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BOLETIM BDO
FORMAÇÃO BDO INFORMAÇÕES NOTÍCIAS BDO
VINCULATIVAS
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CONVERSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS AO PORTADOR
N
o âmbito da crescente necessidade de prevenção da utilização do sistema
financeiro para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do SUMÁRIO
terrorismo, foi publicada a Lei n.º 15/2017, de 3 de maio, que veio estabelecer
o regime de conversão dos valores mobiliários ao portador em valores Legislação Publicada em Setembro de 2017
mobiliários nominativos.
Esta Lei, que já se encontra em vigor, desde 4 de maio de 2017, proíbe a emissão de Formação BDO
valores mobiliários (ações) ao portador (apenas são permitidas as ações nominativas) e
impõe a conversão, no prazo de 6 meses, das ações ao portador em ações nominativas
(com identificação do titular). Jurisprudência
COSTA DO MARFIM
AVISO N.º 108/2017, DE 8 DE SETEMBRO
Em 23 de agosto de 2016 e em 19 de julho de
2017, foram recebidas notas, respetivamente
pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros
da Costa do Marfim e pelo Ministério dos
Negócios Estrangeiros de Portugal, em que se
comunica terem sido cumpridos os respetivos
requisitos do direito interno de entrada
em vigor da Convenção entre a República
Portuguesa e a República da Costa do Marfim
para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a
Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre
o Rendimento, assinada em Lisboa, em 17 de
março de 2015.
FORMAÇÃO BDO
para empresas e outras entidades
JURISPRUDÊNCIA
TAXA DE JUSTIÇA ACUMULAÇÃO DE JUROS REGIME TRIBUTÁRIO DAS MAIS-
ACÓRDÃO DO TRIBUNAL INDEMNIZATÓRIOS E DE JUROS VALIAS MOBILIÁRIAS
CONSTITUCIONAL N.º 353/2017, MORATÓRIOS ACÓRDÃODOSUPREMOTRIBUNAL
PUBLICADO NO DR N.º 177/2017, SÉRIE I, ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVON.º5/2017-DIÁRIODA
DE 13 DE SETEMBRO ADMINISTRATIVO N.º 4/2017 - DIÁRIO REPÚBLICAN.º180/2017,SÉRIEI,DE18DESETEMBRO
Declara inconstitucional, com força DA REPÚBLICA N.º 180/2017, SÉRIE I, DE Uniformiza/confirma a jurisprudência do STA, nos
obrigatória geral, a norma que impõe o 18 DE SETEMBRO seguintes termos: I - As alterações introduzidas
pagamento da taxa de justiça inicial nos 10 Uniformiza/confirma a jurisprudência do STA, ao regime tributário das mais-valias mobiliárias
dias contados da data da comunicação ao nos seguintes termos: Face ao preceituado pela Lei n.º 15/2010, de 26 de Julho apenas
requerente da decisão negativa do serviço da no n.º 5 do art. 43.º da LGT, na redacção podem aplicar-se aos factos tributários ocorridos
segurança social sobre o apoio judiciário, sem dada pela Lei 64-B/2011 de 30 de Dezembro, em data posterior à da sua entrada em vigor (27
prejuízo do posterior reembolso das quantias é admissível a atribuição cumulativa de de Julho de 2010 - art. 5.º da Lei n.º 15/2010).
pagas no caso de procedência da impugnação juros indemnizatórios e de juros moratórios, II - Nas mais-valias resultantes da alienação
daquela decisão, constante da alínea c) do n.º calculados nos termos deste preceito legal, onerosa de valores mobiliários sujeitas a IRS como
5 do artigo 29.º da Lei n.º 34/2004, de 29 de sobre a mesma quantia e relativamente ao incrementos patrimoniais o facto tributário ocorre
julho, na redação dada pela Lei n.º 47/2007, mesmo período de tempo. no momento da alienação (artigo 10.º n.º 3 do
de 28 de agosto. Código do IRS), sendo esse o momento relevante
para efeitos de aplicação no tempo da lei nova, na
ausência de disposição expressa do legislador em
sentido diverso (artigos 12.º n.º 1 da LGT e do CC).
INFORMAÇÕES VINCULATIVAS
Diploma: CIRC ou a prestação de serviços no mercado interno, bem como a emissão
Artigo: 69º de facturas ou recibos, deverão ser redigidos em língua portuguesa”.
