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TEATRO DE BONECOS

Origem
O homem muito cedo, criou o boneco à sua imagem. Não apenas jogo e símbolo, boneco e ator, títere e
obra de arte, mas também divertimento e espetáculo, o boneco desempenha em todas as sociedades um
papel múltiplo e importante.
O Teatro de Bonecos vem se desenvolvendo através dos tempos e sua origem tem raízes na mais remota
Antiguidade. Já na Pré-história, o Teatro de Bonecos era encontrado nas cavernas, movendo-se em
sombras projetadas com as mãos ou com os dedos, para o deleite dos habitantes. Os bonecos de barro
sem movimentação foram desenvolvidos e depois passaram a movimentar-se com a cabeça e os
membros.
Os bonecos intervêm, de início, em festas religiosas. Foi assim no Egito, há uns 25 séculos antes da
nossa era, e na Índia desde o séc. XII. No Egito havia os espetáculos em que as divindades falavam sob
representações de bonecos articulados. Na Grécia, além do espetáculo, o Teatro de Bonecos tinha
conotações religiosas. Os Gregos chamavam os bonecos de Neyrospasmata, que quer dizer “objetos
postos em movimentos com pequenas cordas”, que na época de Sófocles já constituíam espetáculos
autônomos. Aristóteles designa claramente os bonecos ao falar: “aqueles que representam homens e
todos os seus gestos por meio de bonecos de madeira. vemo-los voltar o pescoço, inclinar a cabeça,
revirar os olhos, as mãos obedecem exatamente ao movimento que exigimos dela: toda essa gentinha de
pau parece viver e animar-se”. Durante o Império Romano, no período helenístico, tratou-se de expandir
o Teatro de Bonecos pela Europa inteira. Na Idade Média, os bonecos foram usados na propagação da fé
religiosa e apresentados nas feiras do povo, em praça pública. As críticas feitas nos espetáculos geraram
perseguições De um modo geral, os bonecos eram imagens sagradas. Participavam nas cerimônias
religiosas e nos mistérios, agrupadas em desfiles, com o elemento religioso e o elemento cômico
estreitamente ligados, como era costume na época. O próprio nome testemunha o caráter religioso: era
um dos nomes dados às estatuetas da virgem santa expostas à veneração pública nas igrejas e nas ruas.
Do nome Maria, fizeram marote, marotte, mariotte, mariette, mariole, marion e marionette. Bonecos
articulados eram utilizados pelo padre, nas missas de festas, para ilustrarem e animarem o sermão.
Depois impôs-se o costume de compor com eles presépios vivos na época do natal. E acabaram por usá-
los em todas as ocasiões: no séc. XIV, os desfiles de personagens e de autômatos generalizaram-se ao
ponto de aparecerem com freqüência no mostrador de enormes relógios. Na catedral de Estrasburgo
existe um dos mais célebres. Os bonecos animados das ilhas de Sunda – os Wayangs – constituem
uma das mais extraordinárias manifestações da arte Indo-Javanesa. Mas estas são sobretudo silhuetas
lisas pertencendo ao domínio do teatro de sombras chinesas. Os bonecos são também muito populares na
Birmânia, na China, no Japão e em todo o oriente. Na Europa, os bonecos conservaram durante muito
tempo a tradição medieval, indo primeiro buscar o seu repertório à bíblia, mais tarde aos romances de
cavalaria.
MACEUS (corcunda, zombeteiro e insolente) tornou-se, na Itália, um dos mais conhecidos bonecos,
antecedendo a POLICHINELO. Depois de Polichinelo, GUIGNOL é o herói mais célebre dos bonecos.
Nasceu em Lion-França, em meados do séc. XVIII. vestindo calças azuis, colete vermelho com botões
de latão, casaco verde-vivo, chapéu preto de aba revirada, enterrado até às orelhas, Guignol representa o
gênio inventivo popular, um tanto ingênuo, finório e sempre alegre. Ri de tudo, mente descaradamente,
prega peças de mau grado à defesa dos fracos e explorados. Anda sempre acompanhado de seu gato. Na
Turquia existiu o KARAGOZ; na Grécia, as ATALANAS; na Alemanha, o KASPER; na Rússia, o
PETRUSKA; em Java, o WAYANG; na Espanha, o CRISTOVAN; na Inglaterra, o PUNCH; na França,
o GUINHOL; no Brasil, o MAMULENGO. Todos esses bonecos, sem muitos requisitos técnicos,
possuem poder de irreverência, espontaneidade, comicidade e até crueldade, na tragédia.

