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ESCOLA ESTADUAL TRAJANO PROCÓPIO DE ALVARENGA SILVA

MONTEIRO

CECÍLIA RIBEIRO DA COSTA LAGE


GABRIELA DA SILVA DANIEL CARNEIRO
GIOVANNA FERNANDES ALMEIDA AMARAL
GUSTAVO HENRIQUE SILVA
GUSTAVO LIMA TÔRRES
HILTON LUCAS BARROS DE OLIVEIRA XISTO
LEANDRO MEIRELES SILVEIRA
PEDRO HENRIQUE LACERDA SIQUEIRA LOPES
THIAGO SANTOS MADEIRA
JOSÉ EUSTÁQUIO CORREIA HILÁRIO

DANÇAS FOLCLÓRICAS
Tango

Itabira
2019
1.1 - O QUE SÃO DANÇAS FOLCLÓRICAS

As danças folclóricas representam um conjunto de danças sociais, peculiares de


cada estado brasileiro, oriundas de antigos rituais mágicos e religiosos.
As danças folclóricas possuem diversas funções como a comemoração de datas
religiosas, homenagens, agradecimentos, saudações às forças espirituais. O folclore
brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma
determinada região.

1.2 AS PRINCIPAIS DANÇAS FOLCLÓRICAS NO BRASIL E NO


MUNDO

1. Maracatu (Pernambuco)
O maracatu é uma expressão popular genuinamente brasileira. Faz parte das
danças folclóricas do nordeste, abarcando também a música e o figurino.
Ocorre precisamente no estado de Pernambuco e data da época colonial, trazendo
elementos fortes africanos, portugueses e indígenas.
A dança manifesta-se de forma elaborada e constitui um componente de destaque
nessa festa que simula a coroação de reis do Congo.
A espiritualidade é outro ponto importante no maracatu, que está intimamente entre
ligado às religiões de matriz africana como o candomblé, o que é possível observar
através dos movimentos realizados sobretudo pelas baianas e damas do paço.
Uma característica que salta aos olhos nessa grande celebração são as
vestimentas, ricamente elaboradas com fitas, brilhos e cores intensas.

2. Samba de roda (Bahia)


Samba de roda é uma manifestação folclórica brasileira que reúne música e dança.
Sua origem ocorreu no estado da Bahia e está relacionada às rodas de batuque
realizadas entre os africanos escravizados na época do Brasil colonial, no século
XVII.
Se chama samba de roda, pois os participantes se colocam em formação circular.
Os músicos tocam instrumentos como pandeiro, cavaquinho, violão e agogô
enquanto outras pessoas dançam no centro da roda e os demais acompanham com
palmas.
Essa é uma expressão popular que está ligada aos chamados cantos de trabalho,
músicas entoadas por trabalhadoras e trabalhadores durante a lida em tarefas
muitas vezes repetitivas.

Entretanto, o samba de roda é também uma oportunidade de celebração,


divertimento e interação social.

3. Frevo (Pernambuco)
Mais uma dança típica nordestina é o frevo. Surgida em Pernambuco, essa dança
folclórica faz parte da tradição carnavalesca de rua, principalmente nas cidades de
Olinda e Recife.
Datada do século XIX, a manifestação surge como uma forma de resistência e
afirmação do povo negro na figura de escravos libertos, os chamados “capoeiras”,
em um contexto pós-abolicionista de disputas e repressão.
A palavra “frevo” têm origem no termo “frever”, usado pelo povo com o significado de
ferver, e se encaixa perfeitamente ao ritmo acelerado e frenético da dança.
Os instrumentos que embalam o ritmo são os de sopro e os movimentos são
habilidosos e rápidos, incluindo alguns originados na capoeira.
O figurino é colorido e a presença de uma pequena sombrinha é essencial.

4. Catira (Goiás, Minas Gerais e interior de São Paulo)


Na região sudeste há uma dança popular típica de algumas cidades do interior, a
catira. Essa manifestação folclórica surgiu como parte da cultura sertaneja e foi se
difundindo para outros locais do Brasil, como a região centro-oeste.
Sua origem abarca elementos da cultura indígena, europeia e africana, datando do
período colonial.
Está interligada à atividade dos tropeiros, homens que tinham a função de conduzir
grupos de animais de um local a outro. Assim, durante os encontros e momentos de
folga e descontração desses trabalhadores, surgiu a catira.
A dança tem como trilha sonora a moda de viola e seus participantes são dispostos
em duas fileiras, uma de frente para outra. Os movimentos são basicamente as
palmas, pulos e batidas dos pés no chão, como uma espécie de sapateado caipira.

5. Bumba meu boi (Norte e Nordeste)


No norte e nordeste do Brasil temos a festa do Bumba meu boi (ou Boi Bumbá). A
expressão popular reúne dança, música e encenação, surgindo por volta do século
XVII entre a população escravizada.
Está relacionada à lenda da Mãe Catirina e traz a encenação de uma história que
simboliza as relações entre trabalhadores e patrões.

Com diversos elementos e personagens ricamente trajados com figurinos e fantasias


extravagantes, o Bumba meu boi é, além de uma brincadeira, uma celebração a
santos populares.
A manifestação carrega ainda influências dos povos indígenas e africanos, sendo a
estrela da festa a figura do boi, que na história contada é morto e depois ressuscita
pelas mãos de um pajé.

6. Tango (Argentina)
O tango é uma dança típica da Argentina e teve origem nas proximidades do Rio da
Prata, na Argentina e Uruguai, no século XIX.
Assim, como outras manifestações folclóricas, integra dança e música. Surgiu nas
camadas populares e suburbanas, sendo executado em bares e prostíbulos.
Atualmente é dançado por um casal, mas nem sempre foi assim, em sua origem, os
participantes eram dois homens, que dançavam sem trocar olhares.
A partir de 1910, a dança e música passaram a ocupar outros espaços, mais
elitizados. As características do estilo são a sensualidade e a dramaticidade.

7. Odissi (Índia)
Na Índia, uma das danças mais tradicionais é a Odissi. A expressão folclórica,
surgida em torno do século II a.C, é uma dança clássica originária do estado de
Orissa. Posteriormente, passou a ser executada também em Déli, a capital do país.
Essa é uma dança delicada e simbólica que se surge com propósito espiritual. Nela,
os movimentos são todos calculados, cada gesto tem um significado, seja das mãos,
dos pés e até mesmo expressões faciais.
A vestimenta é um sari, roupa típica, a maquiagem tem destaque e os dedos das
mãos e sola dos pés são marcados com tinta vermelha.

8. Dança do ventre (Oriente Médio)


A dança do ventre, como é conhecida no mundo ocidental, é uma dança milenar de
origem árabe que surgiu entre as mulheres em países do Oriente Médio e Norte da
África. Está relacionada a assuntos femininos como a gestação, trabalhos de parto e
fertilidade.
Os movimentos nessa dança são sinuosos e circulares, evidenciando o ventre e
trazendo gestos fluidos nos braços.
O figurino é parte importante da exibição e sofreu diversas modificações ao longo do
tempo e dependendo das regiões. Alguns elementos que podem ser utilizados são
espadas, bengalas e véus.

2.1 – ORIGEM DO TANGO


O tango originou-se no final do século XIX nas margens do Rio da Prata, em Buenos
Aires, na Argentina, e em Montevidéu, no Uruguai.
Não se sabe ao certo, mas especula-se que o estilo musical seja decorrente da
habanera e da milonga, que são vertentes da música cubana.
Assim, o tango era uma expressão presente dentre a população suburbana e
manifestava-se, principalmente, em casas de prostituição, bares e cafés. Os
instrumentos musicais utilizados eram o violão, a flauta e o violino.
Outro instrumento importante no tango é o bandoneon, pequeno acordeon. Ele foi
elaborado pelo músico Heinrich Band e levado à região do Rio da Prata pelos
imigrantes alemães no começo do século XX, aos poucos foi incorporado pela
cultura local.
No princípio, a dança era feita por dois homens e eles não se olhavam. Depois,
passou a ser interpretada também por mulheres, geralmente prostitutas. Apenas em
1910, com a difusão dessa arte, o tango passou a ser aceito pela burguesia e a
partir de então, ganhou os salões.
O tango é um gênero de dança e música tradicional da Argentina. É considerado um
importante símbolo cultural desse país e apresenta enorme carga emocional e
dramática.

2.2 - FIGURINOS
A vestimenta masculina se consiste em um terno (de preferência preto ou azul
marinho) e sapato social, já o feminino é baseado em vestido ou saias com decotes
e salto alto.

2.3 – COREOGRAFIA
A dança é feita em pares e para realizá-la é necessário habilidade e expressividade.
Isso porque as coreografias possuem certo grau de complexidade e transmitem
sensualidade, paixão e tristeza. Além disso, para que uma apresentação seja bem
sucedida, o casal deve ter entrosamento e conexão.
1.O ritmo da música e o tráfego na pista de dança sempre influenciam, mas saber as
melhores técnicas de condução ajuda bastante. Ao conduzir, seja sutil e procure
prever os passos seguintes. Ao ser conduzida, deixe-se levar e busque o equilíbrio
entre os passos.

2.Dosar os ritmos é muito importante para dançar bem. Uma dica interessante é
usar o mantra ”lento, lento, rápido, rápido, lento”. Além disso, manter a postura figura
como outro ponto primordial.
3. Pé esquerdo para a frente, pé direito para a frente, pé esquerdo para a frente, ir
para a direita com o pé direito e juntar os pés, fazendo o esquerdo ir ao encontro do
direito. Para quem conduz, são os passos principais. Para quem é conduzido, basta
invertê-los

2.4 – PRINCIPAIS CANTORES DO TANGO


Temos Carlos Gardel, Ignacio Corsini, Agustín Magaldi, Rosita Quiroga e Azucena
Maizani Enrique Santos Discépolo. Mais tarde, na década de 40, surgiram mais
nomes de sucesso, como: Aníbal Troilo, Astor Piazzolla, Armando Pontier, Francisco
Canaro, Carlos di Sarli, Juan D'Arienzo e Osvaldo Pugliese.

Gardel é certamente o cantor de tango mais conhecido internacionalmente –


principalmente para quem não é muito entendido no gênero. Ele foi o primeiro a
cantar tango, abrindo as portas para inúmeros cantores e cantoras de várias
gerações.

2.5 - MÚSICAS MAIS UTILIZADAS NO TANGO


Por Una Cabeza, de Carlos Gardel;
El Choclo, de Edmundo Rivero;
Cambalache, de Julio Sosa;
Nostalgias, de Esteban Morgado;
Malena, de Roberto Goyeneche;
Adiós Pampa Mía, de Francisco Canaro;
Mi Buenos Aires Querido, de Carlos Gardel e
Quiero Verte Una Vez Más, de Jorge Falcón.
2.6 - CURIOSIDADES SOBRE O TANGO
O bandoneón
Quando o tango nasceu, não tinha bandoneón! Era só flauta, violino e violão. Não se
sabe muito bem como esse instrumento –  hoje símbolo do tango – chegou à
Argentina. Uma das teorias defende, inclusive, que foi pelas mãos de um brasileiro,
o Negro Casimiro, depois da Guerra do Paraguai. Mas não há provas. Assim, o que
se pode afirmar é que o bandoneon foi criado na Alemanha, em 1835, para ser
usado na música religiosa. O mais provável, então, é que tenha vindo em um navio,
com algum imigrante europeu.
O bandoneón um instrumento bem complexo. Primeiro porque o músico não vê as
teclas ao tocá-lo! Segundo, porque as notas não estão ordenadas em forma
cromática, como no piano, e sua ordem não obedece nenhuma lógica. Além disso, o
som que o bandoneón emite é diferente quando o instrumento está abrindo ou
fechando, o que obriga o executante a conhecer quatro teclados diferentes – dois
para mão esquerda, um abrindo e outro fechando, e dois para a direita. Por fim, a
quantidade de teclas não é a mesma em todos os bandoneones.

La Cumparsita
O tango La Cumparsita, composto pelo uruguaio Gerardo Matos Rodríguez, tem
mais de 100 anos. É considerado o “hino” dos tangos e, certamente, um dos mais
difundidos no mundo, com mais de 2.500 gravações – inclusive em finlandês e
japonês.
Foi gravado em diferentes estilos e por gente tão diversa como Julio Iglesias e
Richard Clayderman. Há, inclusive, uma insólita versão de John Lennon, ao vivo,
cantando La Cumparsita em uma gravação feita por Ringo, em 1967. La Cumparsita
aparece como trilha sonora em vários filmes, entre eles Alice e Dias de Rádio, de
Woody Allen, em Tango, de Carlos Saura, em Harry Potter e o prisionero de
Azkaban, e até num episódio de Tom e Jerry!

Carlos Gardel
A cada ano, no dia 24 de junho, os tangueiros fazem uma “peregrinação” ao túmulo
de Carlos Gardel no cemitério de Chacarita.  Músicos, cantores, dançarinos e “fiéis”
em geral deixam flores, velas e cigarros ao mestre, e passam o dia lembrando suas
canções mais famosas. Às 15h10, hora da morte do cantor, há um minuto de
silêncio. Para quem não sabe, Carlos Gardel foi músico, compositor, intérprete e
ator. Só para ilustrar, deixou 11 filmes e mais de 800 discos gravados.
Sua voz é considerada, desde 2003, “patrimônio da humanidade” pela UNESCO. O
cantor morreu em 1935, em um acidente de avião, na Colômbia. Se você estiver por
Buenos Aires nesta data, aproveite e renda suas homenagens. De quebra, por
consequência, poderá participar de uma cerimônia bem portenha e muito pouco
usual. Afinal, não é todo o dia que tem festa no cemitério!
O parceiro brasileiro de Gardel
Muita gente não sabe, mas o principal parceiro de Carlos Gardel, Alfredo Pera, era
brasileiro. Os pais do artista, vindos da Europa, tiveram que parar por cerca de dois
meses em São Paulo justo para que mãe de Le Pera desse à luz.  Moraram no
bairro do Bexiga, na capital, e foi lá que o ilustre compositor nasceu, no dia 6 de
junho de 1900.
Le Pera foi letrista, escritor, jornalista e roteirista da United Artists.
Conheceu Gardel em Paris, onde o cantor estava fazendo algumas apresentações.
Sem dúvida, nunca mais se separaram. Juntos, compuseram uma infinidade de
tangos clássicos, como Volver e Por una Cabeza. Por outro lado, infelizmente, os
dois morreram no mesmo acidente aéreo.

Tangos Médicos
É de cair o queixo! Há mais de 100 tangos compostos para médicos, doenças ou
remédios. Por exemplo, tangos em homenagem à injeção, ao termômetro, ao
clorofórmio, ao bisturi e até aos micróbios! Diz a lenda que tudo começou em 1914,
com um baile feito pelos residentes de medicina no Palais de Glace. A popularidade
desse evento, por certo, inspirou outros compositores a criarem tangos dedicados
aos profissionais da medicina, hoje conhecidos na história tangueira “tangos
médicos”.
BIBLIOGRAFIA:
https://www.culturagenial.com/dancas-folcloricas-do-brasil-e-mundo/
https://www.todamateria.com.br/tango/#:~:text=Origem%20do%20tango,s%C3%A3o
%20vertentes%20da%20m%C3%BAsica%20cubana.

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