Assunto: Sociedade que apresenta três períodos de Refira-se, incidentalmente, que o art.º 26.º do Decreto-Lei n.º
tributação com prejuízos fiscais adquire o domínio de um 10/2015, de 16 de janeiro, esclarece que: “Todas as informações
Grupo sujeito ao Regime Especial de Tributação dos Grupos sobre a natureza, características e garantias de bens ou serviços,
de Sociedades (RETGS) oferecidos ao público no mercado nacional, quer os constantes de
Processo: 229/2017- Despacho 02.08.2017 da Diretora- rótulos, embalagens, prospetos, catálogos ou livros de instruções ou
Geral outros meios informativos, quer as facultadas nos locais de venda ou
divulgadas por qualquer meio publicitário têm de ser redigidas em
Um grupo sujeito ao RETGS é adquirido por uma sociedade qualificada
língua portuguesa, nos termos do Decreto-Lei n.º 238/86, de 19 de
para ser a nova sociedade dominante do grupo. No entanto, esta
agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 42/88, de 6 de fevereiro.”
sociedade apurou prejuízos fiscais nos três últimos períodos de
4. Por sua vez, determina o art.º 231.º da Diretiva 2006/112/CE do
tributação, pelo que vem a sociedade dominante do grupo fiscal solicitar
Conselho, de 28 de novembro (Diretiva IVA) que: “Para fins de
a confirmação da não obrigatoriedade de efetuar a opção referida no nº
controlo, os Estados-Membros podem exigir uma tradução, para
10 do art. 69º do Código do IRC (CIRC).
a sua língua nacional, das facturas relativas a entregas de bens ou
1. Tal como resulta literalmente da norma, a alínea c) do nº 4 do art. a prestações de serviços efectuadas no seu território, bem como
69º do CIRC deve ser aplicada tanto a sociedades dominantes como das facturas recebidas pelos sujeitos passivos estabelecidos no seu
a dominadas, sendo, por conseguinte, requisito de aplicação do território”.
RETGS a não verificação de prejuízos fiscais nos três períodos de 5. Fica, portanto, à consideração de cada Estado membro, a decisão
tributação anteriores ao da aplicação do regime, salvo, no caso das sobre a exigência da emissão das faturas na respetiva língua
dominadas, se a participação já for detida pela sociedade dominante nacional, sendo que, em Portugal, foi entendimento já sancionado
há mais de dois anos. pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que as faturas devem
2. Entende-se que o regime estabelecido no nº 10 do art. 69º do CIRC ser processadas em língua portuguesa, sem prejuízo de, no mesmo
tem caráter opcional, sempre que a sociedade adquirente reúna documento, o sujeito passivo poder fazer a tradução dos seus
todos os requisitos para ser a nova sociedade dominante, exceto o elementos em qualquer outra língua.
previsto na alínea c) do nº 4 do mesmo artigo.
3. Não tendo a nova sociedade dominante exercido a opção aí prevista,
por apresentar, nos três períodos de tributação anteriores, prejuízo
fiscal, mantém-se a aplicação do RETGS ao grupo fiscal existente,
dado que não se encontra verificada a condição de cessação
prevista na alínea a) do nº 8 do referido artigo 69º. De facto, a
nova sociedade dominante não se encontra obrigada a integrar o
perímetro do grupo fiscal na qualidade de sociedade dominante,
a menos que venha a apurar lucro tributável num período de
tributação subsequente, mantendo todos os demais requisitos, caso
em que a manutenção da aplicação do RETGS está condicionada ao
exercício da opção prevista no nº 10 do art. 69º do CIRC.
Diploma: CIVA
Artigo: 36º; DL 238/86, de 19/8; Diretiva 2006/112/CE do
Conselho, de 28/11
Assunto: Faturas – As faturas emitidas por sujeitos
passivos, do território nacional, devem ser processadas em
língua portuguesa.
Processo: nº 12427, por despacho de 2017-09-21, da
Diretora de Serviços do IVA, por subdelegação da Diretora
Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.
I – PEDIDO
A Requerente solicita, nos termos do art.º 68.º da Lei Geral Tributária
(LGT), a emissão de uma informação vinculativa, com o propósito de se
providenciar o enquadramento jurídico-tributário, relativamente aos
seguintes factos:
1. A Requerente desenvolve a sua atividade comercial em diversos
mercados internacionais, sentindo a necessidade de, nas guias de
remessa, referentes aos bens por si transacionados, identificar os
produtos em língua inglesa.
2. Pretende, nestes termos, esclarecimentos sobre a adequabilidade
legal de um tal procedimento.
