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1. (Enem 2013) Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática, oriunda dos
salões franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de salão e,
por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença
de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os
dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez
des dames”, “Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”,
“Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas figurações, o francês
aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao vivo, além do aspecto de competição,
que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.
As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a
quadrilha é considerada uma dança folclórica por
a) possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar uma
nação ou região.
b) abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma mesma nação.
c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo, também, considerada dança-espetáculo.
d) necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem.
e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.
2. (Uem-pas 2021) Sobre as danças típicas brasileiras, assinale o que for correto.
01) O frevo une música e dança em passos baseados na capoeira e faz parte do Patrimônio Cultural
Imaterial da Humanidade, segundo a Unesco.
02) O cortejo do maracatu possui rica ornamentação, dança coreografada em desfiles encenados,
fantasias coloridas, e pode ser relacionado ao candomblé.
04) A quadrilha é uma dança típica das festas juninas de origem africana e indígena; é comum nos
festejos das tribos indígenas brasileiras.
08) Em sua dança, o maculelê utiliza grimas, ou seja, bastões que simulam uma luta em movimentos
rápidos e acrobáticos.
16) O fandango é uma dança de tradição afro-brasileira, que faz alusão aos orixás e é comum em Minas
Gerais, onde é denominado “congado”.
4. (Uepb 2013) Em muitas cidades do Nordeste, os festejos juninos comemoraram os 100 anos de
Gonzagão. Sua obra constitui-se num documento histórico por exprimir os sentimentos do povo
nordestino em forma de música e poesia, utilizando para isso as intempéries do clima, da seca e da
paisagem tórrida da caatinga.
Com base no texto e seus conhecimentos sobre o tema é correto afirmar que:
Está(ão) correta(s):
a) Apenas a proposição II
b) Apenas a proposição I
c) Todas as proposições
d) Apenas a proposição III
e) Apenas a proposição IV
5. (Enem 2020)
LENINE; PINHEIRO, P.C. Leão do Norte. In: LENINE; SUZANO, M. Olho de peixe. São Paulo: Vetas. 1993 (fragmento).
O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea e celebra a cultura popular nordestina.
Nele, o artista exalta as diferentes manifestações culturais pela
6. Caboclinho é uma dança encontrada em Pernambuco durante o Carnaval, dançada por homens e
mulheres que desfilam pelas ruas na formação de duas fileiras, levantando-se, abaixando e
rodopiando muito rapidamente. O desfile é acompanhado por um pequeno conjunto de músicos que
tocam inúbia, caracaxás, tarol e surdo, além do estalar das preacas, som característico da dança.
Caboclinho é uma dança que recebe influência
a) africana.
b) portuguesa.
c) indígena.
d) alemã.
e) francesa.
7. A respeito do coco de roda, dança típica das regiões praieiras do Nordeste, julgue o item seguinte.
Trata-se de um folguedo característico do ciclo junino, porém dançado também em outras épocas do
ano.
a) Certo
b) Errado
(http://www.encontro2018.historiaoral.org.br/resources/anais/8/1524268689_ARQUIVO_Lugaresdememoriadaculturan
egraguillen.pdf)
d) A capoeira, apesar de ter surgido na África, teve, no Brasil, uma grande disseminação entre os
escravos, que a praticavam como forma de luta. Após seus primeiros registros terem sido feitos na
Bahia, chegou ao estado de Pernambuco possivelmente em finais do século XIX.
10. O Movimento Armorial, uma iniciativa artística, cujo objetivo seria criar uma arte erudita de raiz
popular, pautada no universo cultural e lúdico do sertão, foi lançado no ano de 1970. Este movimento
foi alicerçado na obra do escritor e dramaturgo.
a) Gregório de Matos
b) Adriano Suassuna
c) Oduvaldo Vianna.
d) Ariano Suassuna.
11. (SSA/UPE)
As manifestações folclóricas existem por si e como expressão própria de cada comunidade, com razões e
objetivos estabelecidos pela tradição e reinterpretados mediante sua dinâmica cultural própria.
BENJAMIN, R. E. C. Folguedos e danças de Pernambuco. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 1989, p. 33.
(Adaptado)
a) os Maracatus de Baque Solto surgiram no Recife e foram levados para a Zona da Mata pernambucana e
outras regiões do Nordeste. Seus personagens retratam a vida sofrida dos homens simples dessas regiões.
b) a La Ursa é um folguedo típico do período carnavalesco, e seu cortejo sempre apresenta um enredo que
está referenciado nas histórias infantis da Literatura Ocidental, como o Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau.
c) o frevo carrega a herança da capoeira africana. Nessa perspectiva, é considerado uma dança dramática
por mostrar um enredo e um drama em suas apresentações.
d) a quadrilha é uma manifestação folclórica do ciclo junino que guarda heranças culturais das cortes
indígenas em seus ritmos, movimentos corporais e vestimentas.
e) o mamulengo é uma manifestação popular de origem rural, principalmente das áreas da Zona da Mata, e
as histórias contadas por esses personagens se referem ao dia a dia dos habitantes dessa região.
Texto I
A fronteira da cultura
Durante anos, dei aulas em diferentes faculdades da Universidade Eduardo Mondlane. Os meus
colegas professores queixavam-se da progressiva falta de preparação dos estudantes. Eu notava algo
que, para mim, era ainda mais grave: uma cada vez maior distanciação desses jovens em relação ao
seu próprio país.
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Quando eles saíam de 2Maputo em 3trabalhos de campo, esses jovens comportavam-se como se
estivessem emigrando para um universo estranho e adverso. Eles não sabiam as línguas,
desconheciam os códigos culturais, sentiam-se deslocados e com saudades de Maputo. Alguns sofriam
dos mesmos fantasmas dos exploradores coloniais: as feras, as cobras, os monstros invisíveis.
Aquelas zonas rurais eram, afinal, o espaço onde viveram os seus avós, e todos os seus
antepassados. Mas eles não se reconheciam como herdeiros desse patrimônio. O país deles era outro.
Pior ainda: eles não gostavam desta outra nação. E ainda mais grave: sentiam vergonha de a ela
estarem ligados. A verdade é simples: esses jovens estão mais à vontade dentro de um videoclipe de
Michael Jackson do que no quintal de um camponês moçambicano.
O que se passa, e isso parece inevitável, é que estamos criando cidadanias diversas dentro de
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Moçambique. E existem várias categorias: há os urbanos, moradores da cidade alta, esses que foram
mais vezes a 5Nelspruit que aos arredores da sua própria cidade. Depois, há uns que moram na
periferia, os da chamada cidade baixa. E há ainda os rurais, os que são uma espécie de imagem
desfocada do retrato nacional. 6Essa gente parece condenada a não ter rosto e falar pela voz de outros.
Texto de Mia Couto adaptado do livro Pensa tempos (Lisboa: Caminho, 2005).
2 – Maputo: capital de Moçambique.
3 – trabalhos de campo: trabalho de pesquisa realizado fora da universidade.
4 – Moçambique: país africano.
5 – Nelspruit: cidade turística da África do Sul.
Texto II
Meu lugar
O meu lugar
é caminho de Ogum e Iansã
lá tem samba até de manhã
uma ginga em cada andar
O meu lugar
é cercado de luta e suor
esperança num mundo melhor dançar
e cerveja pra comemorar
O meu lugar
tem seus mitos e seres de luz
é bem perto de Osvaldo Cruz
Cascadura, Vaz Lobo, Irajá
O meu lugar
é sorriso, é paz e prazer
o seu nome é doce dizer
Madureira
Doce lugar
que é eterno no meu coração
e aos poetas traz inspiração
pra cantar e escrever
Do Velho ao Jovem
Na face do velho
as rugas são letras,
palavras escritas na carne,
abecedário do viver.
Na face do jovem
o frescor da pele
e o brilho dos olhos
são dúvidas.
Texto IV
A partir das noções de pertencimento cultural presentes nos textos, escreva um texto (até 15 linhas)
em que você se posicione em relação à seguinte proposta: