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No coração do Brasil.

A partir dessa estratégica localização, Goiás acumulou ao


longo dos séculos uma infinidade de elementos e tradições responsáveis por criar
a sua própria identidade. Em solo goiano pulsa um pouco da história dos vários
povos que construíram o Estado, dando origem a uma cultura tão rica quanto
diversificada. É tudo característico e marcante: o sotaque puxado no “r”, a
arquitetura, a culinária, as gírias, as danças e as músicas.

Acervo tombado
Dos casarões da cidade de Goiás, passando pelos vários prédios centenários pelo
interior até o acervo art déco de Goiânia: belezas que encantam e atraem turistas.
Tantas riquezas históricas contam com proteção e até reconhecimento
internacionais. É o caso, por exemplo, da antiga Vila Boa, classificada pela
Unesco como Patrimônio Cultural Mundial, em 2001. O Estado de Goiás possui
ainda dois parques nacionais reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Natural
Mundial: o da Chapada dos Veadeiros e o das Emas.

São vários os prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico


Nacional (Iphan). Entre os destaques estão os conjuntos urbanos das históricas
Corumbá de Goiás, Goiás, Pilar de Goiás e Pirenópolis. São ruas, casarões e
igrejas que, por meio de sua arquitetura, narram a origem do Estado – com forte
presença dos arraiais, criados a partir de exploração de jazidas de ouro.

Manifestações culturais
Artes Plásticas: É um dos setores mais movimentados da cultura goiana. A partir
de José Joaquim Veiga Valle e Octo Marques, respectivamente dos séculos XIX
e XX, Goiás se mostrou um terreno fértil para artistas. Siron Franco, Antônio
Poteiro e Ana Maria Pacheco são exemplos contemporâneos. Sobre estrutura,
Goiânia possui diferentes espaços, como o Museu de Arte Contemporânea (Mac),
o Museu de Arte de Goiânia (Mag), a Galeria Frei Confaloni e a Galeria
Sebastião dos Reis.

Dança: Tem forte influência do índio, do português e do africano, tal como as


raízes goianas. A contradança, por exemplo, resiste há 138 anos como
manifestação folclórica de Santa Cruz de Goiás. Já a catira é uma dança rural,
cantada e disposta em fileiras opostas. O nome teria origem tupi, mas a
coreografia é um legado da cultura africana. Já a congada ou congo teria vindo de
Moçambique e é uma das atrações na Festa de Nossa Senhora do Rosário, em
Catalão.

Literatura: No cerne das letras, Goiás tem autores que inspiram. Impossível não
lembrar de Cora Coralina (1889-1985), poetisa vilaboense criadora de obras
marcadas pela beleza e simplicidade. Em destaque está Bernardo Élis (1915-
1997), único goiano a ingressar na Academia Brasileira de Letras (concorreu com
Juscelino Kubitschek). Entre outros nomes conhecidos estão Hugo de Carvalho
Ramos (1895-1911) e José J. Veiga (1915-1999).

Música: A música goiana tem uma rica história e um cenário atual com muita
diversidade. A tradição das modinhas, violas e saraus está presente em grupos
como a Orquestra dos Violeiros, com repertório raiz e sertanejo-romântico. A
música sertaneja atrai grande público para bares, casas de shows e grandes
eventos, como a Pecuária, Caldas Country e o Villa Mix, com uma programação
expandida de diversos estilos. Premiada internacionalmente, a música clássica é
representada pela Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG), mantida pelo Estado, e
pela Orquestra Sinfônica Municipal, mantida pela Prefeitura de Goiânia. A cena
do rock e da música alternativa também faz parte da cultura goiana, com festivais
como o Bananada, Vaca Amarela e Goiânia Noise.

Festas populares
Cavalhadas

Registros históricos apontam as Cavalhadas de Santa Cruz de Goiás como a festa


mais antiga do Estado, segundo o pesquisador Jacy Siqueira. Tradição
bicentenária, a festividade também ocorre em outros dez municípios: Pirenópolis,
Palmeiras de Goiás, Posse, Jaraguá, Crixás, Hidrolina, São Francisco de Goiás,
Santa Terezinha de Goiás, Corumbá de Goiás e Pilar de Goiás. Em agosto de
2019 o governador Ronaldo Caiado encaminhou pedido ao Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que a festividade se torne
Patrimônio Cultural do Brasil. O processo está em andamento.