II - ENQUADRAMENTO LEGAL
3. O art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 238/86 de 19 de agosto, diz-nos que:
“Sem prejuízo de conterem versão em língua ou línguas estrangeiras,
os contratos que tenham por objecto a venda de bens ou produtos
6 BOLETIM BDO - OUTUBRO 2017
INFORMAÇÕES VINCULATIVAS
Diploma: CIVA 3. A Requerente pretende adquirir ações a dois sócios da sociedade
Artigo: 29º; 36º anónima Y, ficando, assim, com um total de ………. ações naquela
Assunto: Faturas - Aquisição de viaturas – Estabelecimento sociedade detentora de imóveis.
de um plafond máximo a cargo da entidade adquirente, Em face do exposto, pretende que lhe seja prestada uma informação
sendo a quantia excedente ao plafond suportado pelo vinculativa, esclarecendo se a situação exposta se encontra sujeita ao
colaborador a quem se destina o uso da viatura. pagamento de IMT.
Processo: nº 12365, por despacho de 2017-09-21, da
Diretora de Serviços do IVA, por subdelegação da Diretora II – INFORMAÇÃO
Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.
A al. d) do n.º 2 do art.º 2.º do CIMT dispõe que “(…) 2 - Para efeitos do
Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada ao n.º 1, integram, ainda, o conceito de transmissão de bens imóveis: (…) d) A
abrigo do artigo 68.º da Lei Geral Tributária (LGT), cumpre prestar a aquisição de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo,
seguinte informação: I - PEDIDO em comandita simples ou por quotas, quando tais sociedades possuam
bens imóveis, e quando por aquela aquisição, por amortização ou quaisquer
1. A requerente é uma sociedade que desenvolve a sua atividade no sector
outros factos, algum dos sócios fique a dispor de, pelo menos, 75% do
da comercialização de veículos automóveis ligeiros, respetivas peças e
capital social, ou o número de sócios se reduza a dois, sendo marido e
acessórios, bem como na área da manutenção e reparação dos mesmos.
mulher, casados no regime de comunhão geral de bens ou de adquiridos”.
2. Refere que as empresas do setor automóvel têm sido abordadas
pelos seus clientes corporativos, no âmbito da contratualização O CIMT alarga o conceito de transmissão de bens imóveis sujeita a
relativa à aquisição de viaturas, no sentido de a negociação ser imposto a alguns tipos de aquisição de partes sociais em sociedades, ou
efetuada através do estabelecimento de um plafond máximo a cargo seja, não se trata de aquisições de imóveis mas sim de partes do capital
da empresa (cliente corporativo) que visa adquirir a viatura - ficando dessas sociedades.
a cargo do colaborador da empresa a quantia que exceda esse
O princípio que está subjacente à norma acima referida é precisamente
plafond máximo estabelecido, consoante, nomeadamente e a título
procurar evitar que através da aquisição de quotas ou partes sociais em
meramente exemplificativo, a sua categoria profissional.
sociedades que possuam prédios no seu ativo, possa adquirir-se, de forma
3. Esta particularidade nas negociações verifica-se nas situações em
indireta, o domínio dos respetivos prédios, sem a respetiva tributação.
que a empresa (adquirente da viatura) suporta o custo/encargo
referente ao valor base do bem, até ao montante do valor máximo Deste modo, para prevenir e evitar que sejam utilizados mecanismos
atribuído e o colaborador suporta o valor adicional referente ao deste tipo para não pagar imposto, o CIMT alarga e integra no conceito
plafond fixado. de transmissão onerosa de bens imóveis, tipificando tais aquisições como
4. Segundo a requerente, nestes casos, as empresas suas concorrentes sujeitas, desde que reunidos os pressupostos seguintes: - a aquisição
têm procedido à emissão de duas faturas distintas: de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em
i) uma referente ao montante da contraprestação suportado comandita simples ou por quotas, excluindo as sociedades anónimas,
pela pessoa coletiva/adquirente da viatura (i.e. até ao limite do quando essas sociedades possuam bens imóveis (rústicos ou urbanos) no
plafond fixado por aquela), e seu ativo; - e que por essa aquisição resulte a detenção de, pelo menos,
ii) outra referente ao montante suportado pelo terceiro/pessoa 75% do capital social ou quando o número de sócios se reduza a 2, marido
singular, correspondente ao valor que excede o valor do limite e mulher, casados no regime da comunhão geral de bens ou adquiridos.
do plafond fixado.
