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ROTEIRO DE AULA

OBJETO DO CONHECIMENTO: Tradições e festas populares brasileiras

OBJETIVO:
 Identificar produções em Artes Visuais locais, regionais, nacionais e
internacionais.

DA TEORIA À PRÁTICA: Resolução de questões.

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AS FESTAS POPULARES SÃO MARCADAS POR TRADIÇÕES CULINÁRIAS, DANÇAS, MÚSICAS,
PROCISSÕES E BRINCADEIRAS.

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1. Festas juninas

As festas juninas realizam-se ao longo do mês de junho, mês dos santos populares - Santo
Antônio, São João e São Pedro. Essa é uma festa carregada de vários tipos de tradições,
desde a culinária, à típica dança da quadrilha e as brincadeiras - pescaria, correio elegante
e boca do palhaço, por exemplo.

Na culinária, não podem faltar os pratos que têm o milho como ingrediente principal, tais
como bolo de fubá, pipoca e pamonha. Isso porque antes de assumir o caráter religioso, a
festa era pagã e homenageava os deuses da natureza e da fertilidade. Era nessa época que
o povo agradecia o sucesso das colheitas, e o milho era um dos produtos agrícolas mais
produzidos na época.

Apesar de ser realizada em todas as regiões brasileiras, Campina Grande, na Paraíba, é o


palco da maior festa junina do Brasil.
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2. Bumba meu boi

Típica das regiões norte e nordeste, a festa do Bumba meu boi inclui muita dança, desfiles e
encenações teatrais da lenda, que conta como a ressurreição de um dos bois preferidos do
patrão de Mãe Catirina e Pai Francisco deu origem a essa tradicional comemoração brasileira.
A festa realiza-se entre os meses de junho e julho.

No Maranhão, a sua comemoração remonta ao século XVIII, onde vários grupos de bumba
meu boi se apresentam em vários arraiás. O bumba meu boi maranhense carrega os títulos de
Patrimônio Cultura do Brasil e Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Na região norte,
onde se realiza o Festival Folclórico de Parintins, a festa realiza-se desde 1965. Lá, milhares de
espectadores assistem no Bumbódromo a disputa entre as agremiações folclóricas.

As agremiações - Boi Garantido e Boi Caprichoso - se apresentam e são avaliados pelos jurados
por alguns quesitos, dentre os quais: levantador de toadas, porta-estandarte, boi-bumbá
(evolução), coreografia e organização de conjunto folclórico.
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3. Carnaval

O Carnaval é uma das festas brasileiras mais conhecidas no mundo. De origem pagã,
desde o início o carnaval cativou as pessoas, que podiam se divertir escondendo a sua
identidade e trocando os papéis sociais mediante o uso de máscaras - tradição que
surgiu em Veneza.

Comemorado em todo o país, entre fevereiro e março, cada região apresenta as suas
particularidades. O Sudeste é conhecido pelos desfiles das escolas de samba, cujos
grêmios recreativos têm a missão de divulgar a cultura através dos enredos escolhidos a
cada ano.

No Nordeste, a festa é popular pelo carnaval de rua, onde têm destaques os trios
elétricos de Salvador, e os Bonecos de Olinda fazem a alegria dos foliões.

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4. Folia de Reis

De tradição católica, a Folia de reis é uma festa folclórica também conhecida como
Reisado ou Festa de Santos Reis. Comemorada entre os dias 24 de dezembro e 6 de
janeiro, celebra a ocasião em que, segundo a história, os Reis Magos conheceram o
Menino Jesus.

A festa é marcada pela presença de: um mestre, um contramestre, os reis magos,


foliões e palhaços. Todos se vestem a caráter e saem pelas ruas cantando os versos
criados e tocando instrumentos como acordeões, violas, pandeiros e sanfonas.

Nas suas casas, as pessoas preparam aperitivos e guloseimas para oferecer a quem
toma parte do cortejo nas ruas, que costuma se realizar em cidades do interior do
país.

