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lá pis
n o
estampapapel
--
- na camisa
Quer saber mais?
- - - página 23
Por Bernardo Viana Pinto
MAR | EDIÇÃO 5
ÍNDICE
QUEM SOMOS NÓ S?..............................3
A TEORIA DA PIXAR............................4
?
ILUSTRADORA chuck 70 preto de cano alto. Espero que com
LÍVIA minhas formas de arte eu consiga tocar as
pessoas e fazer elas sentirem a arte, fazer elas
se sentirem
Oi! Meu nome é Lívia Hostalácio, sou arte também.
ilustradora no jornal (a única que não faz
desenhos digitais, mas vou fazer isso
funcionar!). Tenho 16 anos e estudo na
escola do Sebrae. Gosto muito de viajar, sair
com os amigos e às vezes também apenas
ficar em casa assistindo uma série ou lendo
um livro (por dia). Desde sempre a arte, em
qualquer de suas formas, foi uma forma que
eu achei de me expressar e de mostrar o
mundo como eu o via. Como a
perfeccionista que sou, em minha cabeça eu
sempre imagino coisas mirabolantes e nem
sempre minhas mãos conseguem
acompanhar minha mente. Estou ansiosa
para mostrar para vocês, em todas as
minhas imperfeições, um vislumbre da
minha imaginação. Nos vemos por aí!
ILUSTRADORA
BELLA
Eii! Meu nome é Bella com dois l 's estou
no segundo ano e sou ilustradora e
cronista do Jornal. Gosto de MPB no geral
e também de The Cure e The Smiths.
Adoro desenhar e escrever, são minhas
formas de me expressar e de me sentir mais
livre. Gosto de acordar cedo e de ver o sol
nascer, gosto de caminhar pela cidade
para observar as pessoas, gosto de ver
jornal e estou sempre com meu all star
ILUSTRADORA
OLÍVIA
Oiee! Sou a Olívia do segundo ano,
talvez você já tenha me visto por aí
com um moletom todo colorido e
umas “tintas jogadas'', acabei de
entrar no jornal como ilustradora e
adoro desenhar(meio óbvio já que sou
ilustradora kk). Bom, eu gosto de
muitas coisas na verdade,
principalmente relacionadas a arte,
são as coisas que enfeitam minha
vida: músicas de quase todos os tipos,
ela traz tantos sentimentos; dança
(sempre que tiver algo de just dance
na escola estarei lá); culinária e suas
combinações inesperadas;
livros,
principalmente de romance para dar
aquele quentinho no coração; cinema
com mundos incríveis; animes e
mangás; etc. Estou sempre disposta a
aprender mais, e espero descobrir
muitas coisas ainda nessa história com
vários plots que a vida é, sendo parte
dela essa experiência no jornal junto
de vocês<3.
ESCRITOR
FABRIZZIO
Me chamo Fabrizzio. Já quis ser
ninguém e já quis ser todo mundo. O
que eu quero? Um palco sem plateia?
Um paradoxo. Ser anónimo e amado.
Odeio o silêncio mas evito o aplauso.
Que ideia interessante essa de se
definir, não? Sou formado pelo que
acho que você acha de mim sobre o que
eu acho de você. Eu não sei quem sou.
Não sou você, então devo ser eu, mas,
Deus, que vazio isso é. 43
REPORTAGEM Por Fonseca
desenvolvê-la.
A Teoria da Pixar, introduzida ao mundo
em 2013 por um jornalista e escritor chamado
Jon Negroni, fala que todos os filmes produzidos
por este estúdio estão interligados em um
único universo.
4
REPORTAGEM Por Fonseca
De um jeito ou de outro, nossos próximos Porém, tudo que começa precisa ter um fim,
filmes, Divertidamente, Viva: A Vida É Uma e o fim da era das máquinas vem com o fim do
Festa e Soul, mostram a importância da petróleo na Terra, nos levando a Wall-E, onde o
energia e da memória humana para o Universo pequeno robô e uma barata são os únicos
Pixar. Em Divertidamente, ganhamos habitantes em um planeta morto, repleto de
conhecimento de como a energia, a mente lixo e abandonado por humanos. Nesse filme,
humana e a memória funcionam nesse percebemos a grande presença de uma
universo. Em Viva, somos apresentados ao empresa chamada Buy‘n’Large (a qual está
conceito de uma vida pós morte, que é sendo mostrada desde Toy Story), e como ela
sustentada pela crença humana de origem acabou tomando todo o planeta até ele se
mexicana, e percebemos que, quanto mais tornar inviável para a habitação humana.
memórias existem sobre uma pessoa, mais Wall-E, o único robô que ainda funciona,
“viva” ela estará depois de morrer. Porém, continua seu trabalho tentando limpar o
quando essas memórias se vão, a última vida planeta, se diferenciando de outros por seu
da pessoa vai com ela. Por outro lado, em Soul, amor por coisas humanas como filmes e
descobrimos o que existe antes da vida, como bugigangas que ele coleciona. Assim, ele
para cada pessoa é dada uma personalidade e conseguiu não só realizar seu trabalho, mas
como temos uma pequena visão do que vem também viver. Porém, após anos e anos
antes do pós vida definitivo. Nesse filme, sozinho em completo caos, os humanos voltam
também percebemos que a energia e a vontade à Terra e começaram a reconstruí-la.
de viver de Joe são o que o leva a sobreviver ao
seu acidente e voltar a sua vida. Com isso, vem Vida De Inseto, no qual
observamos muitos vestígios de humanos,
Sabendo da importância dessas duas coisas porém nenhum indivíduo de fato aparece,
(a memória e a energia humana), somos indicando que, provavelmente, os insetos
levados a muitos e muitos anos no futuro, onde foram os primeiros seres a conseguir se
vemos um mundo completamente dominado adaptar ao planeta.
por máquinas em Carros. Esses carros
tomaram posições muito humanas na
sociedade que construíram, o que pode ser
atribuído à memória e energia de seus
antigos donos, que os levaram a ganhar vida
e personalidade. Isso explicaria a disposição
dos continentes no mundo de Carros e a sua
história que, pelo que vemos, é a mesma do
restante dos filmes Pixar, provando que essa
franquia acontece no mesmo planeta e no
mesmo universo dos outros filmes.
6
REPORTAGEM Por Fonseca
7
REFLEXÃO Por Faggioni
POEMA ANÔNIMO
******* ***
******* ***, não só “*******”, por que dessas já tem bastante, e você é
indiscutivelmente única. Mas também não ******* ******** ***, pois você odeia seu
nome do meio.
Honestamente, você é mais sobrenome que apelido, complexa, formal, além do
ordinário. Talvez devesse ser só ***, mas eu te conheço, você me conhece e sua
complexidade não me assusta.
Então é isso, ******* ***.
É incrível como parecemos ter os mesmos nomes, como se os ecos de quem
já fomos ainda nos assombrassem, mesmo que tenhamos virado pessoas
completamente diferentes nestes últimos quatro anos.
Ambos sabemos que mudamos de nome neste tempo, mesmo que as letras ainda
sejam as mesmas.
Talvez seja isso que nos mantém tão unidos. Dezenas de nomes diferentes são
descobertos quando os meses passam e as máscaras são trocadas. Mudamos
tanto, por isso é sempre fresco, novo, estranho e assombroso conhecermos um ao
outro de novo e de novo e de novo, sem amarras, chantagens, obrigações.
Nós somos interessantes, nós somos únicos, conectados, opostos e iguais.
Somos o paradoxo mais lindo que já encontrei.
Você me conhece como a palma da sua mão, eu te leio como um poema em caixa
alta, Arial, negrito, fonte 18. Conectados profundamente, sim, mas continuamos
mistérios, totais e estranhos.
No fundo, teci palavras confusas demais, talvez vazias, talvez simples
demais, talvez compliquei sem necessidade, mas tudo isso pra te dizer que
você é indescritível, que descubro uma nova ******* diariamente.
Você é meu paradoxo preferido, *******.
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CASOS Por Luana Evellyn
Avisos:
Suicídio Morte Sangue S
Nos dois dias que se seguiram, tivemos Nos dias subsequentes, senti uma
longas conversas, parecia nos conhecermos liberdade muito maior em relação a casa e
melhor que a maioria das pessoas. Já também em relação a Miguel. Ele confiava
estava conquistando sua confiança e talvez em mim, descobri que o produto roubado
um pouco de liberdade. Porém, chegou uma ainda estava na casa e que dentro de quatro
hora que tive um choque de realidade tão dias viriam nos buscar com as joias.
grande que simplesmente surtei, e não parei Fizemos planos para viajar e ostentar
de chorar e gritar. Miguel tentou me acolher aquela grana. Estava tudo combinado e eu
em seus braços, mas não foi suficiente. estava de acordo, ou era o que ele pensava.
Ofereceu-me um calmante, contudo, a única
coisa capaz de melhorar minha situação Na noite anterior ao grande dia, me
seriam duas porções de aço injetadas levantei da cama e fingi buscar água. Ao
diretamente no cérebro por meio de um invés dela, voltei com uma pistola. Eu já
revólver calibre 38. Optei por não guardar havia feito aulas de tiro e sabia atirar.
essa informação para mim, falei com Fiquei cerca de dez minutos admirando
sinceridade olhando no fundo de seus olhos Miguel, com certeza um dos homens mais
castanhos e reparando em seus cabelos belos que já havia visto, e, lembrando de
negros que claramente estavam há um bom todos os poucos momentos que tive ao lado
tempo sem ver uma tesoura. Senti sua da pessoa que mais amei.
respiração cada vez mais forte e rápida. Ele,
então, sem aparente motivo, mordeu meus Fazer isso enquanto ele dormia seria
lábios com ousadia e de seu toque jorraram covardia, então, o chamei. Ainda sonolento,
luzes de mil sóis cantando em uníssono, e me perguntou o que estava acontecendo. Ao
de seu beijo nasceram demônios de fogo, abrir os olhos e ver aquela arma em
anjos tocando sua voz na alvorada dos minha mão, toma um susto e começa a me
tempos sabendo que a criação valia a pena. questionar se realmente queria fazer
Suas mãos são tudo que meu mundo aquilo, e eu queria. Talvez pela vontade
precisava ter. de eternizar aquele amor do jeito que
estava antes de virar ruína ou só por sede
de sangue… não sei. Empunhei a 38 e vi
pela primeira vez uma demonstração de
fraqueza de sua parte, pedindo zelo por sua
vida. Senti prazer naquilo. Puxei o gatilho.
Jamais considerei o prazer e a felicidade
como um fim, e deixo esse tipo de satisfação
para quem julgar que fiz o correto. Senti-me
completa, não existia nenhum vestígio do
antigo vazio que me dominava
anteriormente. Peguei as joias e o dinheiro
que havia encontrado e saí da casa.
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CASOS Por Luana Evellyn
Peguei um avião e fui pra fora do país. “Assim que comecei a ter liberdade na
Dois dias depois, Miguel já estava em casa comecei a procurar a pistola, sabia
todos os telejornais. Senti orgulho, que estava em algum lugar. As joias
reconhecimento. De alguma forma tinha achei por acaso, o que foi ótimo, elas
contribuído para aquele noticiário. A me mantiveram até aqui.”
adrenalina me fazia transbordar e
como amava essa sensação. Até que "Seu comportamento não condiz com
chegou uma hora que não bastava. sua conduta anterior. O que te levou a
Precisava de mais. Desde então, cada virar
gatilho que puxei, cada faca que a chave?
empunhei foi uma dose de dopamina
maravilhosa. Por que se transformou tanto em uma
semana? Já tinha planejado
Mais alguma coisa, Sr. policial?” assassinatos? E desejos de violência?"
“Como você sabia onde estavam a arma
e as jóias?" "Não senhor, só tinha passado por
muitas terças-feiras, dessas quentes e
entediantes, bocejei muito, morri
demais… Eu só queria viver numa
delas."
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CRÔNICA Por Sabina
Bueno, primero no cociné la torta en Otra cosa es que, como el idioma es tan
la casa de mi familia anfitriona, no. La diferente pero al mismo tiempo tan
cociné en la casa de una pariente… Y ay ay parecido al español, al principio fue
ay. Casi le prendí fuego al apartamento realmente muy “pedo-de-cerebro”
a causa del caramelo que se derramó en intentar entender portugués con mi
el horno. ¡Casi me quedo como Deadpool! cerebro ya bastante lleno de español,
francés e inglés.
En ese momento, no fue nada
gracioso, obviamente. Pero encuentro Apenas empecé mi aventura y ya me
mejor reírme de eso ahora, sobre todo pasaron muchísimas cosas. ¡Ni me
porque, al final, es un poco gracioso. Es imagino las otras que me pasarán!
decir, ¡cómo algo así le pasa a un
estudiante de intercambio al principio
de su intercambio!
Uma ideia incrível. Deixe a maioria ser a voz de Deus. Perfeito. Mas nunca
funcionou na prática. Governos ditadores, tiranos que não representam o povo
continuam presentes até os dias atuais, eleitos em Estados Democráticos. O estado
em que nosso país se encontra é péssimo, pessoas discutem entre o podre e o
estragado. Brigam e convergem-se através de opiniões vazias defendendo pessoas
como deuses, mesmo que estes não hesitassem em escolher si próprios à sua
população.
Não existe democracia, votamos em quem nos é oferecido, não em quem nos
representa. Nossas opções são estúpidas e os candidatos são iguais. As mesmas
pessoas com discursos diferentes. O seu voto não vale nada. Ou você vota pois
concorda com o discurso populista de seu cachorrinho no poder, ou é um
alienado que o trata como se ele fosse perfeito, sem perceber que o cachorrinho é
você.
Não recomendo uma revolução, pois esta seria apenas pior para nós, civis.
Peço apenas que reflita sobre o seu direito de voto, e como este se difere do seu
direito de escolha. Nunca seremos livres se nos recusarmos a enfrentar a verdade
como a cinza realidade que é. Já passou da hora de pararmos de ser vendidos.
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POEMA Por Bernardo Vianna Pinto
Um besouro passou
hoje por minha cama;
e ainda aqui. Rezando.
Préço para que aqu’ele
não se vá embora
Mata-me o caos da
revolta original. Que
se revolta!
E ele vem de lá!
o besouro e o santo.
Vem do mesmo lugar, "Lúbrico''.
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REFLEXÃO Por Iza Fróis
SE O CORPO MEU,
É
O PODER SOBRE ELE
TAMBÉM NÃO DEVERIA SER?
Controle sobre o corpo feminino é algo E já que o controle não nos pertence
que há séculos faz parte da estrutura mais, quem é seu dono? De quem é o
social de poder em que vivemos, sendo o direito de dizer aquilo que nosso corpo
domínio sobre eles uma forma pode ou não fazer, o que ele deve
encontrada para nos controlar, aceitar ou não, mesmo que o nosso
tornando-nos propriedade alheia. cérebro
diga o contrário?
17
REFLEXÃO Por Iza Fróis
Este é um teste essencial que toda pessoa trabalhadora do Brasil já passou. Com
exceção, claro, dos ricos burgueses que ficam enchendo a pança de comida e os
cofres de dinheiro.
Chegando ao ônibus, o coitado já mal parava em pé! Suas pernas tremiam e ele
suava de ansiedade. E se perdesse o ônibus? E se estivesse no ponto errado?
Quanto tempo demoraria para chegar? Essas são perguntas comuns a todos que
pegam ônibus pela primeira vez. Com o tempo vamos nos acostumando.
Miguel não sabe quanto tempo ficou esperando. Ficava olhando o relógio de
minuto a minuto e o tempo parecia não passar e nem sinal do ônibus...
Por fim ele chegou. Miguel estendeu o braço e o ônibus parou. Abrindo-se as
portas, não perdeu tempo; pulou logo para dentro!
Mas não muito depois disso, Miguel começou a sentir algo estranho. Aquela
sensação que temos quando somos vigiados: um nó na garganta, uma ansiedade
medrosa que nos faz sentir culpados e inseguros. Tentou olhar ao seu redor, em
busca de algo que justificasse tamanha estranheza... e achou! Uma mulher o
fitava com um olhar penetrante e sedutor. Uma mulher claramente mais velha
que Miguel, com roupas bregas e chinelo. Viu também uma outra mulher, essa
mais jovem, de cabelos claros, porém com cara de poucos amigos. Também o
olhava.
Não demorou muito até que se desse conta de que todos olhavam para ele!
Miguel tentou fechar os olhos e abri-los de novo, mas isso não parecia mudar a
realidade. Dizia para si mesmo que aquilo era coisa de sua cabeça. Sempre fora
tímido e por isso tentava se convencer de que os olhares voltados para ele eram
nada além de sua própria paranoia.
Começou a correr os olhos pelo ambiente agora mais agitado e com respiração
ofegante; percebeu que havia uma senhora de cabelos grisalhos olhando
fixamente para ele. Um velho carrancudo, mulheres que pareciam estar em
seus quarenta anos procuravam seu olhar como onças em uma caçada.
Meninas e meninos, bem-vestidos até, mas feios, também ficavam dissecando
Miguel com seus olhares.
Dane-se a passagem, pensou. Puxou a corda e deu sinal para sair. Pulo logo no
próximo ponto.
20
CRÔNICA Por Pedro Etienne
A lojista, assim que ele entrou, ajeitou o cabelo e fechou a porta. Os clientes
da loja também pareciam cortejar Miguel. Começaram cercá-lo e afundá-lo em
perguntas. Ofereciam-lhe roupas e miçangas. Miguel queria desaparecer.
Foi neste momento que chegou um homem de capuz assaltando a loja. Chegou
com uma arma e pediu para que todos se abaixassem. Usou Miguel como
refém, apontando-lhe a arma na cabeça.
– Não quero nada com você a não ser te ajudar! – disse o bandido dando-lhe o
colar e tirando o capuz da face. Era um rapaz como Miguel. Talvez um pouco mais
bonito devido a seus cachos castanhos e queixo perfeito.
– Como assim?
– Pessoas bonitas como nós, que andamos de ônibus, temos que disfarçar nosso
rosto. Caso contrário, é pedir para ser perseguido.
Depois daquele dia Miguel aprendeu a lição. Nunca mais pegou transporte
público em metrópole sem capuz.
21
TEXTO Por Iza Fróis
Lápis no papel
estampa na camisa
Depois de tanto tempo sonhando
com a desejada e aclamada camisa do
Jornal Sem Nome, ela finalmente estava
por vir. De uma forma demorada e
caótica? Com certeza. Mas ainda sim ela
estava por vir.
Após uma reunião ou duas para
decidirmos sobre cor da camisa, como
seria o traço da estampa, paleta de
cores, possíveis fornecedores e onde Tivemos uma chuva de ideias e
ficariam as logos na escola, decidimos discussões sobre a estética da estampa,
fazer uma dinâmica para criar a o que achávamos que ela deveria possuir
estampa da camisa. E quando eu digo e o que não deveria. Aparentemente
criar, estou dizendo literalmente fazer havia uma nuvem de inspiração
do zero, porque a estampa final ficou pairando dentro daquela sala naquele
total e completamente diferente da dia, pois chegamos facilmente a um
ideia inicial que tínhamos. consenso de que todos que quisessem
ou tivessem uma ideia, a desenharia,
para depois votarmos na que mais bem
representaria o jornal e todos nós, mas
sem saber o autor da ideia em questão.
Desenhistas, escritores, fotógrafos,
redatores, todos que tinham uma ideia,
sabendo desenhar ou não, se
encontravam sentados no chão, em
uma cadeira ou em uma mesa, com
Era uma sexta-feira às 14:30. Nós uma música de fundo e um cronômetro
estávamos reunidos em umas das salas na tela. Com papel em mãos, deixamos
de espanhol para uma reunião, assim a imaginação fluir para a ponta de
como todos os dias, com “Camisa” sendo nossos lápis. A sala ficou em um
o assunto de urgência, pois ainda não completo silêncio. Foi um pouco
tínhamos a estampa que iria assustador: “reuniões do jornal” e
representar o jornal, e isso era “silêncio” nunca são usados na mesma
22
basicamente a única coisa que faltava. frase.
TEXTO Por Iza Fróis
" Começamos todos a desenhar em uma competição para escolher qual seria
o desenho para a blusa. Procuramos algumas inspirações e, dentre várias
delas, chegamos a um desenho de Junji Ito. Existem algumas coisas na
forma que eu desenho que se assemelham muito às características dos
desenhos dele, então comecei a experimentar quais conceitos caberiam
melhor no desenho,
como algumas espirais, textura aquática, raios e outros temas. Ao final, eu
havia produzido algo do qual tinha gostado, mas ainda faltava alguma coisa.
Foram mais algumas tentativas tentando trazer flores, atualidades e espirais
até chegar ao resultado final, o qual julguei bom o suficiente.
"
--------------------------------------------------------------------------------------Por Bernardo Viana Pinto
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NOVEMBRO 2022 | EDIÇÃO 5
CHEGAMOS AO FIM
ESSE É UM PROJETO CRIADO POR ALUNOS, PARA
OS ALUNOS, COM MUITA DEDICAÇÃO E ESFORÇO.
ESPERAMOS QUE GOSTEM!
jornalsemumnome@gmail.com
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NOVEMBRO 2022 | EDIÇÃO 5
CRÉDITOS
REVISÃO E CORREÇÃO:
Helena Zschaber
Fernanda Pinton
Ana Carolina Albuquerque
Rafael Bastos
Anna Rosa
Bernardo Viana
ILUSTRAÇÕES:
Bianca Rodrigues
Clara Moreira
Duda de Freitas
Bernardo Viana
DESIGN DA EDIÇÃO:
Bárbara Viegas
FOTOGRAFIAS:
Bianca Corradi
ORIENTAÇÃO GERAL:
Camila Abreu
Daniela Arreguy
Helena Zschaber
Marina Bentes
Bianca Corradi
Davi Duarte