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de Atilio Bari
Personagens
Escova, um parasita
Erócia, a prostituta
Cilindro, o cozinheiro
Messenião, o escravo
Médico
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PRÓLOGO
Coreuta - Caiiiimmm...
Coreuta2 - Fechou...
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Coreuta 4 - Os seios?
Coreuta 3 - Gêmeos.
Coreuta 4 - Lá chegando,
A cidade estava em festa:
Gincanas, jogos, competições.
O pobre do menino, um caipirão,
Se perdeu na multidão.
Coro - Epidano.
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Coro - Coitado!
Coro - Menecmo.
Coro - Epidano.
CENA 1
Escova
Escova - Oi.
O pessoal me chama de Escova.
Acho que é porque quando eu como
Eu deixo a mesa limpa...
E é verdade, não posso negar.
Do couvert até a sobremesa,
Eu como mesmo de tudo. E bastante.
É só o que eu quero da vida:
Pratos e copos em fartura!
E quando eu morrer,
Já falei pra todo mundo
Pra encher de comida a minha sepultura,
Porque eu não quero passar fome lá no fundo.
Por falar em passar fome,
Já não como há uma hora!
Porisso estou vindo aquí,
À casa de Menecmo,
A quem já estou penhorado há um tempão.
Gosto muito dele! Faz belos banquetes!
Ele próprio é um comilão!
Bom moço... generoso... chegado numa boa mesa
E num bom leito,
Que eu uso pra dormir, ele não...
Companheirão! É o amigo perfeito!
Ôpa! É êle! Vem vindo!
Xiii! Está saindo?
ESCOVA OBSERVA.
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CENA 2
Menecmo e Matrona (esta fora de cena)
(para a coxia)
Ah, mas já que é assim,
Será doce a minha vingança.
Já que quer me segurar, me espionar,
Já que não tem confiança,
Então eu vou mesmo arranjar uma rapariga
E convidá-la para... para jantar!
CENA 3
Escova e Menecmo
Escova - Legal...
Escova - Êêêê... está bem, mas vou cheirar a parte de cima... (cheira dentro
do manto)
CENA 4
Menecmo, Escova e Erócia
Escova - E eu?
Escova - O banquete!
CENA 5
Erócia e Cilindro
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CENA 6
Sósicles e Messenião
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Sósicles - Nosso dinheiro, não! MEU dinheiro... Passe a bolsa para cá.
CENA 7
Sósicles, Messenião e Cilindro
(aproxima-se)
Salve, senhor!
Cilindro - Escova!
(para Messenião)
Eh, eh, eh, eu estava brincando.
Não conheço ele não... Nunca o ví... Foi apenas uma piada...
CENA 8
Erócia, Sósicles e Messenião
É melhor me aproximar...
Iú-ú! Benzinho! Não fique aí na rua!
Venha para dentro, meu gatinho. A casa é toda sua!
Está quase tudo pronto, como mandou...
Viu? Até que não demorou...
Podemos ir “comendo” umas coisinhas, se quiser...
Messenião - Ora, foi com o senhor que ela falou. Pelo menos, parece...
Erócia - Naturalmente!
Pra você e pra aquele seu parasita, que não serve pra nada!
Eu até dispensei os outros clientes!
Erócia - Escova!
Erócia - Estou falando daquele peste que te segue por toda a ilha.
Estava com você, quando me deu a mantilha!
Aquela que você roubou da sua mulher!
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CENA 9
Escova
CENA 10
Erócia, Sósicles e Escova
(Erócia e Sósicles estão saindo da casa. Ela vem estalando um chicote, ele se encolhe
todo. Escova observa)
CENA 11
Erócia e Sósicles
Erócia - Bye-bye...
CENA 12
Matrona, Escova e Menecmo
(Entra Menecmo)
(para Matrona)
A mantilha!
Escova - A mantilha!
(para Matrona)
Vai, geléia, sai da frente.
(para Menecmo)
Você roubou!
Menecmo - Contesto!
Escova - Covarde!
Menecmo - Cachorro!
Escova - Canalha!
Menecmo - Calhorda!
Escova - Imoral!
Menecmo - Idiota!
Escova - Inhorante!
Menecmo - Imbecil!
Matrona - Sumiu...
Matrona - Sumiu...
Escova - Acreditou!
(para a platéia)
Tcháu procês!
Acabou-se a minha parte nesta peça... (sai)
CENA 13
Menecmo e Erócia
(chama)
Erócia! Erócia!
Erócia - Tudo?
Menecmo - Tudo!
Devolva-me a mantilha que te dei de presente.
Mas não se preocupe, meu amor,
Depois eu te compro outra, do dobro do valor.
CENA 14
Sósicles e Matrona
Matrona - Papai!
CENA 15
Velho
CENA 16
Velho, Matrona e Sósicles
Sósicles - (gritando)
Já montei, Apolo! Tenho as rédeas na mão!
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CENA 17
Velho, Médico e Menecmo
(Menecmo entra)
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(o velho adormece)
Relaxe... isso...
Ótimo! Estamos progredindo!
Me diga, agora: o que é que você sentiu?
(para o médico)
Viu? Antes não sabia quem eu era,
Agora me reconheceu!
Acho que a loucura dele é intermitente!
CENA 18
Messenião e Menecmo
Messenião - Não, sabe o que é? Não que eu queira aproveitar da situação, mas...
Vamos fazer um acordo?
Eu liberto o senhor e o senhor também me deixa livre?
Messenião - (desamarrando-o) Oh, senhor! Como me faz feliz! Sou livre, agora!
Minha gratidão será eterna diante da nobreza do seu gesto!
E para demonstrar-lhe o quanto sou fiel e honesto:
Eis aquí o seu dinheiro! (estende-lhe a bolsa)
(para Messenião)
Não, não, não... Fique com ele, pode ficar. É todo seu!
CENA 19
Sósicles, Messenião e Menecmo
(para Sósicles)
Mas com toda a certeza o senhor se lembra
Da alforria e do dinheiro que me deu!
Sósicles - Essa não! Passe pra cá o dinheiro, que ele é muito meu!
Eu lhe dei a alforria? Imagine! Ficou louco?
Jamais o faria!
Os dois - Que é?
Messenião - Tá. Ah, mas dessa vez quero ser alforriado de fato!
Então, vamos ao trabalho.
Menecmo - Teuximarca.
Menecmo - Dois.
Messenião - Hummmmm...
EPÍLOGO
Todos em cena
FIM