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O boneco no Brasil
Os poucos registros sobre este tipo de teatro no Brasil indicam sua chegada com os portugueses, numa
época em que o teatro de bonecos e marionetes eram uma febre na Europa. Supõe-se que Anchieta tenha
recorrido aos bonecos para catequese indígena. Pereira da Costa menciona a apresentação de presépios
por frei Gaspar de Santo Antonio, no convento dos franciscanos, em Olinda, no século XVI. Presépio é o
nome do teatro de bonecos que representava o nascimento de Jesus Cristo. Esse teatro já era encenado
na idade media, e a igreja dele se utilizava para atrair a atenção dos fiéis.
A denominação de presepe, encontrada atualmente em certas regiões, fala a favor da hipótese de que o
teatro de bonecos teria chegado no Brasil sob a forma de presépio, dando origem a duas outras formas
teatrais: os pastoris, espetáculos com atores que são até hoje apresentados em diversas regiões no ciclo
natalino, e os mamulengos, com bonecos de madeira. Em seus primórdios, portanto, o mamulengo teria
caráter religioso, apresentando o nascimento de Cristo e outras cenas bíblicas. Sendo, porem, teatro
centrado no improviso, incorporou também os assuntos do dia-a-dia, estendendo-se ao profano e
tomando a forma com que hoje o conhecemos.
Luiz Edmundo, em O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis, menciona a popularidade dos teatros de
bonecos na corte, no século XVIII. No final do século XIX, já eram encontradas modalidades de teatro
de bonecos em diversas regiões do país. Presépios de fala; titeriteiros ambulantes que percorriam o país
com maletas cheias de personagens da commedia dell'arte, como Briguela. No Rio de Janeiro, João
Minhoca, um carioca da gema, fez sucesso no fim do século XIX. No Piauí e Ceará , os mamulengos
denominam-se "Presepe de calungas de sombra" e o divertimento é apresentado por bonecos de sombra
que contam a historia da criação do mundo. Existem registros que comprovam a existência do teatro de
bonecos no estado de Minas Gerais. Em meados do séc. XVIII, carroças cheias de bonecos, percorriam
estradas e trilhas, de cidade em cidade, de vilarejo em vilarejo, apresentando espetáculos nas carroças-
palco: era o Circo do Briguela, nome dado ao teatro de bonecos no sul de Minas.
No Brasil o teatro de bonecos tem longa tradição, por sua linguagem muito próxima do imaginário
popular, com a capacidade de transformar fantasia em realidade. Seguindo a linha tradicional, as
histórias desenvolvidas de improviso a partir de um roteiro-base, têm ação rápida, diálogos curtos e
poucos personagens. As correrias, sustos e desmaios são fatores sempre presentes, mantendo vivo o
sorriso do público.
Mamulengo, em Pernambuco; João redondo, no Rio Grande do Norte; babau, na Paraíba; João minhoca,
na Bahia, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro; Casimiro-coco, no Piauí; Briguela, em São Paulo. São
muitas as denominações dos bonecos populares no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB), há cerca de 200 grupos no país. No
Nordeste, sobretudo Pernambuco e Paraíba, o “mamulengo” (com bonecos de luva) há muito entrou na
história popular com os boi-bumbá, os frevos e os maracatus. O mamulengueiro, ou ‘mestre’, monta sua
‘empanada’ (lençol que esconde os que manipulam os bonecos, funciona como uma cortina) nas praças
e representa histórias inventadas por eles, onde desfilam personagens bem conhecidos: o Capitão, o
Soldado, o Padre, a Mulher, o Diabo, o Cachorro e outros.

Técnica do Boneco
Os bonecos são personagens de madeira, gesso, espuma, tecidos, papel, que animamos para fazermos
participar de uma ação dramática. Mas há muitas espécies de bonecos e podemos manipulá-las de várias
formas:
Boneco de luva: é decerto a mais antiga. Constituída por uma cabeça de materiais variados, montada
num corte de tecido, este boneco não tem pernas, mas supre a enfermidade com grande rapidez e
variedade de movimentos. Manipula-se por baixo: o executante enfia a mão dentro da luva do boneco, o

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dedo indicador sustenta a cabeça, passando pelo pescoço, e os outros dedos servem para manobrar os
braços.
Boneco de vara: o boneco é pendurado numa vareta. Que parte da cabeça e vai até a mão do
manipulador, passando pelo corpo. É manejada por baixo ou por cima.
Boneco de fios: é um aperfeiçoamento da anterior. Cada personagem tem cordéis atados às mãos e aos
pés. Multiplicando os fios, obtém-se resultados espantosos, mas esta técnica exige um grande
virtuosismo por parte do manipulador.
Boneco marrote: é um boneco normalmente feito em espuma (apesar de aparecer em diversos materiais
– inclusive sucatas), o manipulador veste e com suas mãos articula a boca do boneco. Geralmente
manipulado em balcão por dois ou mais manipuladores.
Boneco habitável ou de mochila: são bonecos gigantes, com ou sem mecanismos para olhos, bocas,
membros. É o caso do Zé Pereira do carnaval.
Boneco de sombra: são bonecos de figuras de formas chapadas visíveis com projeção de luz.
O Teatro de Animação é um teatro em que o ator se expressa através de bonecos, máscaras ou formas
abstratas. Nele, o foco de atenção é dirigido para o objeto, sugerindo um distanciamento entre ator e
personagem.
O boneco é esse objeto que para viver extrai vida do ator que assim, irremediavelmente, fica desprovido
de si, dividido, quando não lhe rouba também a voz. O boneco é esse ser vil que sempre que pode, suga
energia de quem dele se aproxima e o toca. Se deixado de lado, ou afastado de seu público, vinga-se
criando à sua volta uma áurea de mistério, de expectativas e espera. Abandonado, desvia o olhar para
bem longe, escondendo segredos. Quase sempre grosseiro, canhestro, em meio à risos nos tira a
realidade e logo a devolve, em caricaturas. Mas há também ocasiões que sabe se fazer de delicado –
muito sutil – sugerindo um mundo que as crianças e os poetas logo percebem, um mundo que as
palavras não tocam, fantasia concretizada.

Teatro de bonecos na educação


A televisão também descobriu os fantoches, os marrotes e os bonecos de vara, dando-lhes novas
amplitudes e enfoques. É o que vemos com Jim Henson, criador dos famosos Muppets, por exemplo,
amplamente conhecido. em Sesame Street – na versão brasileira, Vila Sésamo.
Se esse é o aspecto do Teatro de Bonecos atual como manifestação artística, há ainda em nossos dias
outro aspecto não menos importante que é a canalização do boneco para a educação. (...) E sobre Teatro
de Bonecos e Educação não podemos deixar de citar aqui A. R. Philpott que no Puppet Book, editado
por L. V. Wall (Londres, 1965) nos diz que: “o que foi fundamental no desenvolvimento da humanidade
deve ser fundamental para o desenvolvimento da criança”. (...) Sergei Obraztsov, diretor do Teatro
Central de Bonecos de Moscou, fala sobre o poder emocional que a arte possui, e que ao educarmos
crianças não podemos disso nos esquecer. Obraztsov vê no Teatro de Bonecos a “primeira incursão na
criança de imagens criadas pela arte, o primeiro encontro da criança com a arte cênica, as primeiras
sensações puramente estéticas.” Naturalmente ele está se referindo a espetáculos de Teatro de Bonecos
técnica e artisticamente avançados, como entre nós não temos ainda notícia, ou muito pouco. Mas, seja
qual for sua qualidade, existe no Teatro de Bonecos sempre o poder da alegoria que tanto pode
influenciar a imaginação e a emoção infantil.
O Teatro de Bonecos na educação em alguns países já é extensamente usado como auxiliar de ensino:
matemática, poesia, literatura, línguas estrangeiras. Mas, entre nós deveria ser principalmente usado
como motivação para as crianças carenciadas não só de estímulos educativos como carenciadas em
tantos outros aspectos. Deveria ser usado, por exemplo, na educação de saúde preventiva, para transmitir
noções de higiene, deveres e direitos cívicos, alfabetização etc.

