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BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto nº 3/2020:
Aprova, para ratificação, o Acordo entre o Governo da República de Cabo Verde e o Governo da República
da Guiné Equatorial sobre a Promoção e a Proteção Recíproca de Investimentos.............................682
Decreto-Lei nº 19/2020:
Aprova o Código do Registo Automóvel.........................................................................................................688
Decreto-Lei nº 20/2020:
Aprova o Código do Registo Comercial e procede à alteração do Decreto-Lei n.º 59/99, de 27 de setembro,
e Decreto-Lei n.º 5/2004, de 16 de fevereiro...........................................................................................710
Resolução nº 40/2020:
Autoriza o Ministério das Finanças a mobilizar os recursos para a operacionalização do programa de
Mitigação e Resiliência à Seca em Cabo Verde, e aprova a sua distribuição pelos Municípios..........753
Resolução nº 41/2020:
Cria a Comissão Nacional Organizadora das Comemorações do 45º Aniversário da Independência Nacional........754
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Assim, considerando que Cabo Verde e Guiné Equatorial, 1. Para efeitos do presente Acordo:
dois países pertencentes à Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), desejam aprofundar as suas a) O termo “investimento” compreende toda espécie de
relações de cooperação e económicas, com benefícios ativos admissíveis aplicados por investidores
mútuos para os povos de ambos os países; de uma das Partes contratantes no território
da outra Parte contratante, de acordo com as
Tendo em conta que a promoção de investimentos de leis e regulamentos desta ultima, incluindo
investidores de um dos Estados no território do outro em particular, mas não exclusivamente:
Estado desempenha um papel importante para se atingir
o objetivo referido acima; i) Propriedade de bens moveis e imoveis, bem como
quaisquer outros direitos reais, incluindo direitos
Atendendo que este instrumento é compatível com o reais de garantia como hipotecas, e penhores;
desiderato estabelecido no Programa de Governo para a
IX Legislatura, relativamente à melhoria do ambiente ii) Ações, quotas ou outras formas de participação
de negócios e da competitividade do país; no capital de u m a sociedade;
Tendo em conta que o instrumento sub judice incorpora iii) Direitos de credito ou quaisquer outros direitos
as tendências mais avançadas em matéria de Acordos na contratuais com valor económico;
área de promoção e proteção recíproca de investimentos;
iv) Direitos d e propriedade industrial e intelectual,
Ante o imperativo de se cumprirem as formalidades e m especial direitos do autor, patentes, patentes
legais internas para a entrada em vigor deste Acordo; de modelos d e utilidade, desenhos industriais,
marcas, denominações comerciais, processos
Assim, técnicos, know-how e clientela (aviamento);
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v) Concessões e licenças de valor económico conferidas 2. Cada Parte contratante concederá, no seu território,
nos termos da lei por ato administrativo ou por aos investidores e aos investimentos e rendimentos dos
contracto, incluindo concessões para prospeção, investidores da outra Parte contratante um tratamento
pesquisa, cultivo ou exploração de recursos não menos favorável do que o concedido aos seus próprios
naturais; investidores ou aos investidores de terceiros Estados.
b) O termo “rendimento” significa o montante gerado 3. As disposições do parágrafo (2) do presente
por um investimento, em particular, mas artigo não obrigam a concessão por uma das Partes
não exclusivamente, lucros, juros, ganhos de contratantes a investidores da outra Parte contratante
capital, dividendos, royalties e taxas; de qualquer tipo de tratamento, preferência ou
privilégio resultante de:
c) O termo “investidor” designa, relativamente a
qualquer das Partes contratantes: (a) Participação em União aduaneira, zonas de
comércio livre, mercado comum ou outro
(i) “Nacional” significa: Toda pessoa singular que acordo internacional semelhante, ou ainda
possua a nacionalidade d e uma das Partes de acordos provisórios conducentes a tal
contratantes; união, zona ou mercado, de que uma das
Partes contratantes seja membro;
(ii) “Sociedade” pessoa coletiva incluindo sociedades
comerciais, empresas ou associações, constituídas (b) Acordo internacional ou qualquer legislação
de acordo com a lei de uma das Partes contratantes nacional relacionada, no seu todo ou em parte,
e que tenham a sua sede bem como atividade com matéria de natureza fiscal;
económica efetiva, no território dessa mesma
Parte contratante (c) Vantagens especiais para as instituições financeiras
estrangeiras de desenvolvimento que operam no
d) “território” significa os territórios sobre os quais as território de qualquer das Partes contratantes
Partes Contratantes têm, de acordo com o Direito com a finalidade exclusiva de assistência
Internacional e as suas Leis e Regulamentos ao desenvolvimento, principalmente através
nacionais, direitos soberanos ou jurisdição. de atividades sem fins lucrativos.
4. Cada Parte contratante observará as obrigações
2. Qualquer alteração na forma de aplicação dos decorrentes da sua legislação e do presente Acordo, as
ativos investidos não afetará a sua qualificação como quais vinculem a Parte contratante e seus investidores
investimentos, tal como definidos neste Acordo. e os investidores da outra Parte contratante em
Artigo 2º questões relativas aos investimentos.
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2. Cada Parte contratante envidará todos os esforços 2. Sem prejuízo do disposto no parágrafo ( 1) deste artigo,
para conceder, de acordo com a sua legislação, as os investidores de cada uma das Partes contratantes
autorizações necessárias para a realização desses que, em qualquer das situações mencionadas nesse
investimentos e, sempre que necessário, garantir acordos parágrafo, sofram perdas no território da outra Parte
de licença e contractos de assistência técnica, comercial contratante resultantes de:
ou administrativa. (a) Requisição dos seus bens pelas forças ou autoridades
desta última Parte c ontratante, agindo no
3. Os investimentos aprovados ao abrigo do artigo âmbito das disposições legais relativas às
2º beneficiarão de uma proteção justa e equitativa nos suas competências, deveres e estruturas de
termos do presente Acordo comando; ou
Artigo 4º
(b) Destruição dos seus bens pelas forças ou
Tratamento de investimentos autoridades desta última Parte contratante,
que não tenha sido causada em ações de
1. Aos investimentos e os rendimentos dos investidores combate o u justificada pela necessidade da
de qualquer das Partes contratantes será sempre concedido situação ou pelo cumprimento de qualquer
tratamentos justo e equitativo no território da outra Parte obrigação legal;
Contratante. Nenhuma Parte Contratante sujeitará, por
qualquer forma, a gestão, manutenção, uso, fruição ou Será concedida restituição ou compensação adequada,
disposição dos investimentos realizados no seu território não menos favorável do que a última Parte Contratante
por investidores da outra Parte Contratante a medidas concede aos seus próprios investidores ou a investidores
injustificadas, arbitrárias ou de caracter discriminatório. de qualquer terceiro Estado.
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1. Cada Parte contratante, em conformidade com a sua 1. Toda controvérsia relativa aos investimentos
lei, garantirá aos ‘investidores da outra Parte contratante que surja entre uma das Partes Contratantes e um
a livre transferência dos valores relacionados com os investidor da outra Parte contratante, sobre questões
investimentos e rendimentos, incluindo as indemnizações reguladas no presente Acordo, será notificada por
pagas nos termos dos artigos 5º e 6º do presente Acordo. escrito pelo investidor à Parte Contratante recetora
do investimento. Na medida do possível as Partes em
2. As transferências deverão ser efetuadas sem disputa resolverão os diferendos de forma amistosa.
demora, em moeda convertível, à taxa de câmbio
do mercado aplicável na data de transferência. Na 2. Se a controvérsia não puder ser resolvida deste modo
ausência de tal taxa de câmbio do mercado, a taxa a num prazo de seis meses a contar da data da notificação
ser utilizada será a taxa de câmbio mais recente aplicada escrita mencionada no parágrafo 81), a controvérsia será
aos investimentos internos ou a taxa de câmbio mais submetida a:
recente para conversão de moeda em Direitos Especiais
de Saque, o que for mais favorável ao investidor. a) Tribunais competentes da Parte Contratante em
cujo território o investimento foi realizado;
3. Não obstante o disposto no parágrafo (1), uma
Parte contratante não deverá obrigar seu investidor b) A um Tribunal Arbitral ad hoc estabelecido conforme
a transferir qualquer rendimento, ganhos, benefícios as regras de arbitragem da Comissão das Nações
ou quaisquer somas provenientes de investimentos Unidas para o Direito Comercial Internacional
feitos no território da outra Parte c ontratante ou (CNUDCI);
atribuíveis a tais investimentos, nem sancionar seu
investidor por não ter efetuado essa transferência. c) Ao Centro Internacional para a Resolução de Diferendos
Relativos a Investimentos (CIRDI) criado pela
Artigo 8º Convenção sobre a Resolução de Diferendos
sobre Investimentos entre Estados e Nacionais
Resolução de diferendos entre as Partes
de outros Estados, aberta para assinatura em
1. Qualquer diferendo que surja entre as Partes Washington DC, em 18 de março de 1965.
Contratantes sobre a interpretação ou aplicação do Caso uma das Partes Contratantes não seja
presente Acordo será resolvido, na medida do possível, Parte da referida Convenção, a controvérsia
por via diplomática. poderá ser resolvida em conformidade com o
Mecanismo Complementar para a Administração
2. Se o diferendo não puder ser resolvido desse modo no de Procedimentos de Conciliação, Arbitragem e
prazo de seis meses, será submetido a pedido de qualquer Comprovação de Fatos pela Secretaria do CIRDI.
das Partes Contratantes a um Tribunal Arbitral.
d) A um Tribunal Arbitral estabelecido em conformidade
3. O tribunal arbitral será constituído para cada caso com as regras de arbitragem da Organização
individual da seguinte forma: no prazo de dois meses a para a Harmonização do Direito Comercial em
contar da receção do pedido de arbitragem, cada Parte África.
Contratante designará um árbitro para o tribunal.
Os dois árbitros escolherão então um nacional de um 3. A arbitragem basear-se-á nas disposições do presente
terceiro Estado que, com a aprovação das duas Partes Acordo, do direito interno da Parte Contratante em
cujo território o investimento foi realizado, incluindo as
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regras relativas aos conflitos de lei, bem como as regras legislação em vigor no território da Parte contratante
e princípios do Direito Internacional que possam ser em que tais investimentos forem realizados.
aplicáveis.
2. As Partes contratantes notificar-se-ão prontamente
4. A Parte Contratante que seja Parte da controvérsia não do cumprimento dos seus procedimentos legais internos
poderá invocar em sua defesa o facto de que o investidor, exigidos para a entrada em vigor do presente Acordo. O
em virtude de um contrato se seguro ou garantia, tenha Acordo entrará em vigor no dia seguinte ao da receção
recebido ou vá receber uma indemnização ou outra da última notificação do cumprimento dos referidos
compensação pela totalidade ou parte das perdas sofridas. procedimentos.
5. As decisões arbitrais serão definitivas e vinculativas 3. Qualquer das Partes contratantes poderá, após
para as partes em litígio. Cada Parte Contratante se consentimento mútuo, solicitar alteração ao presente
compromete a executar as sentenças de acordo com a Acordo, desde que essa alteração não prejudique os
sua legislação interna. direitos adquiridos ou as obrigações assumidas antes
da entrada em vigor da alteração.
Artigo 10º
Sub-rogação 4. Este Acordo é válido por um período de 10 (dez)
anos, findo o qual, continuará a vigorar, a menos que
1. No caso de uma das Partes contratantes ou a Agência uma das Partes Contratantes notifique a por escrito a
por ela designada efetuar pagamentos a um dos seus outra Parte Contratante a sua intenção de denunciar o
investidores em virtude de uma garantia prestada a presente Acordo. A denúncia produzirá efeitos doze meses
um investimento realizado no território da outra Parte a contar da receção da referida notificação.
contratante, esta reconhecerá a transmissão para a
outra Parte contratante de todos os direitos e ações do 5. No que diz respeito aos investimentos aprovados e/ou
investidor indemnizado e que a outra Parte contratante realizados antes da data em que a notificação de denúncia
ou a Agência por ela designada pode exercer tais direitos do presente Acordo entrar em vigor, as disposições dos
e promover tais ações em virtude de sub-rogação, artigos anteriores aplicar-se-ão relativamente a esses
nos mesmos termos e condições que o titular originário. investimentos por um período adicional de dez anos a
contar dessa data ou por qualquer período mais longo
2. Qualquer pagamento efetuado ao seu próprio previsto ou acordado, por ato ou contracto, em beneficio
investidor por uma das Partes contratantes ou pela do investidor.
respetiva Agência designada nos termos do parágrafo
(1), não afeta o direito desse investidor de demandar a Feito na Cidade da Praia, aos 16 dias do mês de abril do
outra Parte contratante em conformidade com o artigo ano de 2019, em dois exemplares originais, em português e
8º desde que o exercício desse direito não se sobreponha em espanhol,
Pelo Governo da sendo
Repúblicaambos os textos igualmente
Peloautênticos.
Governo da
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admisibles aplicados por inversores de una de las Partes 3. Las inversiones aprobadas en virtud del artículo 2,
contratantes en el territorio de la otra Parte contratante, se beneficiarán de una protección justa y equitativa con
de conformidad con las leyes y reglamentos de esta última, arreglo al presente Acuerdo.
incluyendo en particular, pero no exclusivamente:
ARTÍCULO 4º
i. Propiedades de bienes muebles e inmuebles, así Tratamiento de inversiones
como otros derechos reales, incluidos los de
garantía como las hipotecas y/o promesas; 1. El presente acuerdo, garantiza un trato justo y
equitativo a las inversiones y los rendimientos de los
ii. Acciones, cuotas u otras formas de participación inversores de cada una de las Partes contratantes, en
en el capital de una sociedad; el territorio de la otra Parte. Por tanto, ninguna Parte
contratante someterá, por cualquier forma, la gestión,
iii. Derechos de crédito u otros derechos contractuales mantenimiento, uso, disfrute o disposición de las inversiones
de valor económico; realizadas en su territorio por inversores de la otra Parte
iv. Derechos de propiedad industrial e intelectual, en contratante a medidas injustificadas, arbitrarias o de
particular derechos de autor, patentes, patentes carácter discriminatorio.
de modelos de utilidad, dibujos industriales, 2. Cada Parte contratante concederá en su territorio
marcas, denominaciones comerciales, procesos a los inversores y a las inversiones e ingresos de los
técnicos, know-how y clientela (aviado); inversores de la otra Parte contratante un trato no menos
v. Concesiones y licencias de valor económico conferidas favorable que el concedido a sus propios inversores o a
en virtud de la ley por acto administrativo o por los inversores de terceros Estados.
contrato, incluyendo concesiones para prospección, 3. Las disposiciones del párrafo (2) del presente
investigación, cultivo o explotación de recursos artículo, no obligará a la concesión por una de las Partes
naturales; contratantes, de cualquier tipo de trato, preferencia
b) El término “renta” significa, el importe generado o privilegio a inversores de la otra Parte contratante
por una inversión en particular, pero no resultante de:
exclusivamente, beneficios, intereses, ganancias
de capital, dividendos, royalties y tasas; (a) Participación en la Unión Aduanera, zonas de
libre comercio, mercado común u otro acuerdo
c) El término “inversor” designa, para cualquiera internacional similar, o acuerdos provisionales
de las Partes contratantes: que conduzcan a tal unión, zona o mercado, de
que una de las Partes contratantes sea miembro;
i. 4. El “nacional” significa: Toda persona física que
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3. Si una Parte contratante adopta medidas de nacionalización sin embargo, decidir una proporción mayor de costes que
o expropiación contra los bienes de una sociedad constituida sea suportada por una de las Partes contratantes, y dicha
con arreglo a la legislación vigente de su territorio en la decisión será vinculante para ambas Partes contratantes
que los inversores de la otra Parte contratante tengan una e ejecutadas por ellas.
participación; ésta última, se asegurará que las disposiciones
del párrafo (1) del presente artículo se aplicaran en la medida 6. en todo lo demás, el tribunal arbitral definirá sus
necesaria para garantizar una compensación justa, a los propias normas de procedimiento.
inversores de la otra parte contratante afectados por las ARTÍCULO 9 º
medidas antes evocadas.
Solución de Controversias entre una Parte Contratante e
ARTÍCULO 7º Inversores de la otra Parte Contratante.
Transferencia de capital de inversión y de renta
1. Toda controversia relativa a las inversiones que
1. Cada Parte contratante, de conformidad con su surja entre una de las Partes Contratantes y un inversor
legislación garantizará a los inversores de la otra de la otra Parte Contratante, respecto a cuestiones
Parte contratante la libre transferencia de los valores reguladas por el presente Acuerdo, será notificada por
relacionados con las inversiones e ingresos, incluidas las escrito por el inversor a la Parte Contratante receptora
indemnizaciones pagadas en virtud de los artículos 5 y 6 de la inversión. En la medida de lo posible las partes en
del presente Acuerdo. controversia resolverán estas diferencias mediante un
2. Las transferencias deberán efectuarse sin demora, acuerdo amistoso.
en moneda convertible y, en el tipo de cambio del mercado 2. Si la controversia no pudiera ser resuelta de esta
aplicable en la fecha de transferencia. En ausencia de tal forma en un plazo de seis meses a contar desde la fecha
tipo de cambio del mercado, la tasa a utilizar será el tipo de notificación escrita mencionada en el párrafo 1, la
de cambio más reciente aplicado a las inversiones internas controversia será sometida a:
o el tipo de cambio más reciente para la conversión de
moneda en derechos especiales de giro, siendo la aplicación a) los tribunales competentes de la Parte Contratante
a ejecutar al respecto, la que mejor favorezca al inversor. en cuyo territorio se realizó la inversión;
3. No obstante, de conformidad con el párrafo (1), ninguna b) a un tribunal de arbitraje ad hoc establecido conforme
de las partes contratantes podrá exigir a sus inversores a las Reglas de Arbitraje de la Comisión de las
transferir los ingresos ganados, beneficios o cualquier Naciones Unidas para el Derecho Mercantil
otro monto atribuible a las inversiones realizadas en el Internacional (CNUDMI);
territorio de la otra parte contratante ni penalizarlos por
no haber efectuado dicha transferencia. c) al Centro Internacional de Arreglo de Diferencias
ARTÍCULO 8º Relativas a Inversiones (CIADI) creado por el
Solución de controversias entre las Partes.
“Convenio sobre el arreglo de diferencias relativas
a inversiones entre Estados y Nacionales de Otros
1. Cualquier controversia entre las Partes Contratantes, Estados”, abierto a la firma en Washington el 18
referente a la interpretación o aplicación del presente de marzo de 1965, cuando cada Estado parte en
Acuerdo, será resuelta, hasta donde sea posible, por vía el presente Acuerdo se haya adherido a aquél. En
diplomática. caso de que una de las Partes Contratantes no
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fuera Estado Contratante del citado Convenio, naturaleza o tomar cualquier otra medida destinada a
la controversia se podrá resolver conforme al la protección de sus intereses esenciales de seguridad
Mecanismo Complementario para la Administración o a la protección de la salud pública o prevención de
de Procedimientos de Conciliación, Arbitraje enfermedades y plagas en animales o plantas.
y Comprobación de Hechos por la Secretaría
ARTÍCULO 13º
del CIADI;
Cláusulas finales
d) a un tribunal de arbitraje establecido conforme
a las reglas de arbitraje de la Organización 1. El presente Acuerdo se aplicará a todas las inversiones
para la Armonización del Derecho Mercantil realizadas antes y después de su entrada en vigor por
en África (OHADA). inversores de una de las Partes contratantes en el territorio
de la otra Parte contratante de conformidad con las
3. El arbitraje se basará en las disposiciones del presente respectivas leyes y reglamentos. Para evitar cualquier
Acuerdo, el derecho nacional de la Parte Contratante en duda, se declara que todas las inversiones, a reserva del
cuyo territorio se ha realizado la inversión, incluidas las presente Acuerdo, se regirán por la legislación vigente
reglas relativas a los conflictos de Ley, así como también en el territorio de la Parte contratante en que se efectúen
en las reglas y los principios de derecho internacional que dichas inversiones.
pudieran ser aplicables.
2. Las Partes contratantes se notificarán y, sin demora,
4. La Parte Contratante que sea parte en la controversia sobre el cumplimiento de sus procedimientos legales
no podrá invocar en su defensa el hecho de que el inversor, internos, exigidos para la entrada en vigor del presente
en virtud de un contrato de seguro o garantía, haya recibido Acuerdo. El Acuerdo entrará en vigor el día siguiente al
o vaya a recibir una indemnización u otra compensación de la recepción de la última notificación.
por el total o parte de las pérdidas sufridas.
3. Cualquiera de las Partes contratantes podrá, tras
5. Las decisiones arbitrales serán definitivas y vinculantes su consentimiento mutuo, solicitar una modificación
para las partes en la controversia. Cada Parte Contratante del presente Acuerdo, siempre que dicha modificación
se compromete a ejecutar las sentencias de acuerdo con no prejuzga los derechos adquiridos o las obligaciones
su legislación nacional. asumidas antes de la entrada en vigor de la modificación.
ARTÍCULO 10º
4. El presente Acuerdo, será válido durante un período
Subrogación de diez (10) años. Al término del cual continuará en vigor
al menos que una de las partes contratantes notifique
1. En el caso de que una de las Partes contratantes o la por escrito a la otra parte contratante su intención de
agencia que designe efectuar pagos a uno de sus inversores denunciar el presente acuerdo. La denuncia surtirá efecto
en virtud de una garantía prestada a una inversión
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Código do Registo Automóvel, que adote um sistema de acrescido. Para além disso, propõe-se a simplificação de vários
registo mais seguro, simplificado e eletrónico. processos mediante a eliminação de atos e formalidades.
Por exemplo, passa a prever-se a não obrigatoriedade de
Em especial, visa-se alcançar quatro objetivos principais reconhecimento presencial da assinatura do comprador
com a aprovação do presente diploma. e vendedor do automóvel para a submissão do pedido de
Em primeiro lugar, pretende-se criar condições para registo de propriedade.
um sistema de registo automóvel mais seguro, fiável e Além disto, passa a determinar-se que as conservatórias
credível, que contribua para a confiança dos cidadãos, devem corrigir deficiências dos pedidos de registo com
a dinamização da economia e o desenvolvimento dos base nos documentos e informações de que disponham,
negócios neste setor. assim eliminando exigências adicionais aos cidadãos e
empresas. De igual modo, adotam-se medidas destinadas
Assim, por um lado, adotam-se medidas destinadas a a acolher, em Cabo Verde, o Documento Único Automóvel,
garantir a atualização dos registos, através, por exemplo, prevendo-se desde já um balcão único para o automóvel, com
da criação de um procedimento especial para atualizar serviços integrados de registo automóvel e características
os registos das propriedades dos automóveis, a vigorar do automóvel, assim como o certificado de matrícula, com
transitoriamente durante o prazo de 1 ano, nos termos informação sobre registo automóvel e características do
do qual é admitido o registo por mera declaração. Este veículo, na sequência do ato de registo do veículo.
regime especial e temporário visa a atualização dos
registos de propriedade e, por isso, estão previstas Finalmente, em quarto lugar, adotam-se medidas
medidas destinadas a incentivar a sua utilização pelo com o objetivo de melhorar o acesso à informação dos
cidadão e pelas empresas, não sendo devido qualquer registos, por forma a dotar o registo automóvel de um
emolumento por este registo e acolhendo-se uma isenção sistema mais fiável e robusto, que possa contribuir para
temporária de imposto de circulação por quem o utilize. o desenvolvimento deste setor.
No mesmo sentido, acolhe-se um regime permanente
destinado a assegurar a atualização dos registos, o qual Com esta finalidade, preveem-se várias medidas, como,
permite ao adquirente da propriedade ou usufruto de por exemplo, a possibilidade de acesso a uma certidão
um veículos realizar o registo mediante a apresentação on-line do registo automóvel através de um código, que
de qualquer meio idóneo que evidencie a existência do fica permanentemente atualizada. A entrega desse código
seu direito, nomeadamente documentos comprovativos dispensa a entrega de qualquer certidão em papel.
do seguro e do pagamento do imposto de circulação de Para a elaboração do presente diploma, foi adotado um
veículos automóveis durante dois anos, bem como recibos procedimento público e participado, no âmbito do qual
de inspeções obrigatórias, combustível e de revisões ou foi dada a oportunidade de serem ouvidas entidades e
reparações no veículo associados à matrícula do automóvel personalidades interessadas, e foram discutidas, em
que comprovem a posse do veículo durante o período de sessão pública, as principais opções para a elaboração
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d) No prazo de três anos após a realização do registo com efeitos de promoção de atos de registo on-line faz-se
base em mera declaração, qualquer interessado mediante a utilização de certificado digital qualificado,
pode requerer o respetivo cancelamento; nos termos previstos no regime jurídico que regula o
uso da assinatura eletrónica, o reconhecimento da sua
e) Durante um período de três anos após a publicação eficácia jurídica, a atividade de certificação, bem como
do presente diploma, as forças policiais estão a contratação eletrónica, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
obrigadas a comunicar à Direção-Geral dos Registos, 33/2007, de 24 de setembro e indicação da respetiva
Notariado e Identificação todas as denúncias qualidade profissional em campo disponibilizado para o
de furtos e roubos de veículos automóveis; efeito no sítio da Internet.
f) Decorrido o prazo de três anos após a realização do Artigo 6º
registo previsto na alínea c), este converte-se de
forma automática em registo definitivo, desde Regime transitório para pagamento por transferência
bancária
que não tenha sido requerido o seu cancelamento
ou que não exista denúncia de furto ou roubo Enquanto não estiverem reunidas as condições
do veículo automóvel; técnicas para que todos os serviços on-line disponibilizem
referência para pagamento eletrónico, a Direção-Geral
g) Caso tenha sido requerido o cancelamento do registo de Registos, Notariado e Identificação pode deliberar a
nos termos da alínea d), o conservador decide afetação de uma ou mais contas bancárias ao pagamento
se o mesmo deve ser deferido; por transferência bancária.
h) Caso tenha existido denúncia de furto ou roubo Artigo 7º
do veículo automóvel, o conservador cancela
imediatamente o registo provisório se a denúncia Norma revogatória
respetiva tiver sido anterior ao pedido de registo São revogados os seguintes diplomas:
provisório;
k) O Decreto-Lei n.º 47952, de 22 de setembro de 1967,
i) Nos casos da alínea a), o registo da propriedade é sem prejuízo do regime transitório previsto no 0;
gratuito relativamente a aquisições ocorridas
antes da data de publicação do presente diploma; l) O Decreto n.º 47953, de 22 de setembro de 1967;
j) Nos casos da alínea a) fica dispensado o pagamento m) A Portaria n.º 23089, de 27 de janeiro de 1968;
de imposto de circulação de veículo automóvel no
ano do pedido de registo e no ano subsequente. n) A Portaria n.º 24161, de 12 de julho de 1969.
Artigo 3º Artigo 8º
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s) O aluguer por prazo superior a um ano, quando 1. Os veículos automóveis podem ser objeto de hipotecas
do respetivo contrato resulte a existência de legais, judiciais ou voluntárias.
uma expetativa de transmissão da propriedade;
2. Às hipotecas sobre veículos automóveis são aplicáveis
t) A afetação do veículo ao regime de aluguer sem as disposições relativas à hipoteca de imóveis no que
condutor; não forem contrariadas pelas disposições especiais do
presente diploma.
u) A transmissão de direitos ou créditos registados e
o penhor, o arresto e a penhora desses créditos; 3. A constituição ou modificação de hipoteca sobre veículos
automóveis pode ser titulada por documento particular.
v) A penhora, o arresto, o arrolamento, a apreensão, a
apreensão em processo penal ou quaisquer outras Artigo 6º
providências ou atos judiciais ou administrativos Penhor
que afetem a livre disposição de veículos;
Os veículos automóveis não podem ser objeto de penhor.
w) Os ónus de inalienabilidade ou indisponibilidade
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particular com reconhecimento simples ou com menções delegar, pode, mediante despacho, proceder à distribuição
especiais de assinaturas nos termos da lei notarial, os ou redistribuição dos pedidos efetuados, de um determinado
documentos particulares que servem de base ao registo serviço para outros.
automóvel e, bem assim, os requerimentos de registo
automóvel não estão sujeitos a qualquer espécie de 3. Os funcionários de entidades que não sejam serviços
reconhecimento de assinaturas, sendo a verificação da de registo podem praticar atos de registo desde que tenham
identidade do requerente efetuada em face dos respetivos recebido formação para o efeito, nos termos definido por
elementos de identificação indicados no pedido. despacho do Diretor-Geral dos Registos, Notariado e
Identificação.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os 4. É assegurada a existência de serviços de registo
serviços de registo podem requerer a indicação do número, automóvel em todas as ilhas habitadas da República de
data e entidade emitente do documento de identificação, Cabo Verde.
passaporte ou documento equivalente do signatário do
documento. Artigo 14º
Balcão único do documento único automóvel
3. Quando o ato esteja legalmente sujeito a reconhecimento
de assinaturas, podem o conservador ou o oficial dos registos 1. São praticados atos de registo automóvel no âmbito
proceder ao reconhecimento simples ou ao reconhecimento do balcão único do Documento Único Automóvel, que se
com menções especiais, conforme aplicável, nos termos destina a receber pedidos e praticar atos relativos ao
estabelecidos na lei notarial. registo automóvel e às características do veículo automóvel.
4. Quando procedam a reconhecimentos com menções 2. O balcão único do Documento Único Automóvel é
especiais e, bem assim, para efeitos verificação da legitimidade criado por diploma próprio, podendo funcionar nos serviços
do requerente do pedido de registo, o conservador ou o de registo ou junto de serviços desconcentrados de outras
oficial de registos devem verificar a circunstância especial entidades públicas.
do signatário ou a legitimidade do requerente em face Artigo 15º
dos documentos ou registos existentes nas bases de dados
dos serviços de registo ou por acesso direto à informação Competência do conservador e dos oficiais de registo
constante de bases de dados das entidades ou serviços 1. Para os atos de registo no âmbito dos serviços de
da Administração Pública, salvo se essa circunstância registo é competente o conservador ou o seu substituto
especial for do seu conhecimento pessoal. legal, quando em exercício, sem prejuízo do disposto no
5. O disposto nos números anteriores não é aplicável número seguinte.
aos atos promovidos por via eletrónica que permitam 2. Os oficiais dos registos têm competência para os
determinar a identidade ou a qualidade do requerente. seguintes atos de registo, sem prejuízo de o conservador
3 149000 000000
a poder avocar:
CAPÍTULO II
a) Os previstos nas alíneas a), b), e i) do n.º 1 do
ATOS E PROCEDIMENTOS DE REGISTO artigo 2º;
Secção I b) A alteração da composição do nome ou denominação
Disposições gerais e a mudança de residência habitual ou sede
dos proprietários, usufrutuários e locatários
Artigo 12º dos veículos;
Obrigatoriedade de realização de atos e procedimentos por
via eletrónica
3. Os oficiais dos registos têm competência para a
extratação dos registos prevista no artigo 145º, bem como
1. Os atos e procedimentos de registo são obrigatoriamente para os atos que lhes sejam delegados pelo conservador.
realizados por meios eletrónicos pelos conservadores e Artigo 16º
oficiais dos registos, com utilização do sistema informático
de suporte à atividade dos registos, nos termos do presente Prazo e ordem dos registos
Capítulo, bastando a utilização do nome do utilizador e 1. Os registos são efetuados no prazo de três dias e pela
palavra-passe. ordem de anotação no diário, salvo nos casos de urgência.
2. Em caso de efetiva indisponibilidade do sistema 2. Em relação a cada ficha, os registos são efetuados
informático de suporte à realização dos pedidos, atos e pela ordem temporal das apresentações no diário.
procedimentos de registo é admitida a realização dos mesmos
com recurso a suportes físicos, devendo a informação ser 3. No caso de o apresentante requerer urgência, o
imediatamente carregada no sistema informático assim registo deve ser efetuado no prazo máximo de um dia
que a indisponibilidade cessar. útil, sem subordinação à ordem de anotação no diário,
mas sem prejuízo da ordem a respeitar em cada ficha e
3. O Diretor-Geral dos Registos, Notariado e Identificação da dependência dos atos.
pode, por despacho, fixar os termos dos pedidos, atos e
procedimentos de registo em suporte físico, nos casos 4. Se a anotação dos factos constantes do pedido não
previstos no número anterior. corresponder à ordem da respetiva dependência, deve
esta ser seguida na feitura dos registos, consignando-se
Artigo 13º no extrato a alteração efetuada.
Competência para a prática de atos de registo 5. Sem prejuízo do disposto no n.º 2, fica excluída da
subordinação à ordem de anotação no diário a feitura
1. São competentes para a prática de atos de registo dos registos a que deva ser aplicado o mecanismo do
quaisquer serviços de registo automóvel e outras entidades suprimento de deficiências, nos termos do artigo 44º.
públicas determinadas por despacho do Diretor-Geral dos
Registos, Notariado e Identificação, independentemente Artigo 17º
do serviço que procedeu ao registo inicial da propriedade. Modelos oficiais
2. Sempre que esteja em causa o bom funcionamento Os modelos de suportes documentais previstos no
dos serviços de registo, o Diretor-Geral dos Registos, presente diploma são aprovados por despacho do Diretor-
Notariado e Identificação, ou o subalterno em quem este Geral dos Registos, Notariado e Identificação.
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Têm legitimidade para pedir o registo os sujeitos, ativos que, nessa qualidade, formule o pedido de registo;
ou passivos, da respetiva relação jurídica e, em geral,
todas as pessoas que tenham interesse no ato a registar. b) A assinatura do apresentante, quando o pedido
revista a forma escrita;
Artigo 22º
Representação c) Indicação dos factos que pretende registar;
1. Em representação das entidades com legitimidade, d) A identificação do veículo a que respeitam os factos,
o registo pode ser pedido por: com indicação do número de matrícula;
a) Aqueles que tenham poderes de representação e) Relação dos documentos que o instruem, nos termos
para intervir no respetivo título; a definir por despacho do Diretor-Geral dos
b) Mandatário com procuração bastante; Registos, Notariado e Identificação;
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4. Os documentos arquivados nos serviços da Administração a) Qualquer documento comprovativo de facto jurídico
Pública e nos serviços registo podem ser utilizados para que importe o reconhecimento, a aquisição ou
a realização de registos, devendo tais documentos ser divisão do direito de propriedade do veículo;
referenciados no pedido.
b) Certidão de decisão judicial, passada em julgado,
5. Para efeitos do disposto no número anterior, o serviço proferida no processo civil ou penal em que, de
de registo é reembolsado pelo apresentante das despesas modo expresso ou implícito, seja reconhecido o
resultantes dos pagamentos devidos às entidades referidas direito de propriedade do veículo a quem deva
no número anterior. figurar como titular do registo.
6. Nos pedidos de registo efetuados presencialmente, 3. O registo de propriedade adquirida por via de sucessão
pode ser entregue fotocópia do original desde que o hereditária é feito com base em documento comprovativo
funcionário que a recebe a confira com o respetivo original, da habilitação de herdeiros ou de certidão que prove ter
que é exibido pelo apresentante. sido instaurado o processo fiscal relativo à transmissão
sucessória, da qual conste a indicação dos herdeiros e a
7. No caso previsto no número anterior o funcionário apõe identificação do veículo.
a sua rubrica na fotocópia, declarando a sua conformidade
com o original, o qual deve ser restituído ao apresentante 4. Se todos os herdeiros o requererem, o registo referido
no ato da apresentação, ou quando tal não for possível, no número anterior pode ser efetuado apenas a favor de
no ato de levantamento do registo. algum ou alguns deles.
Artigo 26º 5. No caso de dispensa do registo de propriedade
adquirida por via de sucessão hereditária, o adquirente
Documentos para registo inicial de propriedade
do veículo deve instruir o respetivo pedido de registo de
1. O registo inicial de propriedade de veículos importados, propriedade com um dos documentos mencionados no n.º 3.
admitidos, montados, construídos ou reconstruídos na 6. Para efeitos do disposto na alínea e) do n.º 1, na
República de Cabo Verde é efetuado mediante utilização do fatura ou no documento de quitação deve constar, para
modelo previsto no n.º 3 do artigo 23º ou por via eletrónica além da identificação do vendedor, o nome, a morada, o
nos termos do artigo 99º e a prova do cumprimento das número de identificação fiscal do comprador, a matrícula
obrigações fiscais relativas ao veículo. do veículo automóvel e a data da venda.
2. Se o serviço de registo tiver acesso por via eletrónica Artigo 28º
à informação necessária à verificação do cumprimento das
obrigações fiscais, é dispensada a apresentação da prova Documento para registo de hipotecas voluntárias
prevista na parte final do número anterior.
3 149000 000000
1. O registo posterior de propriedade adquirida por Documento para o registo de afetação do veículo ao regime
de aluguer sem condutor
contrato verbal de compra e venda pode ser efetuado
em face de: O registo de afetação do veículo ao regime de aluguer sem
condutor é efetuado com base em declaração do locador.
a) Requerimento subscrito pelo comprador e confirmado
pelo vendedor, através de declaração de venda Artigo 30º
apresentada com o pedido de registo;
Registo de ónus de inalienabilidade ou de indisponibilidade
b) Requerimento subscrito conjuntamente pelo vendedor
e pelo comprador; 1. O ónus de inalienabilidade ou de indisponibilidade
previsto em legislação fiscal é registado mediante
c) Requerimento subscrito pelo vendedor, nos casos apresentação do documento comprovativo do facto
em que este seja entidade comercial que tenha tributário que lhe dá origem.
por atividade principal a compra de veículos
para revenda e proceda ao pedido de registo da 2. Se o serviço de registo tiver acesso por via eletrónica
propriedade adquirida em virtude de alienação à informação necessária à verificação do cumprimento das
de veículo no exercício dessa atividade, nos obrigações fiscais, é dispensada a apresentação da prova
termos e com as limitações fixadas por portaria prevista na parte final do número anterior.
do membro do Governo responsável pela área Artigo 31º
da Justiça;
Documento para registo de extinção
d) Requerimento subscrito pelo vendedor, nos casos
em que este seja entidade que, em virtude da sua 1. O registo de extinção de qualquer direito ou ato
atividade, proceda com caráter de regularidade anteriormente registado efetua-se em face de documento
à transmissão da propriedade de veículos, nos comprovativo do facto a registar.
termos e com as limitações fixadas na portaria
referida na alínea anterior; 2. É dispensada a apresentação de documento comprovativo
da extinção se, tratando-se de hipoteca ou de reserva de
e) Requerimento subscrito pelo vendedor, na sequência propriedade, o requerente for o credor ou o reservador.
do exercício do direito de compra no fim do Artigo 32º
contrato de locação financeira ou de aluguer
de longa duração registado, acompanhado da Documento para registo de mudança de residência ou sede
fatura correspondente à venda respetiva ou de
documento de quitação. 1. A alteração da composição do nome ou denominação e
a mudança da residência habitual ou sede são registadas
2. O registo de propriedade fundado em facto diverso mediante requerimento do interessado instruído, no que
do previsto no número anterior tem por base um dos respeita à alteração do nome ou denominação, com o
seguintes documentos: documento comprovativo.
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2. Se o serviço de registo tiver acesso por via eletrónica d) O facto que se pretende registar;
à informação necessária à verificação da alteração do
nome ou denominação é dispensada a prova referida no e) A espécie de documentos e o seu número.
número anterior.
2. As indicações para a anotação resultam do pedido
3. A mudança da afetação de veículo no âmbito da de registo.
organização da entidade proprietária ou usufrutuária é Artigo 37º
equiparada à mudança de residência.
Comprovativo da apresentação
Artigo 33º
Registo provisório de ação e de procedimento cautelar 1. Salvo se for efetuado por via eletrónica, por cada
pedido de registo é emitido um documento comprovativo
1. Os registos provisórios de ação e o de procedimento da apresentação, do qual constam a identificação do
cautelar são feitos: apresentante, o número de ordem, a data e a hora daquela,
a) Com base em certidão de teor do articulado ou em o facto, os documentos e as quantias entregues, bem como
duplicado deste, acompanhado de prova da sua o pedido de urgência, se for caso disso.
apresentação a juízo; 2. O comprovativo do pedido de registo referido no
b) Com base em comunicação efetuada pelo tribunal, número anterior deve ser assinado pelo funcionário e
preferencialmente por via eletrónica, acompanhada pelo apresentante sempre que o pedido não revista a
de cópia do articulado; ou forma escrita.
Artigo 38º
c) Com base em comunicação eletrónica e automática
entre os sistemas informáticos dos tribunais Omissão de anotação de apresentações
e do registo automóvel, sem necessidade de
intervenção humana. Sempre que ocorra uma omissão de anotação de
apresentação de pedidos de registo relativamente à mesma
2. Se a apresentação for feita pelo mandatário judicial é requisição, as apresentações omitidas são anotadas no dia
suficiente a entrega da cópia do articulado e de declaração em que a omissão for constatada, fazendo-se referência
da sua prévia ou simultânea apresentação em juízo com a esta e ao respetivo suprimento no dia a que respeita,
indicação da respetiva data. ficando salvaguardados os efeitos dos registos entretanto
Artigo 34º apresentados.
Anotação da apresentação Artigo 39º
2. A anotação dos documentos apresentados por via a) Quando os documentos não respeitarem a atos de
eletrónica é efetuada nos termos do artigo 110º. registo automóvel;
3. Os documentos apresentados pelo correio são anotados b) Quando não tiverem sido indicados no pedido de
com a observação de «correspondência» no dia da receção registo o nome e residência do apresentante e
e imediatamente após a última apresentação pessoal de tais elementos não puderem ser recolhidos dos
cada dia, observando-se o disposto no artigo seguinte, documentos apresentados ou por qualquer outro
se necessário. meio idóneo, designadamente por comunicação
com o apresentante;
4. Por cada facto é feita uma anotação distinta no diário,
segundo a ordem que no pedido lhe couber. c) Salvo nos casos de retificação de registo e de anotação
Artigo 35º
não oficiosa prevista na lei, quando o pedido
escrito não for feito no modelo aprovado, se
Apresentações simultâneas dele não constarem os elementos necessários
e a sua omissão não for suprível por qualquer
1. Se forem apresentados simultaneamente diversos meio idóneo, designadamente por comunicação
documentos relativos ao mesmo veículo, as apresentações com o apresentante;
são anotadas pela ordem de antiguidade dos factos que
se pretendam registar. d) Quando não forem pagas as quantias que se
2. Quando os factos tiverem a mesma data, a anotação mostrem devidas;
é feita pela ordem da respetiva dependência ou, sendo e) Quando o veículo objeto de registo não tiver número
independentes entre si, sob o mesmo número de ordem. de matrícula atribuído;
Artigo 36º
f) Quando for possível verificar no momento da
Conteúdo da anotação apresentação que o facto constante do documento
já está registado.
1. A anotação da apresentação do pedido de registo
deve conter os seguintes elementos: 2. Verificada a existência de causa de rejeição, é feita
a) Identificação do veículo a que o registo respeita, a apresentação do pedido no diário com os elementos
mediante a indicação da respetiva matrícula; disponíveis.
b) O número de ordem, a data da apresentação, a hora 3. O disposto no número anterior não se aplica às
da apresentação em UTC (Universal Time, Coordinated) situações previstas na alínea e) do n.º 1.
e a modalidade do pedido; 4. A rejeição deve ser fundamentada em despacho a
c) O nome completo do apresentante e o número do notificar ao interessado, para efeitos de impugnação, nos
respetivo documento de identificação, bem como o seu termos do disposto no artigo 118º e seguintes, aplicando-
cargo, quando se trate de entidade oficial que nessa se-lhe, com as devidas adaptações, as disposições relativas
qualidade formule o pedido de registo; à recusa.
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5. A verificação das causas de rejeição previstas no n.º 3. A data da notificação prevista nos números anteriores
1 pode efetuar-se até à realização do registo. é anotada na ficha.
6. Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 126º, a Artigo 44º
verificação das causas de rejeição previstas nas alíneas Suprimento das deficiências
a) e d) do n.º 1 após a apresentação do pedido no diário dá
lugar à recusa, aplicando-se com as devidas adaptações 1. Sempre que possível, as deficiências do processo de
o disposto no n.º 4. registo devem ser supridas oficiosamente com base nos
documentos apresentados ou já existentes no serviço de
Artigo 40º registo ou por acesso direto à informação constante de
bases de dados das entidades ou serviços da Administração
Encerramento do diário Pública.
1. Salvo o disposto no n.º 3 do artigo 110º, as apresentações 2. Não sendo possível o suprimento das deficiências
só podem ser efetuadas dentro do horário legal de abertura nos termos previstos no número anterior e tratando-se
do serviço de registo ao público. de deficiência que não envolva novo pedido de registo
nem constitua motivo de recusa nos termos das alíneas
2. O diário é encerrado após a última anotação do dia b) a e) e g) do n.º 1 do artigo 42º, o serviço de registo
ou, não tendo havido apresentações com a anotação dessa notifica o interessado nos termos previstos no n.º 2 do
circunstância, fazendo-se menção, em qualquer dos casos, artigo 99º para que este, no prazo de cinco dias, proceda
da menção da data da feitura do último registo em cada dia. a tal suprimento, sob pena de o registo ser lavrado como
Secção III provisório ou recusado.
Qualificação e registo 3. Além da notificação prevista no número anterior, o
serviço de registo deve contactar o interessado por via
Artigo 41º telefónica.
Registo definitivo e registo provisório por natureza 4. Se as deficiências do processo de registo respeitarem à
omissão de documentos a emitir por entidades ou serviços
Sem prejuízo do disposto no artigo 51º quanto aos factos da Administração Pública e a informação não puder ser
sujeitos a registo provisório por natureza, os direitos ou obtida por acesso direto às bases de dados previstas no
factos referidos no artigo 2º só podem ingressar no registo n.º 1, o registo não é lavrado como provisório ou recusado
quando este deva ser efetuado com caráter definitivo. se o interessado tiver expressamente solicitado ao serviço
Artigo 42º
de registo, pessoalmente ou por escrito, através de correio
eletrónico ou sob registo postal, e no prazo referido no
Recusa do registo n.º 2, que diligencie pela sua obtenção diretamente às
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2. Os registos são assinados, com menção da respetiva 2. As inscrições referidas nas alíneas a), b) e c) do n.º 1
qualidade, pelo conservador ou pelo seu substituto legal, não estão sujeitas a qualquer prazo de caducidade.
quando em exercício, ou, ainda, pelo oficial de registo,
quando competente. 3. As inscrições referidas na alínea d) do número
anterior mantêm-se em vigor pelo prazo de um ano, salvo
Artigo 48º se prorrogado pelo registo da ação declarativa prevista
Suprimento da falta de assinatura no n.º 5 do artigo 76º e caducam se esta não for registada
dentro de trinta dias a contar da notificação da declaração
1. Os registos que não tiverem sido assinados devem ser do titular inscrito.
conferidos pelos respetivos documentos para se verificar
se podiam ou não ser efetuados. 4. As inscrições referidas na alínea e) do n.º 1 mantêm-se
em vigor pelo prazo do registo de que dependem ou com o
2. Se os documentos apresentados para o registo não qual colidem, salvo se antes caducarem por outra razão.
estiverem arquivados e a prova não puder ser obtida
mediante acesso direto à informação constante das 5. Nos casos previstos no número anterior, a conversão
competentes bases de dados, são pedidas certidões do registo em definitivo determina a conversão oficiosa
gratuitas aos respetivos serviços. das inscrições dependentes ou a caducidade das inscrições
incompatíveis.
3. Se a prova obtida nos termos do número anterior não
for suficiente, deve solicitar-se ao interessado a junção 0. Nos casos previstos no n.º 4, o cancelamento ou a
dos documentos necessários no prazo de trinta dias. caducidade do registo provisório determina a conversão
oficiosa da inscrição incompatível, salvo se outra for a
4. Se se concluir que podia ser efetuado, o registo é assinado consequência da requalificação desta.
e é feita a anotação do suprimento da irregularidade com
menção da data ou, caso contrário, é consignado, sob a 7. Sem prejuízo do disposto no artigo 123º, as inscrições
mesma forma, que a falta é insuprível, sendo o respetivo referidas na alínea f) do n.º 1 mantêm-se em vigor na
titular notificado do facto, para efeitos de impugnação. pendência de recurso hierárquico ou de impugnação
Secção IV judicial ou enquanto estiver a decorrer o prazo para a
sua interposição.
Inscrições, averbamentos e anotações
Artigo 52º
Artigo 49º
Alteração das inscrições
Inscrições
A inscrição pode ser completada, atualizada ou retificada
As inscrições extratam dos documentos depositados os por averbamento.
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2. A conversão em definitiva da inscrição de ação em no caso das pessoas singulares, ou pela denominação
que se julgue modificado ou extinto um facto registado, ou firma e número de identificação fiscal, no caso das
ou se declare nulo ou anulado um registo, determina o pessoas coletivas.
correspondente averbamento oficioso de alteração ou
cancelamento. 3. Quando os sujeitos da inscrição não puderem ser
identificados pela forma prevista neste artigo, mencionam-
Artigo 54º se as circunstâncias que permitam determinar a sua
Anotações identidade.
Artigo 57º
As anotações previstas na lei devem conter:
Menções especiais das inscrições
a) A data da apresentação dos documentos ou, se dela
não dependerem, a data em que foram lavradas, 1. O extrato da inscrição deve ainda conter as seguintes
bem como o número de ordem privativo dentro menções especiais:
das inscrições ou averbamentos a que respeitam;
a) No de direito de propriedade:
b) O facto anotado.
i. A causa da aquisição;
Secção V
ii. A afetação do veículo ao regime de aluguer sem
Menções dos registos condutor;
Artigo 55º
iii. Havendo compropriedade, a quota-parte que cabe
Menções da matrícula do registo a cada um dos comproprietários, bem como a
cláusula de indivisibilidade, quando estipulada;
1. O extrato de matrícula do registo deve conter:
b) No de locação financeira, o prazo e a data do seu
a) O número de matrícula do veículo automóvel, o início;
número do registo e a data do registo;
c) No de hipoteca, o fundamento, o crédito e seus
b) A data da matrícula; acessórios, o montante máximo assegurado e
c) As características físicas e técnicas do veículo a taxa;
automóvel nos termos do Código da Estrada d) No de usufruto, o conteúdo dos direitos e as obrigações
e respetiva regulamentação; dos titulares e a duração, quando determinada;
d) A localização territorial, bem como o regime do e) No de ações, procedimentos e providências cautelares:
3 149000 000000
b) Sendo a inscrição provisória por natureza, a indicação ii. O respetivo número de ordem; e
do número e alínea aplicáveis do artigo 51º; iii. Sendo modificado ou retificado algum dos elementos
c) O facto que se inscreve; constantes da menção, a sua indicação.
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c) A menção do facto averbado e das cláusulas 2. A falta de registo não pode ser oposta aos interessados
suspensivas ou resolutivas que condicionem pelos seus representantes legais, a quem incumbe a
os efeitos de atos de disposição ou de oneração; obrigação de o promover, nem pelos herdeiros destes.
d) Os sujeitos do facto averbado. Artigo 64º
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consulta, por meios eletrónicos, do auto de vistoria do 5. A anotação da invocação de falsidade é inutilizada
veículo emitido pela Direção-Geral dos Transportes se a ação de declaração de nulidade do registo não for
Rodoviários para efeitos de reposição de matrícula. proposta e registada dentro de sessenta dias a contar da
comunicação a que se refere o n.º 3.
Secção IX
Artigo 73º
Vícios do registo
Declaração da nulidade
Artigo 70º
Inexistência 1. A nulidade do registo só pode ser invocada depois de
declarada por decisão judicial com trânsito em julgado.
O registo é juridicamente inexistente quando for
insuprível a falta de assinatura do registo. 2. A declaração de nulidade do registo não prejudica os
direitos adquiridos a título oneroso por terceiro de boa-fé,
Artigo 71º se o registo dos correspondentes factos for anterior ao
Nulidade registo da ação de nulidade.
2. Os registos nulos só podem ser retificados nos Suprimento da intervenção dos titulares inscritos
casos previstos na lei, se não estiver registada a ação de
declaração de nulidade. 1. Os adquirentes da propriedade ou do usufruto de
veículos que não disponham do documento necessário
3. A nulidade do registo só pode ser invocada depois de para a realização do registo, podem, para fins de registo,
declarada por decisão judicial com trânsito em julgado. suprir a intervenção dos titulares inscritos mediante a
apresentação de qualquer meio idóneo que evidencie a
4. A declaração de nulidade do registo não prejudica os existência do direito.
direitos adquiridos a título oneroso por terceiro de boa-fé,
se o registo dos correspondentes factos for anterior ao 2. Para os efeitos do número anterior consideram-se
registo da ação de nulidade. meios idóneos:
Artigo 72º a) A apresentação em simultâneo de documento
Invocação da falsidade dos documentos comprovativo do seguro em nome do requerente
e do pagamento do imposto de circulação de
1. Os interessados podem, mediante apresentação de veículos automóveis durante dois anos;
requerimento fundamentado, solicitar perante o serviço de
registo que se proceda à anotação ao registo da invocação b) Recibos de inspeções obrigatórias, combustível e
da falsidade dos documentos com base nos quais ele tenha de revisões ou reparações no veículo associados
sido efetuado. à matrícula do automóvel que comprovem a
posse do veículo durante o período de três anos.
2. Para os efeitos do disposto no número anterior, são
interessados, para além das autoridades judiciárias e das 3. O registo efetuado com base nos números anteriores é
entidades que prossigam fins de investigação criminal, considerado um registo provisório por natureza, constituindo
as pessoas que figuram no documento como autor deste causa de recusa de qualquer registo de transmissão do
e como sujeitos do facto. direito de propriedade ou de usufruto do veículo que seja
pedido durante os três anos seguintes.
3. A invocação da falsidade a que se refere o n.º 1 é anotada
ao registo respetivo e comunicada ao Ministério Público, 4. Caso tenha existido denúncia de furto ou roubo do
que promoverá, se assim o entender, a competente ação veículo automóvel, o conservador cancela imediatamente
judicial de declaração de nulidade, cujo registo conserva o registo provisório se a denúncia respetiva tiver sido
a prioridade correspondente à anotação. anterior ao pedido de registo provisório.
4. Os registos que venham a ser efetuados na pendência 5. No prazo de três anos após a realização do registo
da anotação ou da ação a que se refere o número anterior, com base nos números 1 e 2, qualquer interessado pode
que dependam, direta ou indiretamente, do registo requerer o respetivo cancelamento.
a que aquelas respeitem estão sujeitos ao regime da 6. Decorrido o prazo de três anos após a realização do
provisoriedade previsto na alínea e) do n.º 1 do artigo 51º, registo o registo converte-se de forma automática em
sendo-lhes aplicáveis, com as adaptações necessárias, os registo definitivo, caso não tenha sido requerido o seu
números 3 a 5 do artigo 51º. cancelamento.
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1. O extravio ou inutilização de um suporte de registo 2. Julgada procedente a ação, o registo é lavrado com
determina a reelaboração oficiosa de todos os registos a menção das inscrições a que se refere.
respeitantes ao veículo. 3. A ação não prejudica os direitos decorrentes de factos
registados antes do registo da ação que não tenham
2. Devem ser requisitados aos serviços competentes os constado dos suportes documentais reformados.
documentos que se mostrem necessários à reelaboração
do registo, os quais são isentos de taxas, emolumentos CAPÍTULO III
ou de quaisquer outros encargos legais.
ACESSO À INFORMAÇÃO DO REGISTO
Artigo 86º DE VEÍCULOS
Reforma Secção I
Disposições gerais
Nos casos em que o registo não possa ser reconstituído
pela forma prevista nos artigos anteriores procede-se à Artigo 90º
reforma dos respetivos suportes. Caráter público do registo
Artigo 87º Qualquer pessoa pode pedir certidões dos atos de registo
Processo de reforma e dos documentos arquivados, bem como obter informações
verbais ou escritas sobre o conteúdo de uns e outros.
1. O processo de reforma inicia-se com a remessa ao Artigo 91º
Diretor-Geral dos Registos, Notariado e Identificação de
auto lavrado pelo conservador, do qual devem constar as Acesso em massa
circunstâncias do extravio ou inutilização, a especificação Podem ser concedidos acessos em massa e por via
dos suportes documentais abrangidos e a referência ao eletrónica à informação constante dos registos em formatos
período a que correspondem os registos. especiais, nos termos de portaria do membro do Governo
2. O Diretor-Geral dos Registos, Notariado e Identificação responsável pela área da Justiça.
deve proceder à citação edital dos interessados para, no Secção II
prazo de dois meses, apresentarem no serviço de registo Certidões
os documentos de que disponham, devendo dos editais
deve constar o período a que os registos respeitam. Artigo 92º
Meios de prova
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por via eletrónica através de sítio na Internet identificado b) A propriedade de veículo adquirida por entidade
em Portaria do membro do Governo responsável pela comercial que tenha por atividade principal a
área da Justiça. compra de veículos para revenda e que proceda
ao pedido de registo de tal facto em virtude de
2. Os modelos dos requerimentos de certidões por alienação de veículo no exercício dessa atividade,
escrito são aprovados por despacho do Diretor-Geral dos nos termos e com as limitações fixadas por
Registos, Notariado e Identificação e são disponibilizados portaria do membro do Governo responsável
gratuitamente nos serviços de registo com competência pela área da Justiça.
para a prática de atos de registo automóvel e para
descarregamento no sítio na internet da Direção-Geral 3. A portaria referida na alínea b) do número anterior
dos Registos, Notariado e Identificação. deve prever um prazo de promoção de registo superior
ao geral quando os atos praticados pelas entidades
3. Os pedidos de certidão de registo devem conter, além referidas na mesma alínea constituírem um pedido de
da identificação do requerente, o número de matrícula uma transmissão da propriedade acompanhado de um
do veículo automóvel, bem como, no caso de certidão pedido de ato de locação financeira, aluguer de longa
on-line, o endereço de correio eletrónico do requerente, duração ou hipoteca voluntária.
sem necessidade de utilização de meios especiais de
autenticação, ou, nos casos de certidão negativa, o número 4. Nos casos a que se refere a alínea b) do n.º 2, se o
de matrícula do veículo automóvel. veículo não for objeto de revenda pela entidade comercial
nela referida no prazo de cento e oitenta dias a contar da
Artigo 95º
aquisição da sua propriedade, a propriedade adquirida
Conteúdo das certidões de registo por tal entidade é mencionada no certificado de matrícula.
1. As certidões de registo devem conter: 5. Quando os conservadores tenham conhecimento
de que as anotações do certificado de matrícula estão
a) A reprodução dos registos em vigor respeitantes incompletas ou desatualizadas, podem notificar o respetivo
ao veículo em causa; titular para o apresentar no serviço de registos dentro
b) A menção das apresentações e pedidos pendentes do prazo que lhe for designado, sob pena de incorrer na
sobre o veículo em causa; prática do crime de desobediência.
Artigo 98º
c) As irregularidades ou deficiências de registo não
retificadas; Apresentação do certificado de matrícula
d) Os documentos arquivados para os quais os registos 1. Nenhum ato sujeito a anotação no certificado de
remetam, no caso das certidões on-line de registo. matrícula ou que tenha por objeto a extinção ou modificação
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e) A assinatura eletrónica dos documentos entregues, além da responsabilidade civil que haja lugar.
quando necessária;
3. No caso da alínea c) do número anterior, o conservador
f) O pagamento dos serviços por via eletrónica; ou o oficial dos registos pode solicitar ao requerente a
g) A recolha de informação que permita o contacto exibição dos originais dos documentos no prazo que lhe
entre os serviços competentes e os interessados fixar.
e seus representantes; 4. No caso de os documentos digitalizados serem enviados
h) A certificação da data e da hora em que o pedido por quem tenha competência para a conferência de
de registo foi concluído; documentos com os respetivos originais, esses documentos
têm o mesmo valor probatório dos originais.
i) O acesso ao sítio na Internet onde se encontrem
disponibilizadas as publicações legais; 5. No pedido de registo on-line podem ser indicados
documentos arquivados em serviços da Administração
j) O envio de avisos por correio eletrónico e short Pública ou em serviço de registo que tenham sido
message service (sms) aos utilizadores, quando depositados eletronicamente.
o registo tenha sido efetuado ou a certidão on-
line disponibilizada. 6. A existência do pedido depende da confirmação do
pagamento dos emolumentos devidos.
Secção II
Artigo 106º
Promoção de atos de registo on-line
Validação do pedido
Artigo 102º
O pedido de atos de registo on-line só é considerado
Âmbito validamente submetido após a emissão de um comprovativo
A presente Secção aplica-se à promoção de atos de eletrónico, através do sítio referido no artigo 100º, que
registo por via eletrónica através de sítio na Internet indique a data e a hora em que o pedido foi concluído.
referido no artigo 100º. Artigo 107º
Artigo 103º Comprovativo e comunicação eletrónicos
Competência 1. O comprovativo eletrónico do pedido de registo deve
O pedido de registo on-line é distribuído pelo sistema ser enviado aos interessados através de mensagem de
informático do registo automóvel a qualquer serviço de correio eletrónico.
registo, em função de critérios relacionados com a carga 2. A realização do registo deve ser comunicada aos
de trabalho, a especialização e a gestão dos serviços. interessados por mensagem de correio eletrónico e, sempre
Artigo 104º que possível, por short message service (sms).
Autenticação eletrónica Artigo 108º
Pagamento
1. Para efeitos da promoção de atos de registo automóvel
on-line, a autenticação eletrónica de advogados, solicitadores 1. Após a submissão eletrónica do pedido, é gerada
e notários deve fazer-se mediante certificado digital que automaticamente uma referência para pagamento dos
comprove a qualidade profissional do utilizador. encargos devidos pelo registo.
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1. Os requerentes que enviem documentos ao abrigo e) Arquivamento dos documentos na pasta eletrónica
do disposto no artigo 105º ficam obrigados a arquivar os do veículo nos termos do disposto no n.º 1 do
respetivos originais. artigo 61º.
Artigo 110º
nos termos do artigo 99º e seguintes;
Ordem de anotação dos pedidos b) O registo deve ser promovido no prazo de dois
dias úteis a contar da data da venda do veículo;
1. Os pedidos de atos de registo efetuados através do
sítio referido no artigo 100º são anotados no diário pela c) O pedido de registo de transmissão do veículo a
ordem da hora da respetiva receção. favor do revendedor ter sido promovido pelo
próprio, por via eletrónica e no prazo de dois
2. A apresentação do pedido de registo no diário ocorre dias úteis a contar da data da aquisição, salvo
com a confirmação do pagamento das quantias devidas se o transmitente for também uma entidade
pelo mesmo. que tenha por atividade principal a compra
3. Para efeitos do disposto no n.º 1, é possível anotar de veículos para revenda e tenha promovido
imediatamente no diário os pedidos de registo on-line aquele registo em cumprimento do disposto na
recebidos a qualquer hora e em qualquer dia da semana, alínea anterior.
incluindo sábados, domingos e feriados. 2. Nos casos em que o pedido de registo de transmissão
4. Para efeitos do disposto nos números anteriores, a da propriedade dos veículos promovido nos termos do
hora de receção dos pedidos de registo apresentados on- número anterior seja acompanhado de um pedido de ato
line tem por referência a hora do meridiano de Greenwich, de registo de locação financeira, aluguer de longa duração
assinalada nas certidões de registo pela aposição do ou hipoteca voluntária, o registo deve ser promovido no
acrónimo UTC (universal time, coordinated). prazo máximo de trinta dias a contar da data em que
tenha ocorrido a venda do veículo.
5. Caso a tramitação do procedimento de registo on-line seja Artigo 114º
distribuída por outros serviços de registo automóvel, os pedidos
são anotados pela respetiva ordem de receção no serviço de Promoção de atos de registo
registo automóvel para onde o pedido foi distribuído.
Aplica-se à promoção de atos de registo de veículos
Artigo 111º pelas entidades que tenham por atividade principal a
Prazo de apreciação do pedido compra de veículos para revenda o disposto no artigo 99º
e seguintes, com as seguintes especificidades:
Emitido o comprovativo eletrónico referido no n.º 1 do
artigo 107º, o serviço competente aprecia o pedido de registo a) Os documentos em suporte de papel de modelo
e procede a todas as diligências subsequentes previstas aprovado destinados ao registo de qualquer
no artigo seguinte no prazo de cinco dias a contar da facto, assinados pelo vendedor e que tenham
confirmação do pagamento efetuado pelos interessados. sido digitalizados e submetidos através do
sítio referido no artigo 100º pelas entidades
Artigo 112º que tenham por atividade principal a compra
Diligências subsequentes de veículos para revenda, têm, para efeitos de
registo, o valor probatório dos originais;
Após o tratamento dos dados indicados e dos documentos
entregues pelos interessados e a apreciação do pedido de b) Os originais em formato de papel de todos os
registo, o serviço competente deve proceder aos seguintes atos: documentos digitalizados e submetidos para
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EMOLUMENTOS E PAGAMENTOS
registo e pedidos de certidão on-line;
Artigo 124º
b) Um desconto de 20% para os procedimentos previstos
Emolumento dos procedimentos e atos de registo
no Capítulo V.
1. Em regra, pela realização dos procedimentos e atos Artigo 126º
de registo é devido um emolumento.
Pagamento dos emolumentos
2. O valor do emolumento devido pelos procedimentos
e atos de registo é aprovado por Decreto-Lei. 1. Os emolumentos devidos pelos atos praticados nos
serviços de registo são pagos em simultâneo com o pedido
3. O montante do emolumento a fixar deve corresponder a ou antes deste.
procedimentos correspondentes ao efeito que o interessado
visa obter, independentemente do número de procedimentos 2. Quem apresenta o registo ou pede o ato deve proceder
e atos que os serviços de registo necessitem de realizar. à entrega das importâncias que se mostrem devidas,
nestas se incluindo as relativas ao cumprimento tardio
4. Nos termos do número anterior, o diploma que aprove da obrigação de registar.
o valor dos emolumentos deve fixar montantes únicos e
fixos designadamente para os seguintes procedimentos 3. Sempre que os emolumentos devam entrar em regra
e atos: de custas, as quantias são descontadas na receita do
Cofre Geral de Justiça, cobrada pelos serviços do registo.
a) Constituição do direito de propriedade na sequência
de contrato de compra e venda do veículo; 4. Para a confirmação da liquidação de contas emolumentares
é competente o conservador e qualquer oficial dos registos.
b) Constituição do direito de propriedade na sequência
de contrato de compra e venda do veículo, com 5. Quando não forem pagos os emolumentos devidos
hipoteca; e não tiver havido rejeição, o serviço de registo notifica
o interessado por qualquer meio idóneo para, no prazo
c) Constituição do direito de propriedade na sequência de dois dias, proceder à entrega das quantias em falta.
de contrato de compra e venda do veículo, com
Artigo 127º
reserva de propriedade;
Publicitação dos emolumentos
d) Constituição do direito de propriedade e a afetação
em simultâneo do veículo ao regime de aluguer O valor dos emolumentos dos atos e procedimentos de
sem condutor; registo deve estar afixado no serviço de registo em local
bem visível, bem como no sítio da Internet da Direção-
e) Locação financeira; Geral dos Registos, Notariado e Identificação.
f) O aluguer por prazo superior a um ano, quando Artigo 128º
do respetivo contrato resulte a existência de
uma expetativa de transmissão da propriedade; Meios de pagamento
g) A afetação do veículo ao regime de aluguer sem 1. O pagamento das quantias a cobrar pelos serviços de
condutor; registo é efetuado através dos meios eletrónicos disponíveis,
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em suporte eletrónico e interoperabilidade entre os 5.º da Lei n.º 133/V/2001, de 22 de janeiro, alterada e
sistemas informáticos da Direção-Geral de Transportes republicada pela Lei n.º 41/VIII/2013, de 17 de setembro,
Rodoviários, Direção de Alfândegas e Direção-Geral de sem prejuízo da responsabilidade que, nos termos da lei,
Registos, Notariado e Identificação para a produção é atribuída aos conservadores.
e emissão do certificado de matrícula e prestação de
serviços relativos às características do automóvel e de 2. Cabe ao Diretor-Geral dos Registos, Notariado e
registo automóvel nos serviços competentes e no balcão Identificação, sem prejuízo de delegação um administrador
único que os preste. da base, assegurar o direito de informação e de acesso aos
dados pelos respetivos titulares, a correção de inexatidões,
Artigo 130º o completamento de omissões e a supressão de dados
Interconexões para importação de veículos, matrícula do
indevidamente registados, bem como velar pela legalidade
veículo automóvel e registo de propriedade da consulta ou comunicação da informação.
Artigo 136º
São estabelecidos mecanismos de troca de informação
em suporte eletrónico e interoperabilidade entre os Dados recolhidos
sistemas informáticos da Direção-Geral de Transportes
Rodoviários, Direção de Alfândegas e Direção-Geral de 1. São recolhidos para tratamento automatizado os
Registos, Notariado e Identificação para melhoria na dados pessoais referentes a:
celeridade no procedimento de importação de veículos, a) Sujeitos do registo;
pagamento de taxas alfandegárias, atribuição de matrícula
do veículo automóvel e registo de propriedade. b) Apresentantes dos pedidos de registo.
Artigo 131º 2. Relativamente aos sujeitos do registo, são recolhidos
Interconexões e comunicações em matéria fiscal os seguintes dados pessoais:
1. Os dados necessários para a liquidação e cobrança do a) Nome;
imposto de circulação de veículos automóveis são oficiosa b) Estado civil e, sendo o de solteiro, menção de
e gratuitamente comunicados, por via eletrónica, aos maioridade ou menoridade;
sistemas informáticos dos municípios.
c) Nome do cônjuge e regime de bens;
2. São estabelecidos mecanismos de troca de informação
em suporte eletrónico e interoperabilidade entre os sistemas d) Residência habitual ou domicílio profissional;
informáticos do registo automóvel e da Administração
Fiscal para efeitos de realização de penhoras. e) Número de identificação fiscal.
Artigo 132º 3. Relativamente aos apresentantes dos pedidos de
Interconexões com sistemas informáticos dos tribunais
registo, são recolhidos os seguintes dados pessoais:
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2. Os dados pessoais referidos no n.º 2 do artigo 136º 2. As condições de acesso direto pelas entidades referidas
podem ainda ser comunicados aos organismos e serviços no número anterior são definidas por despacho do Diretor-
do Estado e demais pessoas coletivas de direito público Geral dos Registos, Notariado e Identificação.
para prossecução das respetivas atribuições legais e 3. As entidades autorizadas a aceder diretamente aos
estatutárias. dados obrigam-se a adotar todas as medidas necessárias à
3. Às entidades referidas no número anterior pode ser estrita observância das regras de segurança estabelecidas
autorizada a consulta através de linha de transmissão de no regime jurídico geral de proteção de dados pessoas das
dados, garantido o respeito pelas normas de segurança pessoas singulares.
da informação e da disponibilidade técnica. 4. As entidades referidas na alínea a) do n.º 1 podem
4. A informação pode ser divulgada para fins de fazer-se substituir por funcionários por si designados.
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b) As entidades que, nos termos da lei processual, 1. A comunicação ou a revelação dos dados pessoais
recebam delegação para a prática de atos de registados na base de dados só podem ser efetuadas nos
inquérito ou instrução ou a quem incumba termos previstos no presente diploma.
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2. Os funcionários dos registos e do notariado, bem como criam-se as condições para conhecer melhor os agentes
as pessoas que, no exercício das suas funções, tenham económicos, gerando mais confiança na criação e no
conhecimento dos dados pessoais registados na base desenvolvimento de negócios.
de dados do registo automóvel, ficam obrigados a sigilo
profissional, nos termos do n.º 1 do artigo 18º da Lei n.º Para alcançar este objetivo de maior segurança,
133/V/2001, de 22 de janeiro, alterada e republicada pela fiabilidade e credibilidade do registo comercial, destacam-se
Lei n.º 41/VIII/2013, de 17 de setembro. algumas medidas relevantes. Desde logo, a uniformização,
atualização e concentração da legislação aplicável a esta
CAPÍTULO IX matéria num diploma único, evitando ou reduzindo, na
medida do possível, a dispersão legislativa e a necessidade
DISPOSIÇÕES FINAIS de aprovação de regulamentação posterior e avulsa.
Artigo 144º Depois, prevê-se a identificação precisa dos factos sujeitos
Protocolos
a registo, trazendo maior certeza nesta matéria e prevendo
o registo de certos factos hoje não sujeitos a registo,
1. Podem ser celebrados protocolos entre a Direção-Geral mas destinados a oferecer maior confiança aos agentes
dos Registos, Notariado e Identificação e as entidades económicos. A título de exemplo, se prevê que o registo
públicas envolvidas em procedimentos conexos com o da prestação de contas das empresas se passe a efetuar
registo automóvel, com vista à definição de procedimentos por meios eletrónicos e automáticos, permitindo assim
para a interconexão ou comunicação de dados. aos agentes económicos conhecer, através da internet, a
situação das empresas com as quais mantém relações.
2. A Direção-Geral dos Registos, Notariado e Identificação De seguida, a garantia da atualização dos registos,
pode ainda celebrar protocolos com entidades públicas designadamente através da criação de um procedimento
ou privadas tendo em vista o aperfeiçoamento do serviço de dissolução e liquidação de sociedades comerciais de
prestado ao abrigo do presente diploma. início oficioso, quando a inatividade da sociedade tenha
Artigo 145º sido detetada. Finalmente, a criação de um sistema com
emolumentos únicos e de valor fixo, fáceis de calcular e
Extratação transparentes para os cidadãos e empresas.
O pedido de registo de qualquer facto, efetuado sobre Em segundo lugar, visa-se adaptar a legislação para a
qualquer veículo e, cujo registo permaneça em suporte utilização das novas tecnologias no registo comercial. Com
papel determina a imediata extratação para o sistema este objetivo prevê-se, por exemplo, que as conservatórias
informático do registo automóvel de todos os registos em passem a praticar os seus atos obrigatoriamente por via
vigor sobre a mesma. eletrónica de forma desmaterializada e que os pedidos
Artigo 146º de registo se possam fazer através da internet, bem
como o acesso a certidões on-line permanentemente
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documentos em inglês e francês, sem necessidade de prestação de contas é facultativo, podendo fazer-se por
traduções legalizadas ou apostilas, cuja proposta visa mero depósito, junto dos serviços de registo, de cópia
criar melhores condições para captar investimento. simples dos documentos referidos no artigo 129º do Código
do Registo Comercial.
Ainda no que toca à simplificação de procedimentos,
importa referir que, com a presente proposta de lei, 2. O pedido de depósito referido no número anterior
mantêm-se os procedimentos atualmente existentes da é efetuado pela respetiva entidade, sendo a menção do
“Empresa no Dia”, através da sua inclusão no Código depósito na ficha de registo efetuada no próprio dia em
do Registo Comercial, aproveitando-se para introduzir que for pedido, sem sujeição a qualquer qualificação.
melhoramentos e alargar o respetivo âmbito de aplicação.
Artigo 5º
Por exemplo, passa a prever-se que a constituição de
sociedades comerciais com entradas em espécie e sujeitas Regime transitório para promoção de atos de registo
a autorizações especiais possa ser realizada através deste on-line por advogados, solicitadores e notários
procedimento, o que atualmente não é possível.
Enquanto as condições técnicas não permitirem a
Finalmente, em quarto lugar, adotam-se medidas com autenticação eletrónica de advogados, solicitadores
o objetivo de melhorar o acesso à informação dos registos, e notários com certificado que comprove a qualidade
por forma a dotar o registo comercial de um sistema mais profissional do utilizador, a respetiva autenticação para
fiável e robusto, que possa contribuir para o desenvolvimento efeitos de promoção de atos de registo on-line faz-se
económico através da informação providenciada aos mediante a utilização de certificado digital qualificado,
cidadãos e empresas. Com esta finalidade, prevêem- nos termos previstos no regime jurídico dos documentos
se várias medidas, como por exemplo a possibilidade eletrónicos e da assinatura eletrónica, aprovado pelo
de acesso a uma certidão on-line do registo comercial Decreto-Lei n.º 33/2007, de 24 de setembro, alterado
permanentemente atualizada, disponibilizada através pelo Decreto-Lei 44/2013, de 11 de novembro, e Decreto-
de um código cuja entrega dispensa a apresentação de Lei n.º 46/2016, de 27 de julho, e indicação da respetiva
qualquer certidão em papel. qualidade profissional em campo disponibilizado para o
efeito no sítio da internet.
Foram ouvidos os Conselhos Superiores das Magistraturas
Judicial e do Ministério Público e a Comissão Nacional Artigo 6º
de Proteção de Dados Pessoais. Regime transitório para pagamento por transferência
bancária
Assim,
Enquanto não estiverem reunidas as condições técnicas
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do para que todos os serviços online disponibilizem referência
artigo 204º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: para pagamento eletrónico, a Direção-Geral de Registos,
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1. O certificado de admissibilidade pode ser emitido: 25 julho, 9/2008, de 13 março, 47/2009, de 23 novembro, e
50/2009, de 30 de novembro, e 69/2018, de 20 de dezembro,
a) Por comunicação eletrónica entre o sistema que passa a ter a seguinte redação:
informático do Registo Nacional de Firmas e
o sistema informático do registo comercial no “Artigo 4º
caso do regime especial de constituição on-line
de sociedades; […]
4. Os pedidos apresentados pelo correio são registados José Ulisses de Pina Correia e Silva, Olavo Avelino
logo após a abertura da correspondência.” Garcia Correia, Janine Tatiana Santos Lélis
Artigo 9º Promulgado em 4 de março de 2020
Alteração ao Decreto-Lei n.º 5/2004, de 16 de fevereiro Publique-se.
É alterado o artigo 4º do Decreto-Lei n.º 5/2004, de 16 O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
de fevereiro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 51/2005, de ALMEIDA FONSECA
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a sociedades cooperativas:
b) A deliberação da assembleia geral, nos casos em a) A constituição da sociedade cooperativa;
que a lei a exige, para aquisição de bens pela
sociedade; b) A nomeação e cessação de funções, por qualquer
causa que não seja o decurso do tempo, de
c) A unificação, divisão e transmissão de quotas de diretores, representantes e liquidatários;
sociedades por quotas;
c) A prorrogação, transformação, fusão, cisão e qualquer
d) Relativamente a sociedades por quotas: outra alteração dos estatutos;
i. A promessa de alienação ou oneração ou quotas; d) A dissolução e encerramento da liquidação.
ii. Os pactos de preferência, se tiver sido convencionado
atribuir-lhes eficácia real; 3. Estão sujeitos a registo os seguintes factos relativos
a comerciantes individuais:
iii. A obrigação de preferência a que, em disposição
de última vontade, o testador tenha atribuído a) O início, alteração e cessação da atividade do
igual eficácia; comerciante individual;
e) A constituição e a transmissão de usufruto, o b) As modificações do seu estado civil e regime de bens;
penhor, o arresto, o arrolamento, a penhora e c) A mudança de estabelecimento principal;
a apreensão em processo penal de quotas ou
direitos sobre elas e ainda quaisquer outros d) O trespasse do estabelecimento.
atos ou providências que afetem a sua livre
disposição; 4. Estão sujeitos a registo os seguintes factos relativos
a empresas públicas:
f) A amortização de quotas e a exclusão e exoneração
de sócios de sociedades por quotas; a) A constituição da empresa pública;
g) A deliberação de amortização, conversão e remissão b) A emissão de obrigações e de títulos de participação;
de ações; c) A designação e cessação de funções, por qualquer
h) A emissão de obrigações e a emissão de cada uma causa que não seja o decurso do tempo, dos
das suas séries, quando realizada através de membros dos órgãos de administração e de
oferta particular, exceto se tiver ocorrido, dentro fiscalização;
do prazo para requerer o registo, a admissão das d) A prestação de contas nos termos do disposto no
mesmas à negociação em mercado regulamentado artigo 128º e seguintes;
de valores mobiliários;
e) O agrupamento, fusão, cisão e qualquer outra
i) A designação e cessação de funções, por qualquer alteração dos estatutos;
causa que não seja o decurso do tempo, dos
membros dos órgãos de administração, incluindo os f) A extinção das empresas públicas, a designação e
membros da comissão executiva, e de fiscalização cessação de funções, anterior ao encerramento
das sociedades, bem como do representante da liquidação, dos liquidatários, bem como o
comum dos obrigacionistas; encerramento da liquidação.
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5. Estão sujeitos a registo os seguintes factos relativos m) As decisões judiciais de confirmação do fim do
a agrupamentos complementares de empresas: período de fiscalização incidente sobre a execução
de plano de insolvência.
a) O contrato de agrupamento;
7. Estão ainda sujeitos a registo:
b) A emissão de obrigações;
a) O mandato comercial escrito, suas alterações e
c) A nomeação e exoneração de diretores; extinção;
d) A entrada, exoneração e exclusão de membros do b) A criação, a alteração e o encerramento de representações
agrupamento; permanentes de sociedades, incluindo sociedades
cooperativas, e agrupamentos complementares
e) As modificações do contrato; de empresas com sede em Cabo Verde ou no
f) A dissolução e encerramento da liquidação do estrangeiro, bem como a designação, poderes e
agrupamento. cessação de funções dos respetivos representantes;
c) A prestação de contas das sociedades com sede no estrangeiro
6. Estão sujeitas a registo as seguintes ações, decisões e representação permanente em Cabo Verde, nos
e providências: termos do disposto no artigo 128º e seguintes;
a) As ações de inabilitação e de interdição do comerciante d) O contrato de agência ou representação comercial,
individual e de levantamento destas; suas alterações e extinção;
b) As ações que tenham como fim, principal ou acessório, e) Quaisquer outros factos que a lei declare sujeitos
declarar, fazer reconhecer, constituir, modificar a registo comercial.
ou extinguir qualquer dos factos referidos nos
números 1, 2, 4 e 5; 8. A Direção-Geral dos registos, Notariado e Identificação
disponibiliza em sítio na internet informação sobre os factos
c) As ações de declaração de nulidade ou anulação dos sujeitos a registo e documentação necessária para o efeito.
contratos de sociedade, incluindo de sociedades Artigo 3º
cooperativas e de agrupamentos complementares
de empresas registados; Factos sujeitos a registo obrigatório
artigo anterior;
anulação de um registo ou do seu cancelamento;
b) Ações, decisões e providências previstas no n.º 6
f) As providências cautelares não especificadas do artigo anterior, salvo o disposto no número
requeridas com referência às mencionadas nas seguinte.
alíneas anteriores;
2. Não é obrigatório:
g) As decisões finais, com trânsito em julgado, proferidas
nas ações e procedimentos cautelares referidos a) O registo do procedimento cautelar, quando já
nas alíneas anteriores; se encontrar pedido o registo da providência
cautelar requerida;
h) As sentenças de declaração de insolvência de
comerciantes individuais, de sociedades b) O registo da providência cautelar requerida, quando
comerciais, incluindo de sociedades cooperativas, já se encontrar pedido o registo da ação principal.
de sociedades civis sob forma comercial e de 3. O registo dos factos referidos no n.º 1 deve ser pedido
agrupamentos complementares de empresas, nos seguintes prazos e termos:
e as de indeferimento do respetivo pedido, nos
casos de designação prévia de administrador a) Dois meses a contar da data da publicação do
judicial provisório, bem como o trânsito em ato legislativo que os determinou quanto aos
julgado das referidas sentenças; factos referidos nas alíneas a), e) e f) do n.º 4
do artigo anterior;
i) As sentenças, com trânsito em julgado, de inabilitação
e de inibição de comerciantes individuais para o b) Até ao trigésimo dia do sétimo mês posterior à
exercício do comércio e de determinados cargos, data do termo do exercício económico, no caso
bem como as decisões de nomeação e de destituição do registo de prestação de contas de entidades
do curador do inabilitado; a tal obrigadas;
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2. O incumprimento da obrigação de registar a prestação dos serviços de registo ou por acesso direto à informação
de contas obsta ao registo de outros factos sobre a entidade, constante de bases de dados das entidades ou serviços
com exceção dos seguintes casos: da Administração Pública, salvo se essa circunstância
especial for do seu conhecimento pessoal.
a) Registos de designação e cessação de funções, por
qualquer causa que não seja o decurso do tempo, 5. O disposto nos números anteriores não é aplicável
dos membros dos órgãos de administração e aos atos promovidos por via eletrónica que permitam
de fiscalização; determinar a identidade ou a qualidade do requerente.
b) Registo de atos emanados de autoridade administrativa, CAPÍTULO II
das ações, decisões e providências previstas no
n.º 6 do artigo 2º; ATOS E PROCEDIMENTOS DE REGISTO
c) Arresto, arrolamento, penhora e apreensão em Secção I
processo penal, de quotas ou direitos sobre elas Disposições gerais
e, ainda, de outros atos ou providências que
afetem a sua livre disposição. Artigo 9º
Artigo 5º Obrigatoriedade de realização de atos e procedimentos por
via eletrónica
Presunções derivadas do registo
O registo definitivo constitui presunção de que existe a 1. Os atos e procedimentos de registo são obrigatoriamente
situação jurídica, nos precisos termos em que é definida. realizados por meios eletrónicos pelos conservadores e
oficiais dos registos, com utilização do sistema informático
Artigo 6º de suporte à atividade dos registos, nos termos do presente
capítulo, bastando a utilização do nome de utilizador e
Prioridade do registo
a palavra-passe.
1. O direito inscrito em primeiro lugar prevalece sobre
os que se lhe seguirem, relativamente às mesmas quotas 2. Em caso de efetiva indisponibilidade do sistema
ou partes sociais, segundo a ordem da apresentação. informático de suporte à realização dos pedidos, atos e
procedimentos de registo é admitida a realização dos mesmos
2. O registo convertido em definitivo conserva a prioridade com recurso a suportes físicos, devendo a informação ser
que tinha como provisório. imediatamente carregada no sistema informático assim
que a indisponibilidade cessar.
3. Em caso de recusa, o registo feito na sequência de
reclamação ou recurso julgados procedentes conserva a 3. O Diretor-Geral dos Registos, Notariado e Identificação
3 149000 000000
prioridade do ato recusado. pode, por despacho, fixar os termos dos pedidos, atos e
procedimentos de registo em suporte físico, nos casos
Artigo 7º previstos no número anterior.
Garantia de tramitação e acessos por via eletrónica
Artigo 10º
É garantida a realização de pedidos, a tramitação dos Competência para a prática de atos de registo e
procedimentos e a realização dos atos de registo comercial procedimentos conexos
por via eletrónica, bem como o acesso à informação do
registo comercial por essa mesma via. 0. São competentes para a prática de atos de registo
quaisquer serviços de registo comercial e outras entidades
Artigo 8º
públicas determinadas por despacho do Diretor-Geral dos
Desnecessidade de reconhecimento de assinaturas Registos, Notariado e Identificação, independentemente
da localização da sede da pessoa coletiva, ou da área do
1. Salvo nos casos em que a lei estabeleça expressamente estabelecimento principal ou da atividade principal de
a obrigatoriedade de realização do ato por documento comerciantes individuais.
particular com reconhecimento simples ou com menções
especiais de assinaturas nos termos da lei notarial, os 1. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a Casa
documentos particulares que servem de base ao registo do Cidadão tem competência, nos termos do presente
comercial e, bem assim, os requerimentos de registo diploma, para a realização dos seguintes procedimentos:
comercial não estão sujeitos a qualquer espécie de
reconhecimento de assinaturas, sendo a verificação da a) Procedimento especial de constituição de sociedades
identidade do requerente efetuada em face dos respetivos comerciais por quotas ou anónimas nos termos
elementos de identificação indicados no pedido. previstos na alínea b) do n.º 1 e do artigo 135º; e
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os b) Procedimento especial de extinção imediata de
serviços de registo podem requerer a indicação do número, sociedades nos termos previstos na alínea b)
data e entidade emitente do documento de identificação, do n.º 1 do artigo 167º.
passaporte ou documento equivalente do signatário do
documento. 2. Os procedimentos de dissolução e de liquidação de
entidades comerciais não estão sujeitos a intervenção
3. Quando o ato apresentado a registo esteja legalmente judicial e são da competência das entidades referidas
sujeito a reconhecimento de assinaturas, podem o conservador no n.º 1.
ou o oficial dos registos proceder ao reconhecimento simples
ou ao reconhecimento com menções especiais, conforme 3. Sempre que esteja em causa o bom funcionamento
aplicável, nos termos estabelecidos na lei notarial. dos serviços de registo, o Diretor-Geral dos Registos,
Notariado e Identificação, ou o subalterno em quem este
4. Quando procedam a reconhecimentos com menções delegar, pode, mediante despacho, proceder à distribuição
especiais e, bem assim, para efeitos verificação da legitimidade ou redistribuição dos pedidos efetuados, de um determinado
do requerente do pedido de registo, o conservador ou o serviço para outros.
oficial de registos devem verificar a circunstância especial
do signatário ou a legitimidade do requerente em face 4. Os funcionários de entidades que não sejam serviços
dos documentos ou registos existentes nas bases de dados de registo podem praticar atos de registo desde que tenham
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recebido formação para o efeito, nos termos definido por e Exportação de Cabo Verde, I.P. (Cabo Verde
despacho do Diretor-Geral dos Registos, Notariado e TradeInvest) e pelo Instituto de Apoio e Promoção
Identificação. Empresarial, I.P (Pró Empresa);
5. É assegurada a existência de serviços de registo b) Projetos financiados por programas governamentais
comercial em todas as ilhas habitadas de Cabo Verde. ou por entidades estrangeiras;
Artigo 11º c) Projetos que promovam a utilização de energias
Competência do conservador e dos oficiais de registos renováveis, a economia do mar e o turismo;
2. Os oficiais dos registos têm competência para os e) Fusões e cisões, incluindo todos os atos de registo
seguintes atos de registo, sem prejuízo de o conservador em consequência das mesmas;
a poder avocar: f) Aumentos de capital, por novas entradas, incluindo
todos os atos de registo em consequência dos
a) A constituição imediata de sociedades, nos termos mesmos;
do artigo 134º e seguintes;
g) Alterações de firma ou denominação social ou da
b) Os previstos nas alíneas b), i), k) e n) do n.º 1 do sede que tenham por consequência a necessidade
artigo 2º; de atualização de qualquer tipo de registos.
c) O referido na alínea b) do n.º 2 do artigo 2º; 2. A competência do serviço de registo prevista no
d) O previsto na alínea c) do n.º 4 do artigo 2º e a número anterior depende, quanto às alíneas e)
designação e cessação de funções dos liquidatários a g) do número anterior, da verificação de um
das empresas públicas; dos seguintes requisitos:
e) O mencionado na alínea c) do n.º 5 do artigo 2º e a a) Estar em causa a prática simultânea ou sucessiva
designação e cessação de funções, anterior ao de, pelo menos, dez atos ou procedimentos de
encerramento da liquidação, dos liquidatários registo;
dos agrupamentos complementares de empresas; b) O valor da operação ser superior a 5.000.000$00
f) A extratação dos registos prevista no artigo 228º. (cinco milhões de escudos);
3. Os oficiais dos registos têm ainda competência para c) Estar em causa um projeto que se mostre relevante
3 149000 000000
os atos que lhes sejam delegados pelo conservador. para estimular a atividade económica e criar
emprego e postos de trabalho.
Artigo 12º
Artigo 14º
Prazo e ordem dos registos
Modelos oficiais
1. Sem prejuízo do disposto quanto aos procedimentos Os modelos de suportes documentais previstos no
especiais previstos no capítulo V, os registos são efetuados presente diploma são aprovados por despacho do Diretor-
no prazo de três dias e pela ordem de anotação no diário, Geral dos Registos, Notariado e Identificação.
salvo nos casos de urgência.
Artigo 15º
2. Em relação a cada ficha, os registos são efetuados
pela ordem temporal das apresentações no diário. Notificações
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a) Quando, no serviço de registo em questão, o efetuado oficiosamente, por meios eletrónicos e de forma
conservador ou o oficial dos registos domine integralmente automática entre os sistemas informáticos
esse idioma, o registo é efetuado nesse serviço do registo civil e do registo comercial.
de registos;
Artigo 24º
b) Quando, no serviço de registo em questão, não Sociedades
exista um conservador ou oficial de registos
que domine esse idioma, a Direção-Geral dos 1. Para o registo de sociedades cuja constituição esteja
Registos, Notariado e Identificação redistribui dependente de qualquer autorização especial é necessário
esse processo para outro serviço de registo que o arquivamento do respetivo documento comprovativo,
assegure a realização do procedimento. salvo se o ato de constituição for titulado por escritura
pública que o mencione.
3. Os documentos redigidos noutro idioma devem ser
traduzidos nos termos da lei notarial. 2. O registo provisório do contrato de sociedade anónima
com apelo à subscrição pública de ações efetua-se em face
4. Os documentos arquivados nos serviços da Administração do projeto do contrato, com reconhecimento das assinaturas
Pública e nos serviços registo podem ser utilizados para de todos os interessados, de documento comprovativo da
a realização de registos, devendo tais documentos ser liberação das ações por eles subscritas, do certificado de
referenciados no pedido. admissibilidade da firma adotada e, quando necessário,
5. Para efeitos do disposto no número anterior, o serviço da autorização para a subscrição pública ou emissão de
de registo é reembolsado pelo apresentante das despesas ações.
resultantes dos pagamentos devidos às entidades referidas 3. A conversão em definitivo do registo referido no
no número anterior. número anterior é feita em face de ata da assembleia
6. Nos pedidos de registo efetuados presencialmente, constitutiva.
pode ser entregue fotocópia do original desde que o
funcionário que a recebe a confira com o respetivo original, 4. O registo provisório de penhor e transmissão de
que é exibido pelo apresentante. quotas e partes sociais, antes de titulado o contrato, é
feito com base em declaração do titular do direito ou em
7. No caso previsto no número anterior o funcionário apõe contrato-promessa.
a sua rubrica na fotocópia, declarando a sua conformidade Artigo 25º
com o original, o qual deve ser restituído ao apresentante
no ato da apresentação, ou quando tal não for possível, Empresas públicas
no ato de levantamento do registo.
1. O registo de constituição de empresas públicas
3 149000 000000
8. Podem ser apresentadas atas da reunião do órgão efetua-se em face do ato legislativo que a determinou.
social e deliberações unânimes por escrito dos respetivos
membros, constantes de documentos particulares avulsos, 2. O registo referido no número anterior é efetuado de
desde que tenha sido inscrita menção da sua existência forma oficiosa pelos serviços de registos identificados por
no suporte para registo de atas adotado pela sociedade, despacho do Diretor-Geral dos Registos, do Notariado e
nos termos da legislação societária. Identificação, podendo processar-se por meios integralmente
eletrónicos e automáticos através de comunicação entre
9. Podem ser apresentadas atas da reunião do órgão os sistemas informáticos relativos ao Boletim Oficial e
social e deliberações unânimes por escrito dos respetivos ao registo comercial.
membros inscritas no suporte para registo de atas adotado
Artigo 26º
pela sociedade nos termos da legislação societária,
que pode ser físico, na forma de livro de atas ou em Representações sociais
folhas soltas numeradas sequencialmente e rubricadas
pela administração ou pelos membros do órgão a que 1. O registo das representações permanentes de
respeitam, ou eletrónico, sem necessidade de qualquer sociedades com sede principal e efetiva em território
outra legalização. nacional é efetuado em face de documento comprovativo
da deliberação social que a estabeleça.
10. Podem ser apresentadas atas da reunião do órgão
social ou deliberações unânimes por escrito dos respetivos 2. O registo das representações permanentes de sociedades
membros com a assinatura eletrónica qualificada ou com sede principal e efetiva no estrangeiro é efetuado em
avançada de quem as deva assinar. face de documento comprovativo da deliberação social que
a estabeleça, do texto completo e atualizado do contrato
Artigo 22º de sociedade e de documento que comprove a existência
Declarações complementares jurídica deste.
São admitidas declarações complementares dos títulos 3. O disposto nos números anteriores é aplicável, com
nos casos previstos na lei, designadamente para completa as necessárias adaptações, a outras pessoas coletivas de
identificação dos sujeitos, sem prejuízo da exigência de prova tipo correspondente a qualquer das abrangidas por este
do estado civil, e bem assim dos gerentes, administradores, diploma.
diretores, liquidatários e demais representantes das Artigo 27º
pessoas coletivas.
Alteração do contrato de sociedade
Artigo 23º
Comerciante individual Relativamente a cada alteração do contrato de sociedade,
devem ser apresentadas, para arquivo, versões atualizadas
1. O registo do início, alteração e cessação de atividade e completas do texto do contrato alterado.
do comerciante individual, bem como da modificação dos Artigo 28º
seus elementos de identificação, efetua-se com base na
declaração do interessado. Registo provisório de ação e de procedimento cautelar
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a) Com base em certidão de teor do articulado ou em como o seu cargo, quando se trate de entidade
duplicado deste, acompanhado de prova da sua apresentação oficial que nessa qualidade formule o pedido
a juízo; ou de registo;
b) Com base em comunicação efetuada pelo tribunal, c) O facto que se pretende registar;
preferencialmente por via eletrónica, acompanhada de
cópia do articulado. d) O nome, a firma ou a denominação da entidade;
2. Se a apresentação for feita pelo mandatário judicial é e) A espécie de documentos e o seu número.
suficiente a entrega da cópia do articulado e de declaração 2. As indicações para a anotação resultam do pedido
da sua prévia ou simultânea apresentação em juízo com de registo.
indicação da respetiva data.
Artigo 29º
3. Para fins de apresentação, a matrícula e o registo
pedido constituem um só ato de registo.
Cancelamento do registo provisório
Artigo 33º
1. O cancelamento dos registos provisórios por dúvidas Comprovativo da apresentação
é feito com base em declaração do respetivo titular.
1. Salvo se for efetuado por via eletrónica, por cada
2. No caso de existirem registos dependentes dos registos pedido de registo é emitido um documento comprovativo
referidos no n.º 1, é igualmente necessário o consentimento da apresentação, do qual constam a identificação do
dos respetivos titulares. apresentante, o número de ordem, a data e a hora daquela,
3. O cancelamento do registo provisório de ação e de o facto, os documentos e as quantias entregues, bem como
procedimento cautelar é feito com base em interconexão o pedido de urgência, se for caso disso.
de dados entre o sistema informático dos tribunais e 2. O comprovativo do pedido de registo referido no
o sistema informático dos registos que comunique a número anterior deve ser assinado pelo funcionário e
existência de decisão transitada em julgado que absolva pelo apresentante sempre que o pedido não revista a
o réu do pedido ou da instância, a julgue extinta ou a forma escrita.
declare interrompida.
Artigo 34º
4. O cancelamento referido no número anterior pode
Omissão de anotação de apresentações
igualmente ser realizado com base em certidão da decisão
transitada em julgado que absolva o réu do pedido ou da Sempre que ocorra uma omissão de anotação de
instância, a julgue extinta ou a declare interrompida. apresentação de pedidos de registo relativamente à mesma
requisição, as apresentações omitidas são anotadas no dia
3 149000 000000
Artigo 30º
em que a omissão for constatada, fazendo-se referência
Anotação da apresentação a esta e ao respetivo suprimento no dia a que respeita,
ficando salvaguardados os efeitos dos registos entretanto
1. Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, os apresentados.
documentos apresentados para registo são anotados no
diário pela ordem dos pedidos. Artigo 35º
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b) Se o requerente não tiver legitimidade para requerer 3. As causas de recusa do registo referidas nos números
o registo; anteriores devem ser apreciadas em função das disposições
legais aplicáveis, dos documentos apresentados e dos registos
c) Quando não se mostre efetuado o primeiro registo anteriores verificando-se especialmente a regularidade
da entidade, nos termos previstos no artigo 46º. formal dos títulos e a validade dos atos neles contidos.
3. Verificada a existência de causa de rejeição, é feita Artigo 38º
a apresentação do pedido no diário com os elementos Registo provisório por dúvidas
disponíveis.
1. Se as deficiências do processo de registo não forem
4. O disposto no número anterior não se aplica às sanadas nos termos do artigo 41º, o registo deve ser feito
situações previstas na alínea e) do n.º 1. provisoriamente por dúvidas quando existam motivos
que obstem ao registo do ato tal como é pedido que não
5. A rejeição deve ser fundamentada em despacho a sejam fundamento de recusa.
notificar ao interessado, para efeitos de impugnação, nos
termos do disposto no artigo 200º e seguintes, aplicando- 2. É aplicável o disposto no n.º 3 do artigo anterior.
se-lhe, com as devidas adaptações, as disposições relativas Artigo 39º
à recusa.
Despachos de recusa e de provisoriedade
6. Nos casos em que a entidade se encontre registada
sem número de identificação fiscal atribuído, o serviço de 1. Os despachos de recusa e de provisoriedade por
registo comunica tal facto à Administração Fiscal, de modo dúvidas devem ser efetuados pela ordem de anotação no
a que se proceda, no próprio dia, à atribuição do mesmo. diário, salvo quando deva ser aplicado o mecanismo do
suprimento de deficiências, nos termos do artigo 41º, e
7. A verificação das causas de rejeição previstas no n.º são notificados ao apresentante nos dois dias seguintes.
2 pode efetuar-se até à realização do registo.
2. Salvo nos casos previstos nas alíneas a) e l) do n.º 1
8. Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 208º, a do artigo 51º, a qualificação do registo como provisório por
verificação das causas de rejeição previstas nas alíneas natureza é notificada aos interessados no prazo previsto
a) e d) do n.º 1 após a apresentação do pedido no diário dá no número anterior.
lugar à recusa, aplicando-se com as devidas adaptações 3. A data da notificação prevista nos números anteriores
o disposto no n.º 5. é anotada na ficha.
Artigo 36º Artigo 40º
Encerramento do diário Obrigações fiscais
3 149000 000000
1. Salvo o disposto no n.º 3 do artigo 117º, as apresentações 1. Nenhum ato sujeito a encargos de natureza fiscal
só podem ser efetuadas dentro do horário legal de abertura pode ser definitivamente registado sem que se mostrem
do serviço de registo ao público. pagos ou assegurados os direitos da Administração Fiscal.
2. O diário é encerrado após a última anotação do dia 2. Não está sujeita à apreciação do conservador ou do
ou, não tendo havido apresentações com a anotação dessa oficial dos registos a correção da liquidação de encargos
circunstância, fazendo-se menção, em qualquer dos casos, fiscais feita nos serviços competentes.
da menção da data da feitura do último registo em cada dia.
3. Presume-se assegurado o pagamento dos direitos
Secção III correspondentes a qualquer transmissão desde que
Qualificação e registo
tenham decorrido os prazos de caducidade da liquidação
ou de prescrição previstos nas leis fiscais.
Artigo 37º
Artigo 41º
Recusa do registo Suprimento das deficiências
1. O registo deve ser recusado nos seguintes casos: 1. Sempre que possível, as deficiências do processo de
registo devem ser supridas oficiosamente com base nos
a) Quando for manifesto que o facto não está titulado documentos apresentados ou já existentes no serviço de
nos documentos apresentados; registo ou por acesso direto à informação constante de
b) Quando se verifique que o facto constante do bases de dados das entidades ou serviços da Administração
documento já está registado ou não está sujeito Pública.
a registo; 2. Não sendo possível o suprimento das deficiências
c) Quando for manifesta a nulidade do facto; nos termos previstos no número anterior e tratando-se de
deficiência que não envolva novo pedido de registo nem
d) Quando o registo já tiver sido lavrado como provisório constitua motivo de recusa nos termos das alíneas b) a
por dúvidas e estas não se mostrem removidas; d) e f) do n.º 1 do artigo 37º, o serviço de registo notifica
o interessado nos termos previstos no n.º 2 do artigo
e) Quando o preparo não tiver sido completado; 106º para que este, no prazo de cinco dias, proceda a
tal suprimento, sob pena de o registo ser lavrado como
f) Quando a entidade se encontrar em incumprimento provisório ou recusado.
quanto à obrigação do registo da prestação de
contas, sem prejuízo das exceções previstas no 3. Além da notificação prevista no número anterior, o
n.º 2 do artigo 4º, e não proceder ao referido serviço de registo deve contactar o interessado por via
registo durante o prazo fixado para o suprimento telefónica.
de deficiências;
4. Se as deficiências do processo de registo respeitarem à
g) Quando o interessado não tenha legitimidade. omissão de documentos a emitir por entidades ou serviços
da Administração Pública e a informação não puder ser
2. Além dos casos previstos no número anterior, o obtida por acesso direto às bases de dados previstas no
registo só pode ser recusado se, por falta de elementos ou n.º 1, o registo não é lavrado como provisório ou recusado
pela natureza do ato, não puder ser feito como provisório se o interessado tiver expressamente solicitado ao serviço
por dúvidas. de registo, pessoalmente ou por escrito, através de correio
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eletrónico ou sob registo postal, e no prazo referido no 2. As inscrições e averbamentos são efetuados por
n.º 2, que diligencie pela sua obtenção diretamente às extrato e deles decorre a matrícula.
entidades ou serviços da Administração Pública.
Artigo 46º
5. Caso os documentos pedidos nos termos do número
Primeiro registo
anterior não sejam recebidos pelo serviço de registo até
ao termo do prazo legalmente estabelecido para a emissão 1. Nenhum facto referente a entidade sujeita a registo
do documento pedido com o prazo mais longo de emissão, pode ser registado sem que se mostre efetuado o registo
acrescido de três dias, o registo é lavrado como provisório do início de atividade no caso de comerciante individual,
ou recusado. ou de constituição, no caso das demais entidades.
6. A falta de apresentação do título que constitua motivo de 2. O disposto no número anterior não é aplicável aos
recusa nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 37º pode ser registos decorrentes do processo de insolvência bem como
suprida, com observância dos números anteriores, desde que aos de penhor, penhora, arresto e o arrolamento de quotas
o facto sujeito a registo seja anterior à data da apresentação de sociedades por quotas.
ou à hora desta se, sendo da mesma data, o título contiver
a menção da hora em que foi assinado ou concluído. 3. Do primeiro registo decorre a matrícula da entidade
7. O suprimento de deficiências nos termos dos números sujeita a registo.
2, 4 e 6 depende da entrega das quantias devidas. Artigo 47º
Artigo 42º Matrícula
Desistência
1. A matrícula destina-se à identificação da entidade
1. É permitida a desistência depois de feita a apresentação sujeita a registo.
e antes de efetuado o registo.
2. A cada entidade sujeita a registo corresponde uma
2. Tratando-se de facto sujeito a registo obrigatório, só matrícula.
apenas é possível a desistência quando exista deficiência que
motive recusa ou for apresentado documento comprovativo 3. Os elementos constantes da matrícula e a sua
da extinção do facto. correspondente atualização ou retificação resultam dos
registos que sobre ela incidem.
3. A desistência pode ser requerida verbalmente ou
por escrito, devendo, no primeiro caso, ser assinado o 4. A matrícula é aberta com caráter definitivo,
comprovativo do pedido. independentemente da qualificação atribuída ao registo
Artigo 43º que origina a sua abertura.
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c) A decisão judicial de proibição ao devedor insolvente 4. O trânsito em julgado das sentenças previstas nas
da prática de certos atos sem o consentimento alíneas d) e f) do n.º 1 do artigo 51º determina o averbamento
do administrador da insolvência, quando tal de conversão em definitivo do correspondente registo.
proibição não for determinada conjuntamente
com a atribuição ao devedor da administração 5. As decisões judiciais previstas na alínea d) do n.º 1
da massa insolvente; são averbadas, respetivamente, à inscrição do despacho
inicial de exoneração do passivo restante e à do despacho
d) A decisão judicial que ponha termo à administração final que determine essa exoneração.
da massa insolvente pelo devedor;
6. A decisão judicial prevista na alínea e) do n.º 1 é
e) A decisão judicial de cessação antecipada do averbada à inscrição da decisão de encerramento do
procedimento de exoneração do passivo restante processo de insolvência que publicite a sujeição da execução
de comerciante individual e a de revogação dessa de plano de insolvência a fiscalização.
exoneração;
Artigo 56º
f) A decisão judicial de confirmação do fim do período
de fiscalização incidente sobre a execução de Anotações
plano de insolvência;
As anotações previstas na lei devem conter:
g) A declaração de perda do direito ao uso de firma
ou denominação; a) A data da apresentação dos documentos ou, se dela
não dependerem, a data em que foram lavradas, bem
h) A penhora, o arresto, o arrolamento e demais atos como o número de ordem privativo dentro das inscrições
ou providências sobre créditos garantidos por ou averbamentos a que respeitam;
penhor ou consignação de rendimentos;
b) O facto anotado.
i) A transmissão e o usufruto dos créditos referidos
na alínea anterior; Artigo 57º
j) A transmissão de quotas ou partes sociais por efeito Factos constituídos com outros sujeitos a registo
de transferência global de patrimónios;
1. O registo da decisão de encerramento do processo
k) A transmissão e o usufruto do direito de algum de insolvência, quando respeitante a sociedade comercial
ou alguns dos titulares de inscrição de bens ou sociedade civil sob forma comercial, determina a
integrados em herança indivisa ou património realização oficiosa:
em liquidação, bem como a penhora, arresto,
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vi. A composição da administração e da fiscalização, v. A data da deliberação que aprovou o projeto, nos
com indicação dos cargos respetivos e a duração casos em que, por lei, aquela deliberação não
dos respetivos mandatos; é dispensada.
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ii. O tribunal, com indicação do número do processo ff) No de deliberação da assembleia geral para a
e da data de entrada, aquisição de bens, a data da deliberação;
iii. A data e hora de prolação da sentença; gg) No de deliberação de amortização, conversão e
remissão de ações:
iv. O prazo da reclamação de créditos;
i. A data da deliberação; e
v. A data do trânsito em julgado; e
ii. O montante das ações e a sua espécie, quando
vi. Se for caso disso, a menção adicional da presumível indicada.
insuficiência do património do devedor para a
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i. O domicílio profissional do administrador nomeado; e ii. Os elementos referidos no n.º 4 do artigo 69º.
ii. A menção do nome e domicílio profissional do c) A identificação do sujeito passivo do facto, nos
fiduciário do rendimento disponível do devedor. termos previstos para o sujeito ativo;
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2. A cada entidade corresponde uma única ficha b) Se no documento de certificação legal das contas
informática. é feita referência a qualquer questão para a
qual o revisor oficial de contas tenha chamado
3. Se a alteração da natureza jurídica da entidade a atenção com ênfase, sem qualificar a opinião
registada determinar a atribuição de um novo número de de revisão.
identificação fiscal, é aberta uma nova ficha informática
para o registo da entidade em causa. Secção VIII
Artigo 66º Efeitos do registo
Arquivo de documentos Artigo 70º
Ficam arquivados, em suporte eletrónico, pela ordem Oponibilidade a terceiros
das apresentações os documentos que serviram de base à
realização dos registos, bem como o comprovativo do pedido. 1. Os factos sujeitos a registo só produzem efeitos contra
terceiros depois da data do respetivo registo.
Secção VII
PUBLICAÇÕES 2. Os factos sujeitos a registo e publicação obrigatória
nos termos do n.º 1 do artigo 67º só produzem efeitos
Artigo 67º contra terceiros depois da data da publicação.
Publicações obrigatórias
3. A falta de registo não pode ser oposta aos interessados
1. É obrigatória a publicação dos seguintes atos de pelos seus representantes legais, a quem incumbe a
registo: obrigação de o promover, nem pelos herdeiros destes.
a) Os previstos no n.º 1 do artigo 2º, quando respeitem 4. O disposto no presente artigo não prejudica o
a sociedades por quotas e anónimas desde que estabelecido na legislação das sociedades comerciais.
sujeitas a registo obrigatório, salvo os das alíneas
Artigo 71º
c), e), f) e h);
Eficácia entre as partes
b) Os previstos nos números 2 e 5 do artigo 2º;
c) Os previstos nas alíneas c) e g) do n.º 6 do artigo 2º; 1. Os factos sujeitos a registo, ainda que não registados,
podem ser invocados entre as próprias partes ou seus
d) Os previstos nas alíneas b) e c) do n.º 7 do artigo 2º. herdeiros.
2. As publicações referidas no número anterior devem 2. Excetuam-se do disposto no número anterior os atos
ser feitas em sítio na internet de acesso público, no qual constitutivos das sociedades e respetivas alterações, nos
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2. No caso de ausência ou falecimento do titular da 3. Os registos de outros factos que venham a ser lavrados
inscrição, é efetuada a citação deste ou dos seus herdeiros, e que dependam, direta ou indiretamente, da retificação
independentemente de habilitação. pendente, estão sujeitos ao regime de provisoriedade
previsto na alínea b) do n.º 2 do artigo 51º, sendo-lhes
3. Se o citado declarar que as quotas ou partes sociais aplicável, com as adaptações necessárias, o disposto nos
lhe não pertencem ou não fizer declaração alguma, é números 5 a 7 do artigo 52º.
expedida certidão do facto ao serviço de registo para
conversão oficiosa do registo. 4. O averbamento da pendência é oficiosamente cancelado
4. Se o citado declarar que as quotas ou partes sociais mediante decisão definitiva que indefira a retificação ou
lhe pertencem, o juiz remete os interessados para os meios declare findo o processo.
processuais comuns, expedindo-se igualmente certidão Artigo 87º
do facto, com a data da notificação da declaração, para
ser anotado no registo. Notificação dos interessados não requerentes
5. O registo da ação declarativa na vigência do registo 1. Os interessados não requerentes são notificados para,
provisório é anotado neste e prorroga o respetivo prazo no prazo de dez dias, deduzirem oposição à retificação,
até que seja cancelado o registo da ação. devendo juntar os elementos de prova e pagar os
emolumentos devidos.
6. No caso de procedência da ação, pode o interessado
pedir a conversão do registo no prazo de oito dias a contar 2. A notificação realiza-se por via eletrónica, nos termos
do trânsito em julgado. a definir por Portaria do membro do Governo responsável
pela área da Justiça ou, não sendo possível, por carta
Subsecção II
registada com aviso de receção.
Retificação
3. Se for possível realizar a notificação pela forma
Artigo 83º prevista no número anterior, é publicado um aviso, nos
Procedimento especial de retificação termos previstos na legislação societária, do qual devem
constar nomeadamente os seguintes elementos:
O procedimento previsto nesta subsecção visa a retificação
dos registos indevidamente lavrados ou lavrados com a) A identificação dos requerentes ou a menção da
inexatidões. circunstância de o processo ter sido oficiosamente
Artigo 84º instaurado;
Iniciativa b) A identificação dos notificandos, com os elementos
disponíveis;
1. Os registos inexatos e os registos indevidamente
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lavrados devem ser retificados por iniciativa do conservador c) A indicação do serviço de registo onde corre o
logo que tome conhecimento da irregularidade, ou a pedido processo;
de qualquer interessado.
d) A identificação do processo;
2. Os registos indevidamente efetuados que sejam nulos
nos termos das alíneas b) ou d) do n.º 1 do artigo 77º podem e) A identificação da entidade comercial, com indicação
ser cancelados com o consentimento dos interessados ou do número de identificação fiscal;
em execução de decisão tomada neste processo.
f) O fundamento da retificação, com referência à
3. A retificação do registo é feita, em regra, por inexatidão verificada ou cometida e indicação
averbamento, a lavrar no termo do presente procedimento. da forma como a mesma vai ser retificada;
4. Os registos nulos por violação do princípio do trato g) A data da publicação;
sucessivo são retificados pela feitura do registo em falta
quando não esteja registada a ação de declaração de h) O prazo para a dedução de oposição, indicando-se a
nulidade. partir de que momento este prazo começa a contar.
5. Os registos lançados em ficha distinta daquela em Artigo 88º
que deviam ter sido lavrados são oficiosamente transcritos Instrução e decisão
na ficha que lhes corresponda, anotando-se ao registo
errado a sua inutilização e a indicação da ficha em que 1. Recebida a oposição ou decorrido o respetivo prazo, o
foi transcrito. conservador procede às diligências necessárias à produção
Artigo 85º de prova.
Indeferimento liminar 2. A prova testemunhal tem lugar mediante a apresentação
das testemunhas pela parte que as tiver indicado, em
Sempre que o pedido apresentado pelo interessado seja número não superior a três, sendo os respetivos depoimentos
manifestamente improcedente, o conservador indefere reduzidos a escrito por extrato.
liminarmente o requerido, por despacho fundamentado
de que notifica o requerente. 3. O conservador pode, em qualquer caso, ordenar as
Artigo 86º diligências e a produção de prova que considerar necessárias.
Averbamento de pendência da retificação 4. A decisão sobre o pedido de retificação é proferida
pelo conservador no prazo de dez dias.
1. Quando a retificação não seja de efetuar nos termos
dos artigo 89º ou artigo 90º, é averbada ao respetivo registo Artigo 89º
a pendência da retificação, com referência à anotação no
Consentimento dos interessados
diário do requerimento inicial ou à data em que tiver sido
levantado o auto de verificação da inexatidão, consoante Se a retificação tiver sido requerida por todos os
os casos. interessados, é retificado o registo, sem necessidade de
2. O averbamento a que se refere o número anterior outra qualquer formalidade, quando se considere, em
não prejudica o decurso do prazo de caducidade a que o face dos documentos apresentados, estarem verificados
registo retificando esteja sujeito. os pressupostos da retificação pedida.
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1. O extravio ou inutilização de um suporte de registo 2. Julgada procedente a ação, o registo é lavrado com
determina a reelaboração oficiosa de todos os registos a menção das inscrições a que se refere.
respeitantes à entidade comercial. 3. A ação não prejudica os direitos decorrentes de factos
2. Devem ser requisitados aos serviços competentes os registados antes do registo da ação que não tenham
documentos que se mostrem necessários à reelaboração constado dos suportes documentais reformados.
do registo, os quais são isentos de taxas, emolumentos CAPÍTULO III
ou de quaisquer outros encargos legais.
ACESSO À INFORMAÇÃO DO REGISTO
Artigo 94º
COMERCIAL
Reforma Secção I
Nos casos em que o registo não possa ser reconstituído Disposições gerais
pela forma prevista nos artigos anteriores procede-se à
reforma dos respetivos suportes. Artigo 98º
Caráter público do registo
Artigo 95º
Processo de reforma Qualquer pessoa pode pedir certidões dos atos de registo
e dos documentos arquivados, bem como obter informações
1. O processo de reforma inicia-se com a remessa ao verbais ou escritas sobre o conteúdo de uns e outros.
Diretor-Geral dos Registos, Notariado e Identificação de Artigo 99º
auto lavrado pelo conservador, do qual devem constar as
circunstâncias do extravio ou inutilização, a especificação Acesso em massa
dos suportes documentais abrangidos e a referência ao
período a que correspondem os registos. Podem ser concedidos acessos em massa e por via
eletrónica à informação constante dos registos em formatos
2. O Diretor-Geral dos Registos, Notariado e Identificação especiais, nos termos definidos por Portaria do membro
deve proceder à citação edital dos interessados para, no do Governo responsável pela área da Justiça.
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6. Por cada processo de registo é disponibilizado 1. As certidões são emitidas imediatamente após a
gratuitamente, pelo período de três meses, o acesso a receção e pagamento do respetivo pedido.
uma certidão on-line. 2. No caso das certidões on-line é disponibilizado ao
Artigo 101º requerente, via correio eletrónico, telefone ou short message
service (sms) um código que permite a visualização da mesma.
Competência para a emissão
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a) Quando o pedido seja efetuado por via eletrónica; n) A recolha de informação que permita o contacto
entre os serviços competentes e os interessados
b) Quando o requerente forneça o seu email; e seus representantes;
c) Quando o requerente o solicite. o) A certificação da data e da hora em que o pedido
Artigo 107º
de registo foi concluído;
n.º 20/2009, de 22 de junho, que regula o regime O pedido de registo on-line é distribuído pelo sistema
do Registo Nacional de Firmas; informático do registo comercial a qualquer serviço de
registo, independentemente da localização da sede da
e) A indicação da firma constante de certificado de sociedade, em função de critérios relacionados com a
admissibilidade de firma emitido pelo Registo carga de trabalho, a especialização e a gestão dos serviços.
Nacional de Firmas;
Artigo 111º
f) A escolha e o preenchimento de pacto ou ato
constitutivo de modelo aprovado pelo Diretor- Autenticação eletrónica
Geral dos Registos, Notariado e Identificação ou 1. Para efeitos da promoção de atos de registo comercial
o envio de pacto ou ato constitutivo elaborado on-line, a autenticação eletrónica de advogados, solicitadores
pelos interessados; e notários deve fazer-se mediante certificado digital que
comprove a qualidade profissional do utilizador.
g) O preenchimento eletrónico dos elementos necessários
ao pedido de registo e ao pedido da certidão 2. Para os restantes utilizadores, a autenticação
on-line; eletrónica faz-se mediante a utilização de certificado
digital qualificado, nos termos previstos no regime jurídico
h) O pedido de registo comercial da constituição da dos documentos eletrónicos e da assinatura eletrónica,
sociedade; aprovado pelo Decreto-Lei n.º 33/2007, de 24 de setembro,
i) A entrega por meios eletrónicos dos documentos alterado pelo Decreto-Lei 44/2013, de 11 de novembro, e
necessários à apreciação do pedido de registo e Decreto-Lei n.º 46/2016, de 27 de julho.
ao suprimento de suas eventuais deficiências; Artigo 112º
j) A assinatura eletrónica dos documentos entregues, Pedido de atos de registo comercial on-line
quando necessária; 1. O interessado na promoção de atos de registo comercial
k) O preenchimento eletrónico dos elementos necessários on-line formula o seu pedido e envia, através do sítio
ao cumprimento das obrigações legais para na internet a que se refere o artigo 107º, os documentos
o início de atividade da sociedade junto das necessários ao registo, designadamente:
entidades públicas intervenientes em matérias a) Os documentos que legalmente comprovem os
diretamente relacionadas com atos sujeitos a factos constantes do pedido de registo;
registo comercial, nomeadamente, o Registo
Nacional de Firmas, a Administração Fiscal, b) Os documentos comprovativos da sua capacidade
o Instituto Nacional de Previdência Social, a e dos seus poderes de representação para o ato.
Direção-Geral de Trabalho, à Inspeção-Geral
de Trabalho e ao cadastro comercial, conforme 2. Os documentos entregues através de sítio na
aplicável; internet devem ser corretamente digitalizados
e integralmente apreensíveis e:
l) A promoção automática e eletrónica das publicações a) Assinados eletronicamente com a assinatura
legais a que haja lugar; eletrónica qualificada dos sujeitos que neles
m) O pagamento dos serviços por via eletrónica; figurem como declarantes;
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b) Remetidos com declaração do requerente de que 3. A existência de sistemas de arquivo conjunto nos
efetuou a conferência dos documentos com os termos do número anterior deve ser comunicada pelas
originais, quando tenha competência para tal; ou, associações profissionais e por meios eletrónicos à Direção-
Geral dos Registos, Notariado e Identificação, indicando-se:
c) Remetidos com declaração do requerente da qual
conste que os mesmos correspondem aos originais a) Quais os profissionais que utilizam esse sistema
e que tem conhecimento de que incorre nas de arquivo; e
penas aplicáveis ao crime de falsas declarações,
se prestar ou confirmar declarações falsas, para b) O local onde os originais se encontram arquivados.
além da responsabilidade civil que haja lugar. 4. A comunicação prevista no número anterior deve
3. No caso da alínea c) do número anterior, o conservador ser atualizada no prazo de dez dias sempre que exista
ou o oficial dos registos pode solicitar ao requerente a alteração relativamente aos profissionais que utilizem
exibição dos originais dos documentos no prazo que lhe esse sistema de arquivo.
fixar. Artigo 117º
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f) Promoção das publicações legais que sejam devidas, c) Opção por pacto ou ato constitutivo de modelo aprovado
as quais se devem efetuar automaticamente e pelo Diretor-Geral dos Registos, Notariado e
por via eletrónica; Identificação ou por envio do pacto ou do ato
constitutivo por eles elaborado;
g) Promoção das restantes diligências que venham a
ser fixadas por via regulamentar ou protocolar; d) Preenchimento eletrónico dos elementos necessários
à apresentação da declaração de início de atividade
h) Arquivamento dos documentos na pasta eletrónica para efeitos fiscais;
da sociedade nos termos do disposto na alínea
c) do n.º 1 do artigo 64º. e) Caso ainda não haja sido efetuado, os sócios devem
Secção III declarar, sob sua responsabilidade, que o depósito
das entradas em dinheiro é realizado no prazo
Constituição on-line de sociedades comerciais de dois dias úteis a contar da disponibilização
Artigo 120º de prova gratuita do registo de constituição da
sociedade prevista na alínea e) do artigo 119º;
Âmbito
f) Pagamento, através de meios eletrónicos, dos
1. O regime previsto na presente secção é aplicável à encargos que se mostrem devidos.
constituição de sociedades comerciais e civis sob forma
comercial do tipo por quotas e anónima, com ou sem a 3. Nas situações previstas na subalínea i) da alínea a)
simultânea aquisição, pelas sociedades, de marca registada, do número anterior, os interessados podem completar a
através do sítio na internet previsto no artigo 107º. composição da firma com qualquer expressão alusiva ao
objeto social que optem por inserir entre a expressão de
2. O regime previsto na presente secção não é aplicável fantasia escolhida e os aditamentos legalmente impostos.
à constituição de sociedades cujo capital seja realizado com
recurso a entradas em espécie em que, para a transmissão 4. Se se tiver requerido a verificação e aprovação de
dos bens com que os sócios entram para a sociedade, seja firma nos termos da subalínea iii) da alínea a) do n.º 2, o
exigida escritura pública. pedido deve ser apreciado no prazo máximo de um dia,
3. Por Portaria dos membros do Governo responsáveis sendo aprovada a primeira das firmas requeridas que
pelas áreas da Justiça e da Modernização Administrativa, o for viável.
disposto na presente secção pode ser aplicado à constituição 5. Se for esse o caso, os interessados devem ainda enviar
de outras pessoas coletivas sujeitas a registo comercial. através do sítio na Internet, entre outros que se mostrem
Artigo 121º necessários, os seguintes documentos:
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1. O registo da prestação de contas é efetuado de forma 2. O regime previsto na presente secção não é aplicável
eletrónica e automática, sem intervenção humana, por às sociedades cujo capital seja realizado com recurso a
transmissão eletrónica de dados entre a Administração entradas em espécie.
Fiscal e o sistema informático do registo comercial, 3. Por Portaria dos membros do Governo responsáveis
realizada nos termos de Portaria dos membros do pelas áreas da Justiça e da Modernização Administrativa, o
Governo responsável pelas áreas das Finanças, Justiça disposto na presente secção pode ser aplicado à constituição
e Modernização Administrativa. de outras pessoas coletivas sujeitas a registo comercial.
2. A data do registo por depósito da prestação de contas Artigo 135º
é a da receção da informação respeitante ao cumprimento
da obrigação de registo de prestação de contas. Competência
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b) Da Casa do Cidadão apenas quanto à constituição e) Cumprir as condições para a entrada em funcionamento
de sociedades comerciais por quotas ou anónimas da sociedade, fornecendo os elementos necessários
em que a firma seja escolhida nos termos das para o efeito, designadamente, identificar os
alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo seguinte, e que membros do órgão de administração e do órgão de
não estejam sujeitas a autorização especial. fiscalização, quando exista, bem como o técnico de
contas e indicar a data para o início da atividade,
2. A competência prevista no número anterior abrange o número de trabalhadores, o volume de negócios
a tramitação integral do procedimento pelo serviço e os estabelecimentos da sociedade previstos.
competente.
2. A prossecução do procedimento depende da verificação
3. Para a qualificação do registo é da competência inicial da identidade, da capacidade e dos poderes de
dos respetivos funcionários mediante autorização do representação dos interessados para o ato nos termos da
Diretor-Geral. lei, quando aplicável.
4. A realização dos atos relativos ao presente procedimento Artigo 139º
de constituição de sociedades pela Casa do Cidadão é
da competência dos respetivos funcionários que tenham Sequência do procedimento
recebido formação para o efeito nos termos definidos 1. Efetuada a verificação inicial da identidade, da
por despacho conjunto do Diretor-Geral dos Registos, capacidade e dos poderes de representação dos interessados
Notariado e Identificação e do Gestor da Unidade de para o ato, bem como a regularidade dos documentos
Gestão da Casa do Cidadão. apresentados, o serviço competente procede de imediato
Artigo 136º aos seguintes atos, pela ordem indicada:
Pressupostos de aplicação a) Cobrança dos encargos que se mostrem devidos,
os quais devem ser pagos de imediato;
1. São pressupostos de aplicação do regime previsto
na presente secção a opção por pacto ou ato constitutivo b) Aprovação da firma nos termos da alínea a) do n.º 2
de modelo aprovado pelo Diretor-Geral dos Registos, do artigo 136º, ou afetação, por via informática e a
Notariado e Identificação. favor da sociedade a constituir, da firma escolhida
ou da firma e marca escolhidas e do número de
2. É ainda pressuposto da aplicação do regime previsto identificação fiscal associado à firma nos casos
na presente secção a escolha da firma da sociedade através previstos na alínea b) do n.º 2 do artigo 136º, ou
de uma das seguintes formas: utilização do certificado de admissibilidade de
a) Aprovação em quaisquer serviços de registo comercial firma apresentado para o efeito, conforme tenha
ou quaisquer outros registos desconcentrados da sido escolhido pelos interessados;
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administração publica nos termos do diploma c) Preenchimento por via eletrónica do pacto ou ato
que regulamenta o Registo Nacional de Firmas; constitutivo de acordo com o modelo previamente
b) Escolha de firma constituída por expressão de escolhido, nos termos das indicações dos interessados,
fantasia previamente criada e reservada a favor que de seguida o assinam;
do Estado, associada ou não à aquisição de uma d) Anotação de apresentação dos pedidos verbais de
marca previamente registada a favor do Estado; registo nos respetivos diários, quando aplicável;
c) Apresentação de certificado de admissibilidade e) Registo de constituição da sociedade;
de firma.
Artigo 137º f) Comunicação automática e eletrónica da constituição
da sociedade ao Registo Nacional de Firmas, à
Prazo de tramitação Administração Fiscal, ao Instituto Nacional de
Previdência Social, e, quando for o caso, à entidade
Os serviços referidos no n.º 1 do artigo 135º devem iniciar responsável pelo Emprego e Formação Profissional, à
e concluir a tramitação do procedimento no mesmo dia, Inspeção Geral de Trabalho e ao cadastro comercial,
em atendimento presencial único. com envio eletrónico dos elementos fornecidos
Artigo 138º pelos interessados para o efeito;
Início do procedimento g) Promoção das publicações legais automaticamente
e por via eletrónica;
1. Os interessados na constituição da sociedade formulam
o seu pedido junto do serviço competente, e devem: h) Comunicação aos interessados do número de
inscrição da sociedade no Instituto Nacional
a) Apresentar os documentos comprovativos da sua de Previdência Social;
identidade, capacidade e poderes de representação
para o ato, quando aplicável, bem como autorizações i) Caso tenha havido aquisição de marca registada,
especiais que sejam necessárias; comunicação ao Instituto de Gestão da Qualidade
e da Propriedade Intelectual da transmissão
b) Escolher a firma ou firma e marca por uma das da mesma, para que se proceda à sua inscrição
formas previstas no n.º 2 do artigo 136º, conforme oficiosa no processo de registo;
aplicável;
j) Arquivamento eletrónico dos documentos no sistema
c) Manifestar a sua opção pelo modelo de pacto ou informático do registo comercial;
ato constitutivo, fornecendo os elementos para
o preenchimento do mesmo; k) Restantes diligências que venham ser fixadas por
via regulamentar ou protocolar.
d) Declarar, sob sua responsabilidade, que o valor das
respetivas entradas em dinheiro se encontra 2. O envio das comunicações referidas na alínea f) do n.º 1
disponível e comprometer-se a depositá-lo em determina a inscrição oficiosa da sociedade junto daquelas
conta aberta em nome da sociedade, em qualquer entidades, as quais não podem exigir a apresentação das
instituição de crédito, no prazo de dois dias úteis; respetivas declarações.
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termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 139º, não conferindo reservadas e de marcas registadas a favor do Estado,
o direito à restituição dos encargos cobrados. contém permanentemente um número mínimo de firmas
Artigo 143º e de marcas necessárias.
Documentos a entregar Artigo 145º
Reserva de firma
1. Concluído o procedimento de constituição da sociedade,
o serviço competente entrega de imediato aos interessados 1. Qualquer interessado pode solicitar, por via eletrónica
o recibo comprovativo do pagamento dos encargos devidos ou presencialmente, a reserva de uma firma da bolsa
e, a título gratuito: referida no artigo anterior, pelo prazo quarenta e oito
horas.
a) Uma certidão do pacto ou ato constitutivo do registo
deste último; 2. A não conclusão do procedimento por facto imputável
aos interessados, determina o cancelamento da reserva
b) Os códigos de acesso às certidões on-line de registo referida no número anterior.
a que haja lugar válidos por três meses;
Secção III
c) Caso tenha havido aquisição de marca registada,
documento comprovativo dessa aquisição, em Procedimento simplificado de alteração de sociedades
comerciais
modelo aprovado pelo Instituto de Gestão da
Qualidade e da Propriedade Intelectual; Artigo 146º
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O regime previsto na presente secção é aplicável à criação d) Comunicação automática e eletrónica da criação da
imediata em Cabo Verde de representações permanentes representação permanente ao Registo Nacional
e nomeação simultânea dos respetivos representantes de Firmas, à Administração Fiscal, ao Instituto
das seguintes entidades estrangeiras: Nacional de Previdência Social, e, quando for o
caso, à Direção Geral de Trabalho, à Inspeção
a) Sociedades comerciais, incluindo as que revistam Geral de Trabalho e ao cadastro comercial, com
a forma de sociedades cooperativas; envio eletrónico dos elementos fornecidos pelos
interessados para o efeito;
b) Sociedades civis sob forma comercial; e
e) Promoção da publicação legal dos atos de registo
c) Agrupamentos complementares de empresas. referidos na alínea c) automaticamente e por
Artigo 160º
via eletrónica;
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coletivo, na medida em que a sujeição aos procedimentos lei, exceto se um dos sócios for uma pessoa
administrativos de dissolução e de liquidação de entidades coletiva pública ou entidade a ela equiparada
comerciais seja incompatível com os regimes especiais por lei para esse efeito;
previstos para tais entidades.
b) A atividade da sociedade que constitui o objeto
Artigo 167º contratual se torne de facto impossível;
Competência c) A sociedade não tenha exercido qualquer atividade
durante dois anos consecutivos;
1. Os procedimentos administrativos especiais de
dissolução e de liquidação de entidades comerciais ao d) A sociedade exerça de facto uma atividade não
abrigo da presente secção não estão sujeitos a intervenção compreendida no objeto contratual;
judicial e são da competência, independentemente da
localização da sede da sociedade: e) Uma pessoa singular seja sócia de mais do que
uma sociedade unipessoal por quotas;
a) Dos serviços de registo comercial ou de quaisquer
outros serviços desconcentrados da Administração f) A sociedade unipessoal por quotas tenha como sócio
Pública definidos por despacho do Diretor-Geral único outra sociedade unipessoal por quotas;
dos Registos, Notariado e Identificação; e
g) Se verifique a impossibilidade insuperável da
b) Da Casa do Cidadão apenas quanto ao procedimento prossecução do objeto da sociedade cooperativa
especial de extinção imediata previsto na subsecção ou a falta de coincidência entre o objeto real
IV relativamente a sociedades comerciais criadas e o objeto expresso nos estatutos da sociedade
junto desta entidade ao abrigo do regime especial cooperativa;
de constituição imediata de sociedades comerciais h) Ocorra a diminuição do número de membros da
constante da secção II do capítulo V do presente sociedade cooperativa abaixo do mínimo legalmente
diploma. previsto por um período de tempo superior a
noventa dias e desde que tal redução não seja
2. A competência prevista no número anterior abrange temporária ou ocasional.
a tramitação do procedimento pelo serviço competente.
2. No requerimento, o interessado deve:
3. Para a qualificação do registo é competente o
conservador ou o oficial dos registos. a) Pedir o reconhecimento da causa de dissolução
da entidade;
4. A realização pela Casa do Cidadão dos atos relativos ao
procedimento especial de extinção imediata de sociedades b) Apresentar documentos ou requerer diligências
previsto na subsecção IV é da competência dos respetivos de prova úteis para o esclarecimento dos factos
funcionários que tenham recebido formação para o com interesse para a decisão.
efeito, nos termos definidos no protocolo existente entre
a Direção-Geral dos Registos, Notariado e Identificação 3. Caso o requerimento seja apresentado pela entidade
e a do Casa do Cidadão. comercial, e esta optar pela forma de liquidação prevista na
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subsecção seguinte, pode indicar um ou mais liquidatários, que só documentalmente possam ser provados e cuja
comprovando a respetiva aceitação, ou solicitar a sua verificação constitua pressuposto da procedência do
designação pelo conservador. pedido, o conservador indefere liminarmente o pedido, por
decisão fundamentada, que é notificada ao requerente.
4. A apresentação do requerimento por outro interessado
que não a entidade comercial implica que a liquidação se 2. O conservador só pode indeferir liminarmente o pedido
faça por via administrativa. no caso da não apresentação dos documentos comprovativos
dos factos com interesse para a decisão quando não seja
5. Com a apresentação do requerimento deve efetuar-se possível o acesso do serviço de registo competente, por
o pagamento das quantias correspondentes aos encargos meios informáticos, à informação constante de base de
devidos pelo procedimento, sob pena de a sua apresentação dados de entidade ou serviço da Administração Pública
ser rejeitada. que permita comprovar esses factos.
6. Os interessados podem exigir da entidade comercial 3. O interessado pode impugnar judicialmente a decisão
o reembolso dos encargos pagos nos termos do número de indeferimento liminar nos termos previstos na alínea
anterior. l) do artigo 199º, com as necessárias adaptações.
Artigo 171º
4. Tornando-se a decisão de indeferimento liminar
Início oficioso do procedimento definitiva, o serviço de registo competente procede à
devolução de todas as quantias cobradas nos termos do
1. O procedimento administrativo de dissolução é n.º 5 do artigo 170º.
instaurado oficiosamente pelo conservador, mediante auto
Artigo 174º
que especifique as circunstâncias que determinaram a
instauração do procedimento e que identifique a entidade Notificação e participação da entidade e dos interessados
e a causa de dissolução, quando resulte da lei e ainda
quando: 1. Quando não sejam requerentes, são, consoante o
caso, notificados para os efeitos do procedimento:
a) Durante dois anos consecutivos, a sociedade comercial
que não revista a forma de sociedade cooperativa a) A sociedade e os sócios, ou os respetivos sucessores,
não tenha procedido ao depósito dos documentos e um dos seus gerentes ou administradores;
da prestação de contas;
b) A Administração Fiscal tenha comunicado ao b) A sociedade cooperativa e os cooperadores, ou os
serviço de registo competente a ausência de respetivos sucessores, e um dos membros da
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d) A entidade não tenha sido objeto de atos de registo a) Cópia do requerimento ou do auto e da documentação
comercial obrigatórios durante mais de vinte apresentada;
anos;
b) Ordem de comunicação ao serviço de registo
e) A Administração Fiscal tenha comunicado ao serviço competente, no prazo de dez dias a contar da
de registo a omissão de entrega da declaração notificação, do ativo e do passivo da entidade
fiscal de rendimentos da sociedade cooperativa comercial e de envio dos respetivos documentos
ou da sociedade civil sob a forma comercial comprovativos, caso esses elementos ainda não
durante dois anos consecutivos. constem do processo;
1. Sempre que o pedido seja manifestamente improcedente 6. Nos casos previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo
ou não tenham sido apresentados os documentos 171º, a comunicação prevista no n.º 5 é efetuada apenas
comprovativos dos factos com interesse para a decisão à entidade comercial.
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7. Deve ser igualmente publicado um aviso, nos termos 6. A notificação aos trabalhadores da entidade comercial
da legislação societária, dirigido, consoante os casos, aos prevista no n.º 4, bem como, consoante os casos, aos
credores da entidade comercial e aos credores de sócios e credores da entidade comercial e aos credores de sócios e
cooperadores de responsabilidade ilimitada, comunicando cooperadores de responsabilidade ilimitada, deve conter:
que:
a) Os elementos referidos no n.º 7 do artigo anterior;
a) Tiveram início os procedimentos administrativos
de dissolução e de liquidação, exceto no caso b) O aviso e a advertência a que se referem as alíneas
em que o requerimento seja apresentado pela c) e d) do n.º 1;
entidade comercial e esta não tenha optado
pela liquidação por via administrativa; c) A informação de que a comunicação da existência
de créditos e direitos que detenham sobre a
b) Devem informar, no prazo de dez dias, os créditos e entidade comercial em causa, bem como da
direitos que detenham sobre a entidade comercial existência de bens e direitos de que esta seja
em causa, bem como o conhecimento que tenham titular, determina a sua responsabilidade pelo
dos bens e direitos de que esta seja titular. pagamento dos encargos com os liquidatários e
peritos nomeados pelo conservador, sem prejuízo
8. Os avisos referidos nos números 4 e 7 podem ser da aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 170º.
também publicados nos sítios na internet da Direção-
Geral dos Registos, Notariado e Identificação Civil e da 7. Nas situações a que se refere a alínea d) do n.º 1
Casa do Cidadão. do artigo 171º, são apenas solicitadas informações à
9. Não são devidas quaisquer taxas pelas publicações Administração Fiscal e somente nos casos em que a entidade
referidas nos números 4, 7 e 8. tiver número de identificação fiscal, preferencialmente por
via eletrónica, para, no prazo de dez dias, ser comunicada
Artigo 175º a situação tributária da entidade, podendo o procedimento
administrativo de dissolução prosseguir e vir a ser decidido
Especificidades da notificação em procedimento oficioso na ausência de resposta.
1. Quando o procedimento seja instaurado oficiosamente, 8. Nos casos referidos no número anterior, se a situação
a notificação deve conter os elementos referidos no n.º 2 da entidade perante a Administração Fiscal estiver
do artigo anterior, exceto o previsto na alínea c), e, ainda, regularizada, o prazo previsto na alínea b) do n.º 1 pode
os seguintes: ser prorrogado até noventa dias.
a) Solicitação da apresentação de documentos que Artigo 176º
se mostrem úteis para a decisão;
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refere o n.º 4 do artigo anterior, lavra simultaneamente 6. Os números 5 e 6 do artigo 170º são aplicáveis ao
o registo do encerramento da liquidação, sendo aplicável procedimento administrativo de liquidação.
o disposto no n.º 2 do artigo 48º.
Artigo 181º
2. O registo oficioso da dissolução determina o averbamento Competência
oficioso, a efetuar por meios automáticos e eletrónicos,
das menções legais a aditar à firma ou denominação da No caso previsto na alínea a) do n.º 5 do artigo anterior,
entidade. é competente para o procedimento o serviço de registo
Artigo 179º
que procedeu ao registo da dissolução.
Artigo 182º
Comunicações subsequentes ao registo da dissolução
Notificação e participação da entidade e dos interessados
1. Efetuado o registo da dissolução, o serviço de
registo procede de imediato à comunicação do facto, por 1. Só há lugar a notificação no procedimento administrativo
via eletrónica, à Administração Fiscal e ao Instituto de liquidação nos seguintes casos:
Nacional de Previdência Social, para efeitos de dispensa
de apresentação das competentes declarações de alteração a) Quando a dissolução não tiver sido declarada por
de situação jurídica. via administrativa; e
2. As comunicações efetuadas nos termos do número b) Quando a dissolução tenha sido requerida pela
anterior determinam que as referidas entidades não entidade comercial e esta não tenha optado nesse
podem exigir a apresentação das respetivas declarações. momento pela liquidação por via administrativa.
Subsecção III 2. A notificação deve dar conta do início do procedimento
administrativo de liquidação e conter os seguintes elementos:
Procedimento administrativo de liquidação
Artigo 180º
a) Cópia do requerimento ou do auto e da documentação
apresentada;
Início do procedimento
b) Ordenar a comunicação ao serviço de registo
1. O procedimento administrativo de liquidação inicia- competente, no prazo de dez dias a contar da
se mediante requerimento da entidade comercial, dos notificação, do ativo e do passivo da entidade
seus membros, dos respetivos sucessores, dos credores comercial.
das entidades comerciais ou dos credores de sócios e
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remuneração e a responsabilidade pelo pagamento desta qual são convocados os credores não pagos, se os houver,
cabem exclusivamente à entidade comercial, não podendo a fim de se apreciarem os fundamentos invocados para a
a remuneração ser mais elevada do que a prevista para liquidação parcial e as contas da liquidação efetuada e se
os liquidatários e peritos nomeados judicialmente. deliberar sobre o pagamento do passivo ainda existente
e a partilha dos bens remanescentes.
Artigo 184º
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2. Tornando-se a decisão definitiva, o conservador lavra São excluídos do âmbito do presente procedimento as
oficiosamente o registo do encerramento da liquidação, entidades que gozem de benefícios fiscais atribuídos nos
sendo aplicável o disposto no n.º 2 do artigo 48º. termos da lei.
Artigo 192º Artigo 195º
2. O requerimento e a ata previstos no número anterior Efetuado o registo previsto no n.º 2 do artigo anterior,
podem ser substituídos por requerimento subscrito por o serviço competente procede de imediato à comunicação
todos os membros da entidade comercial e apresentado do facto, por via eletrónica, às entidades e para os efeitos
por qualquer pessoa, devidamente mandatada. previstos no artigo 192º.
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c) Decisão de não suprimento da falta de assinatura; O valor da ação é o do facto cujo registo foi recusado ou
feito provisoriamente, nos termos da lei processual civil.
d) Decisão de indeferimento liminar do pedido de
retificação; Artigo 204º
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1. São gratuitos, não havendo lugar ao pagamento de 5. O disposto na alínea a) do n.º 1 e no n.º 4 é aplicável
qualquer emolumento, os seguintes procedimentos, atos ao procedimento de criação de representação permanente
e documentos: regulado no presente diploma.
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Meios de pagamento
dados entre a Administração Fiscal e o sistema informático
1. O pagamento das quantias a cobrar pelos serviços de do registo comercial, nos termos do disposto no artigo 131º.
registo é efetuado através dos meios eletrónicos disponíveis,
designadamente, cartão de débito e crédito, nos terminais Artigo 211º
de pagamento automático existentes nos referidos serviços
Interconexões entre os sistemas informáticos do registo
ou através da emissão de uma referência para o efeito. comercial e dos tribunais
2. É ainda admitido o pagamento em numerário, por
cheque visado ou bancário de entidade com representação São estabelecidos mecanismos de troca de informação em
em Cabo Verde, bem como através de vale postal, em suporte eletrónico e interoperabilidade entre os sistemas
moeda em curso em Cabo Verde. informáticos dos tribunais e o sistema informático do
registo comercial, nomeadamente para efeitos de:
3. O Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços
autónomos e as entidades que integrem o setor empresarial a) Registo de penhoras;
do Estado, e demais pessoas coletivas públicas podem
efetuar pagamentos em cheque não visado. b) Registo de ações judiciais.
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competência da Casa do Cidadão, nos termos 2. Relativamente aos sujeitos do registo, são recolhidos
previstos na alínea b) do n.º 1 e do n.º 4 do os seguintes dados pessoais:
artigo 167º; a) Nome;
c) Tramitação do procedimento simplificado de alteração b) Estado civil e, sendo o de solteiro, menção de
de sociedades comerciais previsto no artigo 146º maioridade ou menoridade;
e seguintes.
Artigo 215º c) Nome do cônjuge e regime de bens;
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Segurança da informação
2. A consulta referida no n.º 3 do artigo anterior
depende da celebração de protocolo com a Direção-Geral 1. O Diretor-Geral dos Registos e do Notariado e as
dos Registos, Notariado e Identificação, que define os entidades referidas no n.º 2 do artigo 222º devem adotar
seus limites face às atribuições legais e estatutárias das as medidas de segurança referidas no n.º 1 do artigo 16º
entidades interessadas. da Lei n.º 133/V/2001, de 22 de janeiro, alterada pela Lei
41/VIII/2013, de 17 de setembro.
3. A Direção-Geral dos Registos, do Notariado e
Identificação comunica ao organismo processador dos 2. À base de dados devem ser conferidas as garantias de
dados os protocolos celebrados a fim de que este providencie segurança necessárias a impedir a consulta, a modificação,
para que a consulta por linha de transmissão possa ser a supressão, o acrescentamento ou a comunicação de dados
efetuada, nos termos e condições deles constantes. por quem não esteja legalmente habilitado.
4. A Direção-Geral dos Registos, do Notariado e Identificação 3. Para efeitos de controlo de admissibilidade da
remete obrigatoriamente à Comissão Parlamentar de consulta, uma em cada dez pesquisas efetuadas pelas
Fiscalização cópia dos protocolos celebrados, devendo entidades que tenham acesso à base de dados é registada
fazê-lo por via eletrónica. informaticamente.
Artigo 223º 4. As entidades referidas no n.º 1 obrigam-se a manter
Acesso direto aos dados
uma lista atualizada das pessoas autorizadas a aceder
à base de dados.
1. Podem aceder diretamente aos dados referidos nos Artigo 226º
números 1 e 2 do artigo 221º:
Sigilo
a) Os magistrados judiciais e do Ministério Público,
no âmbito da prossecução das suas atribuições; 1. A comunicação ou a revelação dos dados pessoais
registados na base de dados só podem ser efetuadas nos
b) As entidades que, nos termos da lei processual, termos previstos no presente diploma.
recebam delegação para a prática de atos de
inquérito ou instrução ou a quem incumba 2. Os funcionários dos registos e do notariado, bem como
cooperar internacionalmente na prevenção e as pessoas que, no exercício das suas funções, tenham
repressão da criminalidade e no âmbito dessas conhecimento dos dados pessoais registados na base
competências; de dados do registo comercial, ficam obrigados a sigilo
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profissional, nos termos do n.º 1 do artigo 18º da Lei n.º 31 de dezembro, aprovou as medidas de mitigação e de
133/V/2001, de 22 de janeiro, alterada pela Lei n.º 41/ resiliência dos resultados do ano agrícola de 2019/2020.
VIII/2013, de 17 de setembro.
O programa de mitigação e de resiliência à seca em
CAPÍTULO VIII Cabo Verde, 2019/2020, já foi submetido e apresentado aos
parceiros internacionais, para financiamento, e tem como
DISPOSIÇÕES FINAIS objetivo geral contribuir para o aumento da resiliência e
Artigo 227º adaptação às mudanças climáticas, através do reforço da
capacidade de prevenção e de gestão das situações de crise
Protocolos decorrentes das secas e outros eventos naturais extremos,
consolidando os esforços de desenvolvimento sustentável
1. Podem ser celebrados protocolos entre a Direção- do país nas esferas económica, social e ambiental.
Geral dos Registos, Notariado e Identificação e os vários
organismos da Administração Pública envolvidos nos Neste contexto, é urgente a realização de atividade com
procedimentos de constituição imediata e on-line de a mobilização de água para consumo doméstico, pecuária
sociedades e de criação de representações permanentes e agricultura irrigada e garantia de rendimento, com vista
com vista à definição dos procedimentos administrativos ao reforço da resiliência das famílias mais vulneráveis.
de comunicação de dados.
2. A Direção-Geral dos Registos, Notariado e Identificação Assim, tendo em conta a urgência deste assunto e
pode ainda celebrar protocolos com a Administração ainda os trâmites até a sua conclusão junto dos parceiros
Fiscal e com a Ordem Profissional de Auditores e dos internacionais para mobilização de fundos, urge adotar
Contabilistas com vista à definição dos procedimentos medidas para que se possa criar condições de resiliência
relativos ao preenchimento e entrega da declaração fiscal e mitigação perante os efeitos cada vez mais dramáticos
de início de atividade e posterior comprovação destes factos. das mudanças climáticas em Cabo Verde.
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Resolução nº 41/2020
de 6 de março
Cabo Verde é um País com uma história secular e que está prestes a celebrar os 45 anos como Estado Independente.
Trata-se, acima de tudo, de um percurso histórico de grande façanha, marcado por uma forte resistência, perseverança
e esperança do nosso Povo, que sempre acreditou e lutou, tenazmente, por dias melhores.
A proclamação da República de Cabo Verde enquanto Nação Independente e Soberana, a 5 de julho de 1975,
constitui um momento ímpar da nossa história e de capital importância para a dignificação e afirmação contínua
do Povo Cabo-verdiano.
Comemorar esse feito é, sem dúvida, uma forma de reconhecer e de enaltecer os esforços consentidos e as glórias obtidas
na luta da nossa libertação, além de constituir a manifestação inequívoca do nosso patriotismo e orgulho Nacional.
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I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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