A entrada no domínio do capital social de uma sociedade com imóveis
5. Não obstante, apesar de a contraprestação do negócio jurídico ser
(75% ou mais) é equiparada a uma transmissão onerosa de imóvel e,
efetuada por duas entidades autónomas, não se verificará uma
logo, tributada em sede de IMT.
titularidade simultânea do direito de propriedade da viatura alienada
(mas apenas um mero co-pagamento). Resulta direta e expressamente da letra da lei que somente as aquisições
6. Com efeito, o adquirente é a pessoa coletiva (no caso concreto, a de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em
empresa/cliente), pelo que, o seu direito de propriedade do bem é pleno, comandita simples ou por quotas é que estão sujeitas a tributação em
ficando o terceiro apenas adstrito à eventual utilização da viatura (em sede IMT, não havendo sujeição de imposto para a aquisição de ações em
condições definidas entre a entidade patronal e o colaborador). sociedades anónimas.
Desta forma, conclui-se que a situação exposta não se subsume na
Diploma: Código do Imposto Municipal sobre as previsão da al. d) do n.º 2 do art.º 2.º do CIMT, pelo que a transmissão em
Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT) causa não está sujeita a IMT.
Artigo: 2.º, n.º 2, al. d)
Assunto: Aquisição de ações de uma sociedade anónima que
Diploma: Código do Imposto Municipal sobre as
possui bens imóveis
Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT)
Processo: 2015002034 – IVE n.º 9466, com despacho
Artigo: 2.º, n.º 2, al. d)
concordante datado de 26.10.2015 da Diretora de Serviços
Assunto: Aquisição de quotas de sociedades que possuam
da DSIMT por subdelegação da Subdiretora-Geral da Área
bens imóveis e, por aquela aquisição, algum dos sócios fique
de Gestão Tributária – Património
a dispor de, pelo menos, 75% do capital social, ou o número
Nos termos do artigo 68.º da Lei Geral Tributária foi apresentado um de sócios se reduza a dois, sendo marido e mulher, casados
pedido de informação vinculativa sobre o enquadramento jurídico- no regime de comunhão geral de bens ou de adquiridos
tributário da seguinte situação: Processo: 2015000974 – IVE n.º 8567, com despacho
concordante datado de 10.04.2015 da Diretora de Serviços
I – FACTOS
da DSIMT, por subdelegação da Subdiretora-Geral da Área
1. A Requerente X, pessoa coletiva de utilidade pública, é sócia da de Gestão Tributária – Património
sociedade anónima Y, cujo capital social é de € ……., dividido em
Nos termos do artigo 68.º da Lei Geral Tributária foi apresentado um
……. ações, de € …… cada.
pedido de informação vinculativa sobre o enquadramento jurídico-
2. Esta sociedade anónima é proprietária de imóveis.
tributário da seguinte situação:
BOLETIM BDO - OUTUBRO 2017 7
INFORMAÇÕES VINCULATIVAS
I - FACTOS “As sociedades gozam de personalidade jurídica e existem como tais a partir
da data do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem, sem
1. A sociedade X, Lda, tem como atividade a construção de edifícios
prejuízo do disposto quanto à constituição das sociedades por fusão, cisão
(CAE 41200) e é titular de vários prédios urbanos e rústicos, os quais
ou transformação de outras”.
se destinam a revenda.
2. Os seus sócios e respetivas quotas são as seguintes: A - 66,67% do Todos os sócios são vistos como sujeitos passivos independentes uns dos
capital social; B -33,33% do capital social. outros, sejam eles individuais ou coletivos, não se misturando as várias
participações sociais de um sócio no capital social de cada uma das sociedades
3. O sócio B pretende vender a totalidade da sua quota à sociedade
(ou seja, a participação social de A na sociedade X, Lda, não é a mesma
Y, Lda, cujo capital social é detido por A - 50% e C, casados sob o
participação que o mesmo sujeito singular detém na sociedade Y, Lda).
regime de comunhão de adquiridos.
4. Na eventualidade de se proceder a tal cessão de quotas, o capital A este respeito transcreve-se o entendimento de António Pereira de
social da sociedade X, Lda, passará a ser detida por A com 66,67% e Almeida, in “Sociedades Comerciais”, 4ª edição, pág. 83 e 84 “O sócio
pela sociedade Y, Lda, com 33,33% (Note-se que A é um dos sócios entra para a sociedade com uma contribuição patrimonial em dinheiro ou
da sociedade Y Lda). em espécie assumindo, em contrapartida, o “status” de sócio.
5. Após a cessão de quotas a realizar, nenhum dos sócios ficará a dispor Repare-se que a sociedade nasce de um negócio jurídico celebrado
de 75% do capital social, apenas por inerência. entre os fundadores, mas, uma vez constituída a sociedade e atribuída a
personalidade jurídica - art.º 5.º -, as relações estabelecem-se diretamente
A Requerente pretende que lhe seja prestada uma informação vinculativa,
entre os sócios e a sociedade e não entre os sócios que celebram o negócio
nos termos do art.º 68.º da Lei Geral Tributária, esclarecendo se a
jurídico constitutivo, como seria normal. A posição jurídica de sócio respeita,
situação exposta se enquadra na al. d) do n.º 2 do art.º 2.º do CIMT,
pois, diretamente à sociedade e não se estabelece entre os sócios; é uma
estando por isso sujeita ao pagamento de IMT, uma vez que a empresa é
consequência da personalidade jurídica daquela. (…) Não pondo em causa
titular de bens imobiliários.
o direito dos sócios sobre as ações, que hoje é um direito adquirido, não
II – INFORMAÇÃO se pode confundi-lo com o direito social, cuja natureza se procura agora
aprender. Na verdade, a sociedade é uma pessoa jurídica distinta (art.º 5.º)
A norma ora em análise dispõe que “(…) 2 - Para efeitos do n.º 1, integram,
com capacidade para possuir bens (art.º 6.º, nº 1) e hoje é indiscutível que a
ainda, o onceito de transmissão de bens imóveis: (…) d) A aquisição de
personalidade opera, quer nas relações externas, quer nas internas.
partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em comandita
simples ou por quotas, quando tais sociedades possuam bens imóveis, e Assim os sócios ao entrarem com as contribuições para a sociedade perdem
quando por aquela aquisição, por amortização ou quaisquer outros factos, a sua titularidade, ficando a sociedade proprietária das mesmas, sem que se
algum dos sócios fique a dispor de, pelo menos, 75% do capital social, ou possa falar de compropriedade ou propriedade coletiva, como reconhece
o número de sócios se reduza a dois, sendo marido e mulher, casados no hoje a generalidade da doutrina”.
regime de comunhão geral de bens ou de adquiridos”.
Assim, a tendência de se cumularem as várias percentagens das
Nos termos da citada norma, só é tributada a aquisição de quotas em participações sociais do sócio A, de modo a determinar se se considera
sociedades que possuam bens imóveis e quando, por aquela aquisição, detentor predominante do capital social da sociedade X, Lda, não cai no
algum dos sócios fique a dispor de pelo menos 75% do capital social ou âmbito da norma da al. d) do n.º 2 do art.º 2.º do CIMT.
o número de sócios se reduza a dois, sendo marido e mulher casados no
A norma em causa refere “sócios” e não o conjunto de participações em
regime de comunhão geral de bens.
várias sociedades que os sócios possam ter para atingirem a percentagem
Este conceito de tributação é oriundo da extinta SISA, sendo ficcionada igual ou superior a 75% do capital de uma empresa.
como uma transmissão quando as sociedades são proprietárias de
A verificar-se a cessão de quotas nos termos descritos no pedido
imóveis e os sócios, através de aquisições, passam a deter mais de 75%
de informação, estaremos perante dois sócios diferentes em que a
do capital social ou quando o número de sócios se reduza a dois, sendo
titularidade da participação na sociedade X, Lda, do sócio A não se
marido e mulher, casados sob o regime da comunhão geral de bens ou
confunde com a participação que este detém na sociedade Y, Lda.
adquiridos, considerando-se, por estes motivos, que passam a ter um
domínio influente da sociedade e, por esse mesmo facto, passam a ser Pelo exposto, nenhum dos sócios ficará a dispor de mais de 75% do
tributadas pela norma da al. d) do n.º 2 do art.º 2.º do CIMT. capital social, não se subsumindo, assim, tal transmissão na al. d) do n.º 2
do art.º 2.º do CIMT.
Repare-se no art.º 5.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC):
Em setembro, a AT publicou ainda as seguintes Informações Vinculativas, em sede de IVA:
OBRIGAÇÕES FISCAIS
E PARAFISCAIS INFORMAÇÕES VINCULATIVAS
OUTUBRO 2017
OBRIGAÇÕES FISCAIS
INFORMAÇÕES VINCULATIVAS E PARAFISCAIS (continuação)
OUTUBRO 2017
DISPONIBI.
LINK EM DIPLOMA ARTIGO ASSUNTO FUNDOS DE COMPENSAÇÃO
Link 2017-09-06 CIMT 007 Revenda; caducidade da isenção de IMT - destino diferente e Efetuar as entregas que se mostrem devidas ao
lease back. Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), que
se encontram a pagamento entre o dia 10 e o dia
Link 2017-09-06 CIMT 017 Aquisição onerosa de prédio urbano com a afetação: prédio não 20 de cada mês, por referência ao vencimento e
licenciado em condições muito deficientes de habitabilidade.
diuturnidades dos trabalhadores relativos ao mês
Link 2017-09-06 CIMT 045 Isenção de IMT na sequência de aquisição de imóvel destinado a anterior.
reabilitação urbanística.
