Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portal Educação
CURSO DE
ARTE NA EDUCAÇÃO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
ARTE NA EDUCAÇÃO
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
2
SUMÁRIO
MÓDULO I
1 O QUE É ARTE?
1.1 A ARTE E A INTERFACE COM A EDUCAÇÃO.
1.2 OBJETIVOS DO ENSINO DE ARTES E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO
1.3 DO LÚDICO AO APRENDIZADO
1.4 DO NORMAL AO ESPECIAL: COMO LIDAR O ASPECTO ARTÍSTICO NO
CONTEXTO EDUCACIONAL
1.5 MODALIDADES ARTÍSTICAS
1.5.1 Definição de artes visuais; elementos das artes visuais
1.5.2 Definição de música, notas musicais e propriedades da música.
1.5.3 Definição de jogos teatrais; sugestões de jogos teatrais a serem realizados na
escola
1.5.4 Definição de dança; dança na escola; e atividades com danças para serem
utilizadas na escola.
1.6 BREVE HISTÓRICO SOBRE A ARTE NO BRASIL E NO MUNDO, VOLTADA
PARA A EDUCAÇÃO NA ESCOLA
1.7 A ARTE E SEU POTENCIAL PARA A CRIATIVIDADE
MÓDULO II
2 UM OLHAR PSICOLÓGICO SOBRE A ARTE DENTRO DO CONTEXTO
EDUCACIONAL.
2.1 O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR PELO USO DA ARTE NA EDUCAÇÃO
2.2 AS FORMAS DA ARTE PARA CADA FASE DO DESENVOLVIMENTO.
2.2.1 Rabiscos
2.2.2 Simbólico
2.2.3 Esquemático
2.2.4 Realismo
AN02FREV001/REV 4.0
3
2.2.5 Pseudorrealismo
2.3 ENSINO DA ARTE COMO INSTRUMENTO PARA DESENVOLVER
HABILIDADES COGNITIVAS
2.4 ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2.5 FASES DO DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO
2.6 A CRIANÇA E O DESENHO SOB O OLHAR DO EDUCADOR
2.7 O OLHAR DA CRIANÇA E A SUA CRIAÇÃO
2.8 A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA SEGUNDO PIAGET
2.9 TECNOLOGIAS DO SÉCULO XXI; A ARTE NA EDUCAÇÃO.
MÓDULO III
3 AS CONSTRUÇÕES EDUCACIONAIS PELA ARTE
3.1 PERSPECTIVAS DE AMPLIAÇÃO DA EDUCAÇÃO: DO TRADICIONAL AO
ARTÍSTICO
3.2 O AUXÍLIO DA ARTE À COGNIÇÃO
3.3 DESENVOLVENDO A MEMÓRIA
3.4 DESENVOLVENDO A IMAGINAÇÃO.
3.5 DESENVOLVENDO O ENTENDIMENTO
3.6 DESENVOLVENDO HABILIDADES ANALÍTICAS
3.7 DESENVOLVENDO A HABILIDADES DE SÍNTESE
3.8 DESENVOLVENDO A HABILIDADES DE CRIAR: “A ARTE QUE VEM DO LIXO”
(RECICLAGEM – HISTÓRICO E EXEMPLOS.)
3.8.1 Dez maneiras de reutilizar garrafas pet
3.8.1.1 Vaso de “cristal”
3.8.1.2 Luminária oriental
3.8.1.3 Quadro de tampinhas
3.8.1.4 Horta vertical do “lar doce lar”
3.8.1.5 Jardineira
3.8.1.6 Cofrinho
3.8.1.7 Horta caseira
3.8.1.8. Porta-lápis
3.8.1.9 Vasos decorativos
AN02FREV001/REV 4.0
4
3.8.1.10 Caixinha “porta-treco”
3.9 PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS
3.9.1 Papel
3.9.2 Plástico
3.9.3 Vidro:
3.9.4 Metais
3.9.5 Em casa
3.9.6 No escritório
3.9.7 Com as crianças
3.10 PINTURA COM TINTA DE TERRA
3.10.1 Rosa
3.10.2 Laranja
3.10.3 Amarelo
3.10.4 Verde
3.10.5 Azul
3.10.6 Roxo
3.10.7 Marrom
3.10.8 Cinza
3.10.9 Líquen
3.10.10 Fungos
3.10.11 Tinta de legumes e/ou verduras
3.10.12 Tinta de terra
3.10.13 Tinta guache
MÓDULO IV
4 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO BRASIL E DO MUNDO E SUAS ARTES
4.1 CÂNDIDO PORTINARI
4.1.1 Características da obra de Portinari
4.1.2 Principais obras de Portinari
4.2 DI CAVALCANTI
4.2.1 Estilo artístico e temática de Di-Cavalcanti
4.2.2 Principais obras de Di-Cavalcanti
AN02FREV001/REV 4.0
5
4.3 CARYBÉ
4.3.1 Algumas obras de Carybé
4.4 ANITA MALFATTI
4.4.1 Principais obras de Anita Malfatti
4.5 TARSILA DO AMARAL
4.5.1 Características das suas obras de Tarsila do Amaral
4.5.2 Principais obras de Tarsila do Amaral
4.6 ALFREDO VOLPI
4.6.1 Principais obras de arte de Alfredo Volpi
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 4.0
6
MÓDULO I
1 O QUE É ARTE?
Toda teoria necessita, primeiro, de uma conceituação. A arte não foge a esta
regra. Segundo o site Spiner (2012), a arte é uma criação humana com valores
estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua
história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos
utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos.
Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema,
o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três
maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente, alguns tipos
de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da
técnica para se comunicar.
Não há como falarmos em arte e não voltarmos no tempo, buscar nos
arcabouços do imaginário social suas representatividades e darmos o ponto inicial à
arte na Antiguidade, como pontuado pelo Mundo Educação (2012) em que
preconizam que os homens da Pré-História desenhavam a arte rupestre (desenhos
feitos nas cavernas). As figuras representavam a caça, mas isso não significava
como o grupo vivia; pois elas tinham um caráter mágico, faziam com o que o grupo
se preparasse para a tarefa que garantiria a sobrevivência.
Tomando-se ainda aportes teóricos do Brasil Escola, a arte é expressa ainda
como uma forma de o ser humano tentar demonstrar suas emoções, sua história e
sua cultura por intermédio de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia,
equilíbrio. A arte pode ser representada por meio de várias formas, em especial na
música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.
Corroborando a estes conceitos, Spiner (2012) elucida que a arte é uma
criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que
sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um
AN02FREV001/REV 4.0
7
conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos
nossos conhecimentos.
Outra importante contribuição é o que Pires et al (2009, p. 561) trazem sobre
a temática. Para estes autores, há de se buscar as seguintes ideias de outros
pensadores:
AN02FREV001/REV 4.0
8
Ainda nas ideias do autor acima (2001, p. 321) sobre a interface educação e
arte, ele enfatiza que:
Não é por acaso que, desde a Antiguidade, a arte tem sido considerada
como um meio e um recurso da educação, isto é, como certa modificação
duradoura do nosso comportamento e do nosso organismo. Tudo de que
trata esse capítulo – todo o valor aplicado da arte –, acaba por reduzir-se ao
seu efeito educativo, e todos os autores que percebem uma afinidade entre
a pedagogia e a arte, e, veem inesperadamente o seu pensamento
confirmado pela análise psicológica.
Pontes (2009, p. 45) relata que a situação da arte inserida na escola busca
tratar que é necessário atentar para como a criança se aproxima e age em relação
ao aspecto estético e artístico do conhecimento, essas observações ajudarão o
professor saber o que e como propor experiências e situações que façam avançar
as percepções e observações das crianças, bem como seus repertórios de saberes.
Pires et al (2009, p. 561) pontuam ainda que:
AN02FREV001/REV 4.0
9
Pontes (2009, p. 33) corrobora a citação acima, quando coloca que:
AN02FREV001/REV 4.0
10
poderiam ser o foco das reflexões e articulação de situações de ensino por
professores.
A mesma autora (2009, p. 32) salienta que:
1
Pontes (2009) pontua da seguinte maneira esta colocação: Como reflexo destas concepções acerca
da arte na escola, o planejamento, numa visão tecnicista de ensino, divide os objetivos de ensino em
três ângulos: cognitivo, afetivo e motor. O fazer artístico passa a ser utilizado para atingir a objetivos
voltados para o afetivo e para o aspecto motor. Expressão e elaboração de sentimentos e ou
desenvolvimento de habilidades se constituíam nas finalidades da Arte na escola.
AN02FREV001/REV 4.0
11
motoras, cognitivas e linguísticas, a escola deve considerar o lúdico como
parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento dos alunos.
AN02FREV001/REV 4.0
12
Não fugindo a esta situação positiva, por volta da década de 80, novas
abordagens foram introduzidas no ensino da Arte no Brasil, Almeida (2003, p. 75
apud GOMES e NOGUEIRA, 2008). A imagem ganhou um lugar de destaque na
sala de aula, o que representa uma das tendências da Arte contemporânea e uma
novidade para o ensino da época. As imagens produzidas tanto pela cultura artística
(pintores, escultores) como as produzidas pela mídia (propaganda de TV e
publicitária gráfica, clipe musical, internet) passaram a ser utilizadas pelos
professores e alunos da educação básica.
AN02FREV001/REV 4.0
13
das crianças a imagem, é como querer alfabetizar para a leitura e escrita
sem colocar a criança em contato com livros.
• Arquitetura
• Artes e ofícios
AN02FREV001/REV 4.0
14
• Asemic writing
• Collage
• Comics
• Arte conceitual
• Decollage
• Arte Decorativa
• Design
• Fashion design
• Garden design
• Design gráfico
• Web design
• Desenho
• Cinema
• Found art – arte encontrada
• Grafite (arte)
• Ilustração
• Concept art
• Installation art
• Mail art
• Mixed media
• Pintura
• Fotografia
• Printmaking
• Etching
• Litografia
• Serigrafia
• Escultura
• Tipografia
• Videoarte
AN02FREV001/REV 4.0
15
As Artes Visuais, além das formas tradicionais (pintura, escultura, desenho,
gravura, arquitetura), incluem outras modalidades, que resultam dos
avanços tecnológicos e transformações estéticas a partir da modernidade
(fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação,
performance). Criar e perceber formas visuais implica trabalhar com a
relação entre os elementos que as compõem, tais como ponto, linha, plano,
cor, luz, movimento e ritmo.
A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é
uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio
seguindo uma pré-organização ao longo do tempo (WIKIPEDIA, 2012).
Uma transcrição literal sobre sua definição é debruçarmo-nos sobre a
seguinte situação: a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente
conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os
significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a
música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela
esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se
modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional.
(DIGNOW, 2011).
O som possui quatro propriedades, definidas como: duração; intensidade;
altura (grau) e timbre. De forma a defini-las separadamente, temos:
Para que uma música seja executada com fidelidade de expressão essas
propriedades têm de ser representadas na escrita musical.
AN02FREV001/REV 4.0
16
Estas situações aliadas à questão da arte incluída na educação, faz com que o
educando se familiarize com a arte da música e possa expressar por meio dela os
próprios sentimentos da situação vivida bem como o próprio sentido de sua existência.
AN02FREV001/REV 4.0
17
1.5.3 Definição de jogos teatrais; sugestões de jogos teatrais a serem realizados na
escola
Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 5-6) pontua vários tipos de
jogos que podem contribuir para a aprendizagem, pois ajudam a desenvolver
habilidades de forma mais descontraída, permitindo a interação de todos. Vejamos
alguns tipos de jogos que podem ser utilizados facilmente no ambiente escolar,
conforme descritos abaixo:
Jogos de aquecimento: o aquecimento é necessário antes das oficinas,
como também são úteis ao final de oficinas de baixa energia para revigorar os
jogadores. Os jogos de aquecimento focam a interação do grupo.
Jogos de movimentos: esses jogos permitem a exploração do ambiente, a
liberação de gestos e de energia. Com isso a liberação do pensamento e das ideias
ocorre pela necessidade de criar movimentos e gestos. “As caminhadas no espaço
estendem esta exploração, dando aos alunos a chance de se movimentar e explorar
AN02FREV001/REV 4.0
18
o espaço familiar da sala de aula, proporcionando um novo imediatismo ao espaço.”
Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 5).
Jogos de transformação: esses jogos tornam o invisível visível. Os jogadores
devem criar os objetos, coisas ou personagens e jogar com eles, de maneira criativa e
de improviso, porém com bastantes detalhes para que a plateia identifique em seus
gestos ou ações do que se trata aquele jogo. Com isso, tanto os jogadores como a
plateia experimentam o despertar do intuitivo “Quando o invisível se torna visível, temos
a magia teatral!” Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 5).
Jogos sensoriais: sugerem uma nova consciência sensorial e a
concentração a fim de compreender claramente o que ouve, pois pode ser pedido a
um jogador, que o demonstre através de ações, gestos, desenhos, textos o que
ouviu, sem que tenha tempo para pensar nele.
Jogos com parte de um todo: quando o jogador entende que é uma parte
de um todo, torna-se responsável pela resolução daquele problema, apoiando o
outro e partilhando suas respostas. “Um jogador com corpo, mente e intuição em
uníssono, com alto nível de energia pessoal, conecta-se com os parceiros no
esforço de quebrar limitações.” Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 6).
Assim, segundo os autores citados anteriormente, no contexto pedagógico, o
jogo que enfoca a parte de um todo, pode contribuir na formação de cidadãos mais
participantes e responsáveis pelo outro, como também alunos coparticipantes na
formação de outros. Como ele faz parte de uma sociedade, deve contribuir para que
a justiça, a tolerância e a inclusão estejam presentes abundantemente no cotidiano
das pessoas.
Jogos de palavras: o medo da comunicação verbal pode prejudicar a
aprendizagem. Esses jogos fomentam a necessidade de se comunicar, e através do
improviso e centrado no foco, as palavras surgem e com isso o diálogo acontece. A
superação da timidez contribui para que o educando possa suplantar seus limites e
partilhar plenamente do conhecimento científico e cultural.
Desta forma explicitada e tomando-se as ideias de Santos e Farias (2010,
p.3), “os jogos teatrais podem nos auxiliar, transformando essa transmissão de
conhecimento dominante na escola, e proporcionando meios para trabalhá-los em
sala de aula, estimulando debates problematizadores a respeito do conhecimento”.
AN02FREV001/REV 4.0
19
1.5.4 Definição de dança; dança na escola; e atividades com danças para serem
utilizadas na escola.
FIGURA 1 - BALÉ
AN02FREV001/REV 4.0
20
condições sociais – individualismo crescente, urbanização, propagação e
importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também
fusões com outras áreas artísticas como o teatro, por exemplo.
Marques (1997, p. 21) elucida bem este questionamento da integração da
arte da dança no meio escolar. Para ela, as artes, frequentemente associadas ao
trabalho manual, foram também associadas à condição de "escravos". Não é de se
admirar, portanto, que uma arte como a dança, que trabalha direta e
primordialmente com o corpo, tenha sido durante séculos "presa nos porões e
escondida nas senzalas": foi banida do convívio de outras disciplinas na escola, ou
então atrelada ao tronco e chicoteada, até que alguma alma boa pudesse convencer
"o feitor" de sua "inocência".
Ainda a mesma autora (1997, p. 23) acima pontua claramente que:
AN02FREV001/REV 4.0
21
Corroborando neste aspecto, Viola e Cantoria (2012) pontuam que:
Nosso país, por exemplo, possui vários estilos musicais e danças conforme
a região. Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste, cada uma possui músicas e
danças típicas de sua região e cultura. Situações como estas que, por meio da
dança, existe o conhecimento, cultura e aprendizados de outras regiões onde se
encontra o alunado inserido nas escolas.
AN02FREV001/REV 4.0
22
FIGURA 3 - DANÇA INDÍGENAS, TÍPICAS DO NORTE E DO CENTRO-OESTE
AN02FREV001/REV 4.0
23
A região Sudeste é caracterizada pelo samba, pagode, quadrilha e outras
danças mais modernas como o funk, o hip-hop, e o black. O próprio samba como
expressão popular.
Viola e Cantoria (2012) trazem ainda outras maneiras de utilizar a música,
não somente pela dança, mas o envolvimento dela como um todo. Para esta
situação, uma linguagem artística não pode ser tratada dissociada de outras
manifestações artísticas, sendo assim, a relação entre música e movimento, fazendo
inclusive um entendimento do papel da música na dança e no corpo, se faz de suma
importância propiciando uma reflexão corporal para a aprendizagem musical.
Relaxamento: com música suave. Deitado. Percorrer a reflexão sobre cada
parte do corpo, tentando imaginar uma luz, que percorre muito lentamente,
demonstrando a importância da consciência corporal, tentando sentir-se alegre, em
harmonia e segurança, podem-se incluir sons da natureza.
O trabalho pode se estender com imaginação de lugares e até mesmo de
sons.
O diálogo é construído em cima das sensações observadas durante a
dinâmica, assim como os possíveis incômodos. Após a realização do relaxamento e
conscientização corporal, inicia-se a aula normalmente a partir da aprendizagem de
cada aluno.
Espera-se que, a partir deste processo possa se esperar do aluno, que
busca mais conhecimentos musicais, uma maior concentração, harmonia consigo
mesmo, com a música, e com o seu próprio processo de aprender e se
compreender.
1.6 Breve histórico sobre a arte no Brasil e no mundo, voltada para a educação na
escola
Uma transcrição literal de arte no Brasil é o que é apontado por Barbosa
(apud PONTES, 2009, p. 38) em que:
AN02FREV001/REV 4.0
24
da valorização da Arte como um conhecimento que deve estar presente nos
currículos em todos os níveis de ensino. Articulam, assim, diretrizes
diferentes para a presença desse conhecimento na escola. Essas diretrizes
emergem como fruto da luta em defesa da presença da Arte no currículo e
de mudanças conceituais no seu ensino. Mudança e valorização conceitual
no intuito de devolver – Arte à educação é favorecer a todos o acesso aos
códigos artísticos e às possibilidades de expressão desses códigos. O
objetivo daqueles que acreditam nesses pressupostos conceituais é
contribuir para a difusão da Arte na escola, garantindo a possibilidade
igualitária de acesso ao seu conhecimento. É preciso levar a Arte, que está
circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se
patrimônio cultural da maioria.
FIM DO MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
25