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Notas de Aula 1: Introdução à Economia – Ciências Sociais.

Professor: Juan Campos

O economista dever ser, antes de tudo, um cientista social!

Ciências Econômicas é uma ciência social aplicada e não uma ciência exata. A matemática
serve para modelar a sociedade.

O que é a Economia?

A economia é a mais antiga das artes, a mais nova das ciências. Como atividade, acompanha a
humanidade desde seus primórdios. Como ciência erudita e estruturada conta com pouco mais
de dois séculos, quando Adam Smith publicou, em 1776, seu livro “A riqueza das nações”.

Definição de Economia

Economia é a ciência social que se preocupa em utilizar adequadamente os recursos escassos


com o objetivo de produzir e distribuir bens e serviços a fim de satisfazer as necessidades
materiais da sociedade.

O papel da economia

A economia, como ciência, desempenha dois papéis básicos na análise das questões nacionais:
a primeira diz respeito à compreensão, descrição e previsão da ação dos agentes econômicos;
a segunda se refere à definição de políticas econômicas com vista a atingir determinados
objetivos e construir uma sociedade mais justa.

O objeto da economia

Para os economistas clássicos, a Economia deveria se preocupar com a produção, a distribuição


e o consumo dos bens e serviços.

Após o surgimento da teoria keynesiana, além desses três elementos, que compunham a
chamada trilogia clássica, a Economia passou a tratar do crescimento econômico, da formação
do emprego e do equilíbrio geral.

Nesse sentido, a teoria econômica se preocupa em indicar políticas econômicas, que são
adotadas, ou não, de acordo com os princípios éticos e morais, que orientam a ação dos
políticos e das pessoas de poder decisório e com objetivos nacionais.
A microeconomia

A microeconomia cuida das unidades elementares de produção e de consumo, considerando


individualmente o comportamento dos agentes econômicos. Da microeconomia fazem parte a
teoria do consumidor, a teoria da empresa, a teoria da produção e da distribuição de bens e
serviços.

A macroeconomia

A macroeconomia, antes baseada no liberalismo clássico, tomou impulso com a falência do


equilíbrio automático do mercado verificado na grande depressão de 1929, a tomada de
consciência dos países subdesenvolvidos de sua situação de dependência e atraso econômico,
o desemprego estrutural e os desequilíbrios de mercado. A análise econômica ganhou novo
rumo e grande impulso a partir da publicação do livro “Teoria geral do emprego, dos juros e da
moeda”, escrito por John Maynard Keynes, em 1936.

A macroeconomia aborda: a teoria dos agregados econômicos, a teoria do desenvolvimento e


a teoria do equilíbrio geral. Esta última, por sua vez, engloba a teoria da moeda, finanças
públicas, comércio internacional e política e programação econômica.

A escassez e as necessidades humanas

Os bens econômicos não existem de forma abundante e prontos para serem consumidos no
local e no momento exato em que o consumidor deles necessita. Normalmente, é necessário
um longo caminho para tornar os bens disponíveis para consumo. Mesmo assim, os bens são
limitados frente às necessidades ilimitadas da humanidade. O poder aquisitivo das pessoas em
confronto com o preço dos bens e serviços é o elemento seletivo, de modo que uns têm maior
alcance de consumo e outros praticamente não têm poder de compra algum, embora tenham
necessidades e carências. O mercado, via preço e renda, estabelece quem tem acesso aos
produtos oferecidos em quantidades limitadas.

BENS, SERVIÇOS E FATORES DE PRODUÇÃO.

Bens de consumo

Os bens de consumo se dividem em bens de consumo final e bens de consumo intermediário.

Os bens de consumo final são destinados a satisfazer as necessidades humanas e compõem


duas categorias de acordo com seu tempo de uso: 1 – os bens de consumo duráveis; 2- bens de
consumo não duráveis.

Os bens de consumo duráveis são aqueles que duram vários ciclos, como: carro,
eletrodoméstico, móveis, etc.

Os bens de consumo não duráveis são aqueles consumidos imediatamente, como: alimento,
materiais de limpeza e higiene.
Os bens de consumo intermediários são utilizados no processo de produção de outros bens, ou
para serem consumidos passam por outro processo produtivo. Estes se dividem em matérias
primas e material de processo.

As matérias primas são aqueles que se incorporam total ou parcialmente no produto final.

O material de processo são bens auxiliares que entram no processo produtivo para ajudar na
produção, mas terminada sua finalidade, são retirados do processo, não se incorporando ao
produto final.

Bens de capital

Os bens de investimento ou de capital são bens duráveis, utilizados em novos processos de


produção.

Bens públicos

São aqueles cujo consumo por uma pessoa não reduz sua disponibilidade para outros e
teoricamente todos têm direitos de uso.

Serviços

Quando o produto, resultado do processo produtivo não é um bem material, chama-se serviço.
Assim, serviços são atividades destinadas a satisfazer direta ou indiretamente necessidades
humanas.

Fatores de produção e insumos.

Os clássicos consideravam três fatores de produção: terra, capital e trabalho.

A teoria econômica atual considera cinco categorias de fatores de produção: terra, capital,
trabalho, tecnologia e capacidade gerencial.

CONCEITOS DE MICROECONOMIA

Custos de produção

Custo fixo: São os custos da empresa que não dependem, no curto prazo, da quantidade de
produção.

Custos variáveis: São aqueles que variam proporcionalmente com a quantidade produzida.

Custo total: C. fixo + C. variável


Custo médio (custo unitário): Custo total dividido pela quantidade produzida.

Custo marginal: é a variação no custo total por unidades a mais produzida

Receita

A receita de uma empresa se defini como as quantidades produzidas multiplicadas pelo preço
final do produto.

Receita marginal é a variação na receita total devido a produção (ou venda) de uma unidade a
mais de um bem.

Lucro

É a receita menos os custos totais dos produtos

SISTEMA DE PREÇOS DA ECONOMIA DE MERCADO:

Demanda

Define-se a demanda de um bem como as diversas quantidades, que os consumidores estão


dispostos e aptos a consumir desse bem num dado período de tempo, a cada nível de preço.

Fatores que afetam a demanda

a) Nível de renda dos consumidores


b) Dimensão do mercado
c) Preço dos produtos relacionados
d) Expectativa sobre a oferta e demanda
e) Gostos e preferências dos consumidores
f) Taxa de juros e condições de crédito

Variação da demanda e na quantidade demandada: é um deslocamento ao longo da mesma


curva de demanda, causado pela variação de prelo do próprio bem. É a quantidade que se
modifica em função da variação de preço do bem.

Utilidade: Utilidade de um bem X é a capacidade desse bem satisfazer direta ou indiretamente


alguma necessidade humana. O consumo dos bens produz algum tipo de satisfação. Essa é a
razão de toda a economia.

Bens inferiores: são aqueles que a demanda reduz quando há um aumento da renda.
Bens normais: são aqueles que a demanda aumenta na mesma proporção que aumenta a
renda.

Bens superiores: são aqueles que a demanda aumenta em maior proporção que o aumento da
renda.

Oferta

Entende-se por oferta de um bem as diversas quantidades desse bem, que os produtores estão
dispostos e aptos a oferecer num dados período de tempo, a cada nível de preços.

Fatores que afetam a oferta

a) Número de empresas produtoras no mercado


b) Condições de oferta dos fatores de produção
c) Preço e disponibilidade de matérias-primas
d) Expectativa sobre as condições da demanda
e) Política governamental e tributos
f) Alteração na estrutura tecnológica
g) Taxa de juros e condições de crédito

Variação da oferta e na quantidade ofertada: ocorre em função da variação no preço do


próprio bem. Se o preço sobre, estimula os empresários a produzirem mais, fazendo com que a
quantidade ofertada aumente. Se, ao contrário, o preço cai, os empresários se dispõem a
ofertar menos, se o preço cair demais, os empresários podem até parar de produzir.

Equilíbrio de mercado

Diz-se que um mercado está em equilíbrio quando as quantidades que os produtores desejam
vender são iguais às quantidades que os consumidores desejam comprar a um dado preço.

Referência

Muller, Antônio. Manual de Economia Básica. Petrópolis – RJ: Editora vozes, 2004.

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