Link 2017-09-06 CIMT 045 Isenção de IMT – Prédios Urbanos objeto de reabilitação, O pagamento das entregas devidas pela entidade
empregadora é efetuado em 2 passos distintos:
Link 2017-09-06 CIMT 045 Concurso de Benefícios Fiscais.
Através do site www.fundoscompensação.pt, a
Em sede de Imposto do Selo, foram as seguintes as Informações Vinculativas, publicadas pela AT: entidade empregadora valida o valor a entregar
ao FCT, validação que determina a emissão de
LINK DISPONIBI. DIPLOMA ARTIGO ASSUNTO um documento de pagamento contendo uma
EM referência multibanco cujo valor engloba a parcela
Link 2017-09-27 Código Imposto Selo 001 Participação de direito de crédito a favor da correspondente ao FCT e a parcela correspondente
herança. ao Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho
Link 2017-09-27 Código Imposto Selo 006 Isenção subjetiva de Imposto do Selo. (FGCT).
Link 2017-09-27 Código Imposto Selo 006 Seguro de grupo contributivo. A liquidação desse documento de pagamento pode
Link 2017-09-27 Código Imposto Selo 023 Verba 2 da Tabela Geral do Imposto do Selo ser efetuada em qualquer caixa ATM (pagamento
(TGIS) - Competência para a liquidação. de serviços / compras) ou via Internet, por
Link 2017-09-27 Tabela Geral Imposto Selo Verba 10 Garantia autónoma e contragarantia. homebanking.
Link 2017-09-27 Tabela Geral Imposto Selo Verba 11.2.2 Prémios atribuídos no âmbito de competição
columbófila. DIA 31
Link 2017-09-27 Tabela Geral Imposto Selo Verbas 1.2 Prémio inovação, criatividade e IRC - PAGAMENTO ESPECIAL POR
empreendedorismo.
Link 2017-09-13 Código Imposto Selo 001 Participação da doação de ações com reserva
CONTA
de usufruto. Segundo prestação do pagamento especial por
Link 2017-09-13 Código Imposto Selo 001 Obrigação de participação da transmissão conta de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
gratuita de valores mobiliários. Coletivas de entidades residentes que exercem, a
título principal, atividade de natureza comercial,
Link 2017-09-13 Código Imposto Selo 002 Adjudicação de imóveis como reembolso industrial ou agrícola e não residentes com
de unidades de participação, em resultado
da liquidação de um Fundo de Investimento estabelecimento estável, com período de tributação
Imobiliário Aberto. coincidente com o ano civil.
Link 2017-09-13 Código Imposto Selo 060 Contratos de arrendamento sob o regime de IRS/IRC - MODELO 30
renda apoiada.
Declaração de rendimentos pagos ou colocados à
Link 2017-09-13 Tabela Geral Imposto Selo Verba 2 Contrato de exploração turística de unidade disposição de sujeitos passivos não residentes em
de alojamento.
agosto de 2017.
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 001 Obrigação de participação das transmissões
gratuitas na situação de herança A declaração Modelo 30 refere-se a rendimentos que
integralmente distribuída em legados se considerem obtidos em território português, pagos
instituídos a favor de pessoas coletivas. ou colocados à disposição de sujeitos passivos não
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 001 Renúncia a tornas. residentes e deve ser entregue, através de transmissão
eletrónica de dados, pelas entidades devedoras desses
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 006 Âmbito de aplicação da isenção prevista na
alínea e) do artigo 6.º do CIS. rendimentos, até ao final do segundo mês seguinte
àquele em que ocorre o facto tributário.
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 007 Cash Pooling; Solidariedade Passiva;
Garantia. IRS/IRC – MODELO 27
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 007 Relação de Grupo - Empréstimos entre Entrega da Declaração Modelo 27, por transmissão
sociedades-irmãs. eletrónica de dados, referente ao apuramento da
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 015 Doação de participação de sociedade com contribuição extraordinária sobre o setor energético
reserva de usufruto; determinação do valor a que se refere o n.º 1 do artigo 7.º do RCESE. Entrega
tributável. da contribuição sobre o setor energético pelas
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 026 Intransmissibilidade mortis causa do direito pessoas singulares ou coletivas que integrem o setor
ao uso e habitação – não sujeição a ISTG – energético nacional a 1 de janeiro de 2017
inexistência de obrigação declarativa.
Link 2017-09-08 Código Imposto Selo 063-A Levantamento de depósitos de valores IRS/IRC – MODELO 28
monetários e mobiliários. Entrega da Declaração Modelo 28 por transmissão
Link 2017-09-06 Código Imposto Selo 001 Conta Poupança-Reformados. eletrónica de dados, pelas entidades a que alude o
Link 2017-09-06 Código Imposto Selo 001 Não sujeição a Imposto do selo de contrato artigo 2.º do regime da contribuição extraordinária
de arrendamento tributado em Imposto sobre a indústria farmacêutica, aprovado pelo artigo
sobre o Valor Acrescentado (IVA). 168.º da Lei n.º 82 -B/2014, de 31 de dezembro e que
não se encontrem isentas da contribuição, ao abrigo do
Link 2017-09-06 Tabela Geral Imposto Selo Verba 10 Processo Especial de Revitalização (PER) -
artigo 269.º do CIRE - benefício relativo a n.º 2 do artigo 5.º do mesmo regime, da contribuição
Imposto do Selo. extraordinária sobre a indústria farmacêutica apurada
no 3º trimestre. Entrega pelas mesmas entidades,
Link 2017-09-06 Tabela Geral Imposto Selo Verba 17.1 Prorrogação do prazo no contrato de
concessão de crédito. da contribuição extraordinária sobre a indústria
farmacêutica apurada no 3.º trimestre.
Link 2017-09-06 Tabela Geral Imposto Selo Verba 2 Contratos de arrendamento sob o regime de
renda apoiada. IUC
Link 2017-09-06 Tabela Geral Imposto Selo Verba 2 Contrato de arrendamento de renda variável Data limite do pagamento do Imposto Único de
- Valor tributável. Circulação - IUC, relativo a veículos à data do
Link 2017-09-06 Tabela Geral Imposto Selo Verba 2 Contrato de arrendamento - Cessão da aniversário da matrícula que ocorra no presente
posição contratual. mês. As pessoas singulares poderão solicitar a
liquidação em qualquer Serviço de Finanças.
10 BOLETIM BDO - OUTUBRO 2017
OUTROS ASSUNTOS
LEGISLAÇÃO COMUNITÁRIA DE REFORMA DO IVA
REGULAMENTO (UE) 2017/1601 DO PARLAMENTO EUROPEU E
DO CONSELHO, DE 26 DE SETEMBRO DE 2017 BANCO DE PORTUGAL
Institui o Fundo Europeu para o Desenvolvimento Sustentável (FEDS), a INSTRUÇÃO (HISTÓRICO) N.º 14/2017 - DIVULGA, PARA O
Garantia FEDS e o Fundo de Garantia FEDS 4.º TRIMESTRE DE 2017, AS TAXAS MÁXIMAS A PRATICAR NOS
CONTRATOS DE CRÉDITO AOS CONSUMIDORES NO ÂMBITO
REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2017/1758 DA COMISSÃO, DO DL N.º 133/2009, DE 02-06.
DE 27 DE SETEMBRO DE 2017 Comunicados
Estabelece a forma e o conteúdo das informações contabilísticas a
apresentar à Comissão no âmbito do apuramento das contas do FEAGA BANCO DE PORTUGAL REGULAMENTA POLÍTICAS
e do Feader e para efeitos de acompanhamento e de elaboração de DE REMUNERAÇÃO E DEVERES DE ASSISTÊNCIA E DE
previsões INFORMAÇÃO EM CONTRATOS DE CRÉDITO HIPOTECÁRIO
BANCO DE PORTUGAL REGULAMENTA DEVER DE AVALIAR A
COMUNICADOS DO CONSELHO DE MINISTROS SOLVABILIDADE DOS CLIENTES BANCÁRIOS NO ÂMBITO DA
CONCESSÃO DE CRÉDITO
DE 7 DE SETEMBRO DE 2017
Notas de Informação Estatística
Foi aprovado o decreto-lei que estabelece o regime de conversão dos
valores mobiliários ao portador em valores mobiliários nominativos, em FINANCIAMENTO DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS - JULHO
execução da Lei n.º 15/2017, de 3 de maio. DE 2017
Decreto-lei que revê o regime jurídico de acesso e exercício da atividade ENDIVIDAMENTO DO SETOR NÃO FINANCEIRO - JULHO DE
seguradora e resseguradora e a constituição e o funcionamento dos 2017
fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões. BALANÇA DE PAGAMENTOS - JULHO DE 2017
DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 ESTUDO DA CENTRAL DE BALANÇOS | 29 - RENDIBILIDADE
DAS EMPRESAS PORTUGUESAS E EUROPEIAS 2006-2015
Estratégia para o Turismo 2027 (ET27), estabelecendo ações e objetivos
para a atividade turística nos próximos dez anos
CMVM – COMISSÃO DO MERCADO DE VALORES
DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 MOBILIÁRIOS
Foi aprovada a proposta de lei que define o regime sancionatório FAQ’s sobre alteração do regime jurídico do papel comercial introduzida
aplicável ao desenvolvimento da atividade de financiamento colaborativo pelo Decreto-Lei n.º 77/2017, de 30 de junho
de capital ou por empréstimo (crowdfunding).
RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE
CONVERSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS AO PORTADOR
FISCALIDADE FAQ SOBRE TAXAS DE SUPERVISÃO CONTÍNUA APLICÁVEIS A
DESVIO DO IVA: PAÍSES DA UE PERDERAM 152 MIL MILHÕES PERITOS AVALIADORES DE IMÓVEIS
DE EUROS EM 2015, O QUE REVELA URGENTE NECESSIDADE
FEIRAS NACIONAIS
FIL EXPONOR
18 A 22 OUTUBRO 5 A 8 DE OUTUBRO DE 2017
INTERCASA AUTOCLÁSSICO PORTO
2017 - XV Salão Internacional
do Automóvel e do Motociclo
18 A 22 OUTUBRO Clássico e de Época
LXD – LISBOA DESIGN SHOW
5 A 8 DE OUTUBRO
MOTORSHOW PORTO 2017
18 A 22 OUTUBRO
17 E 18 DE OUTUBRO
SIL – Salão Imobiliário de Lisboa
3ª Feira Internacional do
Emprego da Universidade do
Porto - Finde.Up
19 A 21 DE OUTUBRO
MAQUITEX 2017 - Feira de
Máquinas, Tecnologia e Acessórios
para a Indústria Têxtil e da Confeção
BOLETIM BDO - OUTUBRO 2017 11
NOTÍCIAS BDO
35 ANOS BDO PORTUGAL
O Cocktail de comemoração do 35º aniversário da BDO em Portugal teve lugar na tarde de 28 de setembro no Museu do Oriente em
Lisboa e contou com a presença de Clientes e Colaboradores que, ao longo de todos estes anos, têm contribuído para tornar a BDO
numa das cinco maiores Redes Internacionais de Auditoria e Consultoria. Tivemos ainda o privilégio de contar com a presença de
António Saraiva, Presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que, no seu discurso, fez uma análise aos principais e mais
atuais desafios da economia nacional.
D ecorreu de 16 a 24 de setembro, na Praça da Maratona do Estádio Nacional no Jamor, a primeira edição do Portugal Padel Masters.
A prova organizada pela LAGOS (João Lagos) é um dos quatro torneios internacionais mais importantes do World Padel Tour,
reunindo as equipas de jogadores com melhor ranking do mundo nesta modalidade. Já em 2016 a LAGOS organizou, pela primeira
vez no nosso País, a 13ª edição do World Padel Championship (Equipas por Países) que teve lugar no Health & Racket Club na Quinta
da Marinha em Cascais. A convite do Senhor João Lagos, os membros residentes em Lisboa da Comissão Executiva da BDO marcaram
presença no Portugal Padel Masters em 19 de setembro.
Acompanhando a dinâmica de crescimento do Papel em Portugal, o Clube BDO criou recentemente a sua Equipa de Padel que participa
no primeiro campeonato nacional de empresas da Federação Portuguesa de Padel - Expresso BPI Padel Trophy, organizado pela LAGOS.
D ecorreu em Roma, de 10 a 12 de Setembro, esta conferência organizada pela BDO Internacional, na qual estiveram presentes cerca
de 80 participantes da BDO de todo o Mundo. A BDO Portugal esteve representada pelo Associate Partner Paulo Fonseca Oliveira.
12 BOLETIM BDO - OUTUBRO 2017
NOTÍCIAS BDO
ADMISSÃO DE NOVOS COLABORADORES
CONTACTOS A BDO & Associados, SROC, Lda., BDO Consulting, Lda. e a BDO Outsourcing, Serviços de
Contabilidade e Organização, Lda., sociedades por quotas registadas em Portugal, são membros
Obtenha mais informações em tax@bdo.pt ou da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por garantia, e fazem parte da rede
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