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Festas regionais brasileiras

O Brasil é um país vasto e diversificado, com uma rica variedade de culturas


regionais que se refletem em suas festas típicas e tradicionais. Abaixo,
apresento uma pesquisa sobre algumas das festas regionais mais populares do
Brasil:

Carnaval:
Localização: Em todo o Brasil, mas o Rio de Janeiro e Salvador são destinos
famosos.
O Carnaval tem sua origem na Antiguidade com festas aos deuses onde se
permitia uma alteração na ordem social.

Desta maneira, os escravos e servos assumiam os lugares dos senhores e a


população aproveitava para se divertir.

Embora seja conhecido como o país do Carnaval, o Brasil não é o único a


comemorá-lo de forma intensa.

Cidades como Veneza (Itália), Nice (França), Nova Orleans (EUA), Ilhas
Canárias (Espanha), Oruro (Bolívia) e Barranquilla (Colômbia), também
celebram a festa de forma bem animada.

Origem do Carnaval: como surgiu a festa

A origem do Carnaval está nas festas aos deuses da Antiguidade.

Na Babilônia, se realizava a comemoração das Saceias, onde era permitido


que um prisioneiro assumisse a identidade do rei por alguns dias, sendo morto
ao fim da comemoração. Igualmente havia uma celebração, no templo do deus
Marduk, quando o rei era agredido e humilhado, confirmando a sua
inferioridade diante da figura divina.

Já na Grécia Antiga, havia festas para se comemorar a chegada da primavera


onde estava permitido que toda população, sem distinção de nascimento,
participasse do evento. Celebração semelhante ocorria no Império Romano, na
Saturnália, quando as pessoas se mascaravam e passavam dias a brincar,
comer e beber.

Festa Junina:
Localização: Principalmente no Nordeste, mas celebrada em todo o país.
As festas juninas são comemorações que acontecem no mês de junho no
Brasil. Nela se comemoram três santos populares: Santo Antônio, São Pedro e
São João.
A origem da festa junina é pagã, ou seja, é contrária à doutrina cristã, porque
as festas que deram origem às festas juninas homenageavam os deuses da
natureza e da fertilidade e pediam fartura nas safras, pois era nessa altura que
começava o período da colheita de cereais.

Mas, como a igreja não conseguia acabar com a popularidade dessa festa -
que surgiu há centenas de anos -, acabou aderindo a ela e atribui-lhe um
caráter religioso.

Tradicionalmente, as festas juninas começam no dia 12 de junho, véspera do


dia de Santo Antônio, e encerram no dia 29 de junho, dia de São Pedro. Já nos
dias 23 e 24 é celebrado o dia de São João.

Origem da festa junina

A origem da festa junina é pagã e, assim, não tinha o caráter religioso que
assumiu anos depois, e que continua até hoje.

Ainda antes da Idade Média, no hemisfério norte, as pessoas comemoravam a


chegada do verão - no mês de junho - homenageando os deuses da natureza e
da fertilidade, ao mesmo tempo em que pediam uma colheita farta.

Isso acontecia porque era a altura da colheita de cereais, tal como o milho -
que hoje é o ingrediente mais comum nas comidas típicas de festa junina.

As fogueiras, um símbolo característico das festas juninas atualmente, também


têm origem na festa pagã, porque era costume fazer fogueiras nas
celebrações.

Como a igreja não conseguia acabar com a popularidade dessa festa pagã,
acabou aderindo às festas juninas atribuindo-lhes um caráter religioso.

Quem trouxe a festa junina para o Brasil foram os portugueses, no período


colonial. Em Portugal, a festa junina tinha o nome de Festa Joanina -
possivelmente pelo fato de acontecer em junho ou talvez por causa de São
João, que é o principal santo da comemoração - motivo pelo qual as festas
juninas também são chamadas de Festa de São João.

Os três santos católicos - São João, Santo Antônio e São Pedro - foram
escolhidos para serem comemorados na festa junina porque eram os santos
mais populares do mês de junho.

