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SEBENTA TEÓRICA 1
(Capítulos 1, 2, 3, 4 e 5)
1. O Problema Económico
-Definição de Economia
- A ciência Económica
- Distinção entre Microeconomia e Macroeconomia
- Metodologia da ciência Económica
3 – Teoria do Consumidor
- Preferências do consumidor
- Restrição Orçamental
- Utilidade
4 - Teoria da Empresa
- Teoria da Produção
- Teoria dos Custos
5 – Estruturas de Mercado
- Definições
6 – Contabilidade Nacional
- Perspetivas de cálculo do produto
- Produto Interno e Produto Nacional
- Produto a Custo de Fatores e Produto a Preços de Mercado
- Produto Nominal e Produto Real
- Taxas de Crescimento
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AVALIAÇÃO
ALTERNATIVA 1 – AVALIAÇÃO DISTRIBUÍDA (Ordinário, Trabalhador) (Final)
- Prova Intercalar Escrita – 60% (nota mínima 7,5 valores), CAP. 1, 2, 3 e 4 – 22 Abril
- Prova Intercalar Escrita – 40% (nota mínima 7,5 valores), CAP. 5, 6 e 7 – Época de
Exames
Os alunos consideram-se aprovados se a média das duas notas for >= 9,5 valores
O exame de recurso será realizado para os alunos que não obtiveram aprovação na
alternativa 1 ou pretendam realizar melhoria de nota (100% de nota - 20 valores)
Os alunos consideram-se aprovados se a nota final for >= 9,5 valores
BIBLIOGRAFIA
Manuais Recomendados
Indicados na Ficha de Unidade Curricular de ECONOMIA POLÍTICA, Guia ECTS.
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I O PROBLEMA ECONÓMICO
INTRODUÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS DA ECONOMIA
4
Também é importante acrescer uma outra sub-questão: Quem toma decisões (que
processos)
Ao longo do semestre iremos ver que a resposta a estas 3 questões, na maioria dos
países, é dada por MERCADO + ESTADO.
1) Subjetividade
5
2) Falácia da Composição: quando admitimos que o que é verdade para uma
Por exemplo:
“se um agricultor tiver uma boa colheita o seu rendimento aumentará, se todos
os agricultores também tiverem os seus rendimentos diminuirão
“ Se for o único totalista do euro milhões ficarei mais rico, se todos receberem
grandes quantias de dinheiro a sociedade empobrecerá.”
1 Post-Hoc é uma abreviatura de post hoc, ergo propter hoc, ou seja, a seguir a isto… ou por causa disto…
2 Ver Samuelson.
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A Economia Positiva e a Economia Normativa
Quando se raciocina sobre questões económicas devemos distinguir as questões de facto das
questões relativas a juízos de valor. Por isso, devemos ter sempre em conta que:
Economia Positiva: trata das questões que envolvem as consequências das politicas e/ou
tomada de decisões ou outros mecanismos. Descreve os factos de uma economia e as questões
são resolvidas com recurso à análise e a dados empíricos.
Economia Normativa: trata das questões acerca do que “devia” ou “podia” ser feito, ou seja,
questões que envolvem juízos de valor e/ou princípios éticos.
O output gerado por uma economia encontra-se limitado pelos recursos disponíveis e
pela tecnologia existente. Uma vez que os recursos são escassos e as necessidades
humanas tendem para infinito é necessário decidir qual a afectação que vai ser feita
desses recursos. Simplificando a realidade, partindo do princípio de que apenas existem
dois sectores de atividade na Economia (X e Y), as possibilidades de produção podem-se
resumir num simples gráfico que nos mostra as diversas combinações das quantidades
máximas de X e Y que é possível produzir nessa Economia, com os recursos disponíveis e
com a tecnologia existente – Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP).
Bem Y
FPP
Bem X
Qualquer um dos pontos sobre a FPP é possível e significa que se está a produzir o
máximo face aos recursos e tecnologia existentes, logo é um ponto em que temos pleno
emprego dos recursos e EFICIÊNCIA PRODUTIVA. O comportamento decrescente da FPP
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reflete a escassez desses recursos: só é possível aumentar a produção de X, reduzindo a
de Y, e vice-versa.
Qualquer ponto exterior à FPP é IMPOSSÍVEL, nem os recursos nem a tecnologia
permitem produzir simultaneamente essa quantidade de X e Y. Um ponto interior é
possível, significa que a Economia se encontra a produzir aquém do máximo. » Porquê?
