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Métodos e Objetos das Ciências

Econômicas

Adão Rodrigues.
Teoria e métodos de investigação
científica.

 CONCEITOS:
Teoria: “a teoria pode ser entendida como um
conjunto de idéias sobre a realidade, sempre
analisada de forma independente”.
Modelos: “é a representação das principais
características dos componentes de uma
teoria, por exemplo, a poupança depende
da renda e o investimento da taxa de juros,
porém é com o equilíbrio de ambos que a
renda se equilibra”.
Os métodos científicos são
classificados em:

 Método indutivo: método que parte dos


fatos específicos para chegar a conclusões
gerais.
 Método dedutivo: método que parte das
conclusões gerais para explicar o
particular.
 Nas Ciências econômicas assim com, outras
ciências, diversos são as técnicas ou metodologias
utilizadas para se estudar a economia, todos
voltados para a construção racional da realidade.
 São utilizados diferentes instrumentos em analises
dos problemas econômicos.
 Disputas entre diferentes escolas de pensamentos.
Como exemplo, os casos da chamada Lei de Say
formulada pela Escola clássica e a do princípio da
demanda efetiva cria por Keynes.
Objeto da Ciência Econômica.
 Questões econômicas: aumentos de preços, desempregos, períodos de
crises e de crescimentos, taxas de juros e outras.

 O objetivo do estudo da ciências econômicas é o de analisar os problemas


econômicos e formular soluções para resolve-los, da melhor forma
possível.
 A palavra economia deriva do grego Oikosnomos, que significa a
administração de uma casa ou Estado.
 Assim, podemos definir economia como uma ciência social aplicada que
estuda como o indivíduo ou sociedade decidem empregar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuir
entre as várias pessoas e grupos da sociedades, afim de satisfazer as
necessidades humanas.
Divisão do estudo econômico

 Microeconomia;
 Macroeconomia;
 Economia internacional;
 Desenvolvimento econômico;
Divisão do estudo econômico

 Microeconomia: esta relacionada ao estudo da


alocação de recursos escassos, a partir do
comportamento individual do indivíduo na economia.

 São estudadas variáveis como preços relativos de


bens e serviços e as remunerações dos fatores de
produção, preferências do consumidos, sintetizada
nas curvas de demanda, confronto entre oferta e
demanda.
Divisão do estudo econômico

 Macroeconomia: termo introduzido pelo


economista Fisher em 1933. Que diz
respeito ao estudo comportamento humano
em suas relações sociais ligadas a produção
e distribuição de bens e serviços, sob a ótica
agregada. (Comportamento agregado;
 São estudadas variáveis como, a renda,
emprego, nível geral de preços e de salários,
poupança, investimento.
Divisão do estudo econômico

 Economia Internacional:
 Estuda a relação econômica entre residentes e não
residentes em um país, as envolvem transações
com bens e serviços.
 Desenvolvimento econômico:

Preocupa com o padrão de vida da coletividade.


Focado em crescimento econômico, distribuição de
renda, avanço tecnológico e outros.
Voltando ao conceito de Economia

 Essa definição contém importantes


conceitos, como: a escolha, escassez,
necessidade humana, recurso, produção e
distribuição.
 Dessa forma, no campo produtivo da
economia surgir algumas questões, como:
 O que produzir? Como produzir? Para quem
produzir?
Sistema Capitalista e Socialista

 Capitalista;
 Socialista;
Sistema Capitalista e Socialista

Sistema capitalista (economia de mercado): é


aquele regido pelas forças de mercado,
predominando a livre iniciativa e a propriedade
privada dos fatores de produção.
Nesse sistema os problemas econômicos
fundamentais são resolvidos predominantemente
pelo mecanismo de preços atuando por meio da
oferta e da demanda.
 Sistema socialista (economia centralizada): é
aquele em que as questões econômicas
fundamentais são resolvidas por um órgão central
de planejamento.
 Predomina a propriedade pública dos fatores de
produção, chamado nessas economias de meios de
produção, englobando os bens de capital, terra,
prédios, bancos, matérias-primas.
Curva de Possibilidade de Produção

 Essa questão da escassez, a qual impõe um


limite a capacidade produtiva de uma
sociedade, que terá de fazer escolhas entre
alternativas de produção, pode ser ilustrada
pela chamada Curva de Possibilidade de
Produção.
Curva de Possibilidade de Produção

 Representa as diversas combinações de


utilização de fatores de produção que geram
diferentes combinações máximas de
produção.
 Gráfico
 Representa as diversas combinações de
utilização de fatores de produção que geram
diferentes combinações máximas de
produção.
 A escassez de recurso impõe um limite a
capacidade produtiva de uma sociedade.
Suponha uma economia que só produz
máquinas e alimentos para consumo:

 Tabela.
 Gráfico com números.
 O ponto A é uma situação onde não é possível operar, pois é
um ponto inatingível, sendo que o nível de produção exige uma
capacidade de produção acima da possibilidade de produção
(com os recursos e tecnologia disponível). Já no ponto B,
indica a utilização plena dos fatores de produção disponíveis,
com priorização para a produção do bem x. Da mesma forma o
ponto C indica a utilização plena dos fatores de produção
disponíveis, mas diferente do ponto B com prioridade na
produção do bem y. Enquanto no ponto D tem-se que, o nível
efetivo de produção é inferior ao potencial máximo de
produção. Os recursos disponíveis estão sendo subutilizados.
Assim, a produção gerada é menor que aquela possível pela
eficiente utilização dos fatores produtivos disponíveis.
2.1.1) Custo de Oportunidade

 É o sacrifício de deixar de produzir parte de


um bem para produzir o outro.
 Também chamado de custo alternativo, por
apresentar o custo da alternativa sacrificada.
Por exemplo, para aumentar a produção de
alimentos de 30 para 47,5 (passar do ponto
B para o C), o custo de oportunidade em
termos de máquinas é igual a 5, para
produzir 17,5 a mais.
Voltando a CPP

 Formato Decrescente;
 Formato Côncavo;
Voltando a Curva de Possibilidade de
Produção.

 O formato decrescente da FPP se deve ao


sacrifício que tem de ser feito ao optar-se
pelo aumento na produção de um e redução
de outro (custo de oportunidade), em uma
situação em que os recursos estão sendo
utilizados em sua totalidade.
 o formato Côncavo da FPP diz que os custos de
oportunidades sejam crescentes, já que quando
aumenta a produção de um bem, os fatores de
produção transferidos dos outros produtos se tornam
cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou
seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil
e onerosa, e o grau de sacrifício vai aumentando.
Assim, esse fato justifica o formato côncavo da FPP,
isto é, acréscimos iguais na produção dos alimentos
implicam decréscimos cada vez maiores na
produção de maquinas.
2.1.2 Deslocamentos na CPP

 Aumento da quantidade física de fatores


produção;
 Melhor aproveitamento dos recursos
existentes;
 Avanço tecnológico;
 Qualificação profissional
Exercícios:

 No gráfico, a curva de possibilidade de produção


de uma economia é representada pela linha cheia
ligando os pontos A e B.
a) Explique como é possível conseguir o
deslocamento da curva AB para AC.
b) É possível operar-se no ponto D? Explique.
c) O que acontece se o custo de oportunidade fosse
constante?
d) E se o custo de oportunidade fosse decrescente?
2.2 Funcionamentos de uma economia
de mercado: Fluxos reais e monetários

 2.2.1) Conceitos:
 Bens de capital;
 Bens intermediário;
 Bens de consumo;
 Bens finais;
 Fatores de produção.
 Bens de capital: são bens utilizados na produção de
outros bens, mas não se desgastam totalmente no
processo produtivo. Exemplo: máquinas,
equipamentos e instalações;
 Bens de consumo: destinam-se diretamente as
necessidades humanas, que pode ser: Bens de
consumo duráveis (geladeiras, fogões e automóveis)
e não duráveis (alimentos, produtos para limpezas).
 Bens intermediários: são bens transformados ou
agregados na produção de outro bem, consumidos
totalmente no processo produtivo. Exemplo: farinha
de trigo para produzir o pão;
 Bens finais: bens que são vendidos ou prontos para
utilização final.
 Fatores de produção: são os recursos de produção
na economia. Terra, trabalho, capital e tecnologia. A
remuneração é, respectivamente, aluguel,salário,
juros, royalty.
2.3 Entendendo o Fluxo real na
economia

 Suponha uma economia de mercado:


 Sem governo;
 Sem setor externo;
 Os agentes são as famílias (unidades familiares) e
empresas (unidade produtoras);
 As famílias proprietárias de fatores de produção os
fornecem as unidades de produção.
 As empresas, pela combinação de fatores de
produção, produz bem e serviços e os fornecem as
famílias.
 Figura.
 Isto é: Famílias e empresas representam um
duplo sentido. No mercado de bens: as
famílias demandam bens e serviços,
enquanto as empresas oferecem. Já no
mercado de fatores de produção, as famílias
oferecem mão de obra e as empresas
demandam.
Fluxo monetário:

 No entanto, o fluxo real só se torna possível


com a presença da moeda, que utilizada
para remunerar os fatores de produção e a
compra de bens.
 Desenhar fluxo monetário!!!!
Evolução do Pensamento Econômico

 Antiguidade (384 – 322 a.C.):


 Aristóteles – estudo sobre administração
pública e sobre as finanças do Estado;
 Platão (427 – 347 a. C.).
Evolução do Pensamento Econômico

 Mercantilismo:
 Início a partir do século XVI.
 Regime de nacionalismo econômico, tendo a
riqueza como principal fim do Estado.
 O Estado tinha como principal finalidade
encontrar meio de obter maiores quantidade
de metais preciosos.
Evolução do Pensamento Econômico

 Incentivar de qualquer forma as exportação


e menor importação;
 Duração até início do século XVII.
Evolução do Pensamento Econômico

 Fisiocracia:
 Grupo de economistas franceses do século XVIII;
 Reação as práticas mercantilistas;
 Defendia a desregulação governamental, incentivo a
produções agrícola (produção de alimentos), umas
vez que a população crescia e a necessidade de
alimentos aumentava;
 OS CLÁSSICOS:
 Adam Smith (1723 – 1790):
 Primeiro a elabora um modelo coerente de
um Sistema Capitalista;
 Opositor aos Mercantilistas;
 Obra Riqueza das Nações;
 Liberdade econômica;
 Mão Invisível;
 David Ricardo (1772 – 1823):
 Parte de idéias de Adm Smith;
 Mostra através de modelos que a
acumulação de capital acompanhada de
elevação da renda, eleva o crescimento
econômico;
 Teoria das Vantagens Comparativas;
 Jean – Baptiste Say (1768 – 1832):
 Retornou aos parâmetros de Smith;
 Criou a chamada “Lay de Say”;
 Thomas Malthues (1766 -1834):
 Idéias sobre o crescimento populacional;
 Excesso Populacional: dizia que enquanto a
produção crescia em uma progressão aritmética, a
população crescia em uma progressão geométrica;
 Técnicas para evitar os problemas: postergar
casamentos, limitação voluntária nascimento de
filhos, aceitava guerras como instrumento para
interromper crescimento da população.
 Teoria Neoclássica:
 Até primeira década de XX;
 Teóricos: Destaque Alfred Marshall (obra: Princípios
de economia);
 Outros: Willian Jevons, Léon Walras Vilfredo
Paredo, Pigou, Edgeworth, e outros.
 Idéias sobre o comportamento do consumidor
(maximizar sua utilidade) e produtor (maximiza
lucro);
 Equilíbrio de mercado;
 Teoria Keynesiana:
 John Maynard Keynes (1883 – 1946);
 Defende a intervenção do governo na
economia;
 Demanda efetiva;
 Crise de 1929;
 Monetaristas;
 Pós Keynesianos;
 Novo-Keynesianos;
 Karl Marx;
Introdução a Microeconomia

 Conceito:
 “Analisa a formação de preços no mercado,
ou seja, como a empresa e consumidores
interagem e decidem qual o preço e
quantidade de determinado bem ou serviço
em mercados específicos”.
Introdução a Microeconomia

 Diferente da analise contábil;


 Contabilidade: Enfoque nos custos efetivos
(gasto ou desembolso financeiro);
 Microeconomia: Além deste, o custo de
oportunidade;
Introdução a Microeconomia

 Agentes da demanda (consumidores):


dirigem ao mercado no intuito de adquirir
bens e serviços, de tal forma a maximizar
sua função utilidades;
 Empresa: é a combinação realizada pelo
empresário dos fatores de produção (quais
são???), de tal modo a obter o maior nível
de produção a menor custo.
Pressupostos básicos da análise
microeconômica

 1) Hipótese coeteris paribus: em latim, tudo


mais permanece constante. O foco de
estudo é dirigido apenas a aquele mercado.
Por exemplo, analisar o fluxo de renda na
economia interna,considera que não existe
setor externo. Ou, para analisar a demanda
de um bem,mantém a renda constante, e ver
apenas o efeito do preço na quantidade,
vice-versa.
Pressupostos básicos da análise
microeconômica

 2) Preços relativos:
Medida do preço de um bem em relação aos demais.
Exemplo: se o preço da coca cola diminui 10% e da
Pepsi 10%, não deve reduzir a sua demanda. Mas
se da Coca Cola diminui 10% e o do Pepsi não,
Tudo mais mantido constante, reduzirá a demanda
de Pepsi. Embora não tenha havido alteração no
preço absoluto da Pepsi, seu preço relativo ficou
maior.
Pressupostos básicos da análise
microeconômica

 3) Princípio da racionalidade:
“empresário sempre busca maximizar lucro,
condicionado aos fatores de produção; o
consumidor maximizar sua satisfação no
consumo de bens e serviço, limitado por sua
renda e preços”.
Aplicações da análise microeconômica

 Nas empresas: Previsão de demanda futura,


previsão de custo de produção, avaliação e
análise de projetos, políticas de propaganda;
 Política econômica: controle de preços,
política salarial, fixação de preços em um
setor e outros.
Divisão de estudos

 Análise da demanda;
 Análise da oferta;
 Análise das estruturas de mercados;
Divisão de estudos

 Teoria Geral do Equilíbrio: Tenta analisar se


o comportamento individual de alguns
setores conduz para um equilíbrio global.
 Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
Demanda

 Conceito: quantidade ou procura de um bem


que o consumidor deseja adquirir em
determinado período de tempo.
 De que depende a demanda???
Relação entre Quantidade e Preço

 Lei da demanda: diz que “há uma relação


inversamente proporcional entre a
quantidade demandada e o preço do bem,
coeteris paribus”.
Relação entre Quantidade e Preço

 Tabela;
 Gráfico;
 Matematicamente: Qd = f(p)
 É negativamente inclinada devido 2 fatores
em conjunto:
 Efeito substituição e efeito renda.
Relação entre Quantidade e Preço

 Efeito Substituição: se um bem x possui um bem y


substituto, quando o preço do bem x aumenta ,
coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o
substituto. Reduzindo a demanda por x.
 Efeito Renda: quando o preço do bem x aumenta,
tudo mais constante (renda, preços de outros bens
constante), o consumidor perde poder aquisitivo e a
demanda por este produto diminui. Ou seja, seu
salário real foi diminuído, embora seu salário
monetário não foi alterado.
Outras variáveis que afetam a
demanda

 Não apenas o preço do bem afeta a curva de


demanda, mas:
 Renda do consumidor;
 Tipo de bem: Bem normal e bem inferior;
bens de luxo ou superior; bem saciado (a
demanda não é influenciado pela renda-
exemplo sal a partir de determinado ponto).
Outras variáveis que afetam a
demanda

 Preço de bens substitutos;


 Preços de bens complementares;
 Preferências e hábitos de consumidores;
 Gasto com propagandas;
Tipos de Bens
 Bem normal: aumento na renda do consumidor
provoca aumento na demanda do bem.
 Bem inferior: aumento na renda do consumidor
provoca queda da demanda do bem.
 Bem superior: aumento na renda do consumidor
provoca um aumento mais que proporcional no
consumo do bem.
 Bens substitutos: aumento do preço de um bem
provoca o aumento da demanda de outro.
 Bens complementares: aumento do preço de um
bem provoca a diminuição da demanda de outro.
Diferença entre Demanda e quantidade
demandada

 Demanda: toda a escala ou curva que relaciona os


possíveis preços dos bens a quantidade
demandada; quando desloca mudança da demanda;
 Quantidade demandada: corresponde a um ponto
específico na curva de demanda; ao longo da curva
devido mudança de preços;
 Gráfico: alteração na demanda;
 Gráfico: alteração na demanda;
Oferta de Mercado
Abordagem Quantitativa do Equilíbrio

 ANÁLISE QUANTITATIVA DA DEMANDA E DA OFERTA


 Funções de demanda e oferta
 1) A função demanda é a seguinte: Qd = 70 - 7P
 Onde: Qd é a quantidade demandada, P é o preço.
 OBS: Note a relação negativa existente entre o Preço e a
Quantidade Demandada.
 2) A função oferta é a seguinte : Qo = 7p
 Onde: Qo é a quantidade ofertada, P é o preço.
 OBS: Note a relação positiva entre Preço e Quantidade
Ofertada.
 Pergunta: Encontre o equilíbrio.
Elasticidade

 Cada produto tem uma sensibilidade ou


reação específica com relação às variações
dos preços e da renda;
 Essa reação pode ser medida por meio do
conceito de elasticidade;
Elasticidade

 Conceito:
“Reflete o grau de reação ou sensibilidade de
uma variável quando ocorrem alterações em
outra variável, coeteris paribus”.
Elasticidade

 A elasticidade-preço da demanda:
 é a variação percentual na quantidade
demandada de um bem dividida pela
mudança percentual no preço, coeteris
paribus. Ou seja,
 Fórmula e exemplo.......
Elasticidade-Preço da Demanda

 A elasticidade-preço da demanda pode ser


Elástica, Inelástica e Unitária:
Elasticidade-Preço da Demanda

 Elástica: se a elasticidade é maior que 1, Isto


indica que a variação percentual na
quantidade demandada é maior que a
variação percentual no preço. Ou seja,
elevação no preço provoca redução na
quantidade demandada relativamente maior
do que a elevação no preço.
Elasticidade-Preço da Demanda

 Inelástica: se a elasticidade é menor que 1.


Isto indica que a variação percentual na
quantidade demandada é menor que a
variação percentual no preço. Em outras
palavras, elevação no preço provoca
redução na quantidade demandada
relativamente menor que a elevação no
preço
Elasticidade-Preço da Demanda

 Unitária: se a elasticidade é igual a 1. Isto


indica que a variação percentual na
quantidade demandada é igual à variação
percentual no preço.
Fatores que influenciam o grau de
Elasticidade-Preço da Demanda

 Existência de bens substitutos: quanto mais


substitutos tiver um bem, mais elástico será
sua demanda;
 Essencialidade de um bem: se um bem é
essencial, sua demanda será pouco sensível
à variação de preços; demanda inelástica.
 Importância, do bem quanto a seu gasto, no
orçamento do consumidor. Ex: Carne e
fósforo na cesta de consumo.
Relação entre a receita total e o grau
de elasticidade

 RT = P x Q.
 Pergunta: O que acontece com a RT quando
o preço varia?
Relação entre a receita total e o grau
de elasticidade

 Tal resposta dependerá da reação do


consumidor.
 Temos 3 possibilidade:
 Demanda elástica: a redução do preço do
bem tenderá a aumentar a receita total, pois
o aumento na quantidade vendida será maior
que a redução percentual do preço. O
contrário, a receita diminui;
Relação entre a receita total e o grau
de elasticidade

 Demanda Inelástica: Aumento de preço,


provoca aumento da receita total. Se preço
diminui, diminui a receita total;
 Demanda Unitária: Aumento ou redução de
preços não afeta a receita total, já que o
percentual de variação no preço
corresponde a igual percentual de variação
na quantidade (em sentido contrário).
A elasticidade-renda da demanda

 É utilizada para medir a reação dos consumidores a


mudanças na renda.
 Fórmula.
 Se Negativa: aumentos na renda leva queda na
demanda, isto é, um bem inferior;
 Se positiva e menor que 1: aumentos na renda leva
aumento na demanda, bem normal;
 Se maior que 1: Bem de luxo. Aumento na renda,
leva a aumentos mais que proporcional na
demanda.
A elasticidade-preço cruzada da
demanda

 É definida como a variação percentual na


quantidade demandada de um produto em
particular (X) dividida pela variação
percentual no preço de um bem afim (Y).
 Fórmula.
 Se forem bens substitutos, será positiva;
 Se forem bens complementares, será
negativa;
A elasticidade-preço da oferta

 A elasticidade-preço da oferta (Eo) é a


variação percentual na quantidade ofertada
dividida pela mudança percentual no preço.
 Fórmula...
Teoria da Produção e Custo
Introdução

 A teoria da produção e a teoria dos custos de


produção constituem a chamada Teoria da Firma
Individual. Esses princípios são peças
fundamentais para a analise dos preços e do
emprego dos fatores de produção.
 De um lado a teoria da produção esta interessada
com a relação entre a quantidade física da produção
e da quantidade de fatores de produção;
Introdução

 De outro lado, a Teoria dos Custos de


produção esta relacionada a quantidade
física de produto e o preço dos fatores de
produção.
PRODUÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS:

– Produção: é o processo de transformação dos fatores


de produção em produto. Ou seja, é o processo de
transformação dos fatores adquiridos pela empresa em
produtos para a venda no mercado. Quais tipos de
produto?
- Processo ou método de produção: constitue-se na
forma de combinar fatores de produção para gerar produto
final. Por exemplo intensivo em terra, ou em capital, ou em
mão de obra.
– Fatores de Produção: insumos que entram no
processo produtivo (trabalho e capital e matérias-
primas).
 Processo de produção simples: quando a
partir da combinação dos fatores de
produção for possível produzir apenas um
produto;
 Processo de produção múltiplo: quando a
partir da combinação dos fatores de
produção for possível produzir mais de um
produto;
 Eficiência técnica: um método é
tecnicamente eficiente quando for possível,
comparado com outro método, produzir mais
de um bem com menor quantidade de
insumos do que outro.
 Eficiência econômica: esta associada ao
método de produção mais barata relativo
(isto é, custos de produção são menores) a
outros métodos.
Função de Produção

 O empresário ao decidir o quê,como e


quanto produzir, com base nas respostas do
mercado consumidor, modificará a
quantidade de fatores para com isso variar a
quantidade de produto.
 A Função de produção é uma forma do
empresário analisar os níveis de produção.
Assim,
Função de Produção

 A função de produção representa a relação


que mostra a quantidade física obtida do
produto a partir da combinação de fatores de
produção em determinado período de tempo.
Ou seja, Revela o produto máximo que uma
empresa pode obter para cada combinação
específica de insumos.
 É possível representar da seguinte forma:
q = f (x1, x2, x3, ... , xn), sendo que;
q é a quantidade produzida e x1, x2, x3, ... , xn são os fatores
usados na produção do bem.
Para efeito didático costuma representar a
função de produção da seguinte forma:
Q = f(N,K)
N é a quantidade utilizada de mão de obra;
K quantidade utilizada de capital;
A Função de Produção
Representação gráfica:

Função de Produção

50

40

30

20

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9

Função de Produção
Fatores fixos e fatores variáveis
 Fatores fixos são aqueles que não variam quando o
produto (quantidade produzida) varia, um exemplo
são as instalações, aluguel. Assim, os fatores fixos
são fatores considerados de curto prazo, mas no
longo prazo eles podem variar.

 Fatores variáveis acompanham o volume de


produção, na medida em que a quantidade
produzida aumenta são utilizados mais fatores
variáveis, um exemplo destes fatores são maquinas
e equipamentos, mão-de-obra, matérias-primas, etc.
Diferença entre curto e longo prazo

 No longo prazo todos os fatores de produção


variam.

 No curto prazo, pelo menos um fator de


produção permanece constante (não varia).
Analise de Curto Prazo

 Suponha a função simplificada, com um fator


fixo e um fator variável:
 Q=f(N,K)
 Em que,
 Q=quantidade;
 N = mão de obra (fator variável);
 K = Capital (fator fixo);
Analise de Curto Prazo

 Assim, no curto prazo a produção depende


apenas do fator variável, isto é, da mão de
obra.
 Q=f(N)
Conceitos de produto total,
produtividade média e produtividade
marginal

 Produto total: é a quantidade de produto que se


obtém a partir da utilização do fator variável,
mantendo fixa a quantidade dos demais fatores;
 Produtividade média do fator: é a relação da
quantidade produzida pela quantidade utilizada
desse fator.
 Produtividade marginal: é a relação entre a
variação no produto total e as variações da
quantidade utilizada do fator de produção.
Lei dos Rendimentos decrescentes

 Pode ser anunciada da seguinte forma:


“elevando-se a quantidade do fator variável,
permanecendo fixa a quantidade dos demais
fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas
crescentes; a seguir, depois de certa quantidade
utilizada do fator variável, continuará crescendo,
mas a taxas decrescentes. Continuando o
incremento do fator, a produção atingirá um máximo
e a partir daí decrescer.
Lei dos Rendimentos decrescentes

 Quadro
Lei dos Rendimentos decrescentes

 É tipicamente um fenômeno de curto prazo,


com pelo menos um insumo fixo.
Analise de Longo prazo

 A hipótese de que todos os fatores de


produção são variáveis caracteriza a análise
de longo prazo. Considerando apenas dois
fatores, teremos:
q = f (N,K)
A suposição de que todos os fatores (inclusive
o tamanho da firma) variam, da origem aos
conceitos de economia de escala e
deseconomia de escala.
Economia de escala ou rendimento de
escala

 Esta representa a resposta da quantidade


produzida a uma variação da quantidade
utilizada de todos os fatores de produção.
Que podem ser:
 Rendimento crescente;
 Rendimento decrescente (deseconomia de
escala);
 Rendimento constante;
Rendimento crescente

 Ocorrem quando a variação na quantidade


demandada é mais que proporcional a
variação nos fatores de produção.
 Por exemplo: aumentando-se a utilização
dos fatores de produção em 10%, o produto
cresce 20%. Equivale dizer que a
produtividade dos fatores aumentou.
Rendimento decrescente
(deseconomia de escala)

 Ocorrem quando a variação na quantidade


demandada é menor que proporcional a
variação nos fatores de produção.
 Por exemplo: aumentando-se a utilização
dos fatores de produção em 20%, o produto
cresce 10%. Equivale dizer que a
produtividade dos fatores aumentou.
Rendimento constante

 Ocorrem quando a variação na quantidade


demandada é igual que proporcional a
variação nos fatores de produção.
 Por exemplo: aumentando-se a utilização
dos fatores de produção em 20%, o produto
cresce 20%. Equivale dizer que a
produtividade dos fatores aumentou.
Custos de Produção

 O custo total de produção compreende o total de


despesas realizadas pela firma com a utilização de
uma combinação econômica de fatores, por meio
do qual é obtido uma determinada quantidade de
produto.

 Nas curvas de custo, é considerado também o


custo de oportunidade, que são custos implícitos e
não apenas os custos contábeis.
- Por exemplo, firma que possui prédio de
Custos de Produção
 Custo total: são os totais das despesas realizada
pela firma com a utilização mais econômica dos
fatores de produção.
 Fórmula:
 Custo Variável: corresponde as parcelas dos custos
totais que depende da produção, e por isso muda
com o volume de produção. Exemplo: folha de
pagamento, gastos com matérias primas;
 Custo fixo: custo independe da produção, exemplo:
aluguéis, iluminação.
 Também tem a idéia de curto e longo prazo.
Maximização de Lucros

 O resultado financeiro positivo ( Lucro ) de


uma empresa corresponde a diferença entre
Receita ( total ) e Custo ( total ).
 Logicamente quanto maior for a diferença
entre receita e custo, a empresa terá um
retorno monetário mais satisfatório.
 Quando a empresa maximiza lucro?
 Suponha: que o nível de produção seja inferior ao
nível determinado como meta por uma empresa.
 Se essa empresa aumentar seu nível de produção,
gerará mais receita do que custo. A receita marginal,
neste caso será maior que o aumento do custo
ocasionado pela produção de uma unidade extra do
produto, isto é o custo marginal.
 De um outro lado, quando o nível de produção é
superior ao nível determinado pela empresa, temos:
 Que a receita marginal é menor do que o custo
marginal, isto quer dizer que não vale a pena para a
empresa aumentar o nível de produção além do
determinado como meta pela mesma.
 Assim, Lucro é maximizado quando a receita
marginal for igual ao custo marginal.
 Lucro normal: é o valor que mantém o
empresário numa dada atividade; se o lucro
fosse mais baixo o empresário sairia do
mercado.
 Lucro extraordinário: é o que excede o lucro
normal.
 ESTRUTURA DE MERCADO
Estrutura de Mercado
 MONOPÓLIO:

 Um único vendedor em seu mercado;

 Barreiras à entrada;

 O preço é determinado pela estrutura de custo da empresa


monopolista;

 Em comparação com a situação de Concorrência Perfeita teremos


menor oferta e maior preço.
MONOPÓLIO
 Caracteriza-se por um único vendedor em seu mercado. Um
monopólio surge quando uma única empresa é detentora dos
recursos- chave, quando o governo concede a uma empresa o
direito de produzir com exclusividade ou quando uma empresa pode
abastecer todo o mercado a um custo inferior ao que seria caso
houvesse muitas empresas.

 Uma vez que o poder de monopólio resulta em preços mais altos e


quantidades produzidas mais baixas, seria de esperar que isso piorasse
a situação dos consumidores e melhorasse a situação da empresa.
Estrutura de Mercado
 Dummping:
 Consiste em vender no exterior o produto por um
preço abaixo do custo de produção.
 Objetivo é destruir o concorrente e ficar dono do
mercado.
 Dessa forma que o faz, terá chance de impor preços
e condições.
 No Brasil, a partir de 1995, regulamentou a
legislação antidummping (decreto n°. 1.602).
Estrutura de Mercado
 OLIGOPÓLIOS:

– Existência de poucos vendedores;

– Produtos idênticos;

– Mercado imperfeitamente competitivo.

Exemplo: O mercado mundial de petróleo, em que poucos países do


Oriente Médio controlam boa parte das reservas mundiais.
Estrutura de Mercado
 OLIGOPÓLIO:
 Para os integrantes do monopólio em conjunto, é
melhor cooperar e agir como um monopólio: produzir
pouco e cobrar um preço superior ao custo marginal.

 Entretanto, cada empresa está interessada no seu


próprio lucro, há fortes incentivos para que o grupo se
afaste de uma solução de cooperação.
Estrutura de Mercado
 As empresas produtoras do mesmo bem podem fazer acordos quanto à produção e ao
preço. Esse acordos são chamados de cartéis.

 Qualquer produtor pode se sentir tentado a quebrar o acordo para atrair maior demanda.

 Na solução de “cartel” temos um acordo explícito para manter um preço comum (próximo
da situação de monopólio).

 Uma vez que o cartel é formado, o mercado passa a ser atendido, de fato, por um
monopólio.

 Um cartel deve concordar não só com a quantidade total a ser produzida quanto com à
produção de cada integrante

 EXEMPLO: Postos de gasolina (parece...)


Estrutura de Mercado

 TRUST:
 Consiste na fusão de várias empresas de
forma a tender para o monopólio.
Macroeconomia
 Termo introduzido pelo economista Ragnar
Fisher em 1933. Esta relacionado ao
comportamento agregado e interativo entre
os indivíduos na economia;
 Por exemplo: Renda e produto nacional,
nível geral de preços, emprego e
desemprego, estoque de moeda, taxas de
juros, balanço de pagamento e taxa de
câmbio.
 Alguns problemas da macroeconomia: pode
omitir fatores específicos importantes.
Exemplo: quando consideramos apenas
preços gerais, não atentamos para preços
específicos; problema de desigualdade de
renda.
A política econômica sob a ótica da
macro:

 Objetivo centrais:
 Crescimento Econômico;
 Repartição da renda e da riqueza;
 Estabilização econômica;
Crescimento Econômico
 Conjunto de decisões que podem ser tomadas visando aumentar
o volume de produção de bens e serviços, num determinado
período de tempo. (aumento da renda nacional per capita)
 Isto é:
 Melhorar e expandir a disponibilidade de recurso na sociedade;
 Implantar a infraestrutura adequada que suporte a utilização
efetiva e eficaz dos recursos humano, de capital e natural
disponível; tecnologia.
 Idéia da CPP.
 Qual o problema ao considerar a renda per capita como indicado
de desenvolvimento? Não levaem conta indicadores sociais.
Crescimento Econômico

 Adequar a produção interna e externa


necessária ao processo de acumulação;
 Obtenção de recursos financeiros
necessários ao crescimento.
Repartição da Renda e da Riqueza

 O sistema de mercado funcionando


livremente tenderia a gerar uma
concentração da renda e da riqueza na mão
de pouco.
 Assim, a política econômica com o objetivo
da repartição entre os vários grupos da
sociedade.
Repartição da Renda e da Riqueza

 Economia brasileira – 1960 e 1970;


crescimento desigual;
 O principal motivo nesse período foi a
“Teoria do Bolo”;
 A renda per capta aumentou, porém mais
entre as classes mais ricas;
Repartição da Renda e da Riqueza

 Mecanismos:
Tributação;
Transferências;
Incentivos;
Gastos Públicos.
Estabilidade econômica
 Estabilidade busca adequar as atividade
econômicas a necessidade da população, evitando
oscilações bruscas nos níveis de preços. Pq a
inflação é um problema?
Para isso:
Adequar a oferta a demanda;
Garantir emprego a população economicamente ativa;
Estabilizar preços;
Equilibrar o relacionamento com o exterior.
Estabilidade econômica

 Mecanismos:
 Política fiscal:
 Política monetária:
 Política externa:
 Política de renda:
Estabilidade econômica
 Mecanismos:
 Política fiscal: gasto público, tributação e
transferências.
 Política monetária: taxa de juros e quantidade
de moeda em circulação.
 Política externa: taxa de câmbio, regras de
exportações e importações.
 Política de renda: regras de salários e controle
de preços.
Estabilidade econômica

 Política setorial: agricultura, pecuária,


indústria e serviços.
Algumas perguntas para reflexão

 Porque é importante aumentar emprego?


 Porque isso aumenta a demanda agregada,
que será importante para o crescimento
econômico;
 O que é mais importante para o país
concetrar a renda e depois distribuí-la ou
distribuir desde o início?
Dilema de políticas econômicas

 Crescimento econômico e distribuição de renda:


difícil de dividir depois que cresceu.
 Metas de redução de emprego e estabilidade de
inflação: inflação e emprego, baixo preço e
desemprego (empresas preocupadas em eliminar
estoques – períodos de crises) e sindicatos mais
preocupados em manter empregos e não aumentar
salários. Aconteceu no Brasil em 1994, baixa
inflação e alto desemprego. Como foi?

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