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A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Publicado em 02 de September de 2013 por Ermoson Goes dos Santos

A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ermoson de Goes dos Santos[1]

RESUMO:

A arte é uma grande estratégia para se caminhar rumo ao desenvolvimento expressivo e


representacional da criança, e, por isso mesmo a arte precisa ser mais valorizada dentro da
escola, não somente como hora de desenhar e pintar, mas como uma disciplina curricular
importante para o desenvolvimento cognitivo das crianças, principalmente com as crianças
com necessidades especiais. Neste contexto a situação problema do estudo questionou: por
que as escolas regulares de ensino, não tomam como compromisso o processo do ensino da
arte, para os alunos portadores de necessidades? E teve como os objetivos: verificar a
importância da ação da arte na educação inclusiva, verificar a atuação do educando incluso
com as expressões pessoal e valores sociais, demonstrar como o ensino da arte beneficia o
aluno portador de necessidades especiais, relacionar recursos que mais contribuem com as
diferentes habilidades da educação inclusiva. Usou-se metodologia através da pesquisa
qualitativa, com a utilização de meios bibliográficos, envolvendo livros, artigos, revista e
pesquisa on-line. Assim o estudo obteve-se como resultados: Para a diversificação das
atividades em artes na escola, é necessário espaço físico e recursos materiais, onde é visto em
muitas escolas a falta destes complementos. Portanto, para tomar como compromisso as
aulas de arte na educação inclusiva, deve muitas vezes vivenciar do improviso e da criatividade
dos docentes, quais trazem valiosas aprendizagens aos alunos.

Palavras-chave: Aprendizagem, arte, inclusão, educação.


1 INTRODUÇÃO

A arte é uma grande estratégia para se caminhar rumo ao desenvolvimento expressivo e


representacional da criança, e, por isso mesmo ela precisa ser mais valorizada dentro da
escola, não somente como hora de desenhar e pintar, mas como uma disciplina curricular
importante para o desenvolvimento cognitivo das crianças, principalmente com as crianças
com necessidades especiais.

A situação problema questionou: por que as escolas regulares de ensino, não tomam como
compromisso o processo do ensino da arte, para os alunos portadores de necessidades?

Assim o estudo teve como justificativa, pois o tema tem relevância social, junto as atividades
da disciplina de Artes para as pessoas portadores de educação especial, e contribui com os
componentes fantasiosos e imaginativos das invenções artísticas das crianças.

A arte ajuda-as a desenvolvê-las, trabalhando também uma parcela considerável de sua


própria sensibilidade estética e até aprimorando suas habilidades perceptivas, analíticas e
criticas.

A prática da arte prepara a pessoa para, observar e refletir sobre as experiências artísticas, a
arte dá direção para entendê-las melhor e, sobretudo, deparar nos caminhos para auxiliar a
manifestação da criatividade e imaginação da criança no meio em que vive.

A Arte é uma forma de comunicação não verbal, onde os sentimentos, e o conhecimentos com
relação ao universo, a vida e o meio habitual para pessoas portadoras de deficiências tem
grande valor, pela a necessidade muitas de trabalhar questões emocionais, sensórias.

Com a ação da Arte poderá, oferecer melhores auxílios para os portadores de inclusão,
expressando suas necessidades e limitações, proporcionando, além do espaço para a
expressão do auto-conhecimento, uma melhoria da auto-estima, da percepção do mundo, da
integração social, e o conhecimento si mesmo, sem deixar de falar do mundo ao seu redor.
Portanto o trabalho no recinto escolar com a arte, também com os alunos inclusivos em
muitos casos funcionará como diagnóstico terapêutico.

O estudo também abre espaço para a reflexão dos profissionais docentes e outras áreas.

O tema tem relevância cientifica, pois é de suma grandeza para o acadêmico, onde oportuniza
conhecimentos para o seguimento na vida profissional e pessoal, pois sendo assunto de muito
interesse no universo de pessoas portadoras de necessidade.

E com o objetivo geral: verificar a importância da ação da arte na educação inclusiva. E


com os objetivos específicos: verificar a atuação do educando incluso com as expressões
pessoal e valores sociais, demonstrar como o ensino da arte beneficia o aluno portador de
necessidades especiais, relacionar recursos que mais contribuem com as diferentes
habilidades da educação inclusiva.

A metodologia e procedimentos realizou-se através da pesquisa qualitativa, utilização de


meios bibliográficos, envolvendo livros, artigos, conseguindo assim verificar na literatura atual,
os mais variados estudos referentes ao tema da pesquisa.

A pesquisa qualitativa bibliográfica, realizou-se num período de dois meses, sendo março e
abril de 2013, em acervos bibliográficos: particular e municipal.

Assim o estudo teve como resultados: Para a diversificação das atividades em artes na escola,
é necessário espaço físico e recursos materiais, onde é visto em muitas escolas a falta destes
complementos. Portanto, para tomar como compromisso as aulas de arte na educação
inclusiva, deve muitas vezes vivenciar do improviso e da criatividade dos docentes, quais
trazem valiosas aprendizagens.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A ARTE E SUA CONTRIBUIÇÃO


A História da Arte no Mundo vêm ao encontro dos objetivos da nova LDB e dos educadores
compromissados com o desenvolvimento da Cultura em geral, visando uma sociedade mais
qualificada, mais solidária e mais sensível.

Segundo os PCNs - Arte (BRASIL, 1993, p.15).

“a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um


modo particular da dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a
sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação de aprender, pois a arte envolve,
basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolve também,
conhecer, aprecia r refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas
individuais e coletivas de distintas culturas e épocas. Para tanto, a escola deve saber aproveitar
a diversidade de recursos humanos e materiais disponíveis na comunidade em que ela esteja
inserida, a fim de que o aluno, ao longo da escolaridade tenha a oportunidade de vivenciar o
maior número de formas de arte”.

Segundo Proença (2000, p. 19) o ensino da arte abrange quatro linguagens: dança, teatro,
música e artes visuais. Cada um possui seu objeto de estudo e seus elementos
caracterizadores que devem ser compreendidos e explorados no trabalho com os alunos.

Na concepção de Cardoso (1997, p. 53), a Arte, na educação, dá espaço ao desenvolvimento


artístico: a sensibilidade, a reflexão, a percepção e a imaginação. O aluno passará, então, a
conhecer a apreciar e a refletir sobre as formas da natureza e o que foi produzido
artisticamente em diferentes épocas culturais.

As artes visuais no fazer dos alunos: desenho, pintura, colagem, escultura, gravura, escultura,
arrumação, vídeo, retrato, narrativa em quadrinhos, são cultura informatizadas.
Para Apple (1989, p. 46), a Arte contribui para desenvolver o senso de estática, sensibilidade e
criatividade, e nesse processo de aprendizagem a arte é tão importante quanto qualquer outra
matéria.

“A natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural. Todo indivíduo se desenvolve


em uma realidade social, em cuja indigência e valorizações culturais se adaptam os próprios
valores da vida” (OSTROWER, 1987, p.5).

A arte e a música tomam direção ao trabalho e se organiza de forma a que as crianças


desenvolvam as seguintes capacidades: Ouvir, perceber e descriminar eventos sonoros
diversos, fontes sonoras e produções musicais, Brincar com a música, imitar, inventar e
reproduzir criações musicais, imitar, inventar e reproduzir criações musicais (RADESPIEL, 2003,
p. 67).

Segundo Ostrower (1987, p. 13), a música é a linguagem que ultrapassa os alcances da palavra,
é a demonstração de sentimentos e emoções. È o conjunto da vida da criança desde o seu
nascimento, vindo das canções de ninar, cantigas de roda, rádio, discos, fitas. Antes de saber
ler e escrever a criança instruir-se a cantar. Em geral, mais do que o adulto a criança gosta de
cantar. A música tem grande força educativa, por isso torna-se simples e agradável ensinar às
crianças através do canto.

Na concepção de Read (1976, p. 29), o Teatro / Dramatização: O teatro é muito importante


para a criança, como: projetar criaturas conscientes, sem inibições, para a atividade social em
qualquer idade ou nível escolar.

Proença (2000, p. 39) o trabalho com teatro traz emoções em benefícios dos nossos
semelhantes: todos somos personagens do teatro do mundo, do dia-a-dia, de um mundo que
precisamos interagir aprender e fazê-lo. Para a criança, dramatizar é vital desde cedo a criança
se revela um ator nato. Apesar de suas primeiras revelações sejam repetição de seu ambiente,
ela é capaz de criticar e acrescentar algo de si aos fatos observados.

Ostrower (1987, p. 19) a dramatização leva o conhecimento da arte e abre esperança para que
o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a extensão poética encontrar-se presente:
a arte ensina que é possível modificar-se sempre a existência, que é preciso mudar referências
a cada momento ser flexível. Isso quer dizer que criar e aceitar são indissociáveis e a
flexibilidade é condição fundamental para aprender.
A dança se movimenta não só em função de respostas funcionais, mas pelo encanto do
exercício, para empreender o meio ambiente.

A valorização da escola reconhece ser um espaço privilegiado para a construção de uma


sociedade democrática, distinguindo não só para a qualidade de ensino como para a
probabilidade de contribuir para as modificações de atitudes discriminatórias, já que na escola
inclusiva, com presença das distinção sociais e culturais, hão de criar recursos que diminuam
as barreiras elitistas presentes hoje na sociedade.

2.1.1 A Contribuição da Arte na Educação Infantil

A atividade artística é um dos modos da criança referir-se ás alegrias e tristezas, revelar


suas emoções, enfim, exercer seu pensamento. Na Educação Infantil, esta poderá ser desenho,
a pintura, a colagem, a modelagem, etc., bem como a música, o teatro, a dança e a leitura.

As influências existem sempre. Não há porque opô-las a espontaneidade criativa, como se o


fato em si, e não o tipo de influencia, impedisse o agir espontâneo. Tampouco cabe identificar
a espontaneidade com uma originalidade imaculada por influencia e círculos, com um
comportamento sem compromissos (...). Ser espontâneo nada tem a ver com ser dependente
de influencia. Isso em si é impossível ao ser humano. Ser espontâneo apenas significa ser
coerente consigo mesmo. (....). Se o homem não consegue fugir das influencias por jamais
omitir-se a valorização do contexto cultural, é preciso ver que ele enfrenta seletivamente.
Como individuo, ele é um ser seletivo (OSTROWER, 1987, p. 108).

Segundo Proença (2000), há alguns anos, as atividades artísticas propostas para as


crianças geralmente não favoreciam a sua livre expressão. Copiar desenhos já feitos,
preencher esses desenhos como cores predominantes e outras atividades desse tipo ocupava,
na Educação Infantil, o tempo destinado ás artes plásticas.
Stabile (1988), a criação e recriação entre temas, traços, cores, ritmos e composição que
compões trabalhos como os desenhos, por exemplo, também não eram favorecidas por esse
tipo de atividade.

Á medida que as características do pensamento infantil passaram a ser conhecidas pelos


educadores, estes começaram a optar por um tipo de atuação pedagógica que, procurando
preservar o caráter lúdico, espontâneo e emotivo nas atividades expressiva deixavam a criança
totalmente livre para criar (READ, 1976).

A Arte na Educação Infantil, busca um ponto de equilíbrio entre os extremos, isto é,


entre o desenho mimeografado e o desenho livre.

Portanto ao observar e analisar a produção das crianças, o professor pode aprender muito
sobre a sua concepção de mundo. Essa concepção é uma síntese daquilo que a criança sabe de
suas impressões, percepções e sentimentos – expressa com as habilidades que já possui
naquele instante.

2.1.2 A Contribuição da Arte no Ensino Fundamental

Aprender arte é desenvolver progressivamente um percurso de criação pessoal


cultivado, ou seja, alimentado pelas interações significativas que o aluno realiza com aqueles
que trazem informações pertinentes para o processo de aprendizagem (outros alunos,
professores, artistas, especialistas), com fontes de informação (obras, trabalhos dos colegas,
acervos, reproduções, mostras, apresentações) e com o seu próprio percurso de criador.

Para Proença (2000, p. 31), fazer arte e pensar sobre o trabalho artístico que realiza,
assim como sobre a arte que é, e foi concretizada na história, podem garantir ao aluno uma
situação de aprendizagem conectada com os valores e os modos de produção artística nos
meios sócioculturais.
Ensinar arte em consonância com os modos de aprendizagem do aluno significa, então, não
isolar a escola da informação sobre a produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo,
garantir ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais
com base em intenções próprias.

Segundo Stabile (1988), tudo isso integrado aos aspectos lúdicos e prazerosos que se
apresentam durante a atividade artística. Assim, aprender com sentido e prazer está associado
à compreensão mais clara daquilo que é ensinado. Para tanto, os conteúdos da arte não
podem ser banalizados, mas devem ser ensinados por meio de situações e/ou propostas que
alcancem os modos de aprender do aluno e garantindo a participação de cada um dentro da
sala de aula.

Tais orientações, segundo Read (1976), favorecem o emergir de formulações pessoais


de idéias, hipóteses, teorias e formas artísticas. Progressivamente e por meio de trabalhos
contínuos essas formulações tendem a se aproximar de modos mais elaborados de fazer e
pensar sobre arte.

Aplle (1989), introduzir o aluno do primeiro ciclo do ensino fundamental as origens do


teatro ou aos textos de dramaturgia por meio de histórias narradas pode despertar maior
interesse e curiosidade sem perder a integridade dos conteúdos e fatos históricos.

Cabe ao professor escolher os modos e recursos didáticos adequados para apresentar as


informações, observando sempre a necessidade de introduzir formas artísticas, porque ensinar
arte com arte é o caminho mais eficaz. Em outras palavras o texto literário, a canção e a
imagem trarão mais conhecimentos ao aluno e serão mais eficazes como portadores de
informações a se exercitar nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar e
refletir sobre elas (PROENÇA, 2000, p. 59).

Segundo Fusari (1993), a qualidade da ação pedagógica que considera tanto as


competências relativas á percepção estática quanto aquelas que envolvidas no fazer artístico
pode contribuir para o fortalecimento da consciência criadora do aluno. O aluno fica exigente
e muito crítico em relação á própria produção, justamente porque nesse momento de seu
desenvolvimento já pode compará-la de modo mais sistemático, ás do círculo de produção
social ao qual tem acesso.
Proença (2000), essa caracterização do aluno tem levado á crença de que nesse período
a criança é menos espontânea e menos criativa nas atividades artísticas que no período
anterior a escolaridade.

Segundo Ostrower (1987), o aluno de primeira a quarta série do Ensino Fundamental, busca se
aproximar da produção cultural de arte. Entretanto, tais interesses não podem ser
confundidos com submisso aos padrões adultos de artes.

A vivência integral desse momento autorizará o jovem a estruturar trabalhos próprios, com
marcas individuais, inaugurando proposições poéticas autônomas que assimilam influência e
transformam o trabalho que desenvolvem dentro do seu percurso de criação nas diversas
formas da arte.

No período posterior, de quinta a oitava série, essa vivência propiciará criar próprias,
concretizadas com internacionalidades.

Brasil (1996), cada professor deve estar ciente de sua missão, no sentido de revelar e projetar
o trabalho das emoções em benefícios dos nossos semelhantes: todos somos personagens do
teatro do mundo, do dia-a-dia, de um mundo que não dialoga e que precisa aprender a fazê-lo.

Diante o Ensino Fundamental, os critérios de avaliação nos auxiliam na compreensão do


trabalho com o aluno em arte. Ele deve realizar de forma objetiva, imparcial e independente
das preferências individuais. Logo, avaliar deverá ter como ponto de partida o conteúdo do
trabalho, de acordo com os PCNs (BRASIL, 1993, p. 98),

Arte Visuais:

- Criar formas artísticas demonstrando algum tipo de capacidade ou habilidade;

- Estabelecer relações com o trabalho de arte produzindo por si e por outras pessoas sem
discriminação estéticas, étnicas e de gênero;

- Identificar alguns elementos de linguagem visual que se encontram em múltiplas realidades;


- Reconhecer e apreciar vários trabalhos e objetos de arte por meio das próprias emoções,
reflexões e conhecimentos;

- Valorizar as fontes de documentos, preservação e acervo da produção artística.

Na Dança:

- compreender a estrutura e o funcionamento do corpo e os elementos que compõem em seu


movimento;

- Interessar-se pela dança com movimento coletivo;

- Compreender e apreciar a s diversas danças como manifestações culturais.

Na Música:

- interpretar, improvisar e compor, demonstrando alguma capacidade ou habilidade;

- Reconhecer e apreciar os seus trabalhos, de seus colegas e de músicos por meio próprias
reflexão, emoção e conhecimentos, sem preconceitos estéticos, artísticos, étnicos e de
gênero;

- Compreender a música como produto cultural histórico em evolução, sua articulação com as
historias do mundo, as funções, os valores e as finalidades que foram atribuídas a ela por
diferentes povos e épocas;
- Reconhecer e valorizar o desenvolvimento pessoal em músicas nas atividades de produção de
conhecimentos sobre a Música como produto e histórico.

No Teatro:

- Compreender e estar habilitado para se expressar na linguagem dramática;

- Compreender e apreciar as diversas formas de teatro produzidas nas culturas;

- Compreender o teatro como forma coletiva.

Segundo Stabile (1988), são idéias e práticas sobre os métodos e procedimentos para viabilizar
o aperfeiçoamento dos saberes dosa alunos em Arte. Mas não são quaisquer métodos e
procedimentos e sim aqueles que possam levar em consideração o valor educativo da ação
cultural da Arte na escola.

Na concepção de Cardoso (1997), as orientações didáticas referem-se ás escolhas do professor


quanto aos conteúdos selecionados para o trabalho artístico em sala de aula. Refere-se aos
direcionamentos para que os alunos possam produzir, compreender e analisar os próprios
trabalhos e aprender noções e habilidades para apreciação estéticas e análise do patrimônio
cultural artístico.

A didática do Ensino da Arte, manifesta-se em geral em duas tendências, conforme PCN


(BRASIL, 1993).

Exercícios de repetição ou imitação mecânica de modelos prontos;

Atividades somente de auto-estimular;

As mesmas devem ser ampla que deve favorecer tipos de aprendizagem

distintas que deixam um legado empobrecido para o efetivo crescimento


artístico do aluno.

Proença (2000), em Arte as estratégias individuais para a concretização dos trabalhos são um
fato; além disso, os produtos nunca coincidem nos seus resultados. Para o aluno compreender
e conhecer arte e seus processos de criação torna-se, portanto um excelente modelo de
referência a orientação didática.

As atividades propostas na área de Arte devem garantir e ajudar as crianças e jovens a


desenvolverem modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre a
arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação.

Os encaminhamentos didáticos expressam por fim a seriação de conteúdos da área e as


teorias e de educação selecionadas pelo docente, pois ara a criança, dramatizar é vital desde
cedo a criança se revela um ator nato.

2.2 A ARTE E A EDUCAÇÃO ICLUSIVA

Com a Lei n. 9.394/96, sob (art. 26, 2), (Brasil, 1996), revogam-se as disposições anteriores e
Arte é considerada obrigatória na educação básica: O ensino da arte constituirá componente
curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos.

Segundo Read (1976), a arte na escola vem remover barreiras à aprendizagem junto aos
indivíduos com necessidade especiais, pois a arte funciona como forma de redescoberta, pelo
professore e pelo aluno, onde deve observar e registrar dados para, depois de avaliados,
servirem para a formulação de teorias oriundas da prática.

O comentário acontecido na Declaração Mundial, sobre educação para todos, aprovada na


Conferência Mundial sobre Educação para todos, satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem, ocorrida de5 a9 de março de 1990, em Jomtien, Tailândia, conforme diz
Carvalho, 2004, p. 67).

É animador constatar que houve a preocupação com as necessidades básicas de aprendizagem


de todas as crianças. Porém, o que consta da Declaração como satisfação das necessidades
básicas de aprendizagem traduz-se tanto pelos instrumentos essenciais para a aprendizagem
(como a leitura, a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto pelos
conteúdos básicos da aprendizagem, isto é: conhecimentos, habilidades, valores e atitudes e o
trabalho em arte.

Esses princípios referem-se ao quando ensinar ou ao melhor momento e adequadas condições


em que assuntos novos devem ser apresentados. Entretanto independentemente da
sequência e complexidade dos assuntos independentemente dos pré-requisitos cognitivos do
aluno, suas motivações e interesses fazem parte (a mais significativa) da aprendizagem com
sucesso (CARVALHO, 2004).

A arte deve ser abordada na aprendizagem das diferenças culturais a partir da perspectiva de
que toda pessoa tem uma cultura, todas as culturas são importantes e merecem respeito, e a
diversidade enriquece a sala de aula e explicaram que “a educação multicultural desde o inicio
não é um currículo; é uma perspectiva e um compromisso com a equidade, com a
sensibilidade e com a capacitação da inclusão (STAINBACK, 1999).

Saad (2003), a partir da primicia sobre a existência de uma essência humana, constitui-se a
crença de que o ensino da Arte deveria ser igual para todos, obedecendo a alógica e
preestabelecida. O compromisso da escola deve ser como a democratização do saber
entendendo que o conhecimento é herança da humanidade e, portanto, direito de todos.
Atualmente a inserção de alunos com necessidades especiais no ensino regular seja
denominada, genericamente, de Educação Inclusiva, há de se destacar tecnicamente, dois
modelos distintos na inserção seja efetiva, junto as aulas de artes (MANTOAN, 2005).

O conceito de Escola Inclusiva, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (Brasil,


1999), para a Educação Especial, implica uma postura da escola comum que propõe, no
projeto político-pedagógico, no currículo na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude
dos educadores, ações que favoreçam a integração social e a sua opção por práticas
heterogêneas.

Na concepção de Montoan (2005), o direcionamento dos conteúdos em Artes, de variar a


disposição dos grupos, adotar o ensino coletivo, adotar o ensino em grupos pequenos, adotar
o ensino individual, usar apoio e orientação dos colegas, propor atividades independentes,
propor grupos de aprendizagem, variar os métodos de ensino, ensino dirigido pelo professor,
pelo aluno, proporcionar motivação e reforço, proporcionar reforço verbal e não-verbal, ser
positivo.

Elogiar realizações concretas, tangíveis, planejar sequências de atividades motivadas,


reforçar a iniciação, oferecer opções, usar freqüentemente as potencialidades e os interesses
dos alunos, enviar bilhetes para casa, usar cédulas de dinheiro, motivar com tempo livre,
motivar com atividades especiais, exibir mapas de progresso, (FREIRE, 1985).

Variar as regras, diferenciar as regras para alguns alunos, usar regras explicitas, implícitas.
Ensinar auto manejo e acompanhamento de atividades, usar horários e calendários diários
visuais e pictóricos, verificar freqüentemente a compreensão, revisão, solicitar reforço dos
pais, fazer com que o aluno repita as instruções, ensinar técnicas de estudo, usar as folhas de
estudo para organizar o material, planejar, escrever indicações, prazos mais longos, rever e
vivenciar situações reais, propor generalizações, ensinar em vários locais, ambientes (BRASIL,
1999, p. 23)

Fusari (1993, p. 71), mudar os métodos de apresentação, variar as estratégias curriculares,


ensinar segundo o estilo de aprendizagem do aluno (lingüístico, espacial, lógico-matemático,
corporal-cinestésico, musical, interpessoal, intrapessoal), assim a abordagem
comportamentalista da Arte enfatiza a possibilidade da mudança do comportamento a partir
de princípios condicionantes por acreditar que estes proporcionam uma melhor adaptação aos
portadores de deficiência ao meio-social.

Dessa forma a arte é básica e compreender as experiências vivenciadas em sala de aula


contribui, conforme Carvalho, (2004, p. 106).

- Reconhecimento e integração com os colegas na elaboração de cenas e na improvisação


teatral;

- Reconhecimentos e exploração do espaço de encenação com os outros participantes do jogo


teatral;

- Interação ator-espectador na criação dramatizada.

- Observação, apreciação e análise dos trabalhos em teatro realizados pelos outros grupos.

- Compreensão dos significados expressivos corporais, textuais, visuais, sonoros da criação


teatral;

- Criação de textos e encenação com o grupo em teatro como expressão e comunicação;

- Participação e desenvolvimento nos jogos de atenção, observação, improvisação, etc.

- Reconhecimentos e utilização dos elementos da linguagem dramática: espaço cênico,


personagem e ação dramática.

- experimentação e articulação entre as expressões corporal, plástica e sonora.

- Experimentação na improvisação a partir de estímulos diversos.


- Experimentação na improvisação a partir do estabelecimento de regras para os jogos.

- Pesquisa, elaboração e utilização de cenário, figurino, maquiagem, adereços, objetos de cena,


iluminação e som.

- Pesquisa, elaboração e utilização de máscaras, bonecos e de outros modos de apresentação


teatral.

- Seleção e organização dos objetos a serem usados no teatro e da participação de cada um na


atividade.

- Exploração das competências corporais e de criação dramática.

- Reconhece a utilização da expressão e comunicação na criação teatral.

Proença (2000), a disciplina desenhos, apresentada sob forma de desenhos Geométricos,


desenhos do natural e desenhos pedagógicos, proporciona no seu aspecto funcional para a
experiência em arte, ou seja, todas as orientações e conhecimentos visam uma aplicação
imediata e a qualificação para o trabalho.

Na concepção de Saad (2003), as atividades de artes de teatro e danças fazem parte das
festividades escolares na celebração de datas como Natal, Páscoa ou Independência, ou ainda
nas festas de finais de ano no período escolar.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi através deste estudo, contemplando todas as buscas, qualitativa quantitativa, que
permitiu, ver observar e ter mais conhecimentos que é através da arte que o aluno, seja
incluso ou não, tem uma maior vivência dos sentimentos é, desta forma a abranger o processo
da aprendizagem como um todo, e não apenas em sua dimensão simbólica, verbosa ou
palavresca.

Neste contexto oportunizou a situação problema que questionou: por que as escolas regulares
de ensino, não tomam como compromisso o processo do ensino da arte, para os alunos
portadores de necessidades?

Para a diversificação das atividades em artes na escola, é necessário espaço físico e recursos
materiais, onde é visto em muitas escolas a falta destes complementos. Portanto, para tomar
como compromisso as aulas de arte na educação inclusiva, deve muitas vezes vivenciar do
improviso e da criatividade dos docentes, quais trazem valiosas aprendizagens aos alunos.

E com o objetivo geral: a) verificar a importância da ação da arte na educação inclusiva,

A importância acontece a partir do conhecimento que é construído na interação da criança


com o meio ambiente, e o ritmo é parte primordial do mundo que a cerca.

A criança desenvolve os sentidos desde que nasce e um dos papéis da escola é proporcionar
situações em que ela possa explorar e desenvolver todos os sentidos harmonicamente.

Assim a arte faz com que a criança portadora de necessidades especiais oportuniza o brincar
com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais, imitar, inventar e reproduzir
criações musicais, perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de
improvisações, composições e interpretações do mundo que os rodeia.

b) verificar a atuação do educando incluso com as expressões pessoal e valores sociais,

A arte amplia o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e


matérias, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e
entrando em contato com formas diversas de expressão artística para o mundo social.
c) demonstrar como o ensino da arte beneficia o aluno portador de necessidades especiais,

As atividades de artes garantem ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas


artísticas pessoais ou grupais com base em intenções próprias, integrado aos aspectos lúdicos
e prazerosos que se apresentam durante a atividade artística.

A arte também oportuniza a criança expressar e saber comunicar-se em artes, mantendo uma
atitude de busca pessoal e ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir produções artísticas em seu mundo.

d) relacionar recursos que mais contribuem com as diferentes habilidades da educação


inclusiva.

Assim o que mais contribuem são os recursos com materiais, instrumentos e procedimentos
variados em artes (artes visuais, dança, música, teatro), experimentando-os e conhecendo de
modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais.

Como também identificar uma ralação de autoconfiança com a produção artística pessoal e
conhecimento estético, respeitando a própria produção e dos colegas, no percurso de criação
que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções.

Portanto as atividades de arte devem ser sempre um trabalho contínuo na escola, para que
possamos trabalhar com as crianças no sentido de formar as atitudes e habilidades propostas
conseguindo, assim resultados positivos.

Dessa forma enfatiza-se sobre a importância do trabalho junto aos alunos portadores de
necessidades especiais, na configuração dos elementos que interagem, em diferentes planos,
para a elaboração e a prática curricular existente nas escolas especiais.

Conclui-se que, as buscas para a construção deste estudo, foram de fundamental importância
para os conhecimentos profissional e pessoal do acadêmico.
4 REFERÊNCIAS

APPLE, Michael W. Educação e Poder. Porto Alegre: Artes Médicas. 1989.

BRASIL, Ministério da Educação, Cultura e do Desporto. Secretaria do Ensino Fundamental.


SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: Artes. 1993.

BRASIL, Ministério da educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB. Lei 9.394,
de 20 de dezembro de 1996.

CARDOSO, Maria Cecília de Freitas. Adaptando o conteúdo utilizando grandes áreas


curriculares. Brasília: Corde, 1997.

CARVALHO, Rosita Edler; Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva;


Editora Mediação, 4 ed. Porto Alegre, 2004.

FUSARI, Maria f. de Rezende E. A arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1993.

FREIRE, Paulo. FAUNDEZ, Antônio. Por Uma Pedagogia da Pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1985.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér - Revista o Professor - Escola - Fala Mestre - São Paulo, Maio
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OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987.

PROENÇA, Graça. Historia da Arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2000.

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem Segredos: Eventos Escolares. Arte na pré-Escola e no


Ensino Fundamental. Minas Gerais: IEMAR. 2003.
READ, Herbert. O Sentido da Arte. 3. ed. - São Paulo: Ibrasa, 1976.

STABILE, Rosa Maria. A expressão artística na pré-escola. São Paulo: FTD, 1988.

STAINBACK, Susan e William STAINBACK: Inclusão: Um Guia Para Educadores. Porto Alegre:
Artmed: 1999.

[1]Ermoson de Goes dos Santos. emersongoes@gmail.com. Acadêmico do curso em Artes


CBM - Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto - São Paulo.

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