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APRESENTAÇÃO
Bom estudo!
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UNIDADE I
1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA
CONCEITO DE ECONOMIA
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Na literatura econômica, escassez significa “disponibilidade em quantidades menores do que as
suficientes para atender a todos os desejos”. O teste da escassez é o preço. Somente os bens que não são
escassos, como o ar, é que não fazem jus a um preço.
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quais forem essas opções, haverá sempre um limite máximo para seu atendimento, pois,
devido à limitação dos recursos, jamais será possível produzir quantidades infinitas de todos os
bens e serviços desejados. Com a combinação dos recursos essenciais poderá a economia
dedicar-se à obtenção dos bens e serviços que atendam mais adequadamente aos desejos e
às necessidades da coletividade.
OS FATORES DE PRODUÇÃO
Os indivíduos têm uma série de necessidades que precisam ser satisfeitas para
garantir sua sobrevivência. A satisfação das necessidades individuais e coletivas é feita com o
consumo de bens e serviços. Esses bens e serviços compõem a produção econômica, que é
obtida com a combinação de recursos naturais, capital, trabalho, capacidade empresarial e
tecnologia. Tais elementos, pelo fato de serem necessários à produção, recebem o nome de
fatores de produção. Portanto, fatores de Produção são quaisquer bens ou serviços
utilizados na obtenção de um produto final.
Tradicionalmente, os fatores de produção da sociedade dividem-se em três categorias:
Recursos naturais ou Terra: são os elementos da natureza utilizados pelo homem com a
finalidade de criar bens, ou seja, são os elementos da natureza incorporáveis às atividades
econômicas. Constituem variado conjunto onde se destacam solos agricultáveis, florestas,
jazidas minerais, recursos hidrológicos, etc;
Mão-de-obra ou Trabalho: é a contribuição do ser humano, para a produção, em forma de
atividade física e mental; o fator trabalho é representado por todos os serviços das pessoas
empregadas na produção, do operário ao empresário; é considerada, como fator de
produção Trabalho, a População Economicamente Ativa (PEA) da sociedade. A PEA é
um subconjunto da População Ativa (população em idade de trabalhar). É constituída por
empregados (população ocupada) e desempregados (população desocupada).
Capital: é o conjunto formado por fábricas, estradas, equipamentos, ferramentas,
máquinas, etc., produzido pelo homem, que concorre para a produção de bens e serviços,
aumentando a eficiência do trabalho.
Alguns economistas como Rossetti, incluem ainda como fatores de produção a
capacidade tecnológica e a capacidade gerencial ou empresarial:
Capacidade tecnológica: é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que
dão sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos
acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas de extração
de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e reciclagem, até chegar à
configuração e ao desempenho dos produtos finais resultantes. Trata-se de um fator de
produção que envolve todo o processo produtivo, em todas as suas etapas.
Capacidade empresarial – é a capacidade de mobilizar, aglutinar e combinar os demais
fatores de produção. Os agentes dotados dessa capacidade geralmente possuem atributos
que os diferenciam dentro dos contingentes economicamente mobilizáveis. Geralmente,
eles têm baixa aversão a riscos, espírito inovador, sensibilidade para farejar oportunidades
de negócios, energia para implantar projetos, capacidade para organizar o empreendimento
e visão estratégica, orientada para o futuro.
Os fatores de produção podem ser classificados em:
Primários – são os fatores naturais que existem independentemente da ocorrência de
um processo produtivo anterior; ex.: calcário.
Secundários - cuja existência deriva do processo produtivo realizado por alguma
empresa; ex.: cimento.
Os fatores de produção podem, também, ser classificados consoante outros critérios:
a) Critério da Variabilidade:
Fatores fixos - são aqueles cuja quantidade utilizada não se modifica, embora se altere
a quantidade do produto; ex.: máquinas.