As Cavalhadas encenam batalhas medievais entre cristãos e mouros, ocorridas


em meio à ocupação moura na Península Ibérica (século IX ao século XV).
Durante três dias, dois exércitos, com 12 cavaleiros cada, fazem as
apresentações, simulando lutas com auxílio de coreografias bem orquestradas.
Paralelo a isso, os personagens conhecidos como Mascarados saem às ruas
fazendo algazarras.

As Cavalhadas ocorrem entre junho e setembro, logo após os festejos do Divino


Espírito Santo. A festa envolve toda a comunidade local e se destaca por
conseguir reunir, em um único evento, cultura, turismo e a manifestação pública
da fé das pessoas. Mais que manter a tradição, repassando de geração em
geração, a festividade movimenta a economia local.

Quando: entre julho e setembro

Congada de Catalão

Festividade realizada há mais de 125 anos, ela divide-se em duas partes: a


religiosa, com missas, procissão e reza de terço; e a folclórica, que consiste em
apresentação de músicas e danças, além de visitas às casas de moradores
pioneiros.

A festa começa com os ternos de congos, que são grupos de dançarinos, reunidos
na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Catalão. Após a alvorada, os
cantadores saem pelas ruas. Durante toda a semana acontecem a novena e a
visitação.

A Congada de Catalão tem abertura no segundo domingo de outubro. De origem


africana, o ritual era realizado inicialmente apenas por integrantes da Irmandade
do Rosário. Hoje, a festa reúne cerca de 1,3 mil pessoas, divididas em 16 grupos
de dança.

Quando: 2ª segunda-feira de outubro

Festa em Louvor ao Divino Pai Eterno – Trindade

A Festa do Divino Pai Eterno, em Trindade, é uma das mais importantes do


Estado e reúne, todos os anos, fiéis de todo o Brasil, e até de outros países. A
romaria teria começado em 1840, no arraial de Barro Preto, que deu lugar ao
município. Na época, moradores encontraram uma medalha de barro, onde estava
representada a Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. O fato levou várias
pessoas ao local. Com o tempo, surgiu a romaria.

A Romaria de Carros de Boi da Festa do Divino Pai Eterno de Trindade foi


reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro, em 2016, e inscrita no Livro
de Registro das Celebrações do Iphan.

O antigo medalhão foi substituído por uma imagem semelhante, esculpida em


madeira pelo artista plástico Veiga Valle. Mesmo representando a Santíssima
Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), a festa é em louvor ao Divino Pai Eterno.
A festividadeocorre entre a última semana de junho e o primeiro domingo de
julho. Ainda hoje se mantém a tradição de desfile de carros de boi. Também é
comum que fiéis peregrinem a pé até Trindade. Entre Goiânia e a capital da fé,
por exemplo, o trajeto possui 18 quilômetros e a GO-060 foi batizada de Rodovia
dos Romeiros.

Quando: no final de junho e começo de julho.

Procissão do Fogaréu – Cidade de Goiás

A Procissão do Fogaréu acontece há mais de 260 anos na cidade de Goiás, antiga


capital do Estado, por ocasião da Semana Santa. Com uma mistura de
religiosidade e folclore, o ritual teria chegado ao Arraial de Sant’Anna - que deu
origem à Cidade de Goiás - durante a exploração do ouro pelos portugueses.
À meia-noite da chamada Quarta-Feira das Trevas, 40 farricocos, encapuzados,
entoam canções oitocentistas. Eles seguem um percurso que passa pela Igreja da
Boa Morte, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Igreja do Senhor dos Passos. No
momento da saída da procissão, todas as luzes da cidade se apagam. No ritual há
o som cadenciado de caixas. No percurso, estão previstas algumas paradas.

A Procissão do Fogaréu está repleta de simbolismos. O principal deles é


representar a perseguição a Jesus Cristo. Os archotes servem para procurar o
Filho de Deus, em meio às trevas da ignorância humana. Um dos farricocos toca
o clarim no meio da noite. É a senha para anunciar a prisão de Jesus Cristo,
representado por um estandarte, pintado pelo artista plástico Veiga Valle, no
Século XIX.

Em seguida, o bispo local faz o sermão alusivo à morte de Cristo.

Quando: geralmente dentro da Semana Santa

Exposição Nacional de Orquídeas — Piracanjuba

Uma festa de cores, formas, aromas e muita beleza. Assim é a Exposição


Nacional de Orquídeas, que geralmente ocorre no terceiro final de semana de
maio, em Piracanjuba. Todos os anos, o evento reúne colecionadores e
vendedores de orquídeas de todo o Brasil e de outros países. A mostra conta com
cerca de 50 expositores e exibe a média de 25 mil flores originárias de diversas
regiões do mundo.

Quando: geralmente no terceiro domingo de maio

Festa de Nossa Senhora do Pilar

A festa em louvor à Nossa Senhora do Pilar, em Pilar de Goiás, atrai fiéis de


todas as regiões do País e conta com uma programação que inclui missa cantada,
procissão, novena, desfile cívico e cavalhadas.

Quando: início de setembro, próximo ao dia 8, quando se celebra o Dia de Nossa


Senhora do Pilar

Festa de São Sebastião — Silvânia

Embora não haja registro oficial, acredita-se que a Festa de São Sebastião tenha
surgido no século 19, em Silvânia. Ela tem início na segunda quinzena de julho.
Em dez dias de evento, são realizadas novena, folia e procissão luminosa. Há
ainda bingos, leilões e barraquinhas que comercializam produtos diversos.

Quando: segunda quinzena de julho


Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) – Cidade de
Goiás

Realizado pelo Governo de Goiás, na antiga Vila Boa, o festival tem como
objetivo fomentar a criação de filmes voltados para a preservação do meio
ambiente. Ao mesmo tempo, o evento movimenta os diversos setores da cultura
goiana e realiza uma programação paralela diversa, com atividades educativas,
fóruns, oficinas e apresentações musicais.

Quando: geralmente em junho, mês internacional do meio ambiente

Mostra Nacional de Teatro de Porangatu

Como mecanismo de valorização das artes cênicas, o Governo de Goiás realiza a


Mostra Nacional de Teatro em Porangatu,na região Norte do Estado. São
apresentados espetáculos teatrais regionais e peças com grupos de expressão
nacional. Paralelamente, o público pode contar com uma programação musical
variada, tudo gratuitamente.

Quando: geralmente em novembro

Canto da Primavera – Pirenópolis

A festa foi inserida no calendário goiano de festas em novembro de 2000. Trata-


se de uma amostragem da música brasileira nos seus diferentes gêneros. Do
erudito ao sertanejo, do rock ao popular, com destaque para as criações regionais.
A primeira edição da mostra levou a Pirenópolis um público estimado em 25 mil
pessoas, oriundas principalmente de Brasília e cidades vizinhas.

Quando: geralmente entre setembro e outubro

Romaria de Muquém – Niquelândia

De 5 a 15 de agosto, o alvo do turismo goiano é Niquelândia, a 360 quilômetros


de Goiânia. Ali, no povoado de Muquém, acontece a festa em louvor de Nossa
Senhora da Abadia. Na data, o fluxo de turistas e fiéis atinge seu ponto máximo
por causa das festividades que reúnem missas, batizados, casamentos e procissão.
Em meio à programação religiosa, há barracas com comidas típicas e o comércio
de artesanatos e outros artigos. Muitos romeiros vão pagar promessas por graças
recebidas. O povoado de Muquém teria surgido por volta de 1750. Uma das
versões sobre a romaria no local está na obra O Ermitão de Muquém, do
romancista Bernardo Guimarães.

Quando: 5 a 15 de agosto

Patrimônio Arqueológico
A presença das populações indígenas que ocuparam o território goiano é
frequente nos sítios arqueológicos cadastrados nacionalmente. Até dezembro de
2014, o Iphan reuniu dados sobre 1.246 sítios distribuídos por todo o Estado de
Goiás, onde há vestígios de aldeias, acampamentos, cemitérios, grutas e oficinas
líticas. Dentre os sítios mais conhecidos, estão os que apresentam grande
quantidade de grafismos rupestres, como aqueles encontrados em Serranópolis.
Em outros municípios - entre eles Palestina de Goiás, Porangatu, Caiapônia,
Itajá, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás e Baliza -, também foram cadastrados
sítios arqueológicos com arte rupestre e oficinas líticas.

01)Faça um resumo abaixo do texto acima. Não esqueça de colocar o titulo


centralizado.
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