia a
manter registros escritos.

Na Grécia Antiga, Platã o já contribuía para o pensamento econô mico tocando alguns
conceitos como a divisã o do trabalho, a teoria da moeda, a produçã o como base da riqueza
do Estado (na época, Cidade-Estado) e até a propriedade comum. Seu discípulo Aristó teles
também contribuiu no campo, sistematizando sua teoria, mas se opunha a seu mestre no
tó pico da propriedade comum.

A Idade Média representa um período de transformaçõ es na estrutura da sociedade, e


grandes transformaçõ es costumam vir acompanhadas de novas ideias.

Seguindo a queda do Império Romano, cuja economia era escravocrata e latifundiá ria, o
período deu origem à forma de organizaçã o econô mica conhecida como feudalismo.
Trabalho e terra passaram a ser transferidos e nã o mais vendidos.

O feudalismo sofreu muitas transformaçõ es ao longo da Idade Média, atingindo seu auge
por volta do século X.

O desenvolvimento de novas técnicas agrícolas aumentou a produtividade das terras, e a


Europa vivenciou um período de estabilidade que permitiu o crescimento populacional e a
formaçã o de cidades. Essa combinaçã o de fatores deu origem ao mercador independente.

A Igreja Cató lica se tornou a instituiçã o dominante na Europa e, portanto, quase todos os
acadêmicos e escritores ocidentais do período eram clérigos.

escolasticos
Nos primeiros anos da Idade Média, os escritores cristã os tinham uma abordagem
puramente ética do estudo econô mico. Sua aversã o ao comércio e à propriedade baseava-
se na convicçã o de que a busca pela riqueza os desviaria do “caminho da graça”.

Os estudiosos da economia medieval ficaram conhecidos como escolá sticos, e seu principal
expoente foi Tomá s de Aquino.

Aquino buscou assimilar a filosofia aristotélica ao cristianismo. Recorrendo aos


argumentos éticos e econô micos de Aristó teles, ele pô de justificar a propriedade privada
defendendo obrigaçõ es para o proprietá rio individual, desde que atendesse aos interesses
da comunidade.

Ele desenvolveu ideias a respeito do valor de um bem, introduzindo uma teoria do salá rio
justo e do preço justo, esboçando uma noçã o de justiça distributiva e condenando a
cobrança dos juros e da usura

Seus interesses chegavam à Economia somente a partir de questõ es morais e éticas, nã o


tratando, dessa maneira, os assuntos econô micos como um fim em si.

Dentre as principais contribuiçõ es dos escolá sticos para o pensamento econô mico,
podemos citar dois elementos: uma ênfase na utilidade como principal fonte de valor e a
noçã o de preço justo.

Esse período é considerado como a pré-histó ria do pensamento econô mico e começou a
desaparecer no século XVI com a revoluçã o científica que se iniciou na Europa.

O Renascimento deixava suas marcas no pensamento das ciências naturais e políticas e


influenciaria diretamente o desenvolvimento do pensamento econô mico.

Surgimento do pensamento economico


As bases para o capitalismo industrial moderno também haviam sido estabelecidas. A
classe mercantil enriqueceu, a aristocracia e o clero começaram a perder influência, a
expansã o do comércio proporcionou o surgimento de centros comerciais e industriais, e
universidades foram criadas.

A esfera de produçã o se transformou, com os comerciantes deixando de ser apenas


fornecedores de matérias-primas e se tornando também detentores de meios de produçã o
e empregadores de mã o de obra. A alta inflaçã o vigente na Europa no período também
influenciou o pensamento econô mico.

Nesse período pré-mercantilismo, Jean Bodin esboçou a primeira teoria quantitativa da


moeda, em sua Resposta aos Paradoxos de Malestroit (Réponseaux Paradoxes de M. de
Malestroit, 1568), afirmando que a principal causa do aumento dos preços era o aumento
do ouro e da prata em circulaçã o.

A revoluçã o cultural e científica proporcionou a ascensã o de uma abordagem de


pensamento secular no lugar da religiosa. No campo da Economia, nã o foi diferente: ela
passou a se emancipar da ética e da filosofia política. Influenciado pelo crescimento dos
Estados-Naçã o e pelos trabalhos de pensadores como Maquiavel, Hobbes e Locke, o
pensamento econô mico deixou de se preocupar apenas com o comportamento de agentes
econô micos individuais e passou a examinar também o Estado. Assim, foram estabelecidos
os pilares para o pensamento econô mico moderno.

Emergiu uma nova disciplina como ciência: a Economia Política, cujo objeto de estudo era
a atividade pú blica, tratando da acumulaçã o e do gerenciamento da riqueza, a fim de
aumentar a eficiência do Estado.

Agora, o conhecimento passava a ser baseado nos aspectos individuais e empíricos dos
objetos.

Sir William Petty é considerado um dos pais da economia política moderna, pois foi um
defensor e expoente do método empírico e quantitativo.

MERCANTILISTAS
Outra fase de transformaçõ es ocorreu durante o Mercantilismo. No campo do pensamento
econô mico, foram propostas ideias de um sistema comercial restritivo com o objetivo de
aumentar a prosperidade econô mica de uma naçã o.

Os pensadores do período podem ser divididos entre:

BULIONISTAS (METALISTAS)
 Defendiam a regulamentaçã o do câ mbio;
 Por nã o entenderem a teoria do comércio internacional, enxergavam qualquer
saída de metais preciosos como uma desvantagem;
 Advogaram pela proibiçã o da exportaçã o de qualquer espécie que tivesse como
consequência a saída de ouro e prata da naçã o;
 Proibiçã o de importaçõ es, especialmente de mercadorias de luxo;
 Defendiam a exportaçã o de mercadorias, como bens manufaturados.

mercantilistas
 Acreditavam que havia a necessidade de incentivar a troca de mercadorias,
buscando alcançar uma balança comercial favorá vel, isto é, o país deveria exportar
mais do que importar.

Ficou claro que a Economia passara a ser política, influenciada por um envolvimento
maior do Estado. A naçã o passou a ser vista como uma grande empresa comercial, o que
acarretou a defesa e a adoçã o de políticas protecionistas.

Em geral, o pensamento mercantilista dialogava com o poder do Estado, com ideias de


unidade nacional, e seus objetivos eram identificados com a riqueza de uma naçã o.

Nasceu uma classe capitalista de mestres artesã os que controlava a produçã o, em conflito
com os interesses dos comerciantes. Essas mudanças foram acompanhadas por uma
mudança radical na maneira de conceber os fatos econô micos.

A intervençã o do Estado na economia passou a ser vista com suspeita, e a ideia de que o
lucro se originava na esfera de produçã o começou a se disseminar. Para prosperar, a nova
classe de empresá rios capitalistas precisava abrir mã o dos laços morais e ideoló gicos
tradicionais.

A partir do final do final do século XVII, a celebraçã o do individualismo, em conjunto com o


desenvolvimento da ética protestante, legitimou a usura e a atividade econô mica.

Entre os economistas da época, começou a se disseminar a noçã o de que restriçõ es


administrativas na produçã o criavam mais desvantagens do que vantagens para a
coletividade. Passaram a defender a intervençã o do Estado apenas no reconhecimento e
na proteçã o ao direito de propriedade.

Os autores desse período foram os precursores da Economia Política Clá ssica.

Precursores da economia politica classica


Dudley North e Mandeville atacaram o protecionismo do Estado e defenderam o livre
comércio. O comércio internacional nã o poderia ser uma fonte de perda para nenhuma das
partes, uma vez que, sendo uma atividade voluntá ria, nã o ocorreria em primeiro lugar se
nã o gerasse ganhos para todos.

A teoria também avançou em outros aspectos. Richard Cantillon propô s que a terra era a
principal fonte de riqueza, e que essa riqueza seria produzida com o poder do trabalho
empregado. Além disso, distinguiu o valor intrínseco do valor de mercado dos bens, o que
foi considerado um esboço da teoria de preço e custo.

As principais contribuiçõ es da escola fisiocrata para o pensamento econô mico moderno


consistem na rejeiçã o do conceito mercantilista de riqueza por meio da troca e no
reconhecimento da produçã o como fonte de riqueza, na invençã o do termo e da política do
laissez faire, laissez passer, e no Tableau Economique (1759), principal obra de Quesnay.

Interessado em transformar o setor agrícola em indú stria capitalista eficiente, o autor


apresentou um modelo quantitativo da produçã o de mercadorias. Ao fazer uma distinçã o
entre trabalho produtivo e improdutivo, apontou uma fonte de riqueza no excedente que a
terra é capaz de produzir, que seria advinda do fato de que nela se produz mais do que se
consome.

Quesnay foi precursor da acumulaçã o de capital. Seu trabalho também traz a ideia de
interdependência entre os setores da economia e a inovadora representaçã o de trocas
como um fluxo circular de dinheiro e bens. Desse modo, os fisiocratas foram os primeiros a
tentar analisar, de maneira sistemá tica, a circulaçã o da riqueza na economia.

As principais ideias econô micas do filó sofo David Hume envolviam o destaque ao trabalho,
bem como a atençã o a oscilaçõ es e mudanças na economia, e apontaram a inter-relaçã o de
fatos econô micos com outras forças sociais.

Na parte monetá ria, descreveu o mecanismo pelo qual uma mudança na quantidade de
moeda em circulaçã o alteraria o valor do dinheiro na economia ― assunto debatido até os
dias atuais.

economia politica classica


 A teoria clá ssica proposta nesse período contrastou fortemente com as tendências
anteriores do pensamento econô mico. Os clá ssicos identificaram falhas em todas
as soluçõ es propostas previamente para os problemas econô micos;
 Uma das principais discrepâ ncias é que os clá ssicos viam como positivos os
resultados que decorriam naturalmente das forças econô micas. Nesse período,
surgiu a noçã o de uma “mã o invisível do mercado”, de forças que naturalmente
convergiriam para um equilíbrio eficiente, sem necessidade de intervençã o estatal.
 A visã o clá ssica de um sistema econô mico harmonioso destoava das crenças
mercantilistas e escolá sticas de que o mercado era caracterizado por
desequilíbrios que exigiam intervençõ es e restriçõ es. Essa visã o otimista do
funcionamento dos mercados é um dos principais traços do pensamento clá ssico.
 Outra característica é seu interesse no crescimento econô mico. Essa preocupaçã o
os levou a estudar os mercados e o sistema de preços sob a ó tica da alocaçã o de
recursos. Os economistas clá ssicos estudaram a formaçã o de mercados e preços
relativos para entender seu impacto no crescimento econô mico.

TEORICOS DA economia politica classica


ADAM SMITH
 Desenvolvimento do conceito de divisã o do trabalho;
 Exposiçã o de que o interesse individual racional e a concorrência podem conduzir
ao desenvolvimento econô mico.

THOMAS MALTHUS
 Distribuiçã o de renda e consumo improdutivo;
 Apontou os riscos de uma crise de superproduçã o frente à falta de demanda.

DAVID RICARDO E JOHN STUART MILL


 Mesmo que uma das partes consiga produzir mais de todos os bens com a mesma
quantidade de recursos, é economicamente vantajoso para as duas partes
comercializar bens.

UTILITARISMO
O utilitarismo, de maneira geral, afirma que açõ es que maximizam felicidade e bem-estar
sã o boas, e que a utilidade é uma propriedade de um bem ou objeto capaz de produzir um
benefício ou prazer.

EVOLUCAO DO PENSAMENTO
ECONOMICO CLASSICO
PENSAMENTO ECONOMICO SOCIALISTA
Embora Marx reconhecesse os méritos científicos dos grandes economistas clá ssicos
ingleses, considerava a Economia Política Clá ssica como uma expressã o teó rica da
burguesia no período em que o capitalismo se afirmava.

Marx desenvolveu sua teoria com forte ênfase no conflito de classes, acusando a burguesia
de cooptar as necessidades de toda a sociedade para combater a aristocracia e, depois,
estabelecer-se como classe dominante, apresentando seus interesses pró prios como
coletivos e o espírito da acumulaçã o privada de capital como instrumento para fazer
crescer a riqueza nacional.

Segundo a crítica de Marx, o sistema teó rico clá ssico se baseou na aná lise de classe sociais,
até que essa análise deixasse de ser ú til, ou seja, quando a burguesia alcançasse o poder ―
momento em que as teorias de harmonia de interesses e de fatores produtivos se
tornaram mais ú teis. Nesse sentido, a herança científica da Economia Política Clá ssica
estava comprometida e deveria passar, agora, aos economistas socialistas.

Marx buscou identificar os limites da Economia Política Clá ssica a fim de criticá-la. Ele
diferiu desse grupo de economistas quanto ao pano de fundo filosó fico: Marx nã o era
utilitá rio, empirista ou baseado em leis naturais da Filosofia.

Dentre as críticas feitas por Marx aos economistas clá ssicos, três se sobressaíram, listando
a incapacidade dos clá ssicos de:

 explicar a natureza do lucro e do capital;


 reconhecer o cará ter histó rico do capitalismo;
 reconhecer o cará ter explorató rio do modo de produçã o capitalista ― o que os
levou a focar sua atençã o nas relaçõ es de troca em vez da produçã o.

REVOLUCAO MARGINALISTA OU
UTILITARISTA
Jevons, Menger e Walras sã o alguns dos principais nomes associados a essa mudança
radical na forma de conceber a teoria econô mica.

À medida que a teoria marginalista se desenvolveu, a estrutura da teoria econô mica se


modificou, de modo a elaborar um sistema muito diferente do exposto pela economia
clá ssica.

O interesse no crescimento econô mico dos economistas clá ssicos deu lugar ao interesse na
alocaçã o dos recursos. O centro do sistema neoclá ssico girava em torno do problema da
alocaçã o de recursos escassos, dados os seus possíveis usos alternativos.

Os marginalistas aceitavam a abordagem utilitarista e, a partir dela, reformularam a


aná lise do comportamento humano, que foi construído a partir de cá lculos racionais,
visando à maximizaçã o da utilidade individual.

Os clá ssicos tinham como objeto principal agentes econô micos coletivos, como as classes
sociais e o governo. Os marginalistas, por sua vez, concentravam-se em agregados sociais
mínimos: a unidade tomadora de decisã o, como consumidores, famílias ou firmas.

Ortodoxia neoclassica

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