Fatores variáveis – são aqueles cuja quantidade varia com a variação na quantidade
produzida do produto; ex.: mão-de-obra.
b) Critério da Disponibilidade:
Fatores limitados – são os que existem em quantidades disponíveis inferiores às
quantidades necessárias; ex.: areia, trigo, tecido, etc.
Fatores ilimitados – são os que existem em quantidades disponíveis superiores às
quantidades necessárias; ex.: o ar.
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c) Critério da Divisibilidade:
Fatores divisíveis – são aqueles que permitem divisão ou decomposição; ex.:
manteiga.
Fatores indivisíveis – são os que participam do processo de produção sem a
possibilidade de serem divididos; ex.: máquina.
d) Critério da Durabilidade:
Fatores duráveis – são os que resistem a mais de um processo de produção; ex.:
máquina.
Fatores não-duráveis ou fungíveis – são os que se consomem em cada repetição do
processo de produção; ex.: farinha de trigo.
O SISTEMA ECONÔMICO
Conceito
Sistema Econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e
econômica pela qual está organizada uma sociedade. Engloba o tipo de propriedade, a gestão
da economia, os processos de circulação de mercadorias, o consumo e os níveis de
desenvolvimento tecnológico e de divisão do trabalho. Os sistemas econômicos classificam-se
em:
Sistemas Capitalistas ou Economia de Mercado, regido pelas forças de mercado,
prevalecendo a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Sistema Socialista ou Economia Centralizada, em que as questões econômicas são
resolvidas por um Órgão Central de Planejamento, prevalecendo a propriedade pública
dos meios de produção.
Unidades produtoras
No entanto, o fluxo real só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada
para remunerar os fatores de produção, e para pagamentos dos bens e serviços. Desse modo,
paralelamente ao fluxo real, há o fluxo monetário da economia. Portanto, Fluxo monetário,
nominal ou renda – é a totalidade da remuneração dos fatores de produção empregados
pelas unidades produtoras. Constitui a demanda da economia.
CURVA DE DEMANDA
A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
Q K L
4 5 6
5 6 7
6 7 8
7 8 9
No curto prazo, alguns insumos são fixos, isto é, não são susceptíveis de imediato
aumento. A variação na quantidade de produção por unidade de tempo pode ser alcançada
apenas por variação na quantidade dos insumos imediatamente variáveis. Por outro lado, no
longo prazo, todos os insumos são variáveis. A variação no volume de produção pode ser
alcançada por variações nas quantidades de qualquer insumo.
A função de produção pode ser de curto ou de longo prazo, dependendo da
variabilidade dos fatores de produção utilizados.
Admitindo-se uma função de produção, onde existem fatores fixos e variáveis, pode-se
analisar um elemento muito importante na Teoria da Produção: a Lei dos Rendimentos
Decrescentes ou Lei das Proporções Variáveis. Essa lei é apresentada da seguinte forma:
Aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo a quantidade dos
demais fatores fixa, a produção, inicialmente, crescerá a taxas crescentes; a seguir, depois de
certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes;
continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção decrescerá.
A título de ilustração, imagine uma empresa agrícola produtora de milho. O fator fixo é
representado pela área de terra disponível associada ao equipamento existente. O fator
variável é representado pela mão-de-obra. Se as várias combinações de terra e mão-de-obra
forem utilizadas para produzir milho e se a quantidade de terra for mantida constante, os
aumentos da produção de milho dependerão do aumento da mão-de-obra utilizada na lavoura.
Quando isso ocorrer, alterar-se-ão as proporções de combinação entre os fatores fixo (terra) e
variável (mão-de-obra). Nesse caso, a produção de milho aumentará até certo ponto e depois
decrescerá. O quadro 3.2 ilustra a teoria:
Tomando-se por hipótese simplificada uma função de produção com apenas dois
fatores de produção, um fixo e outro variável, ela pode ser expressa da seguinte forma: q = f
(x1 , x2º ),
onde:
q = quantidade do produto;
x1 = fator variável;
x2º = fator fixo.
