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A diversidade das marionetas

Apesar de normalmente pensarmos que as marionetas se destinam apenas a espetáculos para


crianças, isso é uma ideia errada. As marionetas surgiram para entreter adultos, muitas vezes
reis e nobreza, ou então para contar histórias de carácter religioso. Por esta razão existem
marionetas em todo o mundo. Conforme a sua proveniência, elas transmitem valores das
culturas locais. Por isso deves encarar a tua visita ao museu também como uma forma de
conheceres povos diferentes e formas de teatro diversas. Para além disso, deves lembrar-te que
as marionetas precisam de ser animadas, o que quer dizer que é necessária a ajuda de uma
pessoa que as faça movimentar para que ganhem vida. Essa pessoa tem o nome de manipulador.
Existem muitas maneiras de fazer mexer uma marioneta, a que chamamos tipos de
manipulação. Repara no desenho em baixo:
Tipos de Bonecos (Formas Animadas)

Fantoches: São bonecos que possuem corpo de tecido, vazio, que o manipulador veste na mão.

Este encaixa os dedos na cabeça e nos braços do boneco para movimentá-los. A figura é vista só

da cintura para cima e, geralmente , não tem pernas. A cabeça pode ser feita de madeira, papier-

maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de feltro. O modo de operação mais comum é

usar o dedo indicador para a cabeça e o polegar e o dedo médio para os braços. Para apresentá-

los, é interessante que o manipulador esconda o seu corpo, deixando à mostra apenas o boneco.

Existem estruturas ideais para a encenação destes bonecos, que se assemelha a uma pequena

casa com tamanho suficiente para comportar duas ou três pessoas no seu interior.

Marioneta de fios: originado do termo francês marionette, o teatro de marionetas,


marionetes ou fantoches é uma forma tradicional de apresentação artística. Consiste em
bonecos que representam animais, pessoas ou objetos animados que são manipulados por
pessoas através de cordéis. Normalmente, quem manipula os fantoches são os marionetistas,
que se apresentam escondidos atrás de uma tela. Apenas os bonecos ficam visíveis em
pequenos palcos.
Ventríloquo: o ventriloquismo é a arte de projetar a voz, sem que se abra a boca ou se mova
os lábios, de maneira a que o som pareça vir doutra fonte diferente do falante. No teatro, o
ventríloquo usa do artifício de falar, ao mesmo tempo que manipula um boneco, por exemplo,
o artista dissimula o timbre natural da própria voz e entabula um verdadeiro diálogo com a
peça inanimada, o que contribui para reforçar a ilusão.

Teatro de sombras: É uma projeção de sombras em um telão semitransparente. São cortadas

silhuetas de figuras de bichos, de plantas, de animais, entre outros, em materiais opacos, papéis

de textura mais grossa, como papel cartão, papelão, ou outro material alternativo que exerça a

mesma função de firmeza. Elas podem ser operadas por baixo, com varas, varas que ficam em

ângulo reto com a tela, ou por meio de cordões escondidos atrás dos bonecos. O teatro de

sombras não precisa de se limitar a figuras planas. Ele pode lançar mão também de figuras

tridimensionais, ou mesmo, fazendo formas com as mãos.

Para causar o efeito de sombras, é necessário que o espaço escolhido como palco para a

encenação seja feito com base em uma fonte de luz colocada atrás, que pode ser uma lâmpada,

uma vela, ou até mesmo, a luz do sol. O teatro de sombras é uma arte de grande delicadeza e

desenvolve, de maneira significativa, a imaginação da plateia, seja composta de adultos ou

crianças. Para dar mais clima às cenas, é interessante colocar um fundo musical e dar movimento

aos personagens.
Marionetas de luva (puppets): Nestes bonecos, geralmente, colocamos a mão por dentro, como

se estivéssemos a vestir uma luva e situamos a mão na cabeça (o polegar na parte inferior da

boca e os restantes 4 dedos na parte superior da boca). O resto do corpo é controlado com a

nossa outra mão.

Um bom exemplo deste tipo de marioneta, são as que nos apresenta o programa “Rua Sésamo”.

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