Desemprego de recursos ou INEFICIÊNCIA na utilização dos mesmos.
Ao longo do tempo as FPPs das sociedades vão sofrendo alterações, pois varia o nível de
recursos e há evolução da tecnologia. Dizemos que há progresso técnico quando com a
mesma quantidade de recursos se consegue produzir uma maior quantidade de output.
Assim, havendo aumento de recursos e/ ou progresso técnico, a FPP afasta-se da
origem, pois aumentam as possibilidades de produção dessa economia.
Bem Y
Bem X
Havendo uma redução dos recursos disponíveis de uma economia, por exemplo, devido
a uma guerra ou catástrofe natural, a FPP recua, aproximando-se da origem.
Bem Y
Bem X
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Em geral as FPPs são CÔNCAVAS em relação à origem, pois os custos de oportunidade
são crescentes. O custo de oportunidade de algo consiste no valor de tudo o que se
prescindiu (sacrificou ou abdicou) para se obter esse algo. Assim, o custo de
oportunidade de produzir uma unidade de X será a quantidade de Y a que é necessário
renunciar. A existência de custos de oportunidade decorre naturalmente do problema
da escassez. Como é possível aumentar a produção de X recorrendo a recursos que estão
afectos à produção de Y? O crescimento da produção de X obriga necessariamente à
renúncia de algumas unidades de Y.
Nem sempre é fácil transferir recursos de um sector produtivo para outro. Como os
primeiros recursos a ser transferidos de Y para X são os que mais facilmente se adaptam
ao novo sector, inicialmente os custos de oportunidade são baixos.
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MERCADOS E GOVERNO NUMA ECONOMIA ABERTA
(relação com ponto VII do programa - Economia do Setor Público)
1.2. Externalidades
Sempre que uma atividade de produção ou consumo impõe custos ou benefícios a
terceiros que estão fora do mercado estamos perante uma externalidade. No caso de se
tratar de um benefício, dizemos que se trata de uma externalidade positiva. Se for um
custo é uma externalidade negativa. Como as pessoas que sofrem esse custo não são
indemnizadas pelo agente económico que o gerou, nem quem recebe o benefício paga
por isso, torna-se necessário o Estado intervir. O Estado deve procurar maximizar as
externalidades positivas e minimizar as negativas.
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No caso da poluição - externalidade negativa gerada por atividades de produção, o
Estado regulamenta, fixa limites máximos para a carga poluente, aplica multas, incentiva
a utilização de medidas de proteção ambiental, entre outros. Objectivo: diminuir os
custos sobre terceiros.
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subjetividade do conceito de “justiça social” e este acaba por ser expresso pela opção
eleitoral dos cidadãos.
Principais instrumentos:
- Transferências para os mais pobres, tais como subsídio de desemprego,
rendimento mínimo garantido, bolsas de estudo, subsídios vários;
- Impostos sobre os mais ricos.
Em nome da equidade os impostos devem ser progressivos, isto é, os rendimentos mais
elevados devem sofrer uma taxa de imposto mais alta e os rendimentos mais baixos ser
alvo de uma taxa de imposto menor.
Também a fixação de um salário mínimo é uma medida de equidade, pois impede que
os salários baixem para além daquele nível considerado o imprescindível.
Claro que para exercer as suas funções o Estado precisa de receitas, sendo os impostos
a principal fonte de receitas das economias ocidentais. Os princípios subjacentes à
aplicação de impostos aos cidadãos são dois:
Tipos de Impostos
- Diretos: incidem diretamente sobre as pessoas, caso do IRS, IRC, contribuições
para a Segurança Social;
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- Indiretos: incidem sobre bens e serviços e por isso só indiretamente sobre as
pessoas, caso do Imposto sobre Valor Acrescentado (imposto geral sobre o
consumo) e Imposto Automóvel (imposto sobre um consumo específico).
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II. TEORIA ELEMENTAR DA PROCURA E DA OFERTA
2.1 MERCADO DA PROCURA E DA OFERTA
O MERCADO de um bem (ou serviço) é constituído por todos aqueles que o desejam
comprar (CONSUMIDORES) e todos os que o desejam vender (PRODUTORES). Estes dois
subconjuntos de agentes económicos têm interesses divergentes, pois aos
consumidores interessa comprar o bem pelo preço mais baixo e os produtores querem
vender pelo preço mais alto.