Com essa estrutura para a função de produção, é possível apresentar uma série de
conceitos básicos para a teoria da produção.
b) Função de produção a longo prazo: numa função de produção de longo prazo todos os
fatores de produção são variáveis, inclusive o tamanho da planta da empresa; supondo-se a
participação de apenas dois fatores no processo produtivo, a função é representada por:
q = f (x1, x2)
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Uma função de produção com essa característica pode ser representada por uma curva
denominada de Isoquanta.
Isoquanta (igual quantidade) – é a representação gráfica de todas as combinações de
insumos capazes de produzir um dado nível de produto, ou seja, é uma linha na qual todos os
pontos representam combinações de fatores que indicam a mesma quantidade produzida. O
conjunto de isoquantas, cada uma representando um dado nível de produção derivado da
combinação de fatores é denominado de Mapa de isoquanta.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Q K L CT
4 5 6 27
5 6 7 32
6 7 8 37
7 8 9 42
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Custo total de produção – é o total das despesas realizadas pela firma com a utilização da
combinação mais econômica dos fatores de produção por meio da qual é obtida uma
determinada quantidade de produto. Nas curvas de custos das empresas são considerados
tantos os custos explícitos (custos contábeis), quanto os custos implícitos (custos de
oportunidade); por exemplo, numa firma que possui prédio próprio, é feita uma estimativa do
aluguel que pagaria, se precisasse alugar.
CT = p1x1 + p2x2
Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis totais (CVT) e
custos fixos totais (CFT):
CT = CVT + CFT
Custos Variáveis Totais (CVT) - correspondem à parcela do custo total que depende
do nível de produção, ou seja, são as despesas com os fatores variáveis de produção,
como por exemplo, as despesas com matérias-primas.
Custos Fixos Totais (CFT) – correspondem à parcela do custo total que não depende
do nível de produção, ou seja, são despesas com os fatores fixos de produção, como
por exemplo, aluguel.
A análise dos custos de produção também é feita para o curto prazo e para o longo
prazo.
Custos Totais de Curto Prazo – são compostos por custos fixos e custos variáveis;
Custos Totais de Longo Prazo – são constituídos apenas de custos variáveis, uma
vez que no longo prazo não existe fator fixo.
O CTMe, a exemplo do custo total, é constituído por duas parcelas: a do custo variável
médio e a do custo fixo médio.
CTMe = CVT + CFT = CVT + CFT
q q q
Custo Fixo Médio – é o quociente entre o custo fixo total e a quantidade produzida.
CFMe = CFT
Q
CURVA DE OFERTA
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4. O MERCADO
O PREÇO DE EQUILÍBRIO
de os produtos vendidos no mercado serem homogêneos ou não. Com base nesses critérios,
os mercados são classificados em quatro tipos:
Concorrência perfeita;
Monopólio;
Oligopólio;
Concorrência monopolística.
A concorrência perfeita é um tipo de mercado que exige um número bastante grande
de empresas vendendo o mesmo produto. Esse produto é idêntico em todas as empresas, ou
seja, o produto oferecido nesse mercado é homogêneo. Cada empresa, tomada
individualmente, não é importante em seu mercado, pois ela contribui com tão pouco para a
oferta total que a sua saída do mercado não é percebida. Nesse tipo de mercado, os agentes
econômicos são tão pequenos em relação ao mercado, que não exercem influência sobre o
preço. Além disso, os consumidores devem conhecer se o mercado é competitivo para não
comprar a preços altos, quando outros menores estão disponíveis; os trabalhadores também
devem estar conscientes sobre os salários oferecidos no mercado e os produtores devem
conhecer seus custos, a fim de atingir o máximo lucro. A concorrência perfeita é um tipo de
mercado que, apesar de largamente empregado na teoria econômica, não é encontrado
facilmente no mundo real. O exemplo que mais se aproxima desse tipo de mercado é o de
produtos agrícolas.