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5. Congada
Sem data fica, a Congada é uma
manifestação cultura e religiosa que costuma
ser celebrada em maio e outubro - por
serem os meses dedicados a Nossa Senhora -
ou dezembro.

Celebrada em várias regiões do Brasil, essa é


uma festa de origem africana que mistura os
cortejos realizados em honra dos reis do
Congo com a devoção aos santos que, no
Brasil, foram considerados os protetores dos
escravos. São eles, os negros Santa Efigênia e
São Benedito, e Nossa Senhora do Rosário.
A festa consiste num desfile, que inclui uma encenação da coroação de um rei congolês e
muitos cantos marcados pelo ritmo dos tambores.
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6. Festa do Divino

Realizada no dia de Pentecostes, a origem da


Festa do Divino é portuguesa. Essa festa
religiosa comemora a descida do Espírito
Santo 50 dias depois do domingo da Páscoa,
e tem seu ponto alto numa procissão que
conta com a figura de um imperador - eleito
por sorteio ou escolhido pelo bispo. O
imperador é responsável pela organização da
festa.

Além da coroação do imperador, inserido nas


tradições populares está, ainda, a elevação
da bandeira do Divino no mastro - um dos
principais símbolos da festa - e a queima de
fogos de artifício.
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7. Círio de Nazaré

O Círio de Nazaré é a maior festa religiosa do Brasil, registrado desde 2004 como Patrimônio
Cultural de Natureza Imaterial. Realiza-se em Belém do Pará, no segundo domingo do mês de
outubro. Nessa ocasião, os devotos acompanham a imagem de Nossa Senhora de Nazaré,
levada da Basílica até a Praça Santuário de Nazaré, onde permanece durante uma semana.

De acordo coma tradição, a festa consiste no translado da imagem de Nossa Senhora em um


automóvel, da sua Basílica até a igreja matriz, onde passa a noite com os fiéis que fazem
vigília. No dia seguinte, o translado continua, mas desta vez é acompanhado por ambulâncias
e carros de polícia e de bombeiros. A imagem segue de barco, sendo acompanhada por
outros barcos, canoas, iates e jet skis. Na sequência, há romaria, em que a imagem é
acompanhada pelas motos buzinando pelas ruas.

Para finalizar, a imagem continua o seu percurso a pé, na noite anterior do Círio em si, que é o
momento mais aguardado dessa celebração.
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8. Oktoberfest
A Oktoberfest é uma das festas mais
populares do sul do Brasil, cuja mais
conhecida é a realizada em Blumenau,
Santa Catarina. De tradição alemã, a
Oktoberfest nasceu em Munique, na
celebração do casamento do rei bávaro Luís
I, em 1810.
Em Santa Catarina, que tem fortes traços da
colonização alemã, a primeira festa data de
1984. Lá, ela foi criada com o objetivo de
recuperar a economia da cidade de
Blumenau, onde a enchente do rio Itajaí-
Açu de 1983 causou muitos prejuízos.
Esta não é apenas um festival de cerveja que atrai milhares de turistas. Ela preserva a riqueza
cultural alemã através da culinária, danças e músicas, incluindo desfiles de grupos folclóricos, que
exibem trajes típicos e bandas animadas.
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9. Festa do Peão de Barretos

A Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, conhecida em todo o mundo, é a maior festa


sertaneja do Brasil. Muito tradicional da região sudeste, a Festa do Peão de Boiadeiro de
Barretos realiza-se em agosto e é organizada pela Fundação de “Os Independentes”.

O cartaz da festa é composto por muitos elementos folclóricos, tais como:

 Concurso do berrante, em que os concorrentes são avaliados por cinco toques dados no
instrumento símbolo do sertanejo;
 Pau de sebo, em que os participantes são desafiados a pegar uma bandeira no topo de um
mastro, subindo 9 metros envolvidos em sebo de boi;
 Queima de alho, como é chamado o cardápio da festa, composto por arroz carreteiro,
carne na chapa, feijão gordo e paçoca de carne;
 Violeira Rose Abrão, um festival de música sertaneja.