» Da sua interação no mercado acaba por resultar uma conciliação.
PX = a – b QDx
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Lei da Procura com inclinação negativa: quando o preço de uma mercadoria
aumenta (mantendo-se o resto constante), os compradores tendem a consumir uma
menos quantidade dessa mercadoria. De forma similar, quando o preço baixa,
mantendo-se o resto constante, aumenta a quantidade procurada.
Efeito Rendimento: este é o efeito depressivo do aumento dos preços nas compras.
Este efeito entra em ação pois, quando o preço sobe ficamos com menos rendimento
que anteriormente. Por exemplo, se o preço da gasolina duplicar, fica-se com menos
rendimento e deste modo diminui o consumo de gasolina e de outros bens.
EXPRESSÃO MATEMÁTICA
PX = c + d QSx
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2.2 DETERMINANTES
DETERMINANTES DA PROCURA
A quantidade para um dado preço é influenciada por um amplo conjunto de fatores:
- Rendimento Médio: determinante essencial da procura.
- Dimensão do Mercado: medida, por exemplo, pela população.
- Preços e Disponibilidade dos outros Bens (ou serviços) : existe uma relação entre
bens substitutos (que tendem a desempenhar a mesma função) e entre bens
complementares (que se complementam para desempenhar a função).
- Gostos e Preferências: além dos elementos objetivos, existem também
determinantes subjetivos. Os gostos representam uma variedade de influências
culturais e históricas.
- Influências Específicas: estas influências afetam a procura de bens específicos (ex:
procura de guarda-chuvas). Alem disso, as expectativas em relação às condições
económicas futuras, em especial no que toca aos preços, podem ter um efeito
importante sobre a procura.
DETERMINANTES DA OFERTA
O principal aspeto da Oferta é que os Produtores oferecem produtos pelo lucro e não
por prazer ou caridade. Sendo assim, existem diversos fatores que influenciam a curva
da oferta:
- Custos de Produção: é lucrativo para os produtores oferecerem uma grande
quantidade de um bem quando os custos de produção desse bem são baixos em relação
ao preço de mercado.
- Preços dos fatores produtivos: estes preços têm um papel importante no custo de
produção.
- Progresso Tecnológico: alterações que fazem diminuir o montante de fatores
necessário à mesma quantidade de produto.
- Preço dos bens relacionados: se o preço de um bem substituto sobe, a oferta do
outro substituto diminui.
- Política Governamental: as considerações ambientais e de saúde determinam quais
as tecnologias que podem ser usadas, enquanto que as políticas fiscais e salariais
determinam o aumento dos preços de produção.
- Número de Fornecedores: quanto mais empresas oferecerem um dado produto,
tanto maior será a quantidade oferecida desse produto a um determinado preço.
- Influências específicas: por exemplo, condições meteorológicas nos bens agrícolas;
expectativas
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2.3 e 2.4 FUNCIONAMENTO DAS FORÇAS DE MERCADO
Graficamente:
P
Oferta (S) P - preço
E
Q - quantidade
PE
E – ponto de equilíbrio
Procura (D)
QE Q
2) Excesso de procura
P < PE => Quantidade Procurada > Quantidade Oferecida => P até P=PE
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Deslocações da Procura/ Oferta ou Movimentos ao longo da Procura/Oferta
Atenção!
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2.5 ELASTICIDADES
Quanto mais elevado for o valor da elasticidade maior o ajustamento das quantidades
procuradas à variação do preço. Assim classifica-se a procura em:
1) Procura Elástica, quando E > 1 (por ex, uma redução de 10% (0,1) no preço do
bem provoca um aumento de 40% (0,4) na quantidade procurada);
2) Procura Inelástica ou rígida, quando E < 1;
3) Procura com elasticidade unitária, quando E = 1.
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De acordo com estes significados, por exemplo, a procura de bens de 1ª necessidade,
como gás, calçado, medicamentos tende a ser rígida. Pelo contrário, viagens, roupa de
costureiros franceses quando sobem de preços podem ser substituídos por outros, daí a
procura ser elástica. Concluindo, os bens que têm substitutos imediatos tendem a ter
procuras mais elásticas do que os bens que não têm substitutos.
EXEMPLO:
Consideremos os seguintes valores:
P= 1 => Quantidade procurada = 100
P=2 => Quantidade procurada = 80
(− 20 )
90 1
Earco = = 1 Procura rígida *
1 3
1,5
Considerou-se como preço base do cálculo da variação percentual o preço médio, assim
como a quantidade média para o cálculo da variação percentual da quantidade
procurada (explicação: quando se calcula a Elasticidade com o preço base = preço médio, estamos a
calcular a Elasticidade Preço da Procura no arco ou no ponto médio ).