Portanto, as quatro condições que definem a concorrência perfeita são:
Existência de elevado número de ofertantes e demandantes. Implica que a decisão
individual de cada um deles exercerá pouca influência sobre o mercado global. Assim,
se um produtor individual decide aumentar ou reduzir a quantidade produzida, esta
decisão não influi sobre o preço de mercado do bem que produz.
Homogeneidade do produto. Supõe que não existe diferença entre o produto que
vende um ofertante e o que vende os demais.
Livre entrada e saída das empresas. Todas as empresas participantes poderão entrar
e sair do mercado de forma imediata. Assim, por exemplo, se uma empresa está
produzindo calçados esportivos e não obtém lucros, abandonará essa atividade e
começará a produzir outros bens mais lucrativos.
Transparência do mercado. Requer que todos os participantes tenham pleno
conhecimento das condições gerais em que opera o mercado. Assim, por exemplo, se
uma empresa obtiver uma inovação tecnológica no processo produtivo, as outras
saberão deste fato imediatamente.
O monopólio é um tipo extremo de mercado, em que apenas uma empresa vende um
produto para o qual não existem bons substitutos. A importância dessa empresa no mercado é
absoluta, pois com o encerramento de suas atividades o mercado deixaria de existir, pelo fato
de o bem fabricado por ela não ser mais ofertado. O produto ofertado nesse mercado é
diferenciado, não homogêneo, não havendo possibilidade de ser substituído por outros
satisfatoriamente. O monopólio também é uma situação de mercado dificilmente encontrada no
mundo real. Exemplo de monopólio: fornecimento de água.
O oligopólio é um regime de mercado intermediário entre a concorrência perfeita e o
monopólio. No oligopólio existe um número de produtores pequeno o suficiente para que cada
empresa seja importante, de modo que as ações de uma afetam as demais. Cada oligopolista
formula suas políticas levando em conta os efeitos que terão sobre seus rivais. Os bens
produzidos no regime de oligopólio, apesar de perfeitamente substituíveis entre si, são
diferenciados, permitindo que o consumidor saiba exatamente qual empresa produziu. Esse
regime de mercado talvez seja o mais comumente encontrado na vida real; são exemplos de
oligopólios a indústria automobilística e a indústria de bebidas, entre muitas outras. Embora
não existam barreiras explícitas, o poderio das grandes firmas que dominam o mercado é um
fator desestimulante à entrada de novas empresas no oligopólio.
Uma das características básicas desse tipo de mercado é a interdependência mútua.
Dado que as empresas determinam seus preços com base nas estimativas de suas funções de
demanda, levando em conta a reação de seus rivais, o normal será uma elevada dose de
incerteza. Para isso, existem diversas possibilidades:
1) adivinhar as ações dos rivais;
2) pôr-se de acordo sobre os preços e competir só na base da publicidade; e
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Cartel é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças da livre concorrência para
estabelecer um preço comum e/ou alcançar uma maximização conjunta de lucros. Esses acordos, porém, tendem a
serem instáveis, porque cada membro do cartel tem incentivos para baixar os preços e vender mais do que sua quota.
O atrito entre os interesses coletivos do cartel e os individuais de seus integrantes freqüentemente acaba em “guerras
de preços”, nas quais cada empresa procura aumentar sua participação no mercado.
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5. CONSUMO E POUPANÇA
COMPONENTES DO CONSUMO
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Macroeconomia é o ramo da economia que estuda os agregados econômicos.
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6. EMPREGO
MERCADO DE TRABALHO
Economicamente Ativa – PEA, que, em última instância, representa os elementos que irão
constituir o mercado de trabalho.
Entende-se por PEA o conjunto de elementos empregados (E) e desempregados (D),
num dado instante do tempo. A PEA é um subconjunto da População de Idade Ativa – PIA. No
Brasil adota-se o critério de 10 anos como limite mínimo para a idade ativa.
quantidade maior de trabalho. Por isso, é de se esperar que a curva de demanda de trabalho
tenha inclinação descendente.
UNIDADE II
7 ECONOMIA MONETÁRIA
Moeda é tudo aquilo que serve como meio de troca num sistema econômico.