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10. Cavalhadas

De origem portuguesa, a Cavalhada mais


popular do país realiza-se no centro-oeste,
mais precisamente em Goiás, há cerca de 200
anos.

Com a duração de três dias, a festa consiste


em desfiles a cavalo ao som de muita música.
Vestindo trajes típicos - de veludo, muito
coloridos e brilhantes - os participantes
encenam batalhas entre cristãos (vestidos de
azul) e mouros (vestidos de vermelho).

A encenação representa as batalhas ocorridas


entre os séculos IX e XV durante a ocupação
de Portugal e Espanha pelos mouros.
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11. Lavagem do Bonfim

A Lavagem da escadaria do Bonfim é uma das


festas mais populares na Bahia. Realiza-se na
segunda quinta-feira do ano, reunindo sincretismo
religioso, culinária, música e a folia típica dos
baianos.
A partir da Igreja da Conceição da Praia, os
participantes caminham 8 km até a Igreja de Nosso
Senhor do Bonfim. O percurso é acompanhado por
baianas vestidas com trajes típicos e os restantes
participantes vestidos de branco.
Na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, as baianas lavam as escadarias utilizando os vasos de
água de cheiro que carregam no percurso. Essa tradição surgiu em 1773 com a limpeza do
interior da igreja pelos escravos, na preparação da festa do Senhor do Bonfim. Hoje, as portas
da igreja ficam fechadas, e o acesso fica restrito às escadas e ao adro da igreja.
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12. Fogaréu

O Fogaréu é mais uma festa tradicional de Goiás. Trata-se de uma procissão católica,
acompanhada por uma banda, que se realiza na quinta-feira da semana santa pelas ruas
da cidade de Goiás, partindo da igreja/museu da Boa Morte.

Na procissão, participam 40 homens representando os soldados que prenderam Jesus -


os chamados farricocos. Sua vestimenta é composta por uma túnica de mangas
compridas e uma faixa branca à cintura, sendo que apenas 1 - o responsável por carregar
o estandarte com o rosto de Cristo - utiliza túnica branca e faixa vermelha.

As luzes são todas apagadas e as ruas são iluminadas por tochas carregadas pelos
participantes, que caminham da Boa Morte, atravessando a ponte sobre o Rio Vermelho,
onde param na Igreja do Rosário. Daí, caminham para a Igreja de São Francisco, onde há
uma cerimônia, regressando de seguida para o ponto de partida.

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13. Romaria de Finados de Juazeiro do Norte

A Romaria de Finados de Juazeiro do Norte é


uma homenagem a Padre Cícero. A romaria
reúne milhares de devotos que visitam o túmulo
do padre carismático e conhecido
carinhosamente como Padim Ciço.

O evento foi criado por Padre Cícero, que


incentivava as pessoas a visitar os túmulos dos
seus entes queridos.

Com a sua morte, em 1934, a popularidade da


romaria cresceu muito. Contando com a
presença de milhares de pessoas, elas visitam o
túmulo do Padre Cícero, falecido e sepultado em
Juazeiro do Norte. 25
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(Enem PPL 2017) É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados,
barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão.
Mas o ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música
típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos
agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o
Brasil, ainda mais completa.

Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande
parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber.

As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho (Santo
Antônio, no dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de damas” nada
mais é do que a troca de damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, quando os
casais se aproximam e se cumprimentam, também é francês, e vem de “en avant tous”.
Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de bailar em francês.
(SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 - adaptado)

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Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura
corporal, o texto privilegia a descrição de:

a) Movimentos realizados durante a coreografia da dança.

b) Personagens presentes nos festejos de São João.

c) Vestimentas utilizadas pelos participantes.

d) Ritmos existentes na dança da quadrilha.

e) Folguedos constituintes do evento.

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