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BUMBA MEU BOI

Bumba meu boi é uma festa brasileira predominante no Norte e Nordeste e


encena uma narrativa popular conhecida como auto do boi. Geralmente essa
festividade ocorre em junho.

ORIGEM DO BUMBA MEU BOI


O bumba meu boi surgiu na região Nordeste, no século XVIII, época em que o
gado era de extrema importância na economia local. Além disso, o boi é um
animal com diferentes simbologias ao longo da história, o que contribuiu para o
seu protagonismo no folclore regional.
As festas de boi, como são chamadas as celebrações como o bumba meu boi,
inspiram-se no auto do boi, um conto popular passado por gerações que traz o
seguinte enredo:
Mãe Catirina e Pai Francisco é um casal de escravizados que vive em uma
fazenda no sertão. Grávida, Catirina sente o desejo de comer a língua do boi
mais bonito do dono da fazenda. Para satisfazer o desejo de sua mulher, Pai
Francisco rouba o boi preferido do dono da fazenda, mata o animal e retira a
língua para que sua esposa possa comê-la.
O vaqueiro fica sabendo do roubo e da morte do boi e avisa seu patrão.
Enfurecido, o dono das terras jura vingança e parte em busca do casal. No fim
do auto, os personagens conseguem ressuscitar o boi, e, como agradecimento,
o dono da fazenda promove uma festa.

NOMES EM DIFERENTES ESTADOS


Bumba meu boi é o nome adotado no Maranhão, estado em que a festa é parte
fundamental da cultura de seu povo. No entanto, a manifestação cultural muda
de nome em diferentes partes do país, veja:

● Boi-bumbá: Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima. Festa em


junho, assim como o bumba meu boi.
● Boi de reis: Ceará, no Natal.
● Boi de São João: Ceará, na Festa Junina.
● Boi-calemba: Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
● Boizinho: Rio de Janeiro e São Paulo, no Carnaval.
● Boi de jacá: São Paulo.
● Boi-pintadinho: Rio de Janeiro.
● Boi de mamão: Santa Catarina e Paraná, no Natal.

INDUMENTÁRIA DO BUMBA MEU BOI


Para a confecção das peças artesanais utilizadas no Bumba-meu-boi
geralmente são utilizadas variadas técnicas e materiais, desde os de origem
vegetal aos industrializados. As peças podem ser confeccionadas de algodão,
couro, veludo, cetim, chitão e frequentemente são bordadas com missangas,
canutilhos, penas e fitas.

COCO
Também chamado de Pagode ou Samba, o Coco é uma dança cantada, com
batida de pés e tropel, que acontece na época junina e no Natal ou em festejos
rurais importantes. De origem africana e lusa, surgiu na fronteira de Alagoas
com Pernambuco e se espalhou por todo o Nordeste, recebendo nomes e
coreografias diversos em cada região.
A primeira referência ao Coco data de 1829, já como dança de ritmo vivo.
Surgiu nos engenhos, espalhou-se pelo litoral, penetrou nos salões refinados,
depois retraiu e voltou para o povo.
Há um Mestre, que entoa as canções, chamado de “tirador de coco” ou
“coqueiro”, e o refrão é respondido pelos dançarinos.
Em Maceió, predomina o Coco de Visita, dançado desde o final do século XIX.
A roda é formada por pares que “visitam” os pares da sua direita, sapateiam
frente à frente e trocam de lugar. Há uma variante, o Coco Solto, que ocorre
quando os casais, cansados de esperar a “visita”, procuram na roda ou outro
casal desocupado.
No Coco de Parelhas Trocadas, os cavalheiros estão na roda e dão umbigadas
em suas damas. Quando o tirador anuncia “Cavalheiro, troca teu par”, mudam
de dama com umbigadas.
O mais simples dos Cocos é o de Roda, atualmente em desuso. Parados numa
roda, os dançarinos esperam uma ou duas duplas, que estão ao centro,
pararem de sapatear, ao som de palmas e cantos, e transferirem seu posto,
com umbigadas, para os que estão na roda.
O Coco em Fileiras traz duas fileiras de pares, que dançam frente à frente.
Mas a forma mais moderna de Coco é o de Parelhas Ligadas. Os pares se
enlaçam, sem ficar frente à frente, ligados apenas segurando o braço e o
quadril do parceiro.
Existe um Coco sem solistas, onde os músicos não participam da dança e os
dançarinos cantam todo o tempo. Trata-se de uma forma evolutiva desta
dança: o Coco de Praia.
Além do ganzá tradicional, inclui também triângulo e reco-reco no seu
acompanhamento.
● Indumentária: Cavalheiros: calça listrada ou de xadrez, de boca
estreita, camisa de meia, sandálias, chapéu de palha. Damas: vestido
estampado de cor alegre, mangas fofas, saias bastante rodada, com
babados, sandálias.
● Instrumentos musicais: zabumba (tambor) "pife", flauta, ganzás,
chocalho, viola, pandeiro, etc.
● Coreografia: dançam em roda homens e mulheres, alternadamente; o
solista no centro. Os pares se sucedem. A dança é mais um sapateado,
acompanhado de palmas.

FREVO
O frevo é uma dança folclórica típica do carnaval de rua do Brasil.
É uma das principais danças tradicionais brasileiras e uma das manifestações
culturais mais conhecidas na região nordeste do país. Merece destaque no
carnaval pernambucano, sobretudo, nas cidades de Olinda e Recife.
ORIGEM E HISTÓRIA DO FREVO
O frevo tem origem no século XIX na cidade de Recife, em Pernambuco. Foi
decorrência da rivalidade entre as bandas militares e os escravizados que
tinham se tornado livres.

A palavra frevo surge como uma corruptela do verbo ferver (“frever”), isso


porque o frevo é uma dança frenética, de ritmo muito acelerado.

O contexto histórico em que essa expressão cultural despontou era igualmente


frenético em termos políticos e sociais. Vivia-se o pós-abolicionismo, enquanto
surgia uma nova classe operária.

Por possuir um grande valor cultural, nos dias 9 de fevereiro e 14 de setembro


é comemorado o Dia do Frevo.

TIPOS DE FREVO
São três os tipos de frevo, sendo que o mais tradicional é o frevo de rua.

● Frevo de rua: não é cantado, mas executado ao ritmo dos instrumentos


musicais. É o frevo da dança.
● Frevo-canção: esse é o frevo orquestrado, o qual apresenta um ritmo
mais lento.
● Frevo de bloco: é cantado, assemelhando-se a uma marchinha de
carnaval.

PASSOS DO FREVO
Os passos básicos elementares são: dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho,
parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, Saci-Pererê, abanando, caindo-
nas-molas e pernada, este último claramente identificável na capoeira.
INDUMENTÁRIA DO FREVO
Não existe uma vestimenta específica para dançar o frevo, embora haja peças
típicas atreladas a seu folclore, como saiote, sombrinha e adorno na cabeça.
Contudo, percebe-se que o desenvolvimento dessa manifestação estabeleceu
um padrão envolvendo a presença de cores, tecidos e brilhos na indumentária.

MARACATU
O maracatu é uma manifestação do folclore brasileiro que envolve dança e
música.

ORIGEM DO MARACATU
O maracatu tem origem afro-brasileira e surgiu no estado de Pernambuco no
século XVIII. Tem a sua expressão mais antiga datada de 1711.
Sua origem remonta a época do Brasil Colonial e consiste em uma mistura das
culturas africana, portuguesa e indígena.
É, portanto, uma expressão genuinamente brasileira e foi criada no estado de
Pernambuco, sendo presente, sobretudo, nas cidades de Olinda, Recife e
Nazaré da Mata.

TIPOS DE MARACATU
Há dois tipos de maracatu: o maracatu nação e o maracatu rural. Conheça
sobre essas vertentes e o que as diferencia.

MARACATU NAÇÃO OU BAQUE VIRADO


A expressão mais antiga de maracatu é o Maracatu Nação, também chamado
de Baque Virado. Ele é feito em cortejo, onde são conduzidas bonecas negras
feitas de madeira e ricamente vestidas, as chamadas calungas.

Essas bonecas místicas são carregadas pelas damas do paço e, apesar da sua
importância, o rei e a rainha é que são os seus personagens principais da
festa. Isso porque a festa está relacionada à coroação dos reis do Congo.

MARACATU RURAL OU BAQUE SOLTO


Também conhecido como Baque Solto, esse tipo de maracatu é típico de
Nazaré da Mata, município localizado na Zona da Mata de Pernambuco.
Sua origem apareceu posteriormente ao Maracatu Nação, despontando por
volta do século XIX.
Seus participantes são basicamente trabalhadores rurais. Há uma figura
bastante importante nesse tipo de vertente, que é o caboclo de lança, sendo o
personagem de destaque.
Ele se veste de forma bastante característica, com um grande volume de fitas
coloridas na cabeça, uma gola coberta de lantejoulas e uma flor branca
pendurada na boca.

INDUMENTÁRIA DO MARACATAU
No figurino, roupas cobertas por lantejoulas bem coloridas, chapéu grande com
fitas em torno da cabeça, e o toque especial vai para a flor branca presa na
boca.

MACULELÊ
O Maculelê é uma manifestação cultural oriunda cidade de Santo Amaro da
Purificação – Bahia, berço também da Capoeira. É uma expressão teatral que
conta através da dança e de cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que
sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois
pedaços de pau, tornando-se o herói da tribo.
Sua origem é desconhecida. Uns dizem que é africana, outros afirmam que
ela tenha vindo dos índios brasileiros e há até quem diga que é uma mistura
dos dois. O próprio Mestre Popó do Maculelê, considerado o pai do maculelê,
deixa clara a sua opinião de que o maculelê é uma invenção dos escravos no
Brasil, assim como a capoeira.
INDUMENTÁRIA E PINTURA
Geralmente usavam camisas e calças comuns aos africanos, de algodão cru
e pés descalços.
Estes pintavam os rostos e as partes desnudas com tintas feitas com restos de
fuligem de carvão ou de fundo de panelas. Exageravam na tintura vermelha
que usavam na boca que era feita com sementes de urucum. Algumas pessoas
do grupo empoavam suas cabeleiras com farinha de trigo, usavam touca nas
cabeças ou lenço no pescoço.

FORRÓ
REFERÊNCIAS
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https://brasilescola.uol.com.br/folclore/bumbameuboi.htm. Acesso em 05 de dez. de
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Acesso em: 05 dez. 2022
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