A procura deste bem é rígida face ao preço, pois a reação da quantidade procurada à
variação do preço foi pequena.
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Casos extremos:
P
D
P*
D
P
Q* Q
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ELASTICIDADE – PREÇO DA OFERTA: define-se, tal como a elasticidade da procura,
face ao preço, não é mais do que o quociente entre a percentagem de variação da
quantidade oferecida e a percentagem de variação do preço. Como o valor é positivo
não é necessário colocar entre módulos.
% variação Q oferecida
E= 0
% variação do P
Quanto maior for o horizonte temporal do produtor mais elástica é a sua oferta, pois
maior é a sua capacidade para ajustar as quantidades produzidas face à variação do
preço.
No longo prazo todos os factores de produção são variáveis, mas no curto prazo há
alguns factores fixos (ou seja, quando não é possível alterar a quantidade utilizada). Por
exemplo, no período de 1 mês não é possível alargar as instalações de uma fábrica
(factor fixo), mas consegue-se aumentar o número de trabalhadores (factor variável).
“Quanto mais elástica for a procura relativamente à oferta maior será o efeito sobre o
produtor.”
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Questões para revisão retiradas de exames de Economia Política:
1. Em relação a cada um dos pares de bens seguintes, indique o que considera mais
elástico em relação preço e justifique: perfume e sal; penicilina e gelados; gelado de
chocolate e gelados.
2. Qual deveria ser o efeito no equilíbrio de mercado após as seguintes alterações (ilustre
com o uso da oferta e da procura):
a) Um aumento do rendimento dos consumidores;
b) um imposto mensal sobre as rendas dos apartamentos;
c) Uma nova técnica construtiva que permite a construção de apartamentos por metade
do custo.
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III. TEORIA DO CONSUMIDOR
3.1 e 3.2 PREFERÊNCIAS E RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL
Pressupostos:
- Os consumidores entram no mercado de trabalho com preferências bem definidas
e a sua tarefa é afetar os rendimentos da forma que melhor servir as suas
preferências.
Passos:
- Combinação de bens que o consumidor pode comprar
- De entre as combinações possíveis, o consumidor escolhe a que prefere a todas as
outras.
Restrição orçamental: R = X . pX + Y. pY
Sendo que
R = rendimento;
X e Y: quantidades dos bens X e Y;
px e py: preços dos bens X e Y
• o consumidor também pode adquiri qualquer cabaz situado dentro dos limites
do triângulo orçamental » neste ponto, o rendimento não é todo gasto
possibilidades do consumidor.
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ALTERAÇÕES NA RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL
O declive e a posição da restrição orçamental são definidos pelo preço do bem e pelo
rendimento do consumidor. Se qualquer um destes se alterar, teremos uma nova
restrição orçamental.
ALTERAÇÕES NO PREÇO
ALTERAÇÕES NO RENDIMENTO
Uma variação do rendimento, desde que a razão dos preços e mantenha constante,
corresponde a uma deslocação paralela da restrição orçamental.
Não existem muitos consumidores com opções de compra de apenas dois bens. O
problema de orçamento pode ser colocado como uma escolha entre N bens diferentes,
onde N pode ser um número bastante vasto.
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Alfred Marshall propôs uma solução simples – o consumidor tem de escolher um dado
bem específico (X) e um conjunto de outros bens denominado Y.
CURVAS DE INDIFERENÇA
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3.3 UTILIDADE
Todos consumimos bens porque eles nos proporcionam um determinado bem-estar,
nos dão uma determinada satisfação, têm uma determinada “UTILIDADE” para nós. A
partir do rendimento limitado de que dispomos, escolhemos adquirir os bens que têm
uma maior utilidade.
» O objectivo de qualquer consumidor é maximizar a utilidade total.
A UTILIDADE MARGINAL dos bens tende a ser decrescente – à medida que aumenta a
quantidade consumida o acréscimo de satisfação por cada unidade adicional do bem vai
sendo cada vez menor. É a LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE.
Porquê?
Porque as primeiras unidades consumidas tendem a proporcionar uma maior satisfação
aos consumidores. Se isto acontece, o preço que os consumidores estão dispostos a
pagar pelo bem vai diminuindo à medida que o consumo aumenta, o que se traduz
numa curva da procura decrescente.
Utilidade total ≠ Utilidade Marginal
Utilidade Marginal Decrescente => Curva da Procura Decrescente
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IV TEORIA DA EMPRESA
Conceitos Básicos
- da PRODUÇÃO, que estuda a forma como os factores produtivos são combinados para
produzir bens e serviços (1º nível de eficiência);
- dos CUSTOS, que estuda a forma como os custos da empresa variam com a quantidade
produzida (2º nível de eficiência)
Empresário: quem decide quando, quanto e como se efetuará a produção das mercadorias.
Incorre em lucros ou prejuízos conforme as decisões que vai tomando.
Produção: transformação dos factores produtivos adquiridos pela empresa em bens e serviços
para ocorrer venda no mercado. A produção é um conceito bastante amplo porque não envolve
apenas a transformação física dos produtos mas também a oferta de serviços como,
transportes, serviços bancários, …
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4.1 TEORIA DA PRODUÇÃO
Decisões: que tecnologia empregar? Que quantidade de output se pretende obter? Que
quantidade de inputs a empregar?
Admitamos que a função produção utiliza dois factores produtivos, o capital (K) e o
trabalho (L). A função produção pode ser representada da seguinte forma:
Q = f (K, L)
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CURTO E LONGO PRAZOS
No CURTO PRAZO, um ou mais factores produtivos não podem ser alterados, pois
estamos a ajustar a produção à alteração dos factores variáveis.
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P. Total
Q
Q = f(K,L)
L
Pmg/Pmd
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4.2 TEORIA DOS CUSTOS E DECISÕES DA EMPRESA
Conceitos Básicos e definição dos diferentes custos
Podemos dividir os custos de produção em:
• CUSTOS FIXOS (independentes da quantidade produzida)
• CUSTOS VARIÁVEIS (dependem da quantidade produzida)
CT(Q) = CF + CV
CT(0) = CF, pois CV(0) = 0
CUSTO MÉDIO = CT/Q = (CF+CV)/Q = Custo Fixo Médio + Custo Variável Médio
CUSTO MARGINAL – acréscimo de custo total por cada unidade adicional que é
produzida. Cmg = ΔCT/ΔQ
CT
Q
CT CT
CF
CV CV
CF
32 Q
Questões para revisão retiradas de exames de Economia Política:
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V. ESTRUTURAS DE MERCADO
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5.2 MONOPÓLIO
CAUSAS DE MONOPÓLIO
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RAZÕES PARA INTERVENÇÃO ESTATAL EM MONOPÓLIO
A eficiência impõe que o preço seja igual ao Cmg, o que cria dificuldade para o
monopólio. Uma opção para contornar esta dificuldade poderá ser o Estado tomar
conta da indústria, uma vez que não é obrigado a obter pelo menos um lucro económico
normal.
Torna-se, então, possível fixar um preço igual ao custo marginal e absorver as perdas
económicas daí resultantes através das receitas fiscais.
Esta alternativa consiste em deixar a posse dos monopólios nas mãos de empresas
privadas e legislar de forma a evitar o grau de discrição para a fixação dos preços (ex:
regulação estatal das empresas que fornecem água, eletricidade, telecomunições,…).
Estas leis têm em vista impedir a fusão de empresas concorrentes, cuja combinação de
quotas de mercado exceda uma parte determinada do total de produção da indústria.
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Estas leis servem a economia e sociedade quando impedem que os acordos de preços
ou desencorajam as combinações em indústrias onde a tecnologia é compatível com a
concorrência entre empresas.
Apesar desta possibilidade trazer problemas de eficiência e justiça, poderá ser a melhor
opção em situações em que o monopolista conseguiu meios de segmentar o mercado.
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5.3 OLIGOPÓLIO
Em muitas indústrias, especialmente nas que se apoiam na ciência e nas que recorrem
a tecnologias avançadas, encontramos uma situação de mercado conhecida como
“oligopólio”.
Tal como o nome indica, é uma situação em que o mercado é dominado “por poucos”,
em que um pequeno número de empresas assegura praticamente toda a produção da
indústria. Encontramos bons exemplos de oligopólios nas indústrias de petróleo, de
detergentes, de pneus, de automóveis, …
Daqui resulta que as empresas tendem a competir mais intensamente tentando apelar
aos compradores dos produtos que são mais idênticos aos seus.