Mais tarde, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por serem
limitados na natureza, duráveis e divisíveis. Para exercer o controle sobre os metais em
circulação, foi implantada a “cunhagem” da moeda pelos governantes, dando origem à moeda
metálica.
TIPOS DE MOEDAS:
A moeda fiduciária não tem um valor próprio, decorrente do material que é fabricada.
Seu valor vem da garantia que o governo estabelece através das autoridades monetárias. É a
moeda de curso legal e obrigatório no país, com a qual devem ser feitas todas as transações
comerciais e financeiras. No Brasil a moeda fiduciária é o Real. Com o desaparecimento do
padrão-ouro, que era o sistema monetário que vinculava a emissão de papel-moeda à
existência de um estoque de ouro que servisse de lastro, ou seja, de garantia à moeda
circulante no país, o país emite moeda baseado na quantidade suficiente para o funcionamento
do sistema econômico.
AS FUNÇÕES DA MOEDA
As pessoas demandam e retêm moeda por várias razões. A razão óbvia está no fato
de que a moeda como meio de troca é a maneira mais eficaz de um indivíduo adquirir os bens
e serviços que necessita. Entretanto, como uma pessoa não gasta toda a sua renda no
momento em que a recebe, existem três razões fundamentais para manter o dinheiro em seu
poder:
a) Demanda da moeda para transações – refere-se à parcela de renda retida para
pagamentos das despesas comuns de uma família no decorrer do mês, como aluguel,
luz, etc.
b) Demanda de moeda para precaução – refere-se àquela parte da renda retida para
fazer frente a imprevistos, como problemas de saúde, etc.;
c) Demanda de moeda para especulação – é aquela parcela da renda das pessoas que
poderia ser aplicada em títulos e fica retida, pelo fato de a taxa de juros estar baixa e as
pessoas aguardarem sua elevação para comprar títulos.
Oferta de moeda
A oferta de monetária é o total de moeda que o público tem à sua disposição para o
pagamento de transações. A oferta de moeda é constituída pelo total dos meios de
pagamentos4. O governo controla diretamente uma parcela da oferta monetária ao decidir,
através das Autoridades Monetárias, o volume de moeda que será emitido. Entretanto, há uma
parcela dos meios de pagamentos que está sob o controle apenas indireto do Governo, que é
constituída pelos depósitos à vista do público nos bancos comerciais.
Se um indivíduo ou uma empresa deseja obter dinheiro extra para financiar seus
gastos, pode fazê-lo pedindo emprestado. O preço que tem de pagar é a taxa de juros do
empréstimo; como todo preço, se a oferta monetária aumenta, o preço da taxa de juros cai.
Esta situação acontecerá sempre que os bancos desejarem emprestar mais dinheiro. Já que
terão que baixar as taxas de juros para animarem seus clientes para pedir emprestado. Por
outro lado, se a oferta monetária reduz-se, a taxa de juros aumenta, pois, ao se escassear o
dinheiro, os demandantes dispõem-se a pagar taxas de juros mais elevadas pelo dinheiro
disponível. Levando-se em conta essa dependência entre a taxa de juros e a oferta monetária,
quando o BACEN fixar limites ao crescimento da oferta monetária, automaticamente, ele estará
condicionando a taxa de juros, dado que uma redução na oferta monetária tenderá a elevar a
taxa de juros, enquanto uma expansão provocará uma queda.
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Meios de pagamentos = moeda em poder do público + depósitos bancários à vista nos bancos comerciais.
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Mercado monetário é onde se encontram a oferta e a demanda por moeda e se determina a taxa de juros de
equilíbrio.
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8 SISTEMA FINANCEIRO
O SISTEMA FINANCEIRO.
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Os conceitos de déficit e superávit estão associados ao esquema contábil de débito e crédito. Quando o crédito é
maior que o débito (saldo positivo), tem-se um superávit. Em caso contrário, tem-se um déficit.