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O que vem a ser Teatro de Bonecos Aplicado à Educação?


Teatro de Bonecos na educação pode ser visto sob dois aspectos: quando a criança o assiste, e quando a
criança o cria.
Enquanto a criança o assiste, ou seja, enquanto espetáculo, sabemos que nada se fixa na mente de uma
criança tão bem quanto as imagens que emocionalmente a prendem, transformando-a internamente.
Enquanto a criança o cria, possui um valor educativo muito grande, pelo seu aspecto lúdico e criativo,
envolvendo atividades motoras, além de propiciar o desenvolvimento da expressão verbal e um trabalho
em equipe.
Poderíamos dizer ainda que Teatro de Bonecos na Educação pode ser encarado sob dois aspectos:
Teatro de Bonecos-Instrumento
Quando se trata do espetáculo, ou seja quando é assistido como manifestação artística.
Quando ele é usado na mão do professor, em pequenos espetáculos, pequenas histórias, ou apenas com
um boneco, para transmitir um ensinamento, temas simples ou conceitos abstratos.
Quando é usado pela criança-aluno para retransmitir ou verbalizar o aprendido.
Teatro de Bonecos-Processo
Quando a criança confecciona ela mesma seus bonecos ou objetos, quando ela os manipula, cria seus
temas, desenvolvendo-os em roteiros.
Teatro de Bonecos – Processo
Para o desenvolvimento de bonecos aplicado à educação, O Casulo aplica as seguintes etapas para se
fazer junto a crianças e adolescentes um trabalho de Teatro de Bonecos enquanto processo. As 7 etapas
são:
Motivar;
Dialogar;
Manusear;
Manipular e Expressar;
Confeccionar;
Improvisar e Dramatizar;
Desenvolvimento de Participação e Análise.
Etapa 1. MOTIVAÇÃO – Motivar a criança com uma apresentação de teatro de bonecos prévia é muito
importante pois não chegaríamos a nada se não as motivássemos e não tivessem elas outras referências
além das estereotipadas experiências da TV ou cinema. É claro que o poder dessa motivação depende da
habilidade do manipulador e do conteúdo da peça apresentada.
Etapa 2. DIÁLOGO – Iniciar um diálogo durante ou depois da apresentação (dependendo do estilo do
apresentador) entre o boneco e a criança. Muitas vezes guardam elas medos de um ou outro personagem, e
esse medo se desfaz à medida que a criança vai aos poucos descobrindo sua forca sobre o boneco, e que
não está lidando nem com gente nem com bicho, mas nem por isso sonho ou pesadelo.
Etapa 3. MANUSEAR O BONECO – É importante que a criança sinta o boneco. O boneco daquela
apresentação, se possível, mas não necessariamente. Qualquer boneco em qualquer outra ocasião. Mas no
momento que a criança pega e brinca com um boneco, dando-lhe vida, ela se projeta nele, ou projeta
agressividades.
Etapa 4. MANIPULAÇÃO E EXPRESSÃO VERBAL – Conforme a faixa etária já se pode aos poucos,
ou imediatamente passar noções de manipulação ou expressão através de movimentos da mão e dedos.
Com isso estimula-se a coordenação motora ludicamente. Os exercícios de manipulação podem ser
iniciados sem os bonecos, com exercícios de dedos, mãos e braços, exercícios de expressão através de
pequenos e amplos gestos. Na manipulação de um boneco de luva é preciso distinguir movimentos do

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dedo indicador (o que controla a cabeça do boneco), dos outros dedos (que controlam os braços do
boneco), ou movimentos de pulso ou braço (que controlam o corpo e locomoção do boneco). Na educação
os bonecos mais recomendados são os de luva, não só por serem mais fáceis de serem confeccionados
como também por permitirem maior expressão manual. Mas os bonecos de vara também têm vantagens de
coordenação motora além de serem mais vistosos e servirem para determinadas situações. Apenas
confeccionar um boneco não é criá-lo, pois ele se cria na medida em que recebe vida, isto é, através da
manipulação. A expressão verbal do boneco também lhe acrescenta vida. E ao fazer a voz de um boneco a
criança desenvolve sua observação auditiva, como também desenvolve sua própria expressão verbal.
Através do boneco ela pode também verbalizar situações que na vida real não o faria.
Etapa 5. CONFECÇÃO – Depois de brincar, se exercitar ou se projetar nos bonecos recebidos pelo
educador, é mais do que tempo de dar às crianças a oportunidade de criarem elas mesmas seus
personagens. Como esta é uma arte essencialmente prática vamos falar apenas de algumas dificuldades e
vantagens da confecção. Ou de certas condições para se desenvolver a confecção com crianças de 6 anos
em diante. WR. Jacoby, dá 3 pontos básicos para a confecção: simplicidade, rapidez e satisfação.
Sobre a simplicidade sugere que não se busque na construção de um boneco, principalmente o
primeiro, a elaboração de uma obra acabada, ou a réplica de modelos, nem proximidades com a
realidade. Também se deve levar em consideração a faixa etária e não dar materiais que envolvam
complicadas técnicas. Sobre a rapidez, diz Jacoby, a criança quer ver logo sua obra terminada.
Processos demorados que levam muito tempo para secar, montar, pintar, vestir, podem interessar a
alguns adolescentes mas não servem para crianças. Vivendo aqui e agora como vivem, perderiam o
interesse se tivessem que esperar muito por um resultado. Finalmente sobre a satisfação, a satisfação
da criança é relativa a ela mesma. Não pode ser julgada por nossos padrões, nem pelo nosso senso
de proporcionalidade ou conceitos de cor ou forma, termina Jacoby. Seria bom lembrar que a criança
cresce na direção em que é estimulada, como a planta cresce em direção à luz.
Ainda sobre a confecção gostaria de abrir um parágrafo sobre os Fanto-lixos ou Fantolixos, termo
por nós criado para nos referirmos aos bonecos feitos de sucatas, materiais accessíveis senão
gratuitos. São bonecos já quase prontos, só necessário um pouco de cola, papel, tinta e imaginação,
As vantagens da confecção todos sabemos: ao rasgar ou cortar, colar, pintar, costurar, a criança
desenvolve motricidade. Aprende anatomia humana e animal. Desenvolve criatividade e imaginação.
Etapa 6. IMPROVISAÇÃO E DRAMATIZAÇÃO – Exercícios de manipulação e voz devem ser
feitos concomitantemente à confecção, de maneira que estando o boneco pronto ele quase que já
ganha uma determinada voz, conforme suas particularidades ou personalidade. Na confecção de um
boneco feito em grupo ele adquire características não só próprias como também outras em relação ao
grupo ou aos bonecos do grupo. Dessa forma já quase que temos uma história com diferentes
personagens simultaneamente criados. E essa estória depois através de improvisações vai se
formando em roteiro. Cabe ao educador apenas anotar as partes essenciais do roteiro criado pelas
crianças e cobrá-las nos ensaios ou brincadeiras de improvisação. Jamais um texto deve ser
impingido às crianças, principalmente depois de terem elas criado livremente seus personagens, pois
seria como que cortar um processo criativo.
O período de ensaios ou improvisações dramáticas é o período mais rico do processo. Dependendo
da idade das crianças esse período pode ser explorado ao máximo, fazendo com que elas possam se
auto-analisar colocando espelhos na frente do palco e atrás da cena, para que possam observar não
só sua manipulação como também a inter-relação dos seus movimentos corporais dentro de um
reduzido espaço. A utilização de gravadores para que elas possam se ouvir e se analisar mais tarde é
também outro meio que as ajudará na melhoria de uma linguagem e na fonética.
Neste ponto poderíamos abrir um capítulo sobre a produção que envolve todo um processo de
equipe: marcenaria, costura, música, iluminação às vezes, pintura etc.

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Palcos são também em si outro capítulo que infelizmente não dá para tratarmos aqui em extensão.
Tipos de palcos e como construí-los. E também pensarmos na não-necessidade deles... Ou produções
que incluam cenas com e sem palcos, ou diferentes tipos deles.
Ainda sobre essa penúltima etapa de dramatização gostaria de lembrar que cada ensaio é um
espetáculo e o espetáculo deve ser um ensaio.
O conjunto todo desse trabalho já é por si educativo enquanto trabalho de equipe, isto é,
coordenação social através de uma auto-expressão. É uma atividade onde cada membro de um
grupo, cada criança, pode encontrar uma atividade que lhe agrade. Não existe estrelismos, pois no
final o boneco é o único protagonista, e toda uma equipe desaparece para só aparecer os bonecos
como o resultado de um grupo.
Etapa 7. PARTICIPAÇÃO E ANÁLISE – Se tivermos um grupo de 6 ou 7 crianças já temos um
grupo para começar. Esse grupo pode ser dividido em dois. Se tivermos um grupo de 30 crianças,
esse pode ser subdividido em 5 subgrupos. E parte desse processo são os trabalhos paralelos de
diferentes grupos concomitantemente. Portanto numa classe de 30 alunos, teremos 5 roteiros
diferentes. Serão 5 ensaios e assim todos serão atores-manipuladores e plateia ao mesmo tempo. E
ser plateia é também parte importante do processo, pois é quando se pode estimular a análise ou
crítica das “atuações dos bonecos”, e não de manipuladores ou de companheiros. Aqui podemos nos
separar dos manipuladores ou mini-titeriteiros e jogar com o objeto-intermédio que é o boneco. E
assim como em fases preliminares gravadores ou espelhos estimulam auto-analise, a análise-crítica
final da plateia desenvolve espírito de crítica objetiva.
O mais importante nesse processo é a combinação do educativo com o lúdico, como para o adulto é
importante o trabalho alternado com a diversão. O fascínio do Teatro de Bonecos é que ele apresenta
sempre dualidades: é uma arte para adultos e para crianças; é espetáculo de entretenimento e
processo educativo; é sonho e é realidade.
O Teatro de Bonecos traz em si um mistério que para a criança é o mundo da fantasia, e para o
adulto é a intuição de outra realidade. Para aqueles que estão-em-formação, o vir-a-ser do boneco é
tão importante quanto para os adultos o é a intuição do Ser.
Theodore von Kleist disse: “O homem ao se tornar consciente de si mesmo perdeu o poder de
refletir ou transmitir o infinito, só a marionete, ou um deus, pode agora fazer isso”.
Educar não é dar informações, mas fazer de uma criança um homem verdadeiro. E verdadeiro
homem é aquele que além de si, intui sua Realidade.
Para lembrar
Boneco designa um objeto que representa a figura humana ao animal, é dramaticamente animado diante de um
público.
Diferença entre o boneco lúdico infantil do boneco de teatro e que no infantil ocorre uma relação intima entre a
criança e seu objeto, e independe do público.
O movimento do boneco, objeto teatral, tem como origem a energia consciente do ator-manipulador.
O ator representa um papel, já o boneco é o personagem o tempo todo.
Ator-manipulador apenas serve o boneco. Ele transmite a energia vital através do movimento. É o movimento e a
imagem que fazem o teatro de bonecos.
O boneco é um reflexo nosso. É a nossa representação reduzida. É feito a nossa imagem e semelhança:
Deus/homem, homem/boneco.
É a dualidade enquanto animado é espírito; enquanto inerte, é matéria.
Lixo

Fomos acostumados a associar esta palavra à sujeira, imundice, restos. Derivada do latim lix (cinza), o
lixo tecnicamente é conhecido como “Resíduo Sólido Urbano” (RSU). Se até o começo da Revolução

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Industrial o lixo era composto basicamente de restos e sobras de alimentos, a partir dessa era passou a
ser identificado, também, por todo e qualquer material descartado e rejeitado pela sociedade.
O lixo, evidentemente, é tão velho quanto a humanidade. Nem sempre, porém, foi problema. Na pré-
história, grupos nômades alimentavam-se da caça, da pesca e dos vegetais e os restos da refeição –
ossos, peles e casca dos frutos – eram largados no solo e seguiam o ciclo natural, numa espécie de éden
ecológico. Cada rajada de progresso desde então contribuiu para que os detritos aumentassem, sem que
isso incomodasse muito as pessoas em volta (o asseio, em diversas sociedades, foi um conceito que
custou a pegar). São muitas as ilustrações de Londres e Paris na Idade Média que mostram ruas
emporcalhadas e dejetos sendo lançados das janelas sobre transeuntes incautos. Jean-Baptiste Debret, o
retratista do Rio de Janeiro antigo, e outros artistas daquele tempo desenharam os escravos, chamados de
tigres, que à noite transportavam em tonéis, nas costas, o lixo das casas e o despejavam no mar e em
lagoas. A visão do lixo como problema a ser enfrentado só se firmou no século XIX, quando a
Revolução Industrial instituiu um novo patamar de tecnologia, de conforto, de produtos – e de resíduos,
montanhas de resíduos. O lixo, a partir daí, e empurrado pela comprovação científica de seu papel como
causador de doenças várias, começou a ser um desafio para a humanidade. A industrialização incorporou
ao cotidiano das pessoas uma série de novos produtos – e, mais que todos eles, o onipresente plástico,
que, por demorar um século para se decompor e nunca desaparecer completamente, hoje enfeia ruas,
praias, rios e até o fundo do mar. O impulso industrial também contribuiu para o surgimento das
metrópoles – e, quanto mais gente confinada em determinado espaço, mais detritos se acumulam.
Na virada do século XIX para o XX, a limpeza urbana tornou-se uma preocupação séria. A primeira
empresa desse segmento no Brasil, contratada pela cidade do Rio de Janeiro em 1876, era comandada
por Aleixo Gary – seu sobrenome virou sinônimo de coletor de lixo. Em São Paulo, o primeiro contrato
para coleta, limpeza de bueiros e incineração de lixo foi feito em 1893. Das carroças aos caminhões de
coleta e aos caminhões-pipa, para lavagem das vias, décadas se passariam ainda.
A acumulação de sujeira é inevitável, faz parte do mundo atual e não para de crescer e se multiplicar,
com novos e problemáticos ingredientes. Às toneladas de garrafas, sacolas e embalagens de plástico
descartadas todos os dias vieram se somar, mais recentemente, placas, teclados e outros componentes de
computadores, impressoras, celulares e demais exemplares de uma nova categoria, o lixo eletrônico, ou
e-lixo.
Classificação do Lixo é feita por grupos de acordo com a origem:
Doméstico – produzido em residências;
Comercial – do comércio;
Público – de ruas, praças e feiras;
Hospitalar – aquele dos serviços de saúde;
Industrial – restos de matéria-prima, subprodutos;
e ainda os de Construção Civil, de Mineração, de Agricultura.
Composição do Lixo – o lixo é basicamente composto por:
Material Orgânico, derivado de seres vivos animais ou vegetais, facilmente decomposto pela natureza.
Material Inorgânico, composto por minerais e produtos industrializados, sendo de dificil decomposição
na natureza mas que podem ser reciclados.

Sucata
Sucata é um termo que começou a ser usado para designar um tipo específico de sobra, em geral
proveniente das peças obtidas do desmonte de automóveis e outras máquinas, mas que se generalizou

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para outros tipos de material, uma vez que os chamados ferros-velhos passaram a abrigar uma
quantidade e uma variedade mais ampla de objetos aparentemente inúteis.
Mudando o ponto de vista, a sucata perdeu sua condição de inutilidade e tem virado matéria-prima para
o trabalho de artesãos, inventores de engenhocas e artistas plásticos que garimpam nestas misturas
inspiração para construir protótipos inéditos.
Didonet (1982), por exemplo, entende o termo sucata com uma conotação diferente daquela que
frequentemente lhe é atribuída. Para o autor, sucata não quer dizer lixo, ferro velho, ou mesmo coisas
jogadas fora. A sua ideia sobre a sucata remete a “objetos que já tiveram um determinado uso e que
passam a ser matéria prima para ser transformada e adquirir um novo significado”.
Reciclagem – Reaproveitamento – Reutilização
Reciclagem é um termo utilizado para indicar o reaproveitamento ou a reutilização de um material que
por algum motivo foi rejeitado. A partir da reciclagem diminuem a quantidade de lixo que é jogada na
natureza e a quantidade de energia e de matéria-prima que é utilizada para a produção de novos
produtos. Mas tecnicamente existem algumas diferenças entre os chamados Três Erres:
Reciclar é o processo de retornar a sucata em matéria prima e produto final por meio de industrialização.
Se objetos como garrafas de vidro, latas de metal e de estanho, jornais e plásticos não puderem ser
reutilizados, talvez seja possível reciclá-los. Por exemplo, o vidro é lavado em fábricas especiais,
quebrado em pedacinhos e, então, derretido para fazer vidro “novo”, pronto para a fabricação de alguma
outra coisa. Alguns países têm fábricas que reciclam estes materiais.
Reaproveitar ou Reutilizar é voltar a aproveitar, dar um novo uso. As pessoas são frequentemente muito
imaginativas ao reutilizarem os objetos, ao invés de jogá-los fora. Por exemplo, podemos amassar as
latas de alumínio vazias e usá-las como chapa de metal. Podemos fazer móveis com sobras de madeira e
usar vidros bem lavados para guardar alimentos e materiais de carpintaria e de escritório.
Evolução dos R's

1º Momento – Ontem – 3 Rs:


Reduzir
Reutilizar ou Reaproveitar
Reciclar

2º Momento – Hoje – 5 Rs:


Reduzir
Reutilizar
Reaproveitar
Reciclar
Repensar

3º Momento – Amanhã – 7 Rs:


Reduzir
Reutilizar
Reaproveitar
Reciclar
Repensar
Recusar
Recuperar

Conceitos importantes
Sustentabilidade

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Sustentabilidade é dar suporte a alguma condição, em algo ou alguém, é a condição para um processo ou
tarefa existir. Atualmente, o termo é utilizado para designar o bom uso dos recursos naturais da Terra,
como a água, as florestas e etc.
A palavra sustentável tem origem no latim “sustentare”, que significa sustentar, apoiar, conservar. O
conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado com uma mentalidade, atitude ou estratégia
que é ecologicamente correta, viável a nível econômico, socialmente justa e com uma diversificação
cultural.
Sustentabilidade virou um tema essencial atualmente, e é utilizado para chamar diversos produtos e
serviços, por exemplo, existem carros com conceito de sustentabilidade, prédios, empreendimentos, e até
mesmo roupas. É um conceito para mostrar que o produto foi fabricado feito sem danificar ou prejudicar
o meio ambiente, é ecologicamente correto, não polui, não foram utilizadas madeiras de locais
proibidos, e etc.
Existem diversos conceitos ligados à sustentabilidade, como crescimento sustentado, que é um
crescimento na economia constante e seguro, gestão sustentável, que é dirigir uma organização
valorizando todos os fatores que a englobam, e é essencialmente ligado ao meio ambiente. Vários desses
conceitos incluem as palavras “sustentável” ou “sustentado”, sendo que a diferença entre os dois termos
é que a palavra “sustentável” indica que há a possibilidade de sustentação, enquanto que o termo
“sustentado” expressa que essa sustentação já foi alcançada.
Sustentabilidade Empresarial
Cada vez mais as empresas se preocupam com o meio ambiente, e ao mesmo tempo é uma estratégia.
Nas empresas, o conceito de sustentabilidade está ligado diretamente com responsabilidade social,
tornou-se inclusive uma vantagem competitiva. A empresa que se preocupa com a sustentabilidade é
aquela que cuida do Planeta, se preocupa com a comunidade, com o meio ambiente, e é sempre louvável
aos olhos do público.
A sustentabilidade nas empresas está também ligada à sustentabilidade econômica, que é alcançada
através de um modelo de gestão sustentável, ou seja, um modelo que incentiva processos que permitem
a recuperação do capital financeiro, humano e natural da empresa.
Sustentabilidade Ambiental e Ecológica
Sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, é manter a
qualidade de vida, manter o meio ambiente em harmonia com as pessoas. É cuidar para não poluir a
água, separar o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas, desmatamentos. O próprio conceito
de sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar de todo o sistema, para que as gerações futuras
possam aproveitar.

Sustentabilidade Social
São ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população. O conceito de Sustentabilidade
Social se refere a um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida da população. Estas
ações devem diminuir as desigualdades sociais, ampliar os direitos e garantir acesso aos serviços
(educação e saúde principalmente) que visam possibilitar as pessoas acesso pleno à cidadania.
Importância
As ações sustentáveis socialmente não são importantes apenas para as pessoas menos favorecidas.
Quando colocadas efetivamente em prática, possuem a capacidade de melhorar a qualidade de vida de
toda população.
Um exemplo prático é a diminuição da violência proporcionalmente à ampliação do sistema público
educacional de qualidade.

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Vale lembrar que uma população com bom nível cultural e educacional respeita mais o meio ambiente,
colaborando desta forma para o desenvolvimento sustentável do planeta.
Exemplos de ações de sustentabilidade social
Implantação de projetos educativos e sociais gratuitos, principalmente para pessoas de baixa renda;
Investimentos em educação pública, visando à qualidade do ensino;
Implantação de programas voltados para a inclusão social, principalmente de pessoas portadoras de
necessidades especiais;
Qualificação profissional de jovens através, principalmente, de cursos gratuitos de língua estrangeira,
informática e etc.;
Investimentos governamentais em saneamento básico, garantindo tratamento de esgoto e acesso à água
potável para pessoas que não tem acesso a estes serviços;
Implantação de projetos que possibilitem acesso à energia elétrica para pessoas que ainda não possuem
este serviço;
Ampliação do acesso à Internet para pessoas de baixa renda;
Ampliação dos meios de participação democrática na definição de ações que visem melhorar a qualidade
de vida das pessoas. Um bom exemplo desta ação é o orçamento participativo;
Adoção de sistemas educacionais que levem informações sobre a importância da preservação ambiental
para a sociedade, relacionando-a com a melhoria da qualidade de vida em seu espaço geográfico;
Projetos de qualificação profissional, principalmente para trabalhadores que se encontram
desempregados;
Orientação aos jovens, através de programas eficientes, sobre o grave problema das drogas;
Implantação de programas geradores de renda para pessoas carentes.
Gestão Ambiental
A novíssima área de conhecimento e trabalho intitulada “Gestão Ambiental” vem causando muita
confusão entre os especialistas em meio ambiente. A dúvida se inicia com a pergunta, mas afinal o que é
Gestão Ambiental?
Para responder esta difícil pergunta, antes dao meio ambiente. Vários desses conceitos incluem as
palavras “sustentável” ou “sustentado”, sendo que a diferença entre os dois termos é que a palavra
“sustentável” indica que há a possibilidade de sustentação, enquanto que o termo “sustentado” expressa
que essa sustentação já foi alcançada.

Sustentabilidade Empresarial
Cada vez mais as empresas se preocupam com o meio ambiente, e ao mesmo tempo é uma estratégia.
Nas empresas, o conceito de sustentabilidade está ligado diretamente com responsabilidade social,
tornou-se inclusive uma vantagem competitiva. A empresa que se preocupa com a sustentabilidade é
aquela que cuida do Planeta, se preocupa com a comunidade, com o meio ambiente, e é sempre louvável
aos olhos do público.
A sustentabilidade nas empresas está também ligada à sustentabilidade econômica, que é alcançada
através de um modelo de gestão sustentável, ou seja, um modelo que incentiva processos que permitem
a recuperação do capital financeiro, humano e natural da empresa.

Sustentabilidade Ambiental e Ecológica


Sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, é manter a
qualidade de vida, manter o meio ambiente em harmonia com as pessoas. É cuidar para não poluir a
água, separar o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas, desmatamentos. O próprio conceito

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de sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar de todo o sistema, para que as gerações futuras
possam aproveitar.

Sustentabilidade Social
São ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população. O conceito de Sustentabilidade
Social se refere a um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida da população. Estas
ações devem diminuir as desigualdades sociais, ampliar os direitos e garantir acesso aos serviços
(educação e saúde principalmente) que visam possibilitar as pessoas acesso pleno à cidadania.
Importância
As ações sustentáveis socialmente não são importantes apenas para as pessoas menos favorecidas.
Quando colocadas efetivamente em prática, possuem a capacidade de melhorar a qualidade de vida de
toda população.
Um exemplo prático é a diminuição da violência proporcionalmente à ampliação do sistema público
educacional de qualidade.
Vale lembrar que uma população com bom nível cultural e educacional respeita mais o meio ambiente,
colaborando desta forma para o desenvolvimento sustentável do planeta.

Exemplos de ações de sustentabilidade social


Implantação de projetos educativos e sociais gratuitos, principalmente para pessoas de baixa renda;
Investimentos em educação pública, visando à qualidade do ensino;
Implantação de programas voltados para a inclusão social, principalmente de pessoas portadoras de
necessidades especiais;
Qualificação profissional de jovens através, principalmente, de cursos gratuitos de língua estrangeira,
informática e etc.;
Investimentos governamentais em saneamento básico, garantindo tratamento de esgoto e acesso à água
potável para pessoas que não tem acesso a estes serviços;
Implantação de projetos que possibilitem acesso à energia elétrica para pessoas que ainda não possuem
este serviço;
Ampliação do acesso à Internet para pessoas de baixa renda;
Ampliação dos meios de participação democrática na definição de ações que visem melhorar a qualidade
de vida das pessoas. Um bom exemplo desta ação é o orçamento participativo;
Adoção de sistemas educacionais que levem informações sobre a importância da preservação ambiental
para a sociedade, relacionando-a com a melhoria da qualidade de vida em seu espaço geográfico;
Projetos de qualificação profissional, principalmente para trabalhadores que se encontram
desempregados;
Orientação aos jovens, através de programas eficientes, sobre o grave problema das drogas;
Implantação de programas geradores de renda para pessoas carentes.

Gestão Ambiental

A novíssima área de conhecimento e trabalho intitulada “Gestão Amb ental” vem causando muita
i

confusão entre os especialistas em meio ambiente. A dúvida se inicia com a pergunta, mas afinal o que é
Gestão Ambiental?
Para responder esta difícil pergunta, antes dma gestão se desenvolverão uma diversidade de diligências
que levarão ao cumprimento do objetivo traçado, de um negócio ou até mesmo de um simples desejo tão
sumamente esperado.

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Como gestão também se subentende que é o que leva a organizar, dispor, dirigir e dar uma ordem para
que se consiga um determinado objetivo. Ao tratar do termo deve-se mencionar que a gestão é uma
tarefa que requer esforço, alguns recursos, consciência e boa vontade para que se possa terminar esta
tarefa. Utiliza-se a gestão para orientar a resolver um problema específico, a concretizar um projeto. A
gestão também é usada para referir-se a direção e administração que se realiza em uma organização,
empresa ou negócio.
Mesmo que não seja perfeitamente possível encontrar uma definição que seja aceita de forma universal
quando se trata do termo, existe certo consenso a que a gestão pode definir-se como um conjunto de
tarefas que buscam garantir a execução eficaz de todos os recursos disponíveis numa organização para
conseguir-se lograr objetivos propostos. Em outras palavras, gestão é a capacidade de atenderem-se os
objetivos determinados, ou o grau em que um sistema realiza aquilo que se espera dele.
A função da gestão é a otimização do funcionamento dos negócios ou das organizações através da
resolução de tomar decisões que sejam racionais e fundamentadas na coleta de informações que sejam
consideradas de relevância, e assim, contribuir para o seu desenvolvimento.
Gestão também pode ser definida como um conjunto de regras para executar com a maior eficácia
possível um negócio ou uma atividade empresarial; definitivamente trata-se de obter sucesso em
qualquer empreendimento de caráter econômico, financeiro ou político.
O termo gestão vem do latim “gestio-gestionis”, que significa executar, obter sucesso com meios
adequados. Com uma gestão de boa qualidade pode-se obter êxito em tudo o que se propõem na vida. A
gestão é um meio pelo qual se consegue, também com planejamento, resultados de qualidade e,
definitivamente a gestão leva a conseguir os objetivos propostos.

Conceito sobre Gerenciamento


Em termos gerais, o gerenciamento se refere à ação e ao efeito de administrar ou gerenciar um negócio.
Através de um gerenciamento se levarão a cabo diversas diligências, trâmites, as quais conduzirão ao
lucro de um objetivo determinado, de um negócio ou de um desejo que leva longo tempo em planos,
como se diz popularmente.
Também e simultaneamente, um gerenciamento terá que dirigir, governar, dispor, organizar e por em
ordem para conseguir os objetivos propostos. Do mencionado desprende-se que o gerenciamento é uma
tarefa que requererá de muita consciência, esforço, recursos e boa vontade para ser levada a cabo
satisfatoriamente.
Um gerenciamento, então, poderá estar orientado a resolver um problema específico, a concretizar um
projeto, um desejo, mas também pode se referir à direção e administração que se realiza em uma
empresa, uma organização, um negócio, e inclusive a nível governamental, é comum que a tarefa que
leve a cabo o governo de um determinado país seja também denominada gerenciamento.
Podemos nos encontrar com diversos tipos de gerenciamento, dependendo do âmbito no qual se
desenvolva o mesmo, assim aparecerão o gerenciamento social, o gerenciamento de projetos, o
gerenciamento do conhecimento e o gerenciamento ambiental.
O Gerenciamento Social é aquele que se ocupa de construir diversos espaços destinados à interação
social e à superação daqueles problemas ou obstáculos que se apresentam nas comunidades e que
impedem o normal funcionamento e existência de alguns grupos.
Gerenciamento de Projetos se encarregará de administrar e organizar os recursos com o claro objetivo
de poder concretizar todo o trabalho que requer um projeto dentro do tempo pautado e com os recursos
que se dispõem, nem mais nem menos.
O Gerenciamento do Conhecimento é uma questão amplamente difundida a nível organizacional, já que
se ocupa da transferência de conhecimento preciso e a experiência entre os membros que compõem a

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organização e desta maneira o conhecimento resultará sendo um recurso disponível para todos os
componentes da mesma.

E finalmente aparece o Gerenciamento Ambiental, na realidade um conceito de gerenciamento não tão


difundido, mas decisivo à hora da vida, já que o mesmo se refere ao conjunto de diligências dedicadas
ao manejo do sistema ambiental com base no desenvolvimento sustentável. Através deste se organizarão
todas aquelas atividades orientadas a dar a uma comunidade a melhor qualidade de vida possível.

Responsabilidade Social
Se define responsabilidade social a obrigação e compromisso que os membros de uma determinada
comunidade, sociedade; individualmente por cada um pessoalmente ou compartilhada por um grupo
social, que têm entre si, e da mesma forma com a sociedade ou comunidade conjuntamente.
Esta responsabilidade social pode expressar-se de duas formas, de um lado pode ser negativa, ou seja, a
responsabilidade de não querer atuar, e também, ao contrário, pode ser positiva, quando alguém decide
atuar e exercer a responsabilidade social.
Damos um exemplo: Quando qualquer pessoa, já seja um de nós que formamos parte da sociedade
assumimos uma obrigação, estamos obrigados a respeitar todas as normas, regras e leis, simplesmente
por haver aceitado uma responsabilidade devemos respeitar todas as regras e respeitar todos ao nosso
redor e assumir a responsabilidade que exige essa obrigação para não causar nenhum tipo de dano ou
desconforto no exercício de nossa responsabilidade. Devemos pensar nos outros e respeitar seus direitos
e compartilhar suas obrigações.
Na atualidade, a responsabilidade social é considerada como um conceito normativo, porém não é
considerado obrigatório, mas, de maneira nenhuma podemos usar isso como justificativa para não
observar determinadas situações que são partes daquele que deseja observar os preceitos da
responsabilidade social. O que se pede, neste sentido é a verdadeira ideia de contrato social entre
diferentes pessoas que atuam na sociedade como um todo e que se comprometem a atuar com
responsabilidade sem causar nenhum tipo de prejuízo a terceiros.
Responsabilidade social não é somente uma obrigação moral e voluntária de assumir compromissos que
vão mais além de nossas próprias obrigações legais no que chamamos âmbito social, econômico e
ambiental. Responsabilidade social também é compartilhar nossa própria missão os objetivos próprios
da política de responsabilidade social, entendida como a gestão do impacto econômico, social e
ambiental de nossas atividades.
Como responsabilidade social devemos entender também como devemos ser conscientes de que é uma
responsabilidade que revela o caráter caritativo de cada um como pessoa e quais são nossos deveres para
com os outros. Lembrando que existem situações, graves como uma crise financeira mundial, que exige
de cada um dos atores que aparecem no cenário da vida, atuem de forma responsável sobre esse assunto
e que exerça no sentido mais amplo da palavra, a responsabilidade social como norma de vida.

Referencial Bibliográfico
AMARAL, Ana Maria. Teatro de Forma Animadas. São Paulo: EDUSP, 1991.
______ Teatro de Bonecos no Brasil,
______ O ator e seus duplos: máscaras, bonecos, objetos, São Paulo:Ed. SENAC, 2002
Artigos Os Desafios da era do lixo – WP Padovani
Lixo ou rejeitos reaproveitáveis – Antonio Carlos Teixeira. Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 87,
Fevereiro 2004.
GRIPPI, Sidney. Lixo, reciclagem e sua história. Interciência – Temas: Ecologia, Meio Ambiente.

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QUEIRÓZ, Lima, Luiz Mário. Lixo - tratamento e biorremediação. Hemus – Temas: Meio Ambiente,
Reciclagem, Ecologia
MIRANDA, Luciana Leite de. O que é Lixo. Brasiliense – Temas: Ecologia, Meio Ambiente

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