São João teria nascido em 24 de junho e é muito popular entre os portugueses,


que tiveram muitos reis com esse nome, os quais construíam capelas em
homenagem ao santo.

São Pedro, martirizado em 29 de junho, é considerado o primeiro Papa da


igreja. Santo Antônio, por sua vez, que morreu no dia 13 de junho, nasceu em
Lisboa.
Desde que as festas juninas foram trazidas pelos portugueses, a comemoração
sofreu influências das culturas africanas e indígenas e, por isso, ela possui
características peculiares em cada parte do Brasil.

Círio de Nazaré:
Localização: Belém, no estado do Pará.
O Círio de Nazaré é uma procissão católica que acontece todos os anos em Belém do
Pará, no Norte do Brasil, no segundo domingo de outubro.

A procissão consiste em levar a imagem peregrina de Nossa Senhora de


Nazaré, carinhosamente chamada pelos seus devotos de Naza ou Nazinha, da
Basílica (onde permanece durante todo o ano) até a Praça Santuário de
Nazaré.

História do Círio de Nazaré

A tradição do Círio de Nazaré surgiu algum tempo depois de um homem


encontrar uma imagem da santa.

A esse fato são atribuídas diferentes versões. Uma das mais credíveis é
baseada em um manuscrito de Dom Frei João Evangelista, quinto bispo do
Pará, onde ele afirma que no final do mês de outubro de 1700, Plácido José de
Souza teria encontrado uma imagem da santa perto de um igarapé localizado à
margem de um córrego e decidido levá-la para casa.

No dia seguinte, a imagem havia desaparecido e Plácido a teria encontrado


novamente no mesmo local onde a tinha visto pela primeira vez. O fato se
repetiu durante dias e, assim, Plácido entendeu que a imagem deveria ser
mantida no local onde sempre reaparecia, construindo ali uma pequena capela
para abrigar a santa.

Por ficar localizada perto de uma estrada, muitos que passavam conheciam a
imagem e costumavam deixar velas e esculturas de cera, para além de outros
tipos de ofertas.

Com o passar do tempo, cada vez mais pessoas visitavam a capelinha. Depois
da construção original, ainda foram construídas outras três capelas (em
momentos diferentes), cujas dimensões eram sempre maiores do que que a
das anteriores, que estavam substituindo. Essa necessidade de ampliação
culminou na construção da majestosa Basílica Santuário.

Acreditava-se que a imagem teria sido de missionários jesuítas portugueses.


Em 1773, Dom Frei João Evangelista Pereira a enviou para ser restaurada em
Portugal e solicitou à então Rainha Dona Maria I e ao Papa Pio VI uma licença
oficial para honrar a santa com uma festividade.

A autorização foi dada em 1790, mas só chegou a Belém em 1792.


Fandango Caiçara:
Localização: Litoral sul do estado de São Paulo e norte do estado do Paraná.
O fandango faz parte da vida social de comunidades caiçaras no litoral de São
Paulo e do Paraná. É uma expressão cultural que envolve música, tocada com
violas, rabecas, adufos; dança em pares e em roda, com sonoro sapateado
feito com tamancos; e ainda improviso de versos. Sua prática é associada a
diversão e socialização, em bailes ofertados como retribuição a mutirões de
trabalho, em festas religiosas, no carnaval etc. Até os anos 1960, era mais
comum no ambiente familiar e comunitário dos sítios.

Desde então, e mais intensamente a partir do final da década de 1990,


formaram-se muitos grupos de fandango que se apresentam também em
clubes urbanos e participam dos circuitos de cultura. A organização de grupos
pode ser pensada como um anseio dos próprios fandangueiros, por vezes com
incentivo de pesquisadores e agentes culturais, em salvaguardar aspectos do
modo de vida tradicional caiçara, cujas transformações foram aceleradas na
segunda metade do século XX pela especulação imobiliária do litoral e,
sequencialmente, pela criação de grandes unidades de conservação de
proteção integral. Muitos moradores de sítios litorâneos e rurais foram
pressionados a migrar para as periferias urbanas, formando até mesmo bairros
caiçaras.

O reconhecimento do fandango caiçara como patrimônio brasileiro pelo IPHAN,


em 2012, foi um desdobramento da atuação de uma rede constituída a partir do
projeto Museu Vivo do Fandango e de encontros e festas de fandango que se
intensificaram desde a virada do século. Esta rede patrimonial, formada por
fandangueiros, grupos de fandango, associações culturais e pesquisadores
tem como propósitos centrais incentivar a continuidade dos bailes e fortalecer a
luta pelo direito das comunidades caiçaras ao seu território.

Folia de Reis:
Localização: Em várias regiões do Brasil, especialmente em Minas Gerais e
Espírito Santo.
A Folia de reis, também chamada de Reisado ou Festa de Santos Reis, é
uma festa popular e tradicional brasileira. Trata-se de uma das festas
folclóricas mais emblemáticas do país.

O Reisado possui um caráter cultural e religioso, e ocorre no período de 24 de


dezembro a 6 de janeiro (Dia de Reis ou Dia dos três Reis Magos).

No Brasil, a festa é celebrada em diversas regiões do país. Os estados onde


essa tradição está mais presente são: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas
Gerais, Espírito Santo e Goiás.
Características da Folia de reis

Um grupo de Folia de reis é formado por um mestre ou embaixador, um


contramestre, os três Reis Magos, os palhaços, os alfeires e os foliões.

Além disso, durante a Folia de Reis é possível assistir aos desfiles dos grupos
dedicados ao festejo pelas ruas.

Os integrantes dos grupos usam fantasias coloridas, dançam e tocam músicas


típicas com diversos instrumentos (como, por exemplo, violas, reco-reco,
tambores, acordeões, sanfonas, pandeiros, gaitas, etc.).

Todo grupo tem a sua própria bandeira ou estandarte.

Muitos dos grupos de Reisado fazem apresentações teatrais recitando versos.


Após o desfile, uma missa temática costuma ser celebrada.

Vale ressaltar que, em alguns locais, os grupos de Folia de reis são chamados
de “Ternos de reis”.

Durante o dia, diversas barracas com comidas, bebidas, jogos e lembranças


enchem as cidades que festejam essa tradição.

As comemorações são realizadas de acordo com as tradições e


particularidades de cada região do país. Ou seja, comidas típicas, músicas,
brincadeiras e danças variam consoante o local onde ocorre o festejo.

Bumbá meu boi:


Localização: Principalmente no estado do Amazonas, especialmente em
Parintins.
O Bumba meu boi, também chamado de Boi-Bumbá, é uma dança tradicional
brasileira típica das regiões norte e nordeste.

Embora tenha maior representatividade nas culturas dessas regiões,


atualmente podemos encontrar essa manifestação cultural em todas as partes
do Brasil.

Em 2012, o Bumba meu boi foi incluído na lista de Patrimônio Cultural do


Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Festas do Bumba meu boi

Conheça as principais festas do Bumba meu boi.

Festa do Bumba meu boi no Maranhão


Inserido na cultura popular, é no estado do Maranhão que a festa do Bumba
meu boi tem maior representatividade, nas festas em comemoração aos santos
populares.

A festa ocorre nos meses de junho e julho, em São Luís, desde o século XVIII.

Festa do Bumba meu boi no Amazonas

Merece destaque também a cidade de Parintins, no estado do Amazonas, com


o Festival Folclórico de Parintins.

Trata-se de uma festa comemorada anualmente no município, desde 1965.

Como a festa do Bumba meu boi é uma das festas folclóricas mais importantes
do país, no dia 30 de junho é comemorado o Dia Nacional do Bumba meu
boi.

Essas são apenas algumas das muitas festas regionais brasileiras que
celebram a diversidade cultural e histórica do país. Cada região tem suas
próprias tradições e festas que oferecem uma visão única da rica cultura
brasileira.

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