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Bonecos de Olinda são bonecos gigantes originados na cidade de Olinda e usados em

eventos festivos como o Carnaval de Pernambuco. São feitos de tecido, isopor, papel,
madeira, fibra de vidro e alumínio.

História
Os bonecos gigantes surgiram na Europa e em Portugal por volta da Idade Média, onde
eram utilizados em procissões em forma de santos católicos. Eles chegam a Pernambuco
através da pequena cidade de Belém do São Francisco, no sertão do estado, com a vinda
de um padre belga que levou ao conhecimento de seus discípulos esta tradição europeia,
sendo desta cidade a origem a criação do primeiro boneco gigante do Brasil em 1919, Zé
Pereira, e em seguida, Vitalina. A tradição dos bonecos gigantes iniciada em Belém do
São Francisco ganhou as ladeiras de Olinda em 1931, com a criação do boneco Homem
da Meia Noite. Daí em diante se popularizou a tradição do Encontro dos Bonecos
Gigantes, onde vários deles se encontram no sitio histórico de Olinda, durante o período
de carnaval. No início de 2007, o empresário cultural Leandro Castro criou a nova geração
de Bonecos Gigantes juntamente com sua equipe de artistas. O principal objetivo foi a
construção e materialização de grandes ícones da história e da cultura brasileira, assim
como de personalidades mundiais. Essa nova geração de bonecos tem impressionado
bastante a todos pelo grande realismo das expressões faciais e figurinos. O peso atual dos
bonecos que atingem até 4 metros de altura são de 20 quilos confeccionados em fibra
apos terem sido moldados na argila. Os bonecos da nova geração fazem a alegria dos
foliões em Olinda no principal desfile de carnaval e em Recife saindo no sitio histórico do
Recife Antigo também no período de carnaval. Em Recife os bonecos permanecem em
exposição o ano inteiro na Embaixada de Pernambuco - Bonecos Gigantes de Olinda
localizada na Rua Bom Jesus, 183 no Recife Antigo. O acervo da Embaixada atualmente
ultrapassa mais de 340 bonecos.

Gigantone é um boneco de figura humana com 3,5 a 4 metros de altura, típico das festas
populares portuguesas, romarias e cortejos de carnaval. O boneco tem uma estrutura que
permite ser “vestido” e manuseado por uma pessoa no seu interior. A cabeça de grandes
dimensões, feita de pasta de papel, e o resto da estrutura podem atingir trinta quilos, peso
suportado pelos ombros do manuseador e que faz com que a amplitude de movimentos do
boneco seja limitada.

Os gigantones não aparecem sozinhos, mas em par ou grupos de casais, envergando


trajes de cerimónia ou populares, e desfilando ao ritmo de música tocada por zés-pereiras.
Podem ser acompanhados por cabeçudos, bonecos mais pequenos (tamanho de uma
pessoa) com uma cabeça enorme e desproporcional relativamente ao corpo. A cabeça,
também feita em pasta de papel, é usada como uma espécie de capacete, e as roupas são
mais informais e coloridas que as dos gigantones, podendo mesmo personificar monstros
ou demónios. Com maior liberdade de movimentos que os gigantones, os cabeçudos
dançam e movimentam-se alegremente como um rancho de filhos ou uma corte animada
ao seu redor. No Minho também são conhecidos por almajonas ou armazonas.

História

Gigantones em Viana do Castelo


O registo, em território nacional, mais antigo onde é referido um gigante processional tem
a haver com a procissão do Corpo de Deus de Évora de 1265, simbolizando, juntamente
com a serpente, o demónio e o dragão, os vícios que Cristo Sacramentado tinha vencido.
De resto são abundantes as referências, ao longo dos séculos, que registam a sua grande
popularidade no nosso país. De notar que, erroneamente no Norte do país, se tem
associado a introdução do gigantone em Portugal vindo da Galiza nos fins do séc. XIX,
princípios do séc. XX.

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