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Como Se Faz o Teatro de Animação

O teatro de bonecos é uma das expressões artísticas mais antigas


de que se tem notícias. Estudos apontam que, na Pré-História, os
homens se divertiam com suas sombras, movimentando-se nas
paredes das cavernas e as mães entretinham seus filhos utilizando
os dedos e movendo as mãos, descobrindo diversas sombras com
silhuetas interessantes.

Há uma grande variedade de bonecos pelo mundo e cada tipo tem


suas características específicas, exigindo uma linguagem
dramática especial.

No Japão, por exemplo, os bonecos chamados bunraku, podem


alcançar o tamanho de uma criança e são controlados por vários
manipuladores a partir de mecanismos nas costas dos bonecos.
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Na Índia, especificamente na ilha de Java, os tradicionais bonecos
de vara são utilizados.

No Brasil, o teatro de bonecos chegou com a tradição do teatro de


fantoches e teve grande repercussão e divulgação no país,
principalmente com o mamulengo, um dos bonecos mais utilizados
no teatro de animação, no estado de Pernambuco.

O TEATRO DE FANTOCHES, DE BONECOS OU DE


MARIONETES é a expressão teatral que caracteriza as
encenações realizadas, respectivamente, com fantoches,
marionetes os bonecos.

Este instrumento teatral conferia aos seres que os utilizavam


poderes mágicos, caracterizando-os como personas intermediárias
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entre os povos primitivos e seus deuses. As pessoas conferiam tal
sacralidade ao fantoche que ele realmente parecia sustentá-las
espiritualmente.

Ao se tornar portador do fantoche, o personagem adquiria


poderes que o convertia em um profeta, um ser sagrado, um
exorcista. Portanto, somente um iniciado nos conhecimentos
sacros poderia usar suas mãos para dar vida ao fantoche, em uma
cerimônia especialmente preparada para essa encenação.

Na era clássica os fantoches estavam dispostos principalmente


dentro dos templos; eram bonecos de grande porte conduzidos
igualmente durante as procissões de iniciação. Eles se
desenvolvem particularmente a partir do século VII, com a adoção
de estátuas semelhantes ao Homem. Estes fantoches que imitam
as feições humanas são então escolhidos cada vez mais para
estes eventos religiosos, assumindo um estilo que ainda hoje
marca as representações do teatro de fantoches.

Tipos de Bonecos:

FANTOCHES - bonecos de mão ou de luva


Esse tipo possui corpo de tecido, vazio, que o manipulador
veste na mão; ele encaixa os dedos na cabeça e nos braços para
movimentá-los. A figura é vista só da cintura para cima e
geralmente não tem pernas. A cabeça pode ser feita de madeira,
papier-maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de feltro.
O modo de operação mais comum é usar o dedo indicador para a
cabeça, e o polegar e o dedo máximo para os braços. Esse é o
típico show de fantoches apresentado ao ar livre por toda a europa.
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A vantagem do fantoche ou boneco de mão é a sua agilidade e
rapidez; a limitação é seu tamanho reduzido e os movimentos de
braços pouco eficientes

BONECOS DE VARA
São figuras também manipuladas por baixo, mas de tamanho
grande, sustentadas por uma vara que atravessa todo o corpo, até
a cabeça. Outras varas mais finas podem ser usadas para
movimentar as mãos e, se necessário, as pernas. Esse tipo de
figura é tradicional nas ilhas indonésias de Java e Bali, onde são
chamadas de wayang golek.
Em geral, o boneco de vara é adequado a peças de ritmo lento
e solene, mas são muitas as suas potencialidades e grande a sua
variedade. Porém é muito exigente quanto ao número de
manipulares, exigindo sempre uma pessoa por boneco, e às vezes
duas ou três para uma única figura.
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MARIONETES OU BONECOS DE FIO


São figuras grandes controladas por cima. Normalmente são
movimentadas por cordões ou fios que vão dos membros para uma
cruzeta de controle na mão do manipulador. O movimento é feito
por meio da inclinação ou oscilação da cruzeta de controle, mas os
fios são também puxados um a um quando se deseja um
determinado movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter
nove fios: um em cada perna, um em cada mão, um em cada
ombro, um em cada orelha (para mexer a cabeça) e um na base da
coluna, para fazer o boneco se inclinar. Efeitos mais detalhados
podem exigir o dobro ou o triplo desse número. A manipulação de
uma marionete de muitos fios é uma operação complexa que exige
grande treinamento.

TEATRO DE SOMBRAS
Trata-se de um tipo especial de figura plana, utilizada para
projetar sombras em um telão semitransparente. Podem ser
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recortadas em couro ou qualquer outro material opaco, como nos
teatros tradicionais de Java, Bali e da Tailândia, além do tradicional
"sombras chinesas" da Europa do século XVIII; nos teatros
tradicionais da China, Índia, Turquia e Grécia, e em diversos
grupos modernos da Europa, as figuras podem ser recortadas
também em couro de peixe ou em outros materiais transparentes.
Elas podem ser operadas por baixo, com varas, como no
teatro javanês; com varas que ficam em ângulo reto com a tela,
como nos teatros chinês e grego; ou por meio de cordões
escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas. O
teatro de sombras não precisa se limitar a figuras planas. Ele pode
lançar mão também de figuras tridimensionais.
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A Magia dos Bonecos

A magia da arte milenar do Teatro de Bonecos que encanta adultos


e crianças é uma das mais remotas maneiras de diversão entre a
humanidade. Registros dessa forma de expressão artística existem
desde a Pré-História. A origem do Teatro de Bonecos remonta ao
Antigo Oriente, em países como a China, Índia, Java e Indonésia.
Por intermédio dos mercadores foi se dispersando para a Europa,
inclusive sendo usado durante a Idade Média como instrumento de
evangelização. Mas com o Cristianismo, durante a Renascença, o
Teatro de Bonecos ficou abafado.

Na América, o surgimento do Teatro de Bonecos aconteceu por


volta do século XVI, época dos grandes descobrimentos, o que
contribuiu muito para sua divulgação no mundo inteiro.
Confeccionado muitas vezes, semelhante à nossa imagem, o
boneco se torna um ser misterioso em torno do qual podemos
construir um mundo.

No palco toma vida própria através das mãos do manipulador,


conta história e transforma a vida numa magia que muitas vezes
nos faz sair da realidade pelo seu grande poder de sugestão. Toda
a sua expressão se concentra no movimento.

- Maria Victória Nascimento - 7° B № 30


- Trabalho de faltas.

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