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Fundamentos da Ficção

Aluno: Charle Bruno da Silva Amorim

Cursos: Especialização em Docência do Ensino Superior- TCC

Turma: TCC

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Sumário

Aula 1 ..................1.0 Ficção: Conceito e peculiaridade 01

1.1 O Interesse do Ser Humano em Produzir Ficção 01

1.2 Ficção Científica 02

1.3 Ficção X Realidade 04

2.0 Distopia 05

2.1 Origem e significa 06

2.2 Traços Comuns de uma sociedade distopica 06

2.3 Exemplos de Distopia nos Livros, Cinema e Animes 08

3.0 Utopia 12

3.1 Etimologia 12

3.2 Utopias na Economia 13

3.3 Utopias na Literatura 13

3.4 Utopias religiosa 15

3.5 Utopias Tecnológicas 15

3.6 Utopianismo 15

Relatório Ficção, Utopia e Distopia 17

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1.0 Ficção: Conceito e peculiaridades.

Ficção é o termo usado para designar uma narrativa imaginária, irreal, ou para redefinir
obras (de arte) criadas a partir da imaginação. Em contraste, a não ficção reivindica ser uma
narrativa factual sobre a realidade. Obras ficcionais podem ser parcialmente baseadas em
fatos reais, mas sempre contêm algum conteúdo imaginário.

No cinema, ficção é o género que se opõe a documentário. Existe no cinema e em televisão


um género híbrido designado docuficção.

Se ficções forem quaisquer produções humanas que representem a realidade sem, contudo,
interferir materialmente nela, então qualquer discurso — melhor, qualquer expressão de
linguagem — seria uma ficção. Mas, como já dito, a ficção aqui focada é a artística,
especialmente a expressada pelos meios audiovisuais (cinema, televisão, vídeo).
Certamente há mais campo de trabalho sobre ficção na literatura, na poesia, no drama
teatral.

1.1. Por que o ser humano produz ficção?

Por que fazemos ficção? Por que criamos ilusões de realidades, espaços e pessoas
inexistentes para contar histórias que nunca aconteceram? Por que produzimos imagens
que não se encontram na natureza, de forma a materializar visualmente as ideias que temos
na cabeça? Por que escrevemos roteiros, filmamos e editamos fotografia, cinema e vídeo?

O ser humano é o único animal que produz ficção. É o único ser vivo que cria uma aparência
de realidade para enganar a si próprio ou a seus similares.

Todos os outros seres interagem com a realidade material, e apenas com ela — enquanto o
ser humano, não satisfeito em alterá-la, procura também criar uma espécie de nova
realidade: a ficção. Ali, o ser humano é capaz de moldar o ambiente e seus elementos, de
acordo com sua vontade.

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Mas o ser humano, também, é um animal que sonha. Que, quando dorme, cria suas próprias
versões da realidade, em situações nas quais pode realizar seus desejos. O ser humano
pegaas experiências que vivenciou ou presenciou recentemente (restos diurnos) e cria
alegorias para camuflar o que seu inconsciente mais deseja expressar: o seu desejo. O
sonho fornece a possibilidade de realizar o desejo numa realidade que não terá maiores
consequências — algumas horas depois, o ser humano vai acordar e dizer que "tudo não
passou de um sonho".

Da mesma forma, a ficção cria um espaço simulador de realidade que não tem maiores
consequências para além de sua fronteira. Ao terminar a sessão, "tudo não passou de um
filme". Tanto em sonho quanto em ficção, tudo que experimentamos foi a percepção de
imagens e sons cujo sentido só existe em nossas mentes. E na ficção o ser humano repete
conscientemente o que o inconsciente faz no sonho: criar um mundo para efetuar desejos.

Nesta lógica, parece inevitável concluir que a capacidade humana de fazer ficção é
consequência da sua faculdade de sonhar — que a construção de um espaço ficcional
deriva da experiência onírica. Ou seja, a ficção existe porque o ser humano sonha. No
entanto, essa afirmativa tão categórica e simplista poderia descartar inúmeras outras formas
de interação com a realidade. Ainda assim, o primeiro contato que o ser humano terá com
uma experiência não-real e não-material será o seu próprio sonho. A partir disso, todo filme,
toda novela, toda invenção será um sonho que se sonha acordado.

1.2. Ficção Científica

A ficção científica é um gênero ficcional desenvolvida no século XX e se refere às narrativas


que incluem componentes científicos como essenciais ao andamento da trama.

Esse gênero consiste, a priori, de uma elaboração de fatos e princípios científicos em forma
de narrativa, mas também pode abordar temas fantásticos, que, inclusive, contradigam tais
fatos e princípios. Entretanto, nas duas situações, deve haver algum nível de plausibilidade e
verossimilhança.

Suas raízes na história da literatura retomam ao início do século XIX, com a novela gótica
Frankenstein, da autora inglesa Mary Shelley, o terror psicológico de Robert Louis
Stevenson (O Médico e o Monstro), os romances de Júlio Verne (Viagem ao Centro da
Terra), baseados nas invenções científicas, e as novelas de crítica social de H. G. Wells ( A
Guerra dos Mundos).

A popularização massificada da Ficção Científica teve início a partir de 1926, quando Hugo
Gernsback fundou a Amazing Stories Magazin, dedicada exclusivamente a histórias do
gênero.

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Entre os maiores expoentes do gênero, destacam-se autores como os russos Ayn Rand (A
Nascente) e Isaac Asimov Eu, Robô), os britânicos Arthur C. Clarke( encontro com Rama) e
J. G. Ballard (Crash), e os norte-americanos Ray Bradbury.(Fahrenheit 451) e Philip K. Dick
(Androides sonham com Ovelhas Elétricas). O enfoque destes autores inclui predições,
muitas vezes em tom de distopia, de sociedades futuras na Terra, além de análises das
sequências da viagem interestelar e a exploração de formas de vida inteligente fora da Terra
e suas sociedades e outros planetas e Galáxias.

Pode-se classificar a Ficção Científica como um subgênero dos romances de Aventura,


Mistério, Drama e Horror. A diferença essencial é que, à diferença dos demais gêneros,
tenta convencer o leitor de que as situações apresentadas podem não ser possíveis no
contexto atual, mas não verossímeis, baseadas em explicações científicas ficcionalizadas.
Nesse aspecto, difere da ficção fantástica, na qual a preocupação é afirmar a viabilidade
real de seus acontecimentos não ocorre, como podemos observar nas obras de Kafka,
Borges e García-Marque.

Apesar de ser considerada por poucos como gênero literário favorito, a Ficção Científica
ganhou bastante popularidade devido ao rádio, televisão, histórias em quadrinhos e cinema.
Muitas vezes, as obras são adaptações de romances famosos, como no caso dos filmes
2001, uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, e Blade Runner, de Ridley Scott.

Um caso particularmente interessante ocorreu em 1938, quando o então jovem diretor


cinematográfico Orson Welles leu em rede nacional, pela emissora CBS (Columbia
Broadcasting System) a novela supracitada A Guerra dos Mundos, de Wells, até então
desconhecida. O realismo empregado na leitura, aliado à engenhosidade da trama, levou
boa parte da população norte-americana a ser tomada pelo pânico, acreditando que o
planeta Terra estava realmente sendo vítima de ataque dos macianos.

Casos como esse só ressaltam o poder de persuasão das narrativas do gênero.

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1.3 Ficção x Realidade

Ao longo da história do pensamento humano, a Filosofia, a Teoria da Arte e a Teoria da


Comunicação vêm estudando a questão de como delimitar a fronteira entre ficção e
realidade. É a camuflagem do limite entre representação e realidade que dá início e sentido
ao problema. O observador de um quadro, ainda que fosse pintado com a mais precisa
técnica de "realismo", não era

"enganado", pois sabia que estava vendo um quadro. A fotografia, ainda que fosse
alegadamente a captação mais fiel da realidade, não se confundia com ela, para o
observador, por ser imagem estática. Mas o cinema, pela a transposição acelerada de
fotogramas, causa a ilusão de movimento, o que amplia a sensação de "realismo" da
imagem reproduzida, mais ainda com o advento posterior das cores (já que o preto-e-branco
seria uma forma de diferenciar da visão "real" humana).

É essa opção que gera um problema de linguagem para o audiovisual. Se nenhuma imagem
é o real, como transmitir o real? A afirmação de que "mesmo na realidade da imagens há
muita ficção" (Ivete Lara C. Walty, "O Que É Ficção"), na medida em que condena toda
produção audiovisual (mesmo aquela pretensamente "documental") ao status de ficção,
nega-lhes a confiabilidade e veracidade anteriormente conferidas. O problema de linguagem
passa a ser "como contar a verdade?"

2.0 Distopia

Distopia ou antiutopia é qualquer representação ou descrição organização social cujo valor


representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa"[1][2]. O
termo também pode referir-se a um lugar ou estado imaginário em que se vive sob
condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente

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caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, pelo controle opressivo sobre toda a
sociedade. A tecnologia é

usada como ferramenta de controle, seja por parte do estado, seja de instituições ou mesmo
de corporações.

Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais
convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Uma distopia está intimamente
conectada à sociedade atual. Nesse aspecto, distopias diferem fundamentalmente das
utopias, que são sistemas sociais idealizados e sem raízes na sociedade atual, figurando em
outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica.

Um número considerável de histórias do subgênero cyberpunk de ficção científica,


ambientadas num futuro mais ou menos próximo, usam padrões distópicos em que uma
empresa de alta tecnologia domina um mundo em que os estados nacionais se tornaram
fracos.

Na literatura, famosas distopias foram concebidas por George Orwell (19031950) e Aldous
Huxley (1894-1963).

2.1 Origem e significado

O primeiro uso conhecido da palavra

'distopia' apareceu num discurso ao Parlamento Britânico por Gregg Webber e John Stuart
Mill, em 1868[5]. Nesse discurso, Mill disse:

“ É, provavelmente, demasiado elogioso chamá-los utópicos; deveriam em vez disso ser


chamados dis-tópicos ['dis-' do grego antigo δυσ, translit. dys: 'dificuldade, dor'] ou caco-
tópicos ['caco-', do grego κακός, translit. kakós: 'mau, ruim']. O que é comumente chamado
utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é
demasiadomau para ser praticável. ”

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Portanto, Mill se referia a um lugar mau, ao oposto de utopia.

Em grego, a partícula δυσ (translit. "dis" ou "dys") exprime 'dificuldade, dor, privação,
infelicidade'; a palavra τόπος (translit., topos) significa 'lugar'. Portanto, 'distopia' quer dizer
'lugar infeliz, ruim'. Já a palavra 'utopia' se compõe de ου (translit. ou, latinizado como u-),
advérbio de negação, e τόπος, 'lugar'. Assim, utopia significa 'lugar nenhum', e distopia
significa 'lugar ruim'.

2.2 Traços comuns de uma sociedade distópica

A maioria das distopias tem alguma conexão com o nosso mundo, mas frequentemente se
refere a um futuro imaginado ou a um mundo paralelo no qual a distopia foi engendrada pela
ação ou falta de ação humana, por um mau comportamento ou por ignorância.

A literatura distópica costuma apresentar pelo menos alguns dos seguintes traços:

1.Tem conteúdo moral, projetando o modo como os nossos dilemas morais presentes
figurariam no futuro.

2.Oferecem crítica social e apresentam as simpatias políticas do autor. 3. Exploram a


estupidez coletiva.

3.O poder é mantido por uma elite, mediante a somatização e consequente alívio de certas
carências e privações do indivíduo.

4.Discurso pessimista, raramente "flertando" com a esperança.

5.Violência banalizada e generalizada.

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DISTOPIA: local IMAGINÁRIO ONDE SE
VIVE SITUAÇÕES DESESPERADORAS,
COM EXCESSO DE OPRESSÃO OU DE
PERDA.

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2.3. Exemplos de distopia nos livros, cinema e animes:

Totalitarista:

1984 (1949)

A Revolta de Atlas (1957)

A Nascente(1943)

V de Vingança (filme de 2005)

Jogos Vorazes (trilogia de filmes e livros),[3]

Corporativista:

Robocop (1987)

Clube da Luta (1999)

Rollerball (1975)

Soylent Green

Tecnológica:

O Exterminador do Futuro 2

(1991)

Blade Runner (1982)

Divergente (trilogia de filmes e livros)

Admirável Mundo Novo

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Brilho - Em Busca De Um Novo Mundo (2013)

Maze Runner: Correr ou Morrer

(trilogia de filmes), 2014

Ambiental:

Nausicaä do Vale do Vento (1984)

A Quinta Onda

A Carta de 2070

Anárquica:

Jogos Vorazes (trilogia de filmes)

Divergente (trilogia de filmes)

Generalizada:

La Belle Verte (1994)

Cibernética:

Watch Dogs (2017)

Minority Report (2002)

Matrix (1999)

Cyberpunk:

Aachi & Ssipak

Akira (1988)

Avalon Blade Runner eXistenZ

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Ghost In The Shell (1994)

Cowboy Beebop

Ergo Proxy

Johnny Mnemonic

Looper

Metropolis

Natural City

Nirvana

Pandorum

Renaissance

Repo Men

RoboCop

Sleep Dealer

O Exterminador do Futuro

Videodrome

Matrix

Surrogates

WALL-E

Psycho-Pass

Consumista:

Clube da Luta (1999)

Branded (2012)

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3.0 Utopia

Utopia, do grego "ou", "não" ou prefixo de negação e "topos", "lugar", tem, como significado
secundário, um lugar que não é no agora, mas que pode ser construído no futuro. A palavra
é atribuída a tentativas de construir modelos socioeconômicos que não existem no presente,
que podem dar certo no futuro ou que nunca dariam certo.

3.1 Etimologia

A palavra foi criada a partir da

justaposição dos termos gregos antigos "ou" (prefixo de negação) e "top(o)"

(lugar), significando o "não lugar" ou "lugar que não existe". É um termo inventado por
Thomas More e serviu de título para sua principal obra, escrita em latim por volta de 1516[1].
O livro é um projeto humanista de transformação social e representa aspetos capitais do
humanismo renascentista.

Segundo a versão de vários historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias


do navegador português Rafael Hitlodeu, que navegara com Américo Vespúcio nas suas
últimas viagens e ficara no litoral da América enquanto Vespúcio regressava à Europa. Aí,
conhecera múltiplas regiões e visitara uma ilha cuja situação geográfica Rafael não
mencionou. O encontro com Thomas More é mediado por Pedro Gilles e dá-se em
Antuérpia, onde More se encontra de passagem.

O longo diálogo com Rafael divide-se em duas partes: na primeira parte, More tece duras
críticas à sociedade real em que vive, aspirando por uma sociedade perfeita; a segunda
parte consta da narração de Rafael da ilha idealizada que conhecera com todos os

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pormenores. A organização política, social, como se organizavam as famílias, a divisão dos
trabalhos, as cidades, a alimentação, a saúde, etc. Nesta ilha, todos vivem felizes, não
desejam mais do que têm, pois cada um tem o que necessita, não mais; praticam as virtudes
da temperança e da moderação. Essa ilha imaginária apresenta uma das sociedades
'possíveis', constituída com base na razão humana; trata-se de um verdadeiro exercício
mental para resolver um problema que More enuncia do seguinte modo: dado um país no
qual se ignorasse por completo tudo o que diz a revelação cristã, mas onde a razão humana
pudesse resolver com isenção as questões do bem comum, que soluções se dariam para a
organização política e social? A resposta — ou uma resposta — de Tomas More: a Utopia.

Mas há que ter em conta que o pensamento utópico pretende apurar uma racionalidade
política, por um lado, e por outro, alimenta-se da imaginação, da fantasia, da fuga para um
mundo irreal. A utopia é uma espécie de jogo entre um real que se rejeita e um ideal que se
espera e deseja.

3.2 Utopias na economia

Ao longo do século XIX, com o surgimento do socialismo utópico, foram criadas várias
comunidades utópicas baseadas na distribuição igualitária dos bens nos Estados Unidos e
Europa, como Nova Harmonia e as comunidades dos seguidores de Étienne Cabet.

3.3 Utopias na Literatura

A República, de Platão (circa 380 a.C.), é uma das primeiras concepções de uma utopia;

Leis (diálogo) (360 a.C.), de Platão;

História Sagrada (circa 300 a.C.), de Evêmero. Descreve a ilha paradisíaca racional de
Panchaea[2];

Ilhas do Sol (circa 165–50 a.C.), de

Iambulus[3];

Vida de Licurgo (circa 100 a.C.), de

Plutarco;

O Livro de Apocalipse (século 1 d.C.) descreve uma nova Terra com Deus no poder, não
mais a morte, e uma nova

14
Jerusalém;

A Primavera da Floresta de Pêssego

(421), fábula de Tao Yuanming;

Exemplos de obras Utópicas:

Exemplos de obras: Utópicas

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3.4 Utopia religiosa

Utopias inter-religiosas descrevem, p. ex., sociedades ideais onde várias culturas vivem em
harmonia baseadas em valores comuns.

Historicamente, existem vários exemplos de utopias intrarreligiosas, como as comunidades


baseada na fé surgidas na Europa e nos Estados Unidos durante o chamado e até
conhecido:

Segundo Grande Despertar (Shakers; Sociedade da mulher na região selvagem; Ephrata;


Sociedade da Harmonia; Comunidade Oneida; Colônias Amana).

3.5 Utopias tecnológicas

Utopias tecnológicas geralmente baseiam-se num futuro imaginário em que ciência e


tecnologia melhorarão a qualidade de vida do ser humano. Como exemplos, podem ser
citadas a franquia Star Trek e as invenções visionárias de Buckminster Fuller (1895–1983).

3.6 Utopianismo

Em muitas culturas, existe a lembrança de uma mítica época do passado, em que a vida era
mais simples e feliz. Segundo uma teoria da antropologia, tais mitos são uma lembrança do
estágio caçador-coletor da humanidade.

Exemplos dessas míticas eras são:

Era dourada, dos antigos gregos

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Arcádia (poesia), dos poetas

Jardim do Éden, da tradição judaicocristã

Cocanha, da Idade Média

Grande Unidade, utopia chinesa descrita no Clássico dos Ritos. Influenciou muitos
reformadores chineses posteriores, como Kang Youwei (1858–1927).

Referências

1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de

Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 745.

Pinheiro, Marilia P. Futre. (2006). Utopia and Utopias: a Study on a Literary Genre in
Antiquity. In Authors, Authority and Interpreters in the Ancient Novel.

Groningen: Barkhuis. (pp. 147–171).

Winston, David (November 1976).

'Iambulus' Islands of the Sun and Hellenistic Literary Utopias. Science Fiction Studies.

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RELATÓRIO FICÇÃO, UTOPIA E DISTOPIA.

1. Quais as características que definem ficção?

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2. Comente em grupo exemplos de ficção retratadas especialmente em meios audiovisuais.

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3. Por que há um interesse nas pessoas pelo gênero ficção?

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4. O que difere a ficção da ficção científica?

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5. Relacione as colunas:

a) Local imaginário de situações de desespero. ( ) ficção


b) Tudo aquilo que não é real, invenção. ( ) utopia
c) Sociedade sem distinção, tudo perfeito. ( ) distopia

6. Discorra sobre qualquer um dos gêneros trabalhados nesta aula e produza um pequeno texto
e apresente para turma.

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Sumário

19
Aula 02 e 03 ........... 4.0 Literatura Fantástica 19

4.1 Definição 19

4.2 Estudos 20

4.3 Subgêneros 21

20
4.0 Literatura fantástica

Literatura fantástica é um gênero literário em que narrativas ficcionais estão


centradas em elementos não existentes ou não reconhecidos na realidade,
pela ciência dos tempos em que a obra foi escrita. [1]

É aplicável a um objeto como a literatura, pois o universo da literatura, por mais


que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional.
Todo texto fantástico tem elementos inverossímeis, imaginários, distantes da
realidade dos homens. Há, como defende Jorge Luis Borges, uma causalidade
de caráter mágico ligando os acontecimentos ao decorrer de uma narrativa
desse tipo.

4.1 Definição:

Tanto no cinema quanto na literatura o gênero fantástico possui as mesmas


características.

Mortos andando entre os vivos, monstros das mais variadas formas, árvores,
pedras e animais que falam etc., são uns dos eventos que não pertencem à
nossa realidade. Nossa lógica não entende e não aceita tais fatos. Tzvetan
Todorov cita em seu livro “Introdução à Literatura Fantástica”, que dentro da
nossa realidade regida por leis, ocorrências que não podem ser explicadas por
essas leis incidem na incerteza de ser real ou imaginário.

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Para Todorov, um evento fantástico só ocorre quando há a dúvida se esse
evento é real, explicado pela lógica, ou sobrenatural, ou seja, regido por outras
leis que desconhecemos. “Há um fenômeno estranho que se pode explicar de
duas maneiras, por meio de causas de tipo natural e sobrenatural. A
possibilidade de se hesitar entre os dois criou o efeito fantástico.” (TODOROV,
1968, p. 31).

Porém, a história não pode parecer de forma alegórica, pois, se o leitor ou


espectador interpretar o sobrenatural como uma metáfora, num primeiro
momento, ele perde o sentido fantástico. Deve haver uma pré-disposição do
leitor para negar a alegoria e hesitar quanto à realidade do fato.

4.2 Estudos

A literatura fantástica tornou-se, especialmente nas últimas décadas do


século XX, um importante tópico da literatura contemporânea, sendo alvo de
diversas análises literárias, nas quais se inclui a do livro O Fantástico (1988),
de Selma Calasans Rodrigues, doutora em

Letras e professora da Universidade

Federal do Rio de Janeiro. Na obra, Selma Rodrigues tenta introduzir o tema


de uma maneira didática e sintetizada, devido às poucas páginas do livro (80
p.) e ao caráter da série à qual pertence, que é destinada principalmente ao
público universitário que pretende ter uma visão geral sobre o tema.

A autora, logo no capítulo inicial, apóiase em textos de dois autores


consagrados da literatura fantástica, E. T.

A. Hoffmann, Laura Esquível e Gabriel García Márquez, para conceituar e


explicitar as semelhanças e as diferenças dos textos que, apesar de ambos
pertencerem à literatura fantástica, apresentam características peculiares que
os enquadram em diferentes concepções do gênero.

No segundo capítulo, Selma busca, ao longo da História, as relações entre


literatura e realidade, apoiando-se desta vez em análises do escritor argentino
Jorge Luis Borges e de Arvède Barine. Há também a seguinte distinção do
gênero fantástico:

Fantástico lato sensu: refere-se a textos que fogem ao realismo estrito,


tomando como referência o Realismo do século XIX. A partir desse ponto de
vista, toma-se o Fantástico no seu sentido amplo, sendo assim possível afirmar
que esta é a mais antiga forma de narrativa.

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Fantástico stricto sensu: por se elaborar a partir da rejeição do pensamento
teológico medieval e toda a metafísica, essa literatura teve suas origens no
século XVIII, com o Iluminismo. Segundo o fantástico nasce daquilo que não
pode ser explicado através da racionalidade e do pensamento crítico, como o
complexo processo de formação dos indivíduos.

Já no terceiro capítulo, a autora passa a conceituar as diversas nomenclaturas


utilizadas quando se refere à literatura fantástica, como o realismo mágico, o
maravilhoso e o alegórico, que são posteriormente, no capítulo seguinte,
utilizadas como apoio para comparar-se o Fantástico produzido na Europa com
o

Fantástico da “Hispano-América e Brasil”. De acordo com a autora, na literatura


fantástica européia, ao contrário da produzida na América Latina, há uma
preocupação em preservar o real quando algo sobrenatural ocorre, mesmo que
a explicação apareça apenas no desfecho da obra. Visa-se, desta maneira, não
se perder a verossimilhança, nem mesmo contestá-la. Já na literatura
fantástica da América Latina, não há essa preocupação. Assim o verossímil
fundese com o inverossímil, o com o sonho, como ocorre no caso da obra de
Gabriel García Márquez, citada no início do livro cem anos de solidão.

4.3 Subgêneros

Fantasia é um gênero que usa a magia e outras formas sobrenaturais como


elemento principal do enredo, da temática e / ou da configuração. Muitos
trabalhos dentro do gênero ocorrem em planos de ficção ou planetas onde a
magia é comum. A fantasia é geralmente distinguida da ficção científica e
horror pela expectativa de que ela fica longe de temas científicos e macabros,
respectivamente, embora exista uma grande sobreposição entre os três
gêneros (que são subgêneros da ficção especulativa).

Na cultura popular, o gênero da fantasia é dominado pela alta fantasia,


especialmente desde o sucesso mundial de "O Senhor dos Anéis", de J.R.R.
Tolkien, e de "As Crônicas de Nárnia", de

C. S. Lewis. No entanto, a baixa fantasia tem ganhado espaço na literatura


juvenil, em obras como Instrumentos Mortais e Vampire Academy.

A fantasia é uma vibrante área de estudo acadêmico em uma série de


disciplinas (Inglês, estudos culturais, literatura comparada, estudos de história,
medieval, teatral). Os trabalhos nesta área variam amplamente, a partir da
teoria estruturalista de Tzvetan Todorov, que enfatiza o fantástico como um
espaço liminar para se trabalhar sobre as conexões políticas, históricas e
literárias entre o medievalismo e a cultura popular.

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Sumário

Aula 04 e 05.................... 4.4 Mostras 22

4.5 Mostra Curta Fantástico 22

4.6 Mostra Curta Fantástico II 22

Questionário sobre a Literatura Fantástica 24

4.4 Mostras

4.5 Mostra Curta Fantástico

A Mostra Curta Fantástico é um evento voltado para o cinema fantástico, um


gênero atraente para o público, mas pouco explorado pelos cineastas
brasileiros. A Mostra exibe curtasmetragens, ficção e animação, cujos temas
passam pela fantasia, ficção científica e horror mostrando a diversidade e
versatilidade do gênero fantástico. A Mostra que acontece na cidade de São
Paulo, tem caráter competitivo.

Já no Brasil o tema fantástico ainda é muito incipiente, por isso a realização da


Mostra Curta Fantástico tem por objetivo mapear a produção existente, trazer a
público essa produção e incentivar estudantes, escolas, aprendizes e
profissionais do cinema brasileiro, fomentando a produção de curtas metragens
sobre o tema. Ao mesmo tempo divulgar os grupos, instituições públicas e
privadas que trabalham, pesquisam e estudam o fantástico, o imaginário na
linguagem cinematográfica fora do Brasil.

4.6 Mostra Curta Fantástico 2006/2007

Inscritos: 147 curtas-metragens vindos de vários estados brasileiros

A Mostra Curta Fantástico se tornou, desde 2008, o Festival Internacional de


Cinema Fantástico CINEFANTASY.

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O Cinefantasy traz mostra competitiva de longas e curtas-metragens, mostra
paralela onde exibe retrospectivas, homenagens, lançamentos, sessões
temáticas e encontros com diretores e figuras do universo fantástico.

Além disso, o festival paulista possui disputadas

atividades de formação voltadas para a produção do gênero fantástico no


Brasil. Além de divulgar a diversidade de gêneros no mercado de cinema
brasileiro, o Cinefantasy busca apoiar e formar público para o cinema
independente brasileiro e estrangeiro.

Referências

1. CAUSO, Roberto de Sousa. Ficção científica, fantasia e horror no Brasil:


1875 a 1950. Editora UFMG, Belo Horizonte (MG), 2003.

Bibliografia

SCHOEREDER, Gilberto. "Ficção Científica". Francisco Alves

Editora: Francisco Alves.

Janeiro (RJ), 1986.

CAMARGOS, Ivete Lara. O que é


Ficção Col. Primeiros Passos- 1985

WOOD, James. Como Funciona a Ficção.


São Paulo-2012

SEGER, Linda. A arte da adaptação-


Como transformar Fatos e ficção em filme.
São Paulo- 2008

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1. Quais as características da literatura fantástica?

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2. Faça uma pesquisa sobre o público leitor deste tipo de literatura e


aborde as principais relevâncias do tema.

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3. Produza um texto fantástico e trabalhe com a ferramentas aprendidas


nesta aula.

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4. Assistir a um filme fantástico e produzir um relatório usando a escrita
criativa.

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