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Intermediação financeira: é o processo de transferência de recursos dos agentes superavitários para os
deficitários, realizado pelo sistema financeiro.
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8
Operações de Open Market ou operações com Mercado Aberto consistem na compra e venda de títulos pelo
governo.
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Commodities – nas relações comerciais, o termo designa um tipo particular de mercadoria em estado bruto ou
produto primário de importância comercial, como é o caso do café, do chá, da lã, do algodão, da juta, do estanho, do
cobre, etc.
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9 INFLAÇÃO
A inflação é definida como sendo uma alta persistente e generalizada dos preços da
economia.
A alta dos preços deve ser persistente. Assim, uma economia que apresente num
determinado semestre um crescimento de preços da ordem de 4% e que, no semestre
seguinte, apresente uma queda de preços (deflação) da ordem de 2% não pode ser
caracterizada como uma economia inflacionária.
A alta dos preços deve ser generalizada, ou seja, todos os produtos da economia
devem sofrer acréscimos em seus preços. Se apenas alguns dos bens e serviços produzidos
na economia apresentam elevações de preços, enquanto outros apresentam redução, este
fenômeno pode decorrer simplesmente do mecanismo de ajuste dos respectivos mercados em
virtude de alterações da demanda ou da oferta.
Para entender melhor o IGP, utiliza-se o seguinte exemplo: supondo-se que num
determinado mês o ICV teve um aumento de 5%, o IPA aumentou 4% e o ICC apresentou uma
evolução de 3%. O cálculo do Índice Geral de Preços é dado pela fórmula:
IGP = (6 x IPA) + (3 x ICV) + (1x ICC)
6+3+1
IGP = (6 x 4) + (3 x 5) + (1x 3)
10
IGP = 4,2%
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AS CONSEQÜENCIAS DA INFLAÇÃO
A mesma perda será sentida por todos os indivíduos que receberem rendas fixas
durante a inflação, ou seja, rendas que não sejam reajustadas nominalmente. É o caso, por
exemplo, dos proprietários de imóveis de aluguel. É bem verdade que, nesse caso, a perda do
poder aquisitivo dos aluguéis tende a ser compensada pela elevação dos preços dos imóveis
que também é uma conseqüência de surtos inflacionários prolongados.
Supondo-se, por exemplo, que uma determinada pessoa empreste a outra, no prazo
de um ano, a importância de R$ 10.000,00, cobrando uma taxa de juros de 10% a.a. Isto
implica dizer que, no final do ano, o credor receberá do devedor R$ 11.000,00,
correspondentes a R$ 10.000,00 do principal, mais os juros de R$ 1.000,00.
Ocorrendo, entretanto, uma inflação de mais de 10% no ano, o credor não conseguirá
nem reaver o principal emprestado. Por exemplo, se a inflação for de 15%, o valor do principal,
corrigido em termos de poder aquisitivo da moeda, que deveria ser entregue ao credor seria
de: R$ 10.000,00 + 15% x 10.000,00 = R$ 11.500,00 , que é superior aos R$ 11.000,00 que
efetivamente ele receberá a título de amortização do empréstimo e de juros.
Por outro lado, a tendência dos poupadores é a de fazerem aplicações em ativos reais,
tais como ouro e imóveis, na tentativa de proteger o seu patrimônio contra a desvalorização da
moeda.
Ao mesmo tempo, o Governo tem dificuldades de obter financiamento para seu déficit,
uma vez que os poupadores não comprarão títulos da dívida pública em virtude do juro nominal
desses países ser inferior à taxa de inflação do período. Isto faz com que o Governo tenha que
recorrer à emissão de papel-moeda para financiar seu déficit, o que realimenta a inflação.
A INFLAÇÃO NO BRASIL
Como não podia aumentar os impostos, o governo optou pelas emissões de dinheiro.
Esta foi uma típica inflação de demanda. Porém, a causa principal era originada por pressões
de demanda, provocadas basicamente pelos elevados déficits públicos.
A questão distributiva tem inúmeras facetas, ainda que as relações entre o capital e o
trabalho sejam as mais importantes. Neste sentido, o processo de crescimento econômico
adotado no Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, sustentado no crescimento industrial, foi
gradativamente agudizando a questão distributiva, em virtude de ter provocado uma
concentração de renda muito grande.
10 O SETOR EXTERNO
Além disso, as relações com o resto do mundo contribuem para elevar os níveis de
emprego e da renda nacional.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
TAXA DE CÂMBIO
Taxa de Câmbio - é a medida pela qual a moeda de um país pode ser convertida na moeda de
outro país, ou seja, é a relação de troca entre as moedas. É o preço das divisas (moedas
estrangeiras) em termos de moeda nacional. As taxas de câmbio podem ser: fixas e flexíveis;
Divisas - são todos os créditos em moeda estrangeira, à vista e a curto prazo, negociáveis por
meio de letras de câmbio, ordens de pagamentos, cheques e cartas de crédito.
Oferta de divisas – é constituída por créditos, à vistas e a curto prazo, em moeda estrangeira,
a favor de residentes no país. A oferta de divisas é gerada pelas exportações de mercadorias,
pelos serviços prestados por residentes no país a residentes no exterior, pelos empréstimos
tomados por residentes no país junto a residentes no exterior, etc.
ORGANISMOS INTERNACIONAIS
United Nations Educational – Unesco – Agência das Nações Unidas criada em 1946 para
promover a colaboração internacional em educação, ciência e cultura. A Unesco apóia e
complementa esforços nacionais dos Estados-membros visando eliminar o analfabetismo,
estender a educação gratuita e encorajar o livre intercâmbio cultural entre povos e nações.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
FONTES DE CRESCIMENTO
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO
As duas grandezas que podem ser empregadas para medir o crescimento econômico
são as seguintes:
Taxa de crescimento do PIB em termos reais;
O PIB real por habitante, ou PIB per capita.
A taxa de crescimento do PIB, entre dois anos determinados, como por exemplo 1991
e 1990, expressa-se como segue (em US$ milhões a preços de 1991):
Para se obter o PIB real por habitante, ou PIB per capita, divide-se o PIB real do ano
em questão pelo toal da população, Como a população, em 1991, era de 153,4 milhões de
habitantes, tem-se:
PIB real por habitante em 1991 = PIB real 1991 = 418.720 = 2.726,66
População de 153,4 milhões dólares por
1991 de habitantes habitante
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12 POLÍTICAS MACROECONÔMICAS
DEFINIÇÕES
Política fiscal – pode ser definida como o conjunto de políticas que definem os gastos do
governo e a forma de financiá-los. É constituída pelas decisões do governo que se referem ao
gasto público e aos impostos. Integram a política fiscal os programas de governo relacionados
com a compra de bens e serviços, o gasto de transferências e a quantidade e tipo de impostos.
O mesmo ocorre com o gasto público; o governo pode atuar sobre a economia
utilizando os impostos. Se o nível de atividade econômica é relativamente baixo e existe um
volume considerável de desemprego, o governo pode reduzir os impostos com o objetivo de
impulsionar o consumo. Inversamente, se a demanda agregada está superior à capacidade
produtiva do país, uma estratégia possível é elevar os impostos.
Política monetária – consiste no controle que o Banco Central procura exercer sobre a oferta
monetária; ocupa-se principalmente em controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros.
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Redesconto – operação bancária em que uma instituição financeira desconta títulos (duplicatas, promissórias,
etc.) que já foram anteriormente descontados por outra instituição.
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Segundo a finalidade:
tarifa fiscal – aplicada como fonte de divisa;
tarifa protecionista – como proteção à industria nacional.
Segundo a estrutura:
tarifa específica – é aquela aplicada por unidade física de mercadoria;
ad valorem – é aquela calculada como uma percentagem sobre o valor da
mercadoria importada.
13 GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA
O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
AS CONSEQÜÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO