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1 Fabio Campos
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Aqui você vai encontrar doses


Armoriais de Arte,
Informação e principalmente
Música, para sobreviver Ao caos
cultural dos tempos atuais.

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O que você vai encontrar aqui nesse Ebook?

1- O que é, o que foi o Movimento Armorial?


• Explicação sobre como surgiu este importante movimen-
to cultural brasileiro.

2- Conhecendo a Música Armorial


. Como foi pensada, idealizada e criada. Os grupos musicais
mais importantes do Movimento Armorial.

3- Onde encontrar música Armorial?


. Um guia onde você poderá acessar as pérolas do
Movimento Armorial

Sugestão: Leia as definições sobre o conceito do Armorial


na parte 1 e depois conheça a gênese e as referências
online da Música Armorial.

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o que é, o que foi o Movimento


Armorial?

Armorial, conforme
diz o dicionário, é
um livro depositário
das armas e brasões.

O uso de símbolos
identificadores de uma
origem secular de fa-
mílias nobres.

Mas Ariano Suassuna levou o termo para outro espaço gramati-


cal e o adjetivou, fazendo-nos crer que armorial é a qualifica-
ção de um movimento que trata da Cultura Popular, suas ori-

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gens ancestrais,
sua transmissão
oral, sua história
nos séculos.

Como Ariano nas-


ceu no Estado
da Paraíba e vi-
veu sua infância
e adolescência no sertão pernambucano, trouxe consigo,
daquele início de Séc. XX, diversas influências e histó-
rias que se mesclaram em sua memória, de maneira inten-
cional, e, posteriormente, usou essa experiência em suas
peças, romances e poemas.

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Foi assim que notabilizou-se


escrevendo aquela que talvez
seja a mais famosa entre as
peças criadas no Brasil,
“O Auto da Compadecida”.

Além do teatro e da litera-


tura, Ariano Suassuna também
era artista plástico e possui-
dor de um raro ouvido musical.

Sendo assim, pôde, no decor-


rer dos anos de vivência no
sertão Pernambucano, em
Taperoá, pode perceber a ri-
queza das toadas, melodias e aboios entoados pelos can-

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tadores e menestréis sertanejos,


suas riquezas em rimas combina-
das e improvisos memoráveis. Pode
conhecer in loco os temas ances-
trais cantados pelas carpideiras
chorando incelenças e benditos.

Além disso, Ariano pode também co-


nhecer a riqueza musical das ra-
becas anasaladas entoadas por mu-
sicistas populares, a beleza das
violas de desafios e cantorias, dos
marimbaus e berimbaus de lata to-
cados por homens cegos esmolando
contos de réis pelos recantos das
feiras sertanejas.

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Foi assim que pôde perceber


existir uma riqueza extremada
naquela gente que lhe cer-
cava, se aproximava de sua
cidade, fugindo da seca no
sertão profundo, andando em
romarias calejadas e rezando
pela volta de Dom Sebastião
rei de Portugal, pedindo re-
missão dos pecados a profetas
e santos populares como Padi-
nho Padre Cícero Romão Batis-
ta, cantando e contando as
glórias de Antônio Conselheiro
do Arraial de Canudos ou do
cangaço de Lampião e Jesuíno Brilhante.

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Tudo traduzido em cantos, versos e xilogravuras que o


povo imprimia e imprime nos conhecidos folhetos de cordel.

Ariano percebeu, ao escrever e criar seus personagens e


mesclas de histórias populares, como esse povo era tão
rico quanto o povo da Espanha que deu a Miguel de Cer-
vantes a riqueza e
a possibilidade da
criação de Don Qui-
xote de La Mancha
e seu fiel escudeiro
Sancho Pança.

Do mesmo modo, nos


contava Ariano,
originado do povo

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inglês, dos dramas e ardis palacianos e aristocráticos,


William Shakespeare criou uma obra literária imortal.

Suassuna sempre se
referiu aos mestres
- inclusive os estran-
geiros, o que mostra
que não era xenófobo
- como sendo referên-
cia essencial para sua
própria obra sertaneja.

Assim, Ariano, no ano


de 1970, convidou artistas que lhe rodeavam e, com o
apoio do Departamento de Extensão Cultural da Pró-Reito-
ria para Assuntos Comunitários da Universidade de Pernam-

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buco, inaugurou o Movimento Armorial em 18 de outubro


de 1970, no Pátio de São Pedro, no Recife.

Sua definição para o Movimen-


to Armorial era de que este
era (e é) um movimento que
objetiva a criação de uma
arte erudita genuinamente
brasileira a partir das raízes
populares.

A síntese do Movimento Ar-


morial, para Ariano, é o Cordel, pois este possui a Lite-
ratura, as Artes Visuais e a Música.

Literatura expressa nas histórias contadas pelos cordelistas.

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Xilogravura como método de impressão e expressão visual


utilizada para imprimir páginas e textos.

E Música enquanto amálgama que reúne as histórias ri-


madas normalmente em sextilhas e ritmadas por cesuras
específicas, sendo cantadas e tocadas pelo povo pobre
nas feiras, por um prato de comida ou mesmo um gole de
cachaça.

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conhecendo A Música Armorial

Dentro do Movimento Armorial, para Ariano, não havia, de


fato, uma definição estrita de tipos de arte.

A Dança, por exemplo, teve e tem espaço com o Grupo


Grial. A costura e as vestimentas tinham uma concepção
toda especial que Ariano acreditava e contava a todos.

É especial a história de que seu fardão da Academia Bra-


sileira de Letras, foi criado, confeccionado e bordado
por uma senhora costureira, D. Edith Minervina de Lima.

Ariano negou-se a aceitar que um estilista ligado à Aca-


demia tirasse suas medidas e o fizesse.

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Ele dava valor a esse tipo de “detalhe” que, como ex-


plica no link, não é detalhe, citando inclusive Gandhi.

Para tais escolhas estéticas/visuais, se baseava nas be-


lezas dos desenhos e padrões visuais presentes no Mara-
catu de Nação ou do Maracatu Rural.

Nas artes plásticas ou visuais, Ariano contava com xilo-


gravuristas populares como J. Borges ou eruditos como
Gilvan Samico. Ainda contava com escultores como Fran-
cisco Brennand que, por mais que não se considere um
partícipe direto do movimento, é sempre incluído como
expoente da arte erudita armorial.

Mas com a Música Armorial, Ariano talvez tenha adquirido


maior notoriedade. Com musicistas de grande expressividade à

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sua disposição realizou o que de melhor poderia, reunindo-os.

Ariano sempre achou que a grandiloquência das grandes


orquestras não se adequava ao tipo de música produzida
na sua região e no Brasil.

Então, mirando-se em exemplos de clássicos europeus e


mesclando-os à sua experiência vivida no sertão do Nor-
deste, Ariano pensou em formações de câmara.

Dois solistas ao pífe, viola de arco, violino, marimbau,


inicialmente.

Depois, em uma segunda formação, se alternando, flauta e


rabeca nos cantos e contracantos, mais dois instrumentos
de corda fazendo o apoio – um mais grave, o violão e ou-

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tro mais agudo, a viola caipira –, e uma percussão ou ma-


rimbau dando o pulso para os baiões, maracatus e toadas.

Estava criado o Quinteto Armorial!

Sob a coordenação de Antônio Madureira, os solistas se-


riam a flauta de Egildo Vieira e a rabeca de Antônio Nó-
brega; as cordas seriam tocadas por Antônio Madureira na
Viola Sertaneja e Edilson Eulálio ao Violão (formação que
mudaria no decorrer dos álbuns gravados) e ao Marimbau
tocaria Fernando Torres Barbosa.

Na década de 70 e 80 alguns grupos floresceram com essa


formação, intenção estética ou coleção de timbres.

O Quinteto Armorial nos brindou com 4 discos e se trans-

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formou posteriormente no Quarteto Romançal na década de


90, legando-nos outros trabalhos importantes.

Foi nessa década que, no Rio de Janeiro, um grupo de


ex-alunos da PUC, criaram um grupo que, ainda hoje, se
apresenta: o Grupo Gesta.

Por ocasião de uma defesa de mestrado sobre o Movimento


Armorial de Daniel Bitter, este foi apresentar sua pales-
tra sobre seu trabalho em um evento de sua antiga Uni-
versidade de graduação, a PUC-Rio.

A titulo de ilustração, para dar um brilho a mais à palestra,


Daniel convidou – estimulado por um professor da PUC, o
mestre Urian Agria de Souza – outros colegas e companheiros
ex-alunos musicistas, para participarem da aula-espetáculo.

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Daniel falava sobre o Movimento Armorial em sua tese e,


Edmundo Pereira, Fabio Campos e João Bina, cada um à sua
maneira, já haviam entrado em contato com essas pérolas
musicais gravadas na década de 70 pelo Quinteto Armorial.

Ensaiaram 4 temas, acenderam velas e lampiões na sala de


aula de Mestre Urian e tocaram.

Viola da gamba (Daniel Bitter), Violão (Fabio Campos),


Viola Caipira (Edmundo Pereira) e Percussão (João Bina).

Nascia em 1997, em ambiente acadêmico, de modo parecido


ao Quinteto Armorial de Recife, o Grupo Gesta.

No início ainda em forma de quarteto, o Gesta buscou um


flautista e logo o encontrou, Alexandre Bittencourt entrou
e finalmente se fez a primeira formação completa do grupo.

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Após alguns anos se apresentando, em 2001 entra no Gesta na


flauta, para substituir Alexandre, o flautista e saxofonista
Pedro Pamplona, que passou a fazer parte da formação principal.

Em 2003 o Grupo Gesta grava seu até então único álbum, o


CD “A Chave de Ouro do Reino do Vai-não-volta”, com parti-
cipação de Ariano Suassuna na primeira faixa.

O álbum é lançado em 2004 pela gravadora paulista CPC-UMES.


Atualmente, a formação do Grupo Gesta, desde o ano de
2007 é Fabio Campos (violão), Guilherme Bedran (rabeca),
João Bina (percussões e marimbau), Pedro Pamplona (flau-
ta) e Raphael Berendt (viola caipira).

Conheça o Grupo Gesta acessando seu Site:


http://gesta.com.br

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Onde encontrar música Armorial

De fato, hoje em dia, com o fim das lojas e casas que


vendiam discos, CDs, você tem na internet um univer-
so infinito de possibilidades, mas nada organizado, nada
orientado.

Aqui nesse Ebook, você poderá obter essa informação


e as referências, além de ouvir e assistir Música Armorial.

Com a partida de Ariano Suassuna em julho de 2014, hou-


ve quem pensasse que o Movimento Armorial iria desmoro-
nar-se. Ledo engano.

Grupos como o Grupo Gesta, a Orquestra Retratos do


Nordeste, artistas como Antônio Nóbrega, em dança o

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Grupo Grial, em artes plásticas, o filho de Ariano, o ar-


tista plástico Dantas Suassuna, mantém acesa a chama
Armorial.

O trabalho de Ariano repercutiu na música e na dança de


maneira indelével. Ariano possuía a capacidade de ante-
ver os arranjos, de pensar musicalmente.

Daí pode-se compreender como foi importante sua parti-


cipação nas concepções
artístico-musicais do
Movimento Armorial.

Clique nos links nas


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encontrará Ouro Musical!

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Música armorial
Grupos participantes do Movimento Armorial
. Quinteto Armorial(já extinto)
http://bit.ly/quintetoromanceaogalope
http://bit.ly/Aralume
http://bit.ly/quintetodiscoamarelo
http://bit.ly/quinteto7flechas

. Quarteto Romançal
http://bit.ly/romancalancestral
Tríptico (s/link)

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Grupos diretamente relacionados ao Movimento Armorial


. Antônio Nóbrega
http://antonionobrega.com.br/site/
. Antúlio Madureira
http://bit.ly/antuliomadureirarabecao
http://bit.ly/antulioebalepopularrecife
. Quinteto da Paraíba
http://quintetodaparaiba.com.br/
. Grupo Gesta
http://gesta.com.br/lancamento-do-cd/
. Danilo Guanais
http://bit.ly/DaniloGuanaisKyrie

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Grupos relacionados indiretamente com o Movimento Armorial


. Sá Grama
http://bit.ly/sagramaengenho
. Roberto Correa
http://www.robertocorrea.com.br/
. Banda de Pau e Corda
http://bit.ly/bandapaucorda_redencao1974
http://bit.ly/bandapaucordanossadanca1981
http://bit.ly/bandapaucordavivencia
Orquestra Retratos do Nordeste
http://bit.ly/orquestraretratosdonordeste
. Mestre Ambrósio
http://bit.ly/mestreambrosio
. Chão e Chinelo
http://bit.ly/chaoechinelo

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. Cascabulho
http://bit.ly/cascabulho
. Comadre Florzinha
http://bit.ly/comadreflorzinha
. Siba
http://bit.ly/sibafuloresta
. Anima
http://bit.ly/animaespiraldotempo1997
http://bit.ly/animaespeciarias2000
http://bit.ly/animaamares2003

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para conhecer ariano suassuna


http://bit.ly/VidaEObraArianoTVRN-P1
http://bit.ly/VidaEObraArianoTVRN-P2

para conhecer o movimento armorial
http://bit.ly/armorialma-

para conhecer a música armorial


pernambucana
http://bit.ly/musicaarmorialpernambucana

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CONCLUSÃO

“Não há história que seja infinita,


Não há história que só tenha fim,
Seja história que venha do mar,
Seja história que cheire alecrim
Qual história somente inventada
Feito História pra ser contada
Seja a história entre você e mim”
Domínio Público

O Movimento Armorial foi criado e idealizado por Aria-


no Suassuna, entretanto contou com a participação de
dezenas, centenas de pessoas que criaram, inventaram,
arremataram, dançaram, atuaram, dirigiram, cantaram, de-
senharam, pintaram, enfim, expressaram e expressam sua

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arte e sua cultura à partir da sua história.

Vale dizer que essas histórias são frutos de um povo, o


povo brasileiro. Uma árvore frondosa feita de gente sim-
ples: Negros, árabes, judeus, europeus pobres, que vieram
um dia se unir aos povos indígenas que aqui viviam e, as-
sim, com muita luta, construíram, povoaram e criaram esse
imenso país.

Nos cabe ou preservar ou renovar esse legado, o legado


armorial. Não para encher a boca e, ufanista e exagera-
damente, afirmar que somos isto ou aquilo, que somos os
melhores e tal, como se fosse necessária tal afirmação.

Somos o que somos. Ricos em alma e espírito. Criativos.


Afortunados em terras e histórias, infinitos.

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Não podemos nos sentir inferiores àqueles que desejam


impor suas culturas massivamente, pelo poder do dinheiro.

Já dizia Ariano “Eu devo muito à diversas culturas, não


poderia desprezar Shakespeare, Calderón de La Barca, Mi-
guel de Cervantes Saavedra, Debussy, etc”.

Somar sempre, aceitar o jugo cultural e político, jamais.

Viva a Cultura Brasileira, Viva o Povo Brasileiro! Viva


Chicó, Quaderna, Dom Pantero e João Grilo!

Viva o Brasil Real!


(Assista Ariano falando sobre o Brasil Real)

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Imagens da publicação

Livro Armorial - p.3

Fazenda Acauã - p.4

Livro Auto da Compadecida - p.5

Rabequeiro e cantador Fabião das Queimadas - p.6

Cordel sobre Jesuíno Brilhante - p.7

Dom Quixote - p.8

Pátio de São Pedro - p.9

Cordéis - p.10

Feira nordestina - p.11

A pedra do reino (S. José do Belmonte) - p.20

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Sobre o Autor e a publicação

Fabio Campos é o organizador dessa publicação. Colabora


com o Movimento Armorial desde 1997 quando, na PUC-Rio,
ajudou a fundar o Grupo Gesta de música armorial.

Sendo assim, teve o prazer de poder conviver com Ariano


Suassuna, trabalhar com o mestre, enquanto músico com-
ponente do Grupo Gesta e também compositor e arranjador.

Por ocasião das comemorações dos 80 anos de Ariano Su-


assuna, Fabio Campos teve a honra de produzir arranjos
e compor um tema musical a partir de um soneto de Aria-
no Suassuna (“O Amor e o Desejo”), apresentado no
Theatro Municipal do Rio de Janeiro no ano de 2007.

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A criação deste Ebook tem o objetivo de mostrar que,


para bem além do universo pop, existem possibilidades
maravilhosas em música. E a música armorial é uma delas.

Esperamos que tenha tido uma ótima experiência. Dese-


jando enviar quaisquer comentário, sugestões ou críti-
cas, envie Email para fabiocampos@gesta.com.br que o
autor lhe responderá.

ATENÇÃO: Este Ebook não pode ser vendido ou comercializado e


tem o único propósito de oferecer informações culturais.

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