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Fornecer aos estudantes, conhecimentos básicos conceitual,


teórico e metodológicos da Economia, com particular ênfase
para as definições gerais e para as principais teorias.

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 Segundo N. Gregory Mankiw (2005), há três razões que levariam
um estudante a embarcar no estudo da economia, que são:
 A primeira razão é o facto de que ela o ajudará a entender o mundo
em que você vive.
 A segunda razão para estudar economia é que isso o tornará um
participante mais perspicaz da economia.
 A terceira razão para estudar economia é o facto de que ela lhe
proporcionará uma melhor compreensão dos potenciais e dos limites
da política económica.

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 A economia repousa sobre os actos humanos e é por excelência uma
ciência social. Apesar da tendência actual ser a de se obter
resultados cada vez mais precisos para os fenómenos económicos é
quase que impossível se fazer análises puramente frias e numéricas,
isolando as complexas reações do homem no contexto das
actividades económicas.

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 Economia é a ciência que estuda a afectação de recursos
escassos entre usos alternativos com vista ao fim último de
satisfazer as necessidades dos consumidores (Abel Mateus e
Margarida Mateus 2008).

 Economia é a ciência social que estuda como o individuo e a


sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos
escassos na produção de bens serviços de modo a distribuí-los
entre varias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer
as necessidades humanas (Marco Vasconcello e Manuel
Garcia 2006)

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A definição de economia contem vários conceitos importantes,
que são a base e objecto de estudo da ciência económica:

• A ciência que estuda a escassez.


• A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na
produção de bens alternativos.
• O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus
recursos escassos.

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 Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a
economia pode produzir potencialmente, dados os factores de
produção e a tecnologia disponíveis.

 É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados


os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de
produção da sociedade, supondo que os recursos estejam
plenamente empregados.

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Modelo de 2 bens com a utilização de todos os factores

A FPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma


coisa está sujeita a abrir mão de outra “nada é de graça”

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Os pontos da FPP representam as possibilidades de produção dos bens x e y

 A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste


ponto o custo de oportunidade é zero,
pois não é necessário sacrifício de recursos
produtivos para aumentar a produção de um
bem, ou mesmo, dos dois bens.

 B e C: Não há como produzir mais, sem


reduzir a produção do outro. Combinações de
produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno
Emprego).

 D: Nível impossível de produção. Posição


inalcançável no período imediato. Depende de
factores como inovação tecnológica.
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 São múltiplas as situações que obrigam os agentes económicos
a tomarem decisões, onde diante de um determinado problema
devem optar por uma solução.

 A prontidão dessa decisão e a capacidade de identificação dos


aspectos fundamentais ligados à situação ou ao problema que
origina essa decisão – tais como as causas, as condicionantes
institucionais e financeiras, as consequências associadas a
vários cenários de actuação, etc. condicionam a eficiência da
mesma.

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 Implica escolher entre várias alternativas a que proporciona
maior satisfação.
 Postulado da racionalidade: todos os agentes intervenientes
no sistema económico são racionais, ou seja, optam sempre
pela alternativa que conduz à maximização da sua utilidade,
atendendo à limitação dos recursos.

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 Mercado é o espaço (geográfico ou virtual) onde se encontram
compradores e vendedores para trocarem entre si um produto,
bem ou serviço (Abel Mateus, 2011).

 Mercado corresponde a um grupo de compradores e


vendedores que, por meio de suas reais ou potenciais
interações, determina o preço de um produto ou de um
conjunto de produtos (Pindyck e Rubinfeld (2005)

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 No mercado de produtos (bens e serviços), os indivíduos ou
famílias pagam pelos bens/serviços que adquirem e as
empresas recebem os pagamentos monetários correspondentes
ao valor de mercado daquilo que fornecem. É neste mercado
que as famílias concentram as suas despesas, e é nele as
empresas obtêm o seu rendimento (Fernando Araújo, 2005).

 No mercado de factores, são as empresas que pagam, e os


indivíduos e as famílias recebem a remuneração
correspondente ao valor dos factores de produção que colocam
no mercado à disposição daqueles (Fernando Araújo, 2005).

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Existem diversas espécies de mercados, que se distinguem
uns dos outros pelo objecto da troca.
Mercado de um produto particular: matérias-primas, tais
como o petróleo e o cobre, ou mercado de produto acabado
(mercado do livro).
Mercado dos bens e serviços, onde são postas em confronto
a oferta e a procura globais: na perspectiva keynesiana, o
ajustamento faz-se pelo nível de produção e pelo nível geral
dos preços.
Mercado do trabalho, relaciona a oferta e a procura de
trabalho.
Mercado de câmbio, em que se trocam as divisas umas pelas
outras e se formam as taxas de câmbio.
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As falhas de mercado derivam das principais razões pelas
quais os mercados não geram resultados eficientes:

Vamos analisar seis falhas de mercado:


A falha da concorrência

Os bens públicos

As externalidades

As falhas de informação

A inflação e o desemprego.

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A intervenção do estado no funcionamento mercado pode
assentar-se em três razões gerais, segundo Fernando Araújo
(2005):

I – A pura e simples ignorância das leis económicas, o


desconhecimento dos requisitos e implicações da atitude
intervencionista; o caso das intervenções nos preços, reclamadas
por pessoas ou grupo de pessoas que querem <almoços grátis>
ou que querem resolver o problema da escassez a força de leis.

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II – O imperativo de eficiência, que abre espaço à rectificação de
falhas verificadas nos mercados dos produtos e dos factores,
sejam falhas que criam disparidades entre o funcionamento do
mercado e a promoção dos bem-estar social, sejam falhas que
consistem na subversão do contexto de liberdade e de
concorrência em que as trocas deveriam decorrer.

III – O imperativo de justiça, que determina rectificações dos


resultados distributivos que se verificam no mercado dos
factores produtivos.

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 Marshall vulgarizou o instrumento mais utilizado pela
Economia para estudar o funcionamento económico, um
gráfico onde se cruzam as duas curvas da oferta e da procura,
em resultado da relação entre duas variáveis – preço e
quantidade –, assumindo que os restantes determinantes da
oferta (função da oferta) e da procura (função da procura)
permanecem constantes. Este gráfico ficou conhecido como
«cruz marshalliana» pois foi Marshall que começou a utilizar
intensamente o gráfico completo, da forma que agora é usual.

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Microeconomia – estuda o comportamento dos agentes que
intervêm no mercado de forma individualizada, tais como,
empresas e famílias. É a ciência da escolha em condições de
escassez. Estuda o comportamento de consumidores e
produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a
determinação dos preços e quantidades em mercados
específicos.

Macroeconomia – estuda o comportamento da economia como


um todo, ou seja, preocupa-se com os grandes agregados
económicos, tais como, consumo agregado, renda nacional e
investimentos globais, etc.

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Análise positiva – descreve os factos e comportamento da
economia.
Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda
reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas económicos)

Análise normativa – envolve preceitos éticos e julgamentos de


valor. Inclui, em si, as questões normativas que são aquelas que
envolvem os nossos valores e estão relacionadas com o que tem de
ser ou deveria ser feito.
Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda
emitida. (Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.)
(Formuladores de políticas)
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Com o passar do tempo:
A Economia repousa sobre os actos
Concepção Humanística humanos, objectivando a satisfação das
necessidades humanas (Ciência Social).

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Embora a economia tenha seu núcleo de análise e seu objecto
bem definido, ela tem relação com outras ciências. A final todas
estudam a mesma realidade e há evidentemente muitos pontos de
contacto.
 Dificuldade de separar os factores essencialmente económicos
dos extra-económicos.
 A Autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais não
deve ser confundida com um total isolamento, mas sim
observada sob diferentes ópticas e investigada em termos não
unilaterais.

As manifestações das modernas sociedades encontram-se


interligadas. 23
Aspecto Económico
Aspecto Político Aspecto Social

Realidade
Aspecto Material do
Objecto

Aspecto Histórico Aspecto Demográfico


Aspecto Geográfico
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O objectivo do modelo da procura e da oferta é determinar os preços e
quantidades que serão transacionadas num determinado mercado. O
modelo procura especificar o comportamento de cada um dos lados do
mercado

Existem duas formas alternativas de representar o modelo da procura e


da oferta, que consistem na linguagem gráfica e matemática.
Para além da ambas serem formas mais sintéticas e precisas de
representar o modelo, a linguagem gráfica tem a vantagem de ser
visualmente mais sugestiva.

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Procura
P P

Qs = a + bP (Oferta)
Q

QD = a – bP (Procura)

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 A curva da procura diz respeito à variação da quantidade
comprada do bem em função da variação do preço do próprio
bem, admitindo que tudo o resto se mantém constante.

 A função procura aponta que a quantidade que cada


consumidor compra de um dado bem depende de outros
factores para além do preço.

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 Preço do bem;

 Preço de outros bens (substitutos ou complementares);

 Rendimento;

 Gostos ou preferências;

 Informação;

 Expectativas sobre a evolução do preço do bem.

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 As alterações no preço do bem provoca deslocamentos
(movimentos) ao longo da curva da procura.

P1

P2

Q1 Q2 Q

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 As mudanças que provocam variação das quantidades demandadas a
cada preço, e que desloca a curva da demanda para direita (aumento
da demanda) ou para esquerda (redução da demanda).
P
P

P1 P1

Q1 Q2 Q Q1 Q
Q2
Aumento da demanda
Redução da demanda

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A curva da oferta consiste na representação gráfica da função
oferta a qual, por sua vez, é a expressão algébrica da relação
entre o preço e a quantidade oferecida de determinado bem.

Dado que esta relação é positiva, a curva da oferta tem,


necessariamente, inclinação positiva.
P

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Q
 A oferta da empresa diz respeito a quantidade máxima de bens
ou serviço que uma empresa deseja vender a um dado preço.

 Oferta de mercado é soma das quantidades ofertadas por todos


os vendedores a cada preço.

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 Preço dos factores;
 Tecnologia;
 Expectativas;
 Concorrência;
 Demanda;
 Sazonalidade;
 impostos, etc.

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 Diz respeito a variação nas quantidades oferecidas
mediante alteração no preço do bem.

P1
P

P2

Q2 Q1

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 Diz respeito a qualquer mudança que provoca variação das
quantidades que os vendedores desejam oferecer a cada preço. Um
movimento da curva para a direita significa aumento da oferta e um
movimento da curva para esquerda significa redução da oferta.
P P

P1
P1

Q1 Q2 Q Q1 Q2 Q
Aumento da oferta Redução da oferta
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O equilíbrio é encontrado no ponto em que ocorre intersecção da
curva de oferta e da curva de demanda. Ao preço de equilíbrio, a
quantidade ofertada é igual a quantidade demandada.

P’

Equilíbrio

